Sofri Racismo na Croácia - Por Joelma Imigrante viajante

Racismo na Croácia? Relato de uma viajante negra

Pela primeira na minha vida eu – Joelma Maciel, senti o que é sofrer um racismo, e aconteceu na Croácia. País que amo, na cidade de Rijeka, uma cidade encantadora de praias belíssimas. Vale lembrar que continuo gostando do país! Assim como, encontrei muitas pessoas boas e incríveis por lá, por isso esse fato não serve de julgamento para generalizar o lugar. 

Já tinha sofrido xenofobia no Brasil, ao sair da Paraíba e ir morar em São Paulo. Muitas brincadeirinhas com o meu sotaque, na universidade e no trabalho. Ser motivo de piada por ter um sotaque, foi uma sensação bem desconfortável e quando isso aconteceu há 15 anos atrás, não soube lidar, minha postura foi apenas me isolar. 

O ato de racismo sofrido na Croácia:

Aconteceu em uma loja de roupa e artigo de artesanato localizada em um shopping no centro da cidade. Estava vestida com roupa de praia, percebi que a loja era um pouco luxuosa mas, não tenho problema em entrar em nenhum lugar, mesmo que não esteja vestida “adequadamente”.

Na loja tinha apenas duas pessoas, um homem e uma mulher, que acredito que era o dono ou gerente e uma funcionária, no momento que comecei a olhar as peças de roupa o homem falou alguma coisa para mulher em Croata.

Então, ela então começou a me seguir, cada passo que eu dava, ela caminhava junto, quando pegava em alguma coisa, ela depois checava se eu coloca de volta no lugar. 

Peguei algumas roupas para provar ao sair do provador a funcionária estava lá na porta me esperando. Perguntou se gostei das roupas, falei que sim e que iria levar uma, nesse momento os dois se olharam e aguardaram eu efetuar o pagamento.

O desconforto…

Fiquei tão desconfortável com a situação que na hora do pagamento peguei o cartão errado e deu erro na compra. O homem começou a falar algo em Croata para ela bem irritado. Pedi desculpas, e efetuei o pagamento com o outro cartão e fui embora.

Sentimentos e pensamentos após ser vitima de racismo 

No caminho minha cabeça esta explodindo de pensamentos:

Será que eles agiram assim porque eu não estava bem vestida?

Porque eu sou imigrante?

Porque eu sou negra?

Sentir vontade de chorar! Lembrei que antes de viajar para Croácia uma amiga Croata, falou que isso poderia acontecer, que infelizmente as cidades pequenas que não recebem muitos turistas são racistas.

Não podemos nos calar

Não conseguia parar de pensar na cena, nessa noite não conseguir dormir, precisava fazer alguma coisa, busquei na internet algum contato ou email da loja mas, sem sucesso. Porém, encontrei o perfil do shopping e enviei uma mensagem relatando o ocorrido. Eles me responderam pedindo desculpas, que a administração do shopping desaprova este tipo conduta, que a loja seria notificada e que aproveitasse a minha viagem.

Depois disso, sentir que fiz a minha parte, ou seja, que não poderia ficar calada e simplesmente aceitar.

Hoje percebo que muita coisa mudou dentro de mim, que qualquer sinal de preconceito meus olhos conseguem captar e não importa onde esteja, não vou me calar. 

Por esse e outros motivos é necessário ter um Coletivo de mulheres negras viajantes, pois nosso choro, nossas frustrações e pensamentos devem e precisam ecoado e ouvidos. Obrigada Joelma por contar esse relato de dor, sinta-se abraçada e acolhida, pois Racistas não passarão! Faça como Joelma envie seu texto para nós e não se cale!

Racismo na Croácia, no mundo não passarão!

Por fim, nosso e-mail é: faleconosco@www.site-antigo.bitongatravel.com.br , será um prazer ter o seu texto publicado aqui conosco!

Foto Perfil Joelma - Imigrante viajante

Joelma

Me chamo Joelma, também conhecida como Viajante Imigrante, nordestina, negra e atualmente estou na Europa viajando sozinha e conhecendo lugares incríveis. Até o momento estive em 07 Países, fiquei hospedada como voluntária, recebendo alimentação e hospedagem em troca de algumas horas de trabalho, partilho em meu blog – A Imigrante – minhas vivências positivas e negativas com o intuito de incentivar e/ou alertar o leitor mas, o meu maior propósito é mostrar que somos capazes de chegar em qualquer lugar, enfrentando o preconceito e desafios.

https://aimigrante.blogspot.com/

A quem é concedido o direito de conhecer o mundo - Giselle Christina

A quem é concedido o direito a conhecer o mundo?

Escrito por Giselle Cristina vem-se a pergunta: A quem é concedido o direito a conhecer o mundo?

Viajante inveterada, a preta é muito bem humorada, bem disposta e acima de tudo generosa. Não demorou muito e as peripécias de viagem dela viraram meu melhor entretenimento no final do dia, não tinha novela das 9h que batia.

Não era só ver por onde ela passou, era sentir o que ela sentia, era saborear cada comida de rua, gargalhar com as dancinhas nos monumentos e até se aperrear com os perrengues que ela passava e ainda compartilhava com a gente, afinal a vida da mulher negra viajante, NÃO É FÁCIL rs.

Rodar com ela por esse mundo sempre curiosa pra saber o próximo destino foi a minha grande diversão em 2021, mas ainda assim a mente e o coração já estavam conformados que só assistir já estava bom.

Vem comigo, no caminho eu explico

No meio do segundo semestre de 2021 Rebecca Aletheia “lançou a braba”, quem quer viajar comigo põe o dedo aqui que já vai fechar o abacaxi. Mas Rebe, vamos pra onde? E essa era a grande sacada, literalmente Rebecca Aletheia estava propondo um VEM COMIGO, NO CAMINHO EU EXPLICO. E qual foi a minha surpresa quando disse sim sem nem pensar, sem fazer contas, sem escolher destino, sem controlar a minha própria vida.

Quando me dei conta estava fazendo várias coisas pela primeira vez, trabalhando insanamente em um emprego na minha área, me programando pra viajar “sozinha” me arriscando a conhecer pessoas absolutamente novas e ainda não.controlando nada (sou leonina com ascendente em touro, controlo tudo o tempo todo).

Estava apreensiva, mas em nenhum momento senti medo. Eu fui acolhida e muito bem amparada, principalmente depois do choque de saber que a viagem era internacional e eu não tinha nem passaporte. Fui conduzida e até ciceroneada pelas burocracias que cercam um evento desses e acima de tudo fui inspirada por todas as mulheres que toparam essa jornada gloriosa e cheia de perrengues.

6 mulheres negras viajando juntas

Viagem Afroturismo na Colômbia por mulheres negras
Viagem Afroturismo na Colômbia por mulheres negras

Nós viajamos ao todo em 6 mulheres, e eu era a única virgem de trip, mas as trocas entre a gente foram tão genuínas e intensas que parecia que aquilo era comum pra mim também.

Cada uma de nós era muito boa em alguma coisa e isso facilitou a nossa longa estadia de 20 dias perambulando para lá e para cá, tinha dia que uma tava rica e outra tava pobre (problemas de câmbio) mas nenhuma de nós passou vontade de nada, as finanças eram do grupo e todas nós nós responsabilizamos por todas as contas conjuntas. E tudo isso ainda com uma liberdade nunca experimentada antes.

Por mais que fosse uma viagem em grupo, não foi uma viagem engessada, cada uma fez o seu roteiro e assim teve gente que chegou antes, que chegou no meio que ficou mais em determinada cidade e menos em outra. Mas mesmo assim nós.estavamos juntas tomando conta uma da outra.

Voltando ao Brasil da Colômbia por terra

Acompanhar o ritmo da blogueira de viagem não é fácil e voltamos da Colômbia por terra, passando dois dias dentro de um barco até Manaus, uma das experiências mais incríveis da minha vida.

Resumindo conhecemos 6 cidades na Colômbia e duas no norte do Brasil, Rebecca ainda emendou Rondônia e Acre, mas a estreante aqui já estava sem forças e só pensava na própria cama.

De toda essa experiência eu só tenho duas certezas, mulheres pretas podem fazer qualquer coisa nesse mundo todo e que eu vou usar esse mundo todo pra fazer todas as coisas.

Escute e imagine a quem é o direito de conhecer o mundo:

Escute o Podcaste com Giselle Christina – contando a sua viagem em San Basilio de Palenque – Colômbia
Giselle Christina

Giselle Christina

Consultora em diversidade e inclusão (D&I corporativa) é Mestranda em Humanidades, Direitos e Outras Legitimidades pela Universidade de São Paulo – USP e Bacharel em Sociologia e Política pela Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo – FESPSP.

Entusiasta em Data Science, Fundamentos de Estatística e Processos de Decisão, possuí vasta experiência na execução de pesquisas qualitativas, quantitativas, mercadológicas e desenvolvimento de projetos de inteligência de mercado e consumer insights.

Destacam-se os projetos realizados para clientes como Afrobras, Faculdade Zumbi dos Palmares, Feira Preta, EmpregueAfro (censo da diversidade Médicos Sem Fronteiras), Campari (censo da diversidade) no desenvolvimento de análise de dados, produção de relatórios, pesquisas e planejamento estratégico.

E aí, a quem é concedido o direito de conhecer o mundo? Assim como a Giselle, envie o seu texto para nós e tenha o seu texto divulgado por aqui: faleconosco@www.site-antigo.bitongatravel.com.br ! Será um prazer ter o seu texto aqui conosco.

LEia também: Rio Amazonas: Tabatinga a Manaus percorrendo o maior rio do mundo texto de Luciene Silva

Rio Amazonas: Tabatinga a Manaus, percorrendo o maior rio do mundo por Luciene Silva

Rio Amazonas: Tabatinga a Manaus percorrendo o maior rio do Mundo

Antes de compartilhar esse relato de viagem pelo Rio Amazonas, cruzando a fronteira Colômbia – Brasil e percorrendo o maior rio do mundo de Tabatinga até Manaus. Primeiramente, vou me apresentar, me chamo Luciene Silva, formada em Geografia, professora ensino fundamental e EJA em São Paulo.

A Amazônia


Eu nunca havia chorado por estar em um lugar, mas a Amazônia é o sítio mais vivo. Que eu já estive.
É a vida sobre as águas, é o caminho das águas, são encontros que se dão a partir das margens. As casas nas margens são o aspecto central da perspectiva de quem está no barco, no meio do Rio Solimões, estar a margem aqui é estar bem localizado.
Tem barco grande, tem barco pequeno, tem lancha tem canoa, tem com motor e tem movido a remo. Tem com ar condicionado, tem ar úmido do vento.
Tem barco de dezenas e tem barco de um só.
Serão 32 horas nas águas. Tem muita água pra rodar…
A cada parada nos portos nas cidades ribeirinhas, São famílias que se encontram com mulheres crianças seguras pelas mãos, são despedidas de olhares de quem diz “Vá com Deus”, Vá com Deus não, minha avó diria que é mal agouro o certo é olhar de “Deus te acompanhe”.

Tabatinga – Manaus


Descer de Tabatinga até Manaus de barco, não é trajeto, é uma experiência que realmente inunda a nossa alma e nos faz perceber que a vida sobre as águas é muito mais movimentada e fluida do que trafegar sobre o concreto.

Luciene Silva - atravessando o Rio Amazonas de Tabatinga a Manaus - Foto arquivo pessoal
Luciene Silva – atravessando o Rio Amazonas de Tabatinga a Manaus – Foto arquivo pessoal


Sobre a funcionalidade da lancha

Para chegar precisamos antes encontrar um Tuk Tuk (triciclo que só pode rodar na Colômbia mas pode cruzar a fronteira do Brasil com passageiros) tínhamos marcado horário com um motorista mas ele não compareceu e ficamos e mercê de encontrar um encima da hora. Assim que encontramos fomos ao porto hidroviário, no mesmo local em que havíamos reservado as passagens na lancha rápida Madame Crys (gostei do nome).

O Valor de 880 reais para uma viagem de 32 horas, a passagem é cobrada por trecho percorrido. Chegamos, formamos uma fila com as bagagens, porém, na hora em que liberou a partida foi cada um por si e bom pra quem corre mais. Entre as bagagens se avistava uma TV 60 polegadas e uma gaiola de ramisters , no cartão do que não transportam animais, mas acho que os ramiters eram quase da família…

Tem ar condicionado, como eu não gosto, foi a sala de refeição e lá permaneci pois é ao ar livre e sem ar condicionado. Café da manhã com variedades, almoço muito bom, TV por satélite com filmes que eu nunca assistia por inteiro porque a paisagem sempre me desperta a atenção para a sua beleza.

Ao anoitecer…


Fiquei num lugar muito barulhento, no motor da lancha, acho que vou ficar com zunido o dia todo, tudo isso pra não enfrentar o ar condicionado… Aqui no fundo, ao anoitecer, as pessoas começaram a se ajeitar pra deitar, quem não conseguiu banco forrou o chão com toalha ou coberta e se ajeitou.

A moça sozinha se agasalhou, o moço desconhecido ofereceu seu próprio colo para o descanso dos pés da moça, ao perceber o frio ainda jogou uma toalhinha. A mãe e o pai que não conseguiram poltrona para a filha, cederam seus lugares para que a menina deitasse e velaram o seu sono. A outra mãe se deitou embaixo do banco com o filho.

O sonho coletivo

Ahh eu também me deitei, não iria ficar fora desse sonho coletivo. Dividi o a beira do banco com outra ribeirinha, fizemos uma espécie de símbolo do Ying Yang para aconchegar nossos corpos no banco estreito…
32 horas sob as águas do Solimões de muita água rolando, de muita vida fluindo de muita beleza pelas margens.

As pessoas

A moda das mulheres ribeirinhas transborda feminilidade: aqui tem muito brilho nas roupas e nos acessórios, muito rosa do bebê ao pink, tem pele exposta, shorts curtos, as unhas, as unhas sempre bem feitas e com arte, as mulheres são imensamente perfumadas. As mulheres aqui, em geral, não são magras como as modelos de passarela dos anos 90, nem são as aclamadas mulheres de cintura fina e quadril grande da população. Elas aqui tem ombros largos e cintura troncuda, como esperar cintura fina e estreiteza de quem gera uma humanidade no ventre e carrega um mundo nas costas?

Os homens são atentos aos cortes de cabelo impecáveis, pulseiras e colares são sempre vistos, que gente cheirosa!
A tripulação da lancha é constituída apenas por homens, parece que a manutenção da estética é muito rigorosa.

Por hoje é só, deixo aqui esse relato de viagem pelo Rio Amazonas de Tabatinga a Manaus percorrendo o maior rio do Mundo.
08/01/2022, por Luciene Silva

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Anticoncepcional na Mala de viagem - perrengues de mulheres viajantes

Anticoncepcional na mala de viagem: perrengues de mulheres viajantes!

Bem vidas, me chamo Rebecca Aletheia e gostaria de trazer alguns relatos da importância de ter anticoncepcional na mala de viagem, evitando assim perrengues e desconforto à mulheres viajantes.

Sou uma viajante solo na maioria das vezes. Sim, nós mulheres temos prazeres, conhecemos pessoas incríveis, outras nem tanto e rola aquele sexo. Mas infelizmente nem tudo são flores e a camisinha pode estourar ou as vezes ela nem aparecer neste momento.

Gostaria de compartilhar histórias e relatos de mulheres sobre os perrengues e vexames desnecessários de viajantes que encontrei na estrada.

Como pedir pílula do dia seguinte em francês?

Era Paris, a viagem dos sonhos assim como o homem perfeito para a ocasião de amar e ser amada. Mas infelizmente a camisinha estourou… No dia seguinte, cada um por si, este problema só cabia a mulher resolver. Ele não falou nada, muito menos perguntou ou ofereceu apoio.

Procurou no google como se fala e escreve pílula do dia seguinte em francês, deu print de tela e foi à farmácia. Esperou ser chamada pela balconista mulher, mas quem à chamou foi um homem, tentou disfarçar que não queria ser atendida, e ele insistia.

Logo que a balconista mulher ficou livre ela correu para ser atendida por uma mulher querendo ser acolhida e entendida. Mostrou o print de tela de que queria uma pílula do dia seguinte e adivinha? A balconista gritou para a farmácia toda o pedido. Sem saber onde enfiar a cara, comprou a pílula e sumiu, na certeza que ninguém, mas com a certeza que foi exposta a um vexame.  

Pílula Vencida

A milhas e milhas distante do seu país e das mil estórias que pode acontecer com uma viajante, a camisinha ficou dentro. Mais uma vez o problema parece não ser do homem, esse problema é apenas da mulher.

Sendo quase 72h para encontrar a pílula do dia seguinte, era 68h após o ato e ela só queria uma pílula. Conseguiu uma farmácia, já sabia falar o nome na língua local, eis que quando entrou no carro pronta para tomar a pílula se atentou que estava vencida. Sendo assim, voltou correndo para a farmácia e a resposta do balconista foi: – Desculpe só temos vencida, não vendemos muito esse medicamento por aqui. Em um mix de medo e incertezas, tomou a pílula e pediu muita proteção ao corpo e ao útero para não engravidar.

Neste país não se vende pílula

O subtítulo já diz tudo e essa foi a resposta ouvida no balcão da farmácia! O desespero, o choro de uma mulher por 30 dias sem saber o que esperar daqueles próximos meses. Na proteção de Obá, nada lhe aconteceu!

Kit PREEP na mala com Medo de violência pela estrada

Em contrapartida, em uma das minhas viagens, tive muito medo de violência sexual e uma amiga me ofereceu um kit de emergência, chamado PrEP caso alguma coisa acontecesse. O kit PrEP de profilaxia pós exposição sexual que alguns países possuem gratuitamente após qualquer exposição sexual consentida ou não. Que ponto chegamos, estava realmente com muito medo, você tem noção disso?

No momento em que poderia levar, roupas, maquiagem, biquini você dá espaço para frascos de medicamentos prevendo e supondo uma possível violência que pode te acontecer na estrada. E graças a Deus, nada me aconteceu, infelizmente alguns medicamentos estragaram, era muito tempo tomando sol e sem o correto armazenamento.

Por algumas fronteiras fui questionada e julgada pela medicação que levava na mala se eu estava doente, porque usava tudo aquilo de remédios.

Anticoncepcional na mala de viagem da viajante

São por essas e várias outras histórias e algumas delas trágicas por abuso sexual que digo à mulheres viajantes a importância de levar pílula do dia seguinte na mala de viagem. Porém, também ciente de que não é só da gravidez que temos que ter medo, são várias outras doenças sexualmente que estamos em risco.

Assim como, trago também a reflexão de que encontramos poucos homens parceiros à ponto de se responsabilizar e saber que o corre pela busca da pílula do dia seguinte também é dele. A responsabilidade afetiva tem faltado muito, na hora de dividir o valor, pagar pela pílula, perguntar como ela se sente, está com a mulher após o ato é necessário.

Esses e outros perrengues, violências e sufocos não nos compete!

Por fim, de todas as culpas que já temos essa não é nossa, e com o objetivo de minimizar mais um stress neste momento exaustivo, uma sugestão é: leve anticoncepcional na mala de viagem.

Leia também… 5 Motivos para viajar sozinha na própria cidade.

Podcast viajar Colômbia Bitonga Travel viajar Colômbia- Arte de Julia Motta

3 Episódios Podcast para escutar e viajar pela Colômbia

O melhor Podcast de viagem de todo o mundo – Bitonga Travel – tem 3 episódios deliciosos para viajar e conhecer a Colômbia de uma forma audível. Daniela Romão e Rebecca Aletheia são as podcasters que comandam essa viagem.

Em primeiro lugar, saiba que o coletivo de mulheres negras viajantes latinas americanas, caribenhas e africanas de países lusófonos, tem um Podcast incrível com muitas dicas de viagens. Todas as quarta-feira é possível encontrar episódios disponíveis em todas as plataformas digitais. Então, pensou viagem corre pro Podcast da Bitonga Travel, 100% produzido por mulheres negras viajantes.

Assim como, já falamos compartilhamos 7 destinos do continente Africano contados no Podcast da Bitonga Travel.

Mas o destino de hoje é Colômbia então vamos focar nele, se não vamos querer falar de um milhão de destinos e possibilidades.

#5 Sr. & Sra. Browns – San Andres – Colômbia

Antes de mais nada, quem ama uma históira de amor e casal preto viajando levanta a mão? Aquele casal para se apaixonar, Eloah brasileira e Jhon americano, se conheceram o Brasil, com uma linda história de amor! Assim como, não podiam deixar de ter uma lua de mel dina em território colombiano. O destino que viajamos com o casal foi San Andres, muitas descobertas de cultura, povos, similaridades e uma gastronomia incrível de dar água na boca, não é mesmo John? Vai perder? Aperta o play!

#8 Juh Oliveira – Cartagena e Palenque – Colômbia

Em contrapartida, Juh Oliveira, estudante de turismo encarou a viagem de intercâmbio pela Universidade para a Colômbia. Assim como, teve a oportunidade de viajar por Cartagena e Palenque, e o melhor com a galera que entende muito de turismo e são profissionais da área, ou seja, impossível dar ruim com essas dicas, não é mesmo?

#8 – Juh Oliveira – CArtagena e Palenque – Colômbia

#35 Danielle Marques – Medelín – Colômbia

E por fim, partiu Medelín? Assim como Juh Oliveira, Danielle Marques é do time das mulheres . Se aventurou em uma viagem de intercâmbio de línguas logo após, sua demissão e se apaixonou pela Colômbia. Nesse meio tempo, trancou a faculdade e em menos de 1 mês já estava neste novo destino onde ficou 6 meses. Se precisa de um empurrãozinho para se jogar, esse episódio é inspirador!

#35 Danielle Marques – Medelín – Colômbia

Conta pra gente, você já foi para a Colômbia ? Qual destino você gostaria de ouvir por aqui?

Desse modo, esperamos que estes 3 episódios do Podcast da Bitonga Travel possam te trazer muitos gatilhos para viajar pela Colômbia. Em contrapartida, se ainda não é a hora, que possa ter servido para conhecer lugares nunca imaginado de uma forma audível!

Certificado Internacional de Vacinação - Como tirar - Bitonga Travel

Certificado Internacional de Vacinação como tirar?

Vai viajar e precisa do Certificado Internacional de Vacinação ou Profilaxia (CIVP) e aí, como tirar? Recentemente foram publicados os textos: Documentos importantes para levar na mala de viagem e o outro texto, Países que exigem a vacina de Febre Amarela. Mas a pergunta que não quer calar, como tirar o Certificado Internacional de Vacinação?

Gratuito

A primeira coisa que você deve saber é GRATUITO, ou seja, não precisa pagar nada por isso!

Onde tomar a Vacina

Muitos postos de vacinação disponibilizam essa vacina mediante comprovante de viagem, caso não seja uma região endêmica. Como a Febre Amarela também é uma doença endêmica no Brasil, talvez você já tomou! Mas, vale lembrar que o seu cartão de vacina não serve pra viagem, ok?

Aeroportos Internacionais Brasileiro

Se você tem seu cartão de vacina brasileiro ao ir no aeroporto Internacional na sala da ANVISA, isso mesmo, existem essas salas e fazer a solicitação. Sai na hora, o risco de fazer no dia a viagem é que tudo pode acontecer, a sala estar fechada, ter fila, estarem ocupados… Enfim, planeje para não ficar na mão.

Postos de Vacinação Credenciados com emissão do cartão

Bom, falando de SP existem 3

Procure o posto de vacinação credenciado mais próximo da sua casa, realiza a vacina e eles já emitem o cartão internacional de vacinação, são eles:

Hospital das Clínicas – (11) 2661-6392 8h as 16h (2ª a 6ª)

Hospital Emílio Ribas – (11) 3896-1366 / 3896-1499 das 8h as 17h (2ª a 6ª) e Sábado 8h 15h

Unifesp (11) 5576-4993 8h-16h (2ª a 6ª)Para quem não está em SP

Mas para quem não está em SP, deixo aqui a lista do Brasil inteiro que é possível conseguir a vacinação e o certificado, mas ligue e se informe antes.

Certificado via Internet

Quem já tem a vacina, e só quer a emissão também é possível solicitar o certificado pela internet – Click aqui! Após todo o processo você receberá o seu cartão de vacina por e-mail.

Espero que essa dica tenha sido valiosa e te ajudado à emitir o seu Cartão Internacional de Vacina, assim como tomar a vacina.

Por fim…

Me siga pelo Instagram e tenha acesso a dicas incríveis de viagem – Rebecca Aletheia.

Afroturismo ACUPE - Terra Quente

Acupe – Terra quente! Conheça esse destino de Afroturismo

Gostaria de compartilhar um pouco o quão rico de cultura é Acupe – Terra quente, um destino de afroturismo, impossível de se apaixonar.

Leia também: Afroturismo no Brasil: 6 Agências e Roteiros Comandados por Mulheres Negras

Em primeiro lugar é importante destacar que Acupe é um distrito de Santo Amaro da Purificação formado por uma comunidade quilombola banhada pela Baia de Todos os Santos. Nessas terras viviam também povos indígenas e inclusive foram eles que batizaram a região de Acupe – terra quente.

Esse distrito é riquíssimo em manifestações culturais que quero contar. Mas não posso começar sem trazer aqui uma lenda!

Alguns moradores contam que na região vivia um senhor de engenho falido e que para reconquistar o sucesso recorreu a um de seus escravizados famosos por praticas espirituais.

Ficou então combinado que o senhor de engenho sacrificaria a vida de escravizados rebeldes como oferenda a Icu – orixá responsável por tirar o sopro da vida.


Esses corpos eram enterrados atrás do engenho e em cada cova era plantado um pé de bananeiras. Os locais afirmavam que ao cortar qualquer bananeira era possível ver o sangue dos escravizados que foram mortos.

Logo o senhor de engenho ficou sem escravizados para oferecer como sacrifício e então Icu lançou uma grande praga sob o engenho e ordenou a morte de muita gente no mês de agosto.


Com medo, a comunidade pediu aos espíritos bons que saíssem as ruas em julho para afastar os espíritos ruins e assim proteger a comunidade dessa grande tragédia.

Com base nessa história, muitas manifestações culturais nasceram, principalmente no mês de julho.
E ai, bora acompanhar esse afroturismo e aprender mais sobre Acupe – Terra quente?

O NEGO FUGIDO

NEGO FUGIDO- Afroturismo Acupe - Terra quente
NEGO FUGIDO- Afroturismo Acupe – Terra quente arte de Laynara

Uma das manifestação que ocorrem nos domingos do mês de julho é o Nego Fugido, acredito que seja uma das mais importantes da região, pois se trata de um teatro de rua onde adultos e crianças participam todos os anos.

É uma herança oral, um legado da ancestralidade deixado para a comunidade de Acupe. Algo único de se ver! Que acontece a centenas de anos.

Como contei antes, a cada vida sacrificada pelo senhor de engenho, era plantado um pé de bananeira e caso cortassem essa bananeira, era possível ver o sangue dos escravizados mortos.

Essa manifestação parte daí! Pois as roupas criadas são feitas com as folhas dessas bananeiras e por isso tem um caráter espiritual muito forte.

Nesse teatro de rua, 25 pessoas interpretam:
– As “negas” – crianças de calção branco, com o rosto pintado de preto e a boca de vermelho que representam o sangue derramado nas fugas e pedem dinheiro para a plateia para comprar suas cartas de alforria.
– O caçador – este com a saia de palha de bananeira, o restante da roupa feita de couro e cabaças  e o “sangue” escorrendo pela boca persegue as negas e as captura
– O capitão do mato que com o chicote na mão impõe respeito e ordena a venda das negas capturadas
– O Rei – que tem a carta de alforria

Toda a interpretação acontece na rua ao som de muitos cantos em ioruba e atabaque.

As Caretas de Acupe

As Caretas de Acupe - Afroturismo
As Caretas de Acupe – Afroturismo

Existe ainda mais uma lenda: As Caretas de Acupe.

Após lançarem a praga por Icu em toda região do engenho, a comunidade com muito medo pediu aos bons espíritos que aparecessem e espantassem os espíritos ruins que trariam a morte ao local.

Então, durante todos os domingos do mês de julho é possível ver grandes caretas passando pelas ruas.

Assim como, outras pessoas contam que a origem dessa manifestação são as antigas festas de máscaras carnavalescas trazidas pelos portugueses para a região.

Com essa influência, as pessoas escravizadas fizeram sua própria festa de máscaras que foi apreciada pelos senhores da “elite”. Que chegou a ser ter a sua permissão justamente com a festa principal.

Uma última teoria conta que um único escravizado fez sua máscara para participar as escondidas na festa do seu senhor de engenho. Ele brincou tanto e entreteve os convidados que ninguém chegou a perceber que estava faltando uma pessoa na senzala e assim conseguiu fugiu sem ser reconhecido.

Independente das especulações, essa manifestação ocorre até hoje e é linda! Encantadora! Essas máscaras são feitas de papelão e tendem a ser bem assustadoras!

Conheça Acupe

Grupo experiência de viagem Raizes Salvador e Recôncavo 2022 com Laynara - Afroturismo
Grupo experiência de viagem Raizes Salvador e Recôncavo 2022 com Laynara – Afroturismo

Acupe é uma terra incrível e cheia de segredos, esses que contei aqui são só alguns deles. Mas para conhecer de verdade nós precisamos conhecer os verdadeiros protagonistas desse movimento, precisamos conhecer as pessoas que moram nesse lugar e se esforçam durante o ano inteiro para manter a historia viva.

Sendo assim, te convido à essa viagem de Afroturismo, visitando Acupe – Terra Quente e toda a região, garanto que você irá se surpreender!

Assim como fazer parte do nosso grupo de viagem e para conhecer essa cultura mais de perto em 2022, corre para saber mais e me chama no Instagram! (@laynara.afroindigena.tur) Pois, as vagas para a viagem em grupo RAÍZES são muito limitadas.

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Laynara - Imersões culturais Afroindigena

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Compartilho alguns fatos e alguns saberes que acredito que fazem parte da nossa história afro-indígena e que precisam ser aprendidos, relembrados e mantidos vivos.

5 movitos para viajar sozinha na própria cidade

5 motivos para viajar sozinha na própria cidade

Retomando o #PassagemPraUma, conversamos sobre: “Viajar sozinha na própria cidade” e o papo rendeu!
E confesso, que ás vezes estou mais fora do que na minha própria cidade e aí tem lugares que acabo não conhecendo.

É interessante, além do “onde”, também observar o “como fazer” e assim as ideias vão aparecerendo. Acredito muito na personalização do rolet, o quanto podemos pegar ideias diferentes e transformar em algo próprio pra nossa caminhada.

Então, eu Pamela Rocha, compartilho algumas ideias, aí escreva aqui no comentários algumas das suas e vamos fazer uma bela troca?

Com a flexibilização e aumento de pessoas vacinadas, uma das muitas alternativas para retomar as saídas ou começar novas experiências de forma segura, é viajar pela própria cidade.

Antes de dizer que tô viajando (eita trocadilho), umas das ideas que mais defendo é:

“O IMPORTANTE É IR!” Assim como, já abordado no texto da Karina do Viajar é o motivo – Viajar é ir e qualquer lugar pode render momentos incríveis!

E isso inclui viajar na própria cidade. E eu te explico por quê:

1 – (Re) conhecer o entorno

Muitas vezes, com a correria do dia a dia, acabamos por não conhecer o quem tem de interessante em nossa própria cidade. Mas só conhecer, mas valorizar.

2 – Fazer saídas de curta duração

É um bom recurso, porque se houver algum desconforto em ficar sozinha, não está longe para voltar para casa. Tentar ficar o tempo que der ou deixar a experiência para outra ocasião e chamar uma companhia Tudo ao seu tempo!

3 – Ajudar a ganhar mais confiança

Para muitas pessoas sair sozinha é um desafio e tanto, então vamos com calma! Pode começar com saídas curtas, (dica 1). Quanto mais saídas, mais a confiança cresce para fazer outras coisas, explorar outros lugares e muito mais!

4 – Perceber seus gostos

Museus, barzinho, show, parques, lugares calmos ou de movimento: O que você gosta mais?

Saídas em grupo podem influenciar nossos gostos. Tudo bem, sem problemas! Mas este momento solo permite saber o que você curte de verdade. E pode ser surpreendente!

5 – Testar sua organização

Esse é o momento de testar para perceber o que puder e quais suas preferencias: tipos de bagagem, peso de bagagem, se acostumar com app de mapas usando as ruas da cidade.

Experimentar errar e acertar faz parte da vida!

E aí bora experimentar viajar sozinha pela própria cidade? Ajudou, então já sabe compartilhe para ajudar mais pessoas.

Pamela Rocha - Rolet da Pam

Pamela Rocha

📍 Sorocaba (não o cantor)
🌎 Viagens, passeios e ideias.
✊🏾 Faça seu rolet, o importante é ir!

O que levar na Trilha de 1 dia - Débora Pinheiro

Trilha de 1 dia: super dica do que levar na mochila!

Alôoo amigos que querem começar a fazer trilhas fica aqui algumas dicas do que levar para trilha de 1 dia. Em primeiro lugar, gostaria de me apresenta, me chamo Débora Pinheiro, sou guia de turismo e amo trilhas. Para mim é sempre uma paixão poder trilhar e realizar travessias.

Antes de mais nada, gostaria de relembrar o texto feito pela Natasha – Localiza021 que fala muito sobre auto sabotagem quando o assunto é trilha, vale a pena ler!

Faça trilhas a sua mente está te sabotando sem você perceber!

Sendo assim, se você nunca fez trilhas deixo aqui algumas dicas do que levar para realizar essa atividade:

Calçado confortável

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➡️ Utilize um calçado confortável e aderente ao solo (pode ser tênis ou bota de trilha), nunca use um calçado novo na trilha porque isso pode machucar demais os pés; ⠀⠀⠀⠀⠀

Alimentação e hidratação⠀⠀⠀

O que levar em Trilha de 1 dia por Débora Pinheiro
O que levar em Trilha de 1 dia por Débora Pinheiro


➡️ Você pode montar um lanchinho com frango ou peito de peru, alface, tomate e cebola. Levar barrinha de cereal, o chocolate snickers ,frutas como maçã, doce de banana (conhecido como bananinha).

Pense em lanches práticos, ou seja, que recarregarem sua energia.

Não esqueça de levar água (costumo levar 1,5 mas bebo pouca água) e quem gosta de bebidas isotônicas, vale levar também.

Acessórios

➡️ Bandana, viseira e óculos escuro;⠀

Kit Higiene⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀

➡️ Repelente, protetor solar e labial e desodorante; ⠀

Kit Emergência

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➡️ Remédios, esparadrapo, papel higiênico, canivete, pinça e cobertor de emergência;

Eletrônicos

➡️ Gosto muito de fotografia e utilizo sempre minha Gopro nas trilhas, além do celular e levo sempre o Powerbank/carregador portátil, para não ficar na mão. E antes de fechar a mala, não posso me esquecer de dizer, para levar uma lanterna.⠀⠀⠀

Dicas Extra

Débora Pinheiro Trilha com Cachoeira
Débora Pinheiro Trilha com Cachoeira


Se a trilha for para uma cachoeira: leve uma toalha de rosto ou toalha de microfibra, assim não ocupa muito espaço na mochila.

Não esqueça de levar chinelos, assim se seu calçado molhar você pode voltar para casa de pés secos .⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀

Você trilheiro, o que mais tem na sua mochila e que não pode deixar de levar em trilha de 1 dia?

Por fim, gostaria de te convidar para ouvir o Podcast da Bitonga Travel, que participei falando dessas e mais dicas. Assim como, te convido para que possa me seguir nas redes sociais – Debora Pinheiros, e também conhecer o meu trabalho de guia.

Podcast Bitonga Travel – Travessia com Débora Pinheiros
Débora Pinheiro

Débora Pinheiros

Guia de turismo apaixonada pela natureza.

Jhenny Santine - Tempestade oya

Negra Viajante estreia nas plataformas musicais – Tempestade de Oya

Mergulhada nas forças ancestrais, Jhenny Santine faz sua estreia nas plataformas de streaming musical om o single “Tempestade de Oya”.

O projeto teve início com uma campanha de financiamento coletivo realizada no final de 2020 que possibilitou a gravação da faixa. Assim como o fortalecimento da arte de artistas independentes envolvidas em cada etapa do projeto e a produção de um videoclipe. Que será lançado no dia 4 de dezembro, ou seja, dia nacional de Iansã.

Oya ou Iansã

Oyá ou Iansã é a divindade que guia a narrativa da canção e do videoclipe.

Oyá é a orixá guerreira que reina sobre os ventos, raios e tempestades.

Assim como Iansã representa o movimento, o fogo, a necessidade de mudança, a luta contra as injustiças e é essa energia que o single transmite para o público. 

“Para mim, ‘Tempestade de Oya’ tem essa força do vento que é brisa, mas também faz temporal. A força da natureza que traz o movimento da mudança”, afirma Camila Trindade, cantora e compositora que colaborou com a direção vocal do single de Santine. 

Camila Trindade

“Quando eu compus essa música, eu estava muito triste e me sentindo desamparada, então a força do vento na beira da praia me fez sentir completa novamente. Era como se eu não estivesse mais sozinha e nem precisasse sentir medo dos problemas futuros, pois a música estaria comigo, a ancestralidade estaria comigo, os orixás estariam comigo sempre.” diz a cantora, compositora e atriz Jhenny Santine, também conhecida nas redes sociais como Amoras Livres. 

Jhenny Santine

As Artistas

Além disso, é importante ressaltar que todo o trabalho foi desenvolvido por uma talentosa equipe de artistas independentes, sendo a maioria de mulheres negras periféricas. São elas:

Isabela Alves e Tay Oluá design gráfico, Keithy Alves, fotografia, Joy Soares, produção executiva, Camila Trindade, direção vocal. Domenica Guimarães direção audiovisual. Nos instrumentos ouvimos Heloá Holanda, Piano e Backing Vocal; Xeina Barros, Percussões; Lua Bernardo, Baixo Elétrico; Camila Oliveira, Cello; Jucks, Guitarra e Cristine Ariel, violão, Mix e Master, Nebulosa Selo. 

Além disso, Suka Figueiredo, produtora musical de “Tempestade de Oya”, destaca:

“Trabalhar com a Jhenny foi uma grande oportunidade de crescimento pessoal. A produção deste single durou quase um ano e foi uma das experiências mais completas da minha carreira como Produtora Musical. Sou grata por assinar esta produção e caminhar junto a esta artista tão potente.” 

Tempestade de Oya

Jhenny Santine - Single Tempestade de Oyá
Jhenny Santine – Single Tempestade de Oyá

“Tempestade de Oya” se apresenta justamente como a força proveniente da união da comunidade que se ergue frente às injustiças, a potência coletiva do povo que luta contra os golpes e armadilhas de um sistema excludente. É energia de movimento e transformação tão necessária para a realidade que vivemos atualmente no Brasil e no Mundo. 

“Acredito que essa canção possa ser um abraço para todas as pessoas que precisam de afeto nesses tempos tão difíceis e, ao mesmo tempo, ela também resgata uma força ancestral que é imprescindível para que a gente consiga viver as diversas batalhas do cotidiano. Essa música não é só minha, ela é totalmente nossa!”

Afirma a cantora Jhenny Santine.

Excelente Jhenny, nós também acreditamos e precisamos, assim como queremos muito ser abraçada por essa canção que está por vir. Parabéns pelo seu trabalho, assim como sempre trazendo canções de acalanto e de representatividade.

Por fim, te convidamos para que envie seu trabalho, lançamento, textos que publicaremos aqui com o maior prazer.

O nosso e-mail é: faleconosco@www.site-antigo.bitongatravel.com.br