Vocês pediram e após o grande sucesso da primeira visita, aqui vamos nós mais uma vez para o Quilombo Cafundó celebrar o dia da Consciência Negra no dia 20 de novembro 2022. Em primeiro lugar, vamos lembrar que a viagem acontecerá em um domingo e a programação está para lá de especial, vamos?
Venha celebrar o Dia 20 de Novembro, ou seja, o Dia da Consciência Negra com o povo do Quilombo Cafundó, um pedacinho de África no Brasil.
O Quilombo do Cafundó fica na cidade de Salto de Pirapora e é formada por negros descendentes principalmente dos povos do norte de Angola. Em seu território desenvolveram uma linguagem própria, a chamada Cupópia, mistura de línguas como Kimbundo, Kikongo e Umbundo.
No Quilombo Cafundó também é possível encontrar uma grande plantação de produtos orgânicos, ou seja, um dos maiores do estado de São Paulo.
Com o objetivo de democratizar o acesso ao turismo, ou seja, devolver às pessoas negras o direito de ir e vir essa viagem propõe-se a possibilitar que pessoas negras volte às suas origens. Assim como possa imergir nessa atividade que vai além de cultura é realmente uma troca de experiência.
Nosso roteiro Dia da Consciência Negra 2022 – Viagem Quilombo Cafundó:
Saída de SP as 7:00 – Metrô Vergueiro defronte ao Centro Cultural São Paulo
8:00 -Parada para café
9:30 – Chegada no Quilombo
10:00 – Visita monitorada
12:00 – Almoço
13:00 – Atividades Culturais em comemoração ao Dia da Consciência Negra:
Tributo a Vó Ifigênia: Madrinha da Comunidade;
Apresentação do Samba de Roda Turi Vimba;
Oficina sobre autocuidado por meio das plantas e flores;
Apresentação do grupo de samba;
Apresentação do percursionista Manu Neto e
Encerramento com a Banda Voz do Morro.
17:30 – Café de despedida
18:00 – Retorno para São Paulo
Roteiro inclui:
Transporte ida e volta SP
Atividades Culturais
Almoço e café da tarde
Guia Cadastur
Seguro passeio
Valor por pessoa: 330,00 (trezentos e vinte reais) – pagamento:
À vista 5% de desconto (via pix) Parcelamos no cartão de crédito em até 3x sem juros
Se você chegou até aqui, com certeza é porque quer saber se na sua conexão de 6 horas em Paris é possível visitar a torre Eiffel, certo?
Que delícia poder compartilhar essa minha louca aventura por aqui da minha ida à torre Eiffel em uma conexão de 6 horas por Paris.
Em primeiro lugar essa maratona aconteceu no mês de maio de 2022 e não foi a minha primeira vez em Paris, o que considero que fez muito sentido para eu encarar essa loucura!
Desembarque
A primeira dica é, faça o check in pela internet e tente pegar os primeiros assentos, ou seja, pra vc já sair correndo pro setor de imigração e desembarque.
Você terá que passar pela imigração para eles carimbarem seu passaporte, talvez tenha fila, então corra, peça informações, sempre terá alguém pra ajudar e se der sorte alguém que fale português também rola.
Muitas pessoas vão te dizer, você está louca! Acredite, você realmente estará mais é isso, respira e vai!
Dentro do aeroporto tem metro gratuito até chegar na estação de trem!
Chegando na estação de trem
Tenha euros no bolso, pra facilitar a sua vida, procure as máquinas que é possível comprar bilhetes para um dia intero. O que sai mais barato, conforme orientação do rapaz e não titubear na estação do metro qual passagem comprar. O rapaz do posso ajudar recomendou comprar a passagem de 17,90 euros, e que pode ser usado por 24h.
Mantenha o bilhete sempre contigo no bolso porque todas as estações precisarão apresentar para continuar pelas outras estações.
Quando eu voltei para o aeroporto entreguei para alguém que estava na fila comprando passagens. Eu sou dessas, o direito de 24h serve para qualquer ser humano, não está restrito apenas à mim.
O percurso
Saiba que você está muito longe da estação então, ande rápido, se possível for corra, pra poder desfrutar mais tempo na torre Eiffel ou encarar a fila pra comprar um croissant.
Calculando a rota e seu tempo, um ponto importante é que se vc tem 3 horas 1 hora 30 pra ir e 1 hora e 30 minutos pra voltar e 30 minutos pra curtir!
Ao descer do metrô, você irá ter que andar aproximadamente 10 minutos. Você vai descer atrás da Torre Eiffel então terá que ir pro jardim. Então já sabe, corra!
No metrô você irá fazer diversas baldeações, então atenção. A estação mais fácil e rápida para desembarcar será Champ de Mars Tour Eiffel.
Retorno ao Aeroporto
Bom, como você percebeu que a viagem é longa na ida, vai ficar mais esperta na volta, então corra porque você terá que passar pela imigração.
DICA OURO
Cuidado com sua carteira, tenha muito atenção no metrô furtos são bem comum e assim como a famosa bate carteira. Na minha primeira vez e nas minhas primeiras horas em Paris fui furtada. Então o seguro morreu de velho.
E aí se animou? Vai encarar essa aventura na conexão de 6 horas em Paris. Corra e depois me conte o que achou…
Quer conhecer mais dicas e ver essa aventura, acesse o instagram de Rebecca Aletheia.
Por fim, assista essa aventura no canal do Youtube!
Em celebração ao Dia das Mulher Negra Latino Americana e Caribenha celebrado em todo 25 de julho o coletivo Bitonga Travel – de mulheres negras viajantes – juntamente com a Agência de viagens – Rota da Liberdade realizou no dia 30 de Julho de 2022 uma viagem de imersão no Quilombo Cafundó em Salto de Pirapora, durante todo o dia.
Dia Internacional da Mulher Negra Latina Americana e Caribenha
Entenda a data – No dia 25 de julho é celebrado o dia da Mulher Negra Latina Americana e Caribenha que surgiu no ano de 1992 com o intuito de dar visibilidade à luta das mulheres negras contra a opressão de raça, gênero e a exploração. Assim como, na mesma data se homenageia no Brasil Tereza Benguela, símbolo de luta e resistência da comunidade negra e indígena no Brasil.
A importância do Afroturismo
Considerando a importância do afroturismo como protagonista de retorno às raízes, assim como democratização do acesso ao lazer/turismo. A viagem teve como intuito deixar viva a história de nossos ancestrais.
Hoje, o afroturismo também coloca os negros como protagonistas de sua própria história e não mais apenas como objetos de pesquisa ou do local visitado. E isso pôde ser sentido através de cada vivência, troca de olhares, experiências e principalmente do sentimento mútuo de que aquela história é de quem está contando e também de quem está ouvindo.
A viagem
Deu-se inicio à viagem com partida da cidade de São Paulo e contou com uma programação incrível, mas que superou as expectativas das participantes.
Ao chegar no Quilombo, as viajantes receberam as boas vindas com um delicioso café da manhã e uma roda de prosa.
A vivência foi de forma imersiva, com vivências através de oficinas de bonecas Abayomi, Jongo e Ervas. O Quilombo possui uma extensa plantação orgânica da qual pudemos adentrar, adquirir e experimentar diversas leguminosas e ervas lá plantadas.
Logo no início da apresentação do Quilombo fomos surpreendidas por uma troca extensa de possíveis parentescos entre as participantes e os locais.
Acompanhe todos os detalhes dessa viagem com mulheres negras ao Quilombo Cafundó, através do Podcast da Bitonga Travel.
Sobre o Quilombo Cafundó
Localizado em Salto de Pirapora – SP, situada a 12 quilômetros dessa cidade, a 30 de Sorocaba e a não mais de 150 quilômetros da capital de Paulista.
O Quilombo do Cafundó foi originado no século 19. Com a história de Joaquim congo e Ricarda que se casaram em 8 de julho de 1855. Com muita luta contra invasões de fazendeiros e resistência o Quilombo tem 219,45 hectares, onde residem 24 famílias. Pudemos ver a casa da Dona Ricarda e sua capela e sentir toda sua força ali enpregada.
Como já dissemos, o Quilombo Cafundó é destaque em produção de alimentos orgânicos. Dessa forma, tudo ali é cultivado sem uso de agrotóxicos, adubos químicos, aditivos sintéticos, antibióticos, hormônios, nem técnicas de engenharia alimentar. Ao passo que, antes de entrar nas plantações fizemos uma oração para sentir e pedir permissão para pisar naquele solo
Um outro destaque ao território é a preservação da língua africana de tronco bantu – Quibundo ( língua falada no noroeste da Angola). Dessa forma, esta língua é nomeada como cupópia, pudemos repetir e assim e aprender a dizer “ta mukanda” (está escrito) e turi vimba (terra do povo negro)
As viajantes
O grupo de viagem que saiu da capital paulista com destino ao Quilombo Cafundó, contou com 26 mulheres negras para a imersão, mulheres pretas de 18 a 74 anos, ou seja, a sua maioria participando de uma viagem à primeira vez em um território quilombola em seu próprio país/Estado.
Como disse a viajante Rute:
Desse modo, mulheres negras viajantes existem, resistem, trocam, transformam e encorajam outras mulheres à pertencerem ao mundo e reintegrar-se ao direito de ir e vir por essa sociedade.
Assista ao nosso vídeo no Canal do Youtube, venha sentir um pouquinho do que foi essa viagem! Afinal, tudo que é bom precisa ser registrado, não é mesmo?
Para saber mais das atividades realizada pelo coletivo, assim como apoiar essas iniciativas entre em contato através do nosso email – faleconosco@bitongatravel.com ou através do nosso SITE.
Ah e é possível chamar a gente pelo WhatsApp, assim como mostrar o seu interesse em alguns das nossas viagens. Esperamos sua mensagem com muito carinho.
Sabe aquela famosa foto abraçado elefantes leões…. até quando vale no turismo essa exploração de animais? Recentemente me deparei com a matéria: Elefantes passam fome na Tailândia durante a pandemia do novo coronavírus. Respeitar e ajudar a cuidar do meio ambiente é muito mais do que não jogar lixo no chão.
Temos que ser responsáveis e críticos em tudo que é relativo ao planeta em que vivemos. Enquanto turistas e viajantes temos que repensar algumas atitudes e refletir sobre o que é sustentável no turismo e o que não é.
Aliás, o que a pandemia de Covid19 pode nos ensinar ou nos fazer refletir sobre nosso papel enquanto turistas ou viajantes responsáveis que cumprem seu papel na sustentabilidade?
Exploração de animais no turismo e suas polêmicas
em primeiro lugar vale lembrar que não é novidade que muitas atrações turísticas que envolvem interações com animais são um tanto polêmicas. Assim como, nadar com golfinhos, andar em elefantes, assistir show de baleias confinadas são apenas alguns dos exemplos de como os animais são explorados para atrair turistas.
Particularmente sou bem pé atrás com esse tipo de atrativo com expliração de animais no turismo. Assim como, quando visitei Buenos Aires não cogitei incluir na minha lista o zoo de Lujan, famoso por permitir que os visitantes posem ao lado de leões e tigres. Li vários relatos negativos em blogs, que não me animaram em nada a visitar o local. Por mais “domesticado” que um leão seja, ele não está no seu estado natural. Quem garante que eles não estão dopados? Quem garante que não são maltratados?
Por outro lado, em Cartagena visitei um oceanário na Islas del Rosario e não curti muito o passeio. Qual o sentido de confinar animais marinhos em uma ilha? O ponto alto da atração era o momento do show com os golfinhos, onde no final algumas crianças desciam até o tanque, sob supervisão do treinador, para interagir e tirar fotos.
Vale refletir…
Entendo a importância de zoológicos e que muitos animais que estão ali foram resgatados em situações precárias como estando em cativeiro e muitas vezes sofreram maus tratos. Mas até quando a interação direta desses animais com seres humanos é saudável e ética? Ninguém interagiria com um animal em seu estado selvagem e em seu habitat natural. Para que aconteça qualquer interação com esses animais, sua condição natural provavelmente ocorreu uma alteração, ou seja, foram dopados. Golfinhos, leões, elefantes, tigres…ninguém posaria ao lado deles para tirar fotos caso se deparasse com eles no meio da selva.
Ao mesmo tempo, os animais utilizados como atrações turísticas geralmente são dopados ou sofrem maus tratos para estarem dóceis e aptos para interagirem com os seres humanos.
Definitivamente ao meu ver o ser humano por vaidade e como forma de mostrar poder, usa dessas demonstrações exibicionistas que prejudicam os animais e muitas vezes não param para pensar as consequências de lugares assim existirem. Há outras formas de se aproximar de animais selvagens que não sejam em lugares do mesmo modo que alteram seu estado natural.
Turismo Responsável
Dessa forma, opte sempre por um turismo responsável. Existem tours e passeios que permitem ver esses animais livres na natureza, geralmente dentro de espaços protegidos por lei, ou seja, que são criados especialmente para proteger a biodiversidade local.
Logo, aqui vão algumas opções:
– Passeios de barco – geralmente um passeio marítimo permite observar muito da fauna marinha como tartarugas, golfinhos, botos e peixes. Aqui no Rio tive a oportunidade de avistar esses animais em passeios na Ilha Grande, Arraial do Cabo e até mesmo na Baía de Guanabara.
– Trilhas em Parques Naturais – é possível observar micos, macacos, tucanos, lagartos e outros animais endêmicos e exóticos. Trilha do Morro Dois Irmãos, Parque Nacional da Tijuca, trilha pro Morro da Urca.
– Mergulho – em passeios de barco é possível mergulhar em meio a peixes multicoloridos, geralmente as embarcações alugam snorckel para que o turista tenha a experiência de visualizar toda a fauna marinha do local.
– existe também a opção de fazertrabalhos voluntários em parques , reservas e ONGs. Além de estar ajudando na preservação do meio ambiente, você vai poder ver de perto muitos animais. Ao mesmo tempo, no Brasil temos projeto Tamar, que cuida das tartarugas marinhas; o SOS Mata Atlântica; ONGs de preservação no Pantanal e Amazônia. No exterior, ONGs na Costa Rica que cuidam de tartarugas na praia; ONGs na Ásia que cuidam da preservação de elefantes e outros animais.
Alguns Documentários
Por fim, caso ainda não esteja convencide o quaão danoso é a exploração de animais no turismo, seguem alguns documentários que contam histórias tristes e cruéis de como esses animais são separados das mães ainda filhotes, para serem treinados para shows e interação com humanos:
– A enseada (The Cove) – é um documentário norte-americano lançado no ano de 2009. O filme analisa e questiona a prática de caça aos golfinhos no Japão.
– Blackfish – O documentário centra-se no cativeiro da orca Tilikum, que foi responsável pela morte de três pessoas, e nas consequências de manter tais animais grandes e inteligentes em cativeiro.
– Gardeners of Eden – O filme tem como foco a crise da caça e do tráfico de partes de animais na África, documentando um berçário no Parque Nacional Tsavo no Quênia, onde se hospedam bebês elefantes cujos pais foram mortos
– Blood Lions – O filme traz importantes denúncias acerca da exploração comercial de leões e outros animais nas savanas sul-africanas, normalmente associadas a um suposto ecoturismo e a esforços de conservação dessas espécies.
– An Elephant Never Forgets– percorre o mesmo caminho que milhares de turistas britânicos fazem todos os anos quando visitam atrações que envolvem elefantes na Tailândia. Joe Keogh, um ator comediante de Manchester, oferece um grande insight sobre as condições de vida e de escravidão dos muitos elefantes usados e abusados na indústria de turismo.
Enfim…
Assim, me despeço de vocês por hora e espero que essa discussão para o futuro sobre exploração de animais no turismo seja um assunto desnecessário. Assim como espero poder compartilhar mais reflexões com vocês por aqui! Me siga no Instagram – Bora Descobrir, e acessem o meu Website – www.boradescobrir.wordpress.com . Até a próxima!
Com muito prazer irei apresentar 6 roteiros incríveis de afroturismo realizados por mulheres negras no Brasil. Aperte o sinto e vamos…
Em celebração ao Dia da Mulher Negra Latina Americana e Caribenha – 25 de julho – quero apresentar 6 roteiros que são comandados por mulheres negras que são imperdíveis e devem ser realizado no mínimo uma vez na vida.
25 de Julho – Dia da Mulher Negra Latina Americana e Caribenha
Em primeiro lugar, gostaria de falar um pouco sobre a importância dessa data e qual o motivo da sua celebração.
No dia 25 de julho celebra-se o dia da Mulher Negra Latina Americana e Carinhenha que surgiu no ano de 1992 com o intuito de dar visibilidade à luta das mulheres negras contra a opressão de raça, gênero e a exploração. Assim como, na mesma data se homenageia no Brasil Tereza Benguela, símbolo de luta e resistência da comunidade negra e indígena no Brasil.
O que é Afroturismo?
Antes de mais nada, precisamos falar que Afroturismo, ou turismo afrocentrado, é a valorização do turismo cultural através de patrimônio cultural e/ou imaterialde um determinado grupo étnico, neste caso a população negra.
Para ouvir sobre esse tema, o coletivo de mulheres negras viajantes Bitonga Travel convidou Tânia Neves, do Coletivo pelo Afroturismo, para um episódio de podcast sobre o tema. Disponível em todas as plataformas digitais.
Conhecido anteriormente como turismo étnico à partir de 2018 utilizamos o termo “Afroturismo”. Que nada mais é que englobar não só as Experiências Afrocentradas. Assim como também destacar a presença dos profissionais negros que comandam Agências de Viagens, Comunidades Quilombolas e Periféricas majoritariamente negras construindo roteiros, além de profissionais de Transporte e Guias Negros atuando na área.
Mulheres Negras no turismo
Muitas mulheres negras atuam no setor turismo, como empreendedoras, empresárias, guias de turismo … E não é à toa que dessa forma, recentemente 3 mulheres negras foram eleitas como a mais poderosas do Turismo no Brasil pela PANROTAS, são elas: Solange Barbosa, Bia Moretti e Tania Neres.
Já pensou imergir em um turismo de base comunitária em uma comunidade Quilombola, neste caso no Quilombo Mumbuca. Além de imergir na experiência todo mês de setembro tem a festa da colheita, onde fazem a colheita de Capim dourado. Uma celebração imperdível que vale cada minuto dessa experiência.
O quilombo Mumbuca está localizado em Mateiros – Jalapão – TO/Brasil e tem como responsável por este lindo passeio pela Rota Nativa comandado pela Illana, vale à pena. Aliás, convidamos você para imergir na festa da colheita que acontece em setembro – VENHA VIVER TURISMO DE BASE COMUNITÁRIA NO JALAPÃO TOCANTINS.
Quilombo dos Palmares – Alagoas – Dandara
Realizar turismo no Parque Memorial Quilombo dos Palmares juntamente com a guia de turismo Dandara –Visita Quilombo dos Palmares é obrigatório e fundamental! A sua expertise de Dandara do território regado de muito conhecimento, ancestralidade e vivência fazem desse tour mais que especial.
Assim como a importância de conhecer subir a Serra da Barriga, compreender a história de uma maneira única e muito além de Zumbi. Deixo aqui o filme Quilombo de 1984 como indicação de obrigatoriedade para compreender a história mais à fundo.
Assim como, esse roteiro faz com que o visitante possa imergir na história de Ganga Zumba, Akotirene dentre outras e personalidades negras que fizeram e fazem parte da nossa história como Abdias Nascimento dentre outros.
O Parque Memorial Quilombo dos Palmares, fica no estado de Alagoas, à 80km de Maceió. Deixo aqui um vídeo da visita que realizei ao Memorial.
Na cidade do Rio de Janeiro é possível encontrar a Pequena África. Assim como é possível realizar esse tour que conta mais sobre este lar histórico da comunidade afro-brasileira. Recentemente falamos sobre o samba na cidade do Rio de Janeiro e contamos minimamente sobre a pequena África e a Pedra do Sal. Se você não leu, corre aqui e leia – Samba – 8 rodas para curtir no Rio de Janeiro! No tour da pequena África é possível passar pelo vestígios arqueológicos no Cais do Valongo, ou seja, vestigios que marcam o local onde se encontrava o mais ativo mercado de escravos do Rio de Janeiro. Durante sua operação entre 1774 e 1831, um número estimado de 500.000 a 700.000 africanos escravizados e capturados forçadamente à atravessar o oceano Atlântico e desembarcar no Cais do Valongo.
Infelizmente foi o maior porto do Brasil de recebimento de pessoas pretas escravizadas de África, você consegue imaginar isso?
Indicamos a empresa Conectando Territórios, com os tours realizado pela Thaís Rosa, que tem uma vasta experiência no destino.
Tour Heroínas Negras – SP
Realizado pelo centro da cidade de São Paulo o tour heroínas negras conta a história de mulheres negras que fizeram e fazem parte do Brasil e da capital paulista.
Caminhada Boipeba Roots – Boipeba – BA – Quase Nativa
Quem conhece Boipeba sabe que esse lugar tem encanto, tem magia e é lindo de imergir nessa vivência, e nada mais justo que com locais, ou seja, uma imersão junto com a comunidade.
A caminhada é idealizada pela Manoela Ramos – Escritora viajante – que trás a imersão nessa vivência contagiando os viajantes a interagirem com a comunidade, assim como a divisão de renda entre os locais. Dessa forma bem descontraida, o tour Tour também é realizado em parceria com o Guia Negro.
Caminhada Ancestral Maria Firmina dos Reis – São Luís – MA
Por fim e não menos importante no nosso giro pelo Brasil, não podemos deixar de fora São Luís do Maranhão com o a caminhada Ancestral Maria Firmina dos Reis –Da cor ao Caso . A escritora considerada primeira romancista preta do Brasil tem muito a ser conhecida pelos viajantes.
Esse tour é passagem obrigatória, assim como é possível fazer este tour na modalidade on-line, e está disponível através do link . Dessa forma também indicamos essa caminhada que é realizada pelo Guia Negro, consulte a agenda do mês.
E aí gostou de conhecer esses 6 roteiros de afroturismo dirigidos por mulheres negras no Brasil? Conte pra gente e indique mais para que possamos proporcionar muitas outras possibilidades para mais viajantes. Assim como, promover e fomentar o black money!
Viagem marcada para Europa, pós ápice da pandemia de COVID-19, com aquele medo básico da imigração, e querendo resposta antes de ir, certo? E a nossa podcaster e blogueira Dani Romão, conta tudo como foi sua última passagem pelo continente.
Antes de mais nada, gostaria de dizer recentemente (Abril 2022) fiz uma viagem para Espanha. Tinha um casamento para acontecer lá. Mas esse detalhe é papo para um episódio no Podcast da Bitonga Travel. Como é sábido, brasileires não precisam de visto de turismo para entrar, então #PartiuEuropa
Nesse nosso retorno as viagens a dúvida é: o que eu preciso apresentar em relação ao Covid? Então vamos a minha experiência.
Viagem Europa – Documentos Necessários contra COVID-19 antes de ir
Meu voo foi: São Paulo x Madrid. Precisei apresentar o formulário Spth. Ele só não será exigido em caso de você ter tomado suas vacinas na União Européia. Como não é esse o meu caso, esse formulário deve ser preenchido aqui no Brasil.
No aeroporto existe identificação para entrega desse formulário, onde você apresentará a sua vacina. Leve o certificado internacional impresso, em Espanhol que assim será super tranquilo a checagem.
Você consegue emitir esse certificado no site do governo – ConectSUS
Com esses documentos em mãos sua entrada quanto a confirmação vacina contra covid-19 será super tranquila.
Dica Ouro
Salve seus certificados de vacinação (você tomou as 3 doses né? Diz que sim!) em inglês e Espanhol em seu Celular para apresentar em todos os passeios que te pedirem, assim você não fica na dependência de internet para acessar o conecte sus toda hora.
Em Dublin – Irlanda
De Madrid peguei um voo para Dublin na Irlanda. Lá não se exige apresentação nem de teste e nem de vacinação. Mas quando fiz meu check in no voo da Ryanair foi solicitado anexar a vacina. Então indico ter em mãos os comprovantes também.
Lisboa – Portugal
Depois fui para Lisboa, que deixou de exigir também comprovantes de vacinação ou imunização recentemente.
Espanha e Portugal exigem o uso de máscaras em transportes, e unidades de saúde. Assim como devemos usar no avião.
Bom é isso, espero que este texto tenha te ajudado a planejar a sua viagem para Europa antes ir. No mais, bons vôos e planejamentos para você.
E por fim, para se inspirar em novos destinos, escute o Podcast da Bitonga Travel onde Rebecca Aletheia e eu – Dani Romão, batemos um papo de fila de aeroporto com negras viajantes inspiradoras. Se estamos na fila do aero, significa? Que estamos usando máscaras! Se essa foi a sua resposta, muito bem!
Recebemos esse brilhante texto da Lurdinha Souza contando os 20 lugares para se visitar em Palmas e Jalapão no Tocantis.
Envie seu texto para faleconosco@www.site-antigo.bitongatravel.com.br
Em primeiro lugar, gostaria e dizer que Jalapão era um destino que já me atraia há muito tempo. Sendo assim, no início desse ano, resolvi me presentear, em razão do meu aniversário em fevereiro, com essa viagem.
Como sou mochileira e prefiro viajar no modo econômico, comecei a cogitar a ideia de alugar um carro e ir sozinha (sou dessas, aventureira). Mas pesquisei bastante, e vi que poderia ser arriscado e bem caro.
Minha pesquisa iniciou imediamamente no google que me retornou várias agências que faziam pacotes. Entrei em contato via whatsapp com várias delas. Como era domingo, só na segunda comecei a receber os retornos.
Planejadora que sou, logo selecionei as que tinham os roteiros mais completos e melhor preço ($$$ 😊). Finamente fiquei entre quatro, logo depois entre duas e finalmente resolvi tentar fechar.
Fechei com a agência Jalapoeiros. Combinei tudo via whatsapp, e agora era esperar…. ainda estava em fevereiro. Site Jalapoeiros.
No meio disso tudo, tive uma mudança em função do trabalho, de Manhuaçu (leste de Minas) para BH. Insegurança da mudança, se isso ia afetar minhas férias. A agência foi muito compreensiva na situação.
Enfim, junho chegou. Férias e a tão esperada viagem ao Jalapão.
3 dias em Palmas – TO
Minha viagem começou em Palmas, separei três dias para conhecer a caçulinha das capitais do país, com apenas 33 anos (mais nova que eu rsrs).
Uma cidade muito bonita, com comida muita farta. Essa é minha descrição de Palmas.
Dia 1 em Palmas – TO
No primeiro dia, saí cedo do hostel fui caminhando até o Parque Cesamar. Se você gosta de caminhar pelas cidades, como eu, se prepare: Palmas praticamente não tem pedestres. Dizem que pelo calor, sol quente e aquelas ruas muito planas 1 km parecem 5.rs
Depois visitei o Relógio de Flores. Vencida pelo sol do meio-dia, chamei um carro de aplicativo e fui almoçar no restaurante que me indicaram para experimentar o chambari, um prato típico, ou quase, do TO.
No fim da tarde, fui para Praia da Graciosa ver o pôr do sol, e que pôr do sol.
Dia 2 em Palmas
Dia seguinte, ou seja, o segundo dia, fui até a praia da Graciosa, tomei o barquinho e fui até a Ilha do Canela. Vale super a pena.
Descobri que tem umas telas de proteção, mas não são demarcação de profundidade e sim porque tem piranha do Rio Tocatins.
Junto com uma moça que conheci no hostel fiz uma tentativa frustrada de ir a pé da graciosa até a praia do Prata, como disse frustrada… muito frustrada no sol das 14h rsrs. Ah, outra coisa que não rola em Palmas é carona.
Dia seguinte, decidimos encarar a caminhada até o Prata, uns 50 min. Valeu muito a pena, mas o lance das piranhas ainda tava gritando na minha cabeça.
Praia de rio, assim como a Graciosa, lindíssima.
Fui conhecer a maior praça da América Latina e segunda maior do mundo, Praça dos Girassóis. Muita história e muitos monumentos pra visitar. Lá está localizado o centro geodésico, que marca o centro do Brasil.
Viagem em grupo
O lado ruim de comprar essas viagens de grupo é que, no meu caso, como estava sozinha não escolhi o grupo. Tive sorte de encontrar outra moça viajando sozinha e ficamos superamigas. Sorte a minha, já que tinham outros dois casais. E a gente escapava das opiniões do lugar de branco privilegiado conversando entre nós sobre vários assuntos: livros, personalidades negras, nossas histórias de vida… enfim sorte a nossa nos encontramos.
O lugar é muito mais do que vemos em fotos, muito mais lindo. Energia surreal…. Minha experiência foi muito além de uma viagem, foi uma imersão terapêutica em mim mesma. Mas esse papo vai pra terapia, aqui falemos da viagem…
5 dias no Jalapão
Bom, após visitar esses lugares em Palmas, hora de partir para o Jalapão!
Jalapão é incrível! Os deslocamentos nos dois primeiros dias foram longos. E grande parte em estrada de chão. Como sou cria de interior, de roça, achei tranquilo, mas é uma opinião muito pessoal. Mas Jalapão é ecoturismo, então não vá esperando pavimentação.
O que fazer no Jalapão
O primeiro atrativo que visitamos foi a Pedra Furada. A formação rochosa de arenito é muito impressionante.
De lá seguimos para a Lagoa do Japonês, outro maravilhoso atrativo.
Visitamos o cânion Sususapara, o nome é por causa de um cervo nativo do cerrado.
O lugar é de uma energia maravilhosa, as raízes das arvores do cerrado se aprofundam pela terra em busca de água. O cânion mostra um pouco do quão longas são essas raízes. Momento reflexivo pra mim. Sobre minhas raízes….
Comunidade Quilombola
No segundo dia almoçamos em uma Comunidade Quilombola, há algumas pelo Jalapão. A aparência é de uma comunidade mais rural, assim como as casas são distantes uma das outras, não consegui conhecer muito. Uma pena….
A prainha do Rio Novo foi o único lugar de água fria que vi no Jalapão.
A serra do Espírito Santo foi apenas contemplação, mas a imponência chama atenção ema vários pontos do trajeto.
As Dunas são um capítulo à parte, exuberantes. Sempre me encanto com dunas. Uma nuvem encobriu o pôr do sol, mas não tirou a beleza daquele lugar e momento.
Cachoeira da Formiga é outro capítulo à parte, primeira cachoeira de água quente que já vi na vida. Minas tem cachoeiras maravilhosas, mas agora vai ficar difícil não comparar a temperatura gelada daqui com aquela temperatura incrível.
Os fervedouros eram o ponto alto pra mim. E não decepcionaram, na verdade superaram muito todas as minhas expectativas. Visitei 07 fervedouros: Buriti, Buritizinho, Ceiça, Jatobá, Rio do Sono, Macaúbas e Bela Vista. (Palmas pro guia que viabilizava tudo com muito carinho).
Todos têm água morna. Deliciosos e exuberantes. O que eu mais gostei foi o Macaúbas – o que tem maior pressão, a gente flutua mais. Foi o que me senti mais à vontade flutuando sem tocar os pés no solo. (já que não sei nadar).
Mas todos me impressionaram muito, a beleza que a gente vê nas fotos nem chega perto da beleza real daquele lugar.
Hospedagem, Guias e Valores
Esperava acomodações mais simples, na casa de moradores. Eu amo essa interação, mas não posso reclamar, pois as pousadas eram de alto padrão. O roteiro incluía transporte, acomodações, café, almoço e janta. Tudo muito farto e delicioso.
Os guias são da região e os restaurantes que almoçávamos eram dos próprios moradores, que já estavam ali antes da chegada do turismo. Achei isso fantástico. E, por mim, deveria ser proibido ir gente de fora montar negócios por lá.
Enfim, à primeira vista Jalapão parece um destino caro, mas achei acessível o valor que paguei em relação a tudo que disfrutei em 05 dias e 04 noites naquele paraíso.
Foi uma viagem da vida. A viagem!
Aviso: Jalapão mexe em todos os seus sentidos. A imersão naquele paraíso teve um efeito terapêutico pra mim. Todas as viagens que já fiz me proporcionaram autoconhecimento, mas essa foi bem mais profunda, talvez por que foi a primeira depois de 02 anos de pandemia.
Enfim, esse paraíso é nosso e pra nós! Só vai pro Jalapão meninas. Espero que tenha gostado desses lugares para se visitar em Palmas e Jalapão. Assim como, te convidamos para escutar o Episódio da Bitonga Travel – Jalapão
Podcast Bitonga Travel – Jalação fala de Lugares para se visitar em Palmas e Jalapão – TO
Por fim, duas últimas grande sugestão: Pensando em viajar ao Jalapão – Vá participar da Festa da Colheita em Setembro – Agenda Bitonga Travel. Assim como, leia o texto – Venha viver Turismo de Base Comunitária no Jalapão – Tocantins.
Mineira, nasceu no interior de Minas. Cresceu a zona rural e como boa aquariana sonhadora ( que não acredita em signo rs) ousou ir para vida e para o mundo.
Pensando em viajar para o Jalapão e ter uma imersão cultural através do turismo de base comunitária, você está no lugar certo! Neste post iremos compartilhar um pouco sobre esse paraíso.
Em primeiro lugar vale lembrar que Jalapão é o meu destino número 1 de lugares mais lindo do Brasil, pasmem! E obviamente quero que o mundo inteiro conheça o lugar, mas com moderação respeito e muito cuidado. Pois é através desse forma de turismo que o local terá sua beleza preservada.
Antes de darmos continuidade, vamos falar um pouco sobre o que é turismo de base comunitária?
O que é Turismo de Base Comunitária – TBC?
Turismo de Base Comunitária – TBC, são iniciativas e atividades protoganizadas pelas comunitária locais. O TBC tem como objetivo valorizar o modo de ser, assim como, amplia a autonomia e promove o protagonismo dos povos e comunidades tradicionais.
Em suma, é um modelo de turismo onde o protagonista é a comunidade, ou seja, gerando benefícios coletivos, assim como promovendo a vivências intercultural, preservando a qualidade de vida, valorização da história e da cultura local dessas populações. Bem como, a utilização sustentável para fins recreativos educativos. O TBC juntamente com a comunidade organiza e presta serviço para os visitantes tais como a valorização de guias locais entre outras atividades imersivas.
Mas enfim, o que é Quilombo? Quilombo é genericamente o local para onde pessoas escravizadas (pretas e não pretas, indígenas também) tinham como refugio e forma de sobrevivência, resistência e fuga dos “seus” senhores.
Enquanto durou a escravidão no Brasil, desde a colonização até o final do Império, existiram os quilombos.
O que é Mocambo Quilombo remanescentes de Quilombo – por Laynara Imersões Cultural
Quilombo Mumbuca – Turismo de base comunitária no Jalapão
Localizada na região de Mateiros – Jalapão – TO, o Quilombo abriga atividades de TBC, ou seja, turismo de Base Comunitária.
Comunidade Mumbuca – A comunidade se tornou conhecida por ser a pioneira no extrativismo do capim dourado e sua inovação em costura-lo, dessa forma, deu origem a lindas peças de artesanato.
A designação “Capim Dourado” foi criada no ano 2000, ou seja, época da fundação da Associação da Comunidade Mumbuca, tendo sido este nome escolhido devido ao brilho do capim típico encontrado somente na região do Jalapão, que lembra o ouro amarelo. Antigamente este tipo de capim era denominado capim de vereda.
O nome Mumbuca
O nome Mumbuca se origina de uma abelha da região, cujo mel é usado para fins medicinais. Bem como, os fundadores do povoado Mumbuca eram pessoas negras escravizadas que fugiram da Bahia e Piauí durante a seca. Foi na região do Jalapão onde encontraram abrigo e alimento, adotando esse local para viver. Dessa forma, esse povo em busca de uma vida de liberdade em um lugar rico em água, e com uma beleza cênica impar, no final do século 18.
Comunidades no Quilombo Mumbuca
Antes de mais nada, vale lembrar que dentro do Quilombo Mumbuca pela sua grande extensão territorial no Jalapão o território é dividido em Comunidades, são elas:
Mumbuca
Rio Novo
Quintais do Prata
Rio da Prata
Quais são as atividades de TBC no Quilombo Mumbuca – Jalapão?
Oficina de Costura em Capim Dourado – Nesta vivência, tem a oportunidade de conhecer melhor os processos de costura das artesãs que transformam o capim dourado em lindas biojóias e acessórios.
Trilha Nativa saindo da Comunidade Mumbuca – Prainha do Mumbuca – Encontro das Águas Trilha de nível fácil percorrido em 2 horas.
Cantiga de Roda com o músico Arnon Tavares, artesão de peças em talo de buriti, vivencia como se constrói a viola de buriti que embala as cantigas cantadas e tocadas por este jalapoeiro.
Roda de Conversa com Dona Doutora, a matriarca da comunidade. Conversa sobre saberes tradicionais bem como sobre os recursos naturais do cerrado. Momento com doutora em sua casa, toma-se o famoso cafezinho da região, juntamente com Dona Doutora que conta como foi nascer e se criar ali na comunidade. Dessa forma, compartilha sua grande experiencia com os recursos ali disponíveis, principalmente as plantas medicinais que já lhe permitiu salvar vidas de mumbucenses.
Vivência com a Nativa Cleusa – Realizada na comunidade Rio Novo. Nesta vivencia tem-se a demonstração do modo de produzir Farofa do “Boi Curraleiro” que antigamente se alimentavam durante os longos percursos de viagens pelo Jalapão. Degustação da faropa pronta.
Roda de Conversa com jovens nativos da comunidade Rio Novo sobre suas vivências e expectativas com inserção do turismo de base comunitaria na região.
Bate-papo com Sr. Doutor e sua esposa Maria, os anciãos da Comunidade do Prata com o famoso “café com rapadura” , cultivado e produzidos ali mesmo.
Visitação ao cultivos orgânicos que os nativos produzem. Assim como de onde tiram suas fontes de subsistência através de alimentos que sustentam a comunidade (Mel, Buriti,Café e Rapadura, hortaliças).
Trilha Nativa para o pôr do Sol no Mirante do Prata com parada no fervedouro, trilha nível fácil duração de 30 minutos.
Festa Tradicional no Quilombo Mumbuca Jalapão
Festa da Colheita Capim Dourado Jalapão – TO – Turismo de Base Comunitária
Além de toda essa variedade de atividades de Turismo de Base Comunitária que o Quilombo Mumbuca tem a oferecer eles ainda promovem no mês de setembro a festa da colheita.
Já pensou participar da colheita do capim dourado? Com direito à algumas das atividades descritas acima. Assim como participar da grande colheita. A festa acontece do dia 07 à 11 de setembro e possui vagas limitadas. Consulte os valores e garanta a sua vaga e venha participar dessa imersão.
E aí gostou desse conteúdo? Deixe aqui nos comentários, você já fez TBC? Tem vontade? Assim como, será um prazer poder fazer parte em te ajudar a visitar esse e outros lugares incríveis de TBC.
Fui convidada para uma conversa via Instagram pela Flaviana Alves -para dialogar sobre o tema – Mulher preta viajante e a solidão na estrada. Essa conversa aconteceu em novembro 2019, sendo assim, resolvi organizar meus pensamentos e traduzi-los em palavras escritas, então vamos lá.
O que é Solidão?
Primeiramente, precisamos conseguir entender um pouco mais do significado da palavra SOLIDÃO. Em uma busca rápida pelo Google encontro a definição que considero muito perspicaz:
“A solidão não requer a falta de outras pessoas e geralmente é sentida mesmo em lugares densamente ocupados. Pode ser descrita como a falta de identificação, compreensão ou compaixão.”
Quando falamos de viagem acredito permear pela AUSÊNCIA da identificação de alguém igual a mim. Assim como, da compreensão do outra de mim enquanto mulher e negra e compaixão em compreender o outro, neste caso eu/nós sem invadir, no entanto, o meu/nosso espaço.
Na psicologia podemos encontrar a definição de solidão – superficialmente falando principalmente porque eu não sou psicóloga – como o sentimento de não pertencer ao mundo que nos cerca. Não conseguimos criar vínculos ou nos identificar com os outros. Entre as causas da solidão, estão a dificuldade para se relacionar com outras pessoas, medo de ser julgado e o vazio existencial.
Fazer a escolha de viajar é você quebrar uma barreira do universo que vivemos como uma forma de afrontamento de que o nosso corpo dos quais o sistema capitalista fará questão de trazer à tona a solidão. O que é diferente de um(a) viajante branco/a que viaja em busca da solitude – é o estado de se estar sozinho e afastado das outras pessoas, e geralmente implica numa escolha.
Mulher preta viajante e a solidão na estrada
Trago todos esses conceitos ou parte deles, porque acredito que os conceitos são bem mais profundos do que mencionei acima. Compartilhar a minha história que tenho certeza de que não é só minha, ela é muito parecida com a de muitas outras mulheres negras.
Sou uma viajante desde pequena. Para nós negras e negros volto a repetir, que esse prazer que nos privam, faz parte do sistema do qual vivemos – O capitalismo! É esse tal capitalismo que faz com que a burguesia nos aprisione dentro de nossas casas, comunidades, do nosso gueto. O trecho da música do RAP 2000 é emblemático em retratar o nosso rompimento de barreiras em descobrir o mundo: “Fui pra zona sul pra conhecer água de coco”, o nome disso é emancipação, e sinceramente? Isso incomoda muita gente.
Não acordo todos os dias pensando em incomodar! Saio ao mundo para pertencer, sou parte dele, eu sou o mundo, assim como, posso cruzar as fronteiras, atravessar, permear, dançar. Se sentir solta da zona leste à zona sul, por quaisquer zona e me sentir livre é poder quebrar todos os paradigmas da solidão.
O turismo pode ser uma armadilha para conosco, ou seja, ele vem vestido de traiçoeiro, e posso te explicar o porquê penso isso.
A chegada do turismo nas comunidades/favelas tem aumentado absurdamente, porque é chic estar na comunidade só de passagem. Mas agora morar, quero ver quem quer morar por lá. É bonito de se ver, mas de se viver deixo à vocês pobres e mortais. Quando pertencemos a lugares que nos foram tirado, como zona sul, passeios e viagens glamurosos nos questionam quem somos e de onde viemos. Nos atribuindo todos os estereótipos desse mundo maléfico, está certo isso?
Vista a minha pele
Solidão? Sim! Me sinto solitária quando o direito de viajar me é negado, quando a minha cor vem primeiro, meu gênero em segundo e o meu conhecimento subestimado. Como se sentir acolhida meio à tantos preconceitos e discriminação. Vista a minha pele por algumas horas, por alguns dias, por algumas viagens que tu irás ver o quão doloso é ser uma mulher negra brasileira pelo mundo.
Na estrada deste mundo e obviamente Brasil, me senti e muitas vezes sinto falta de identificação, compreensão ou compaixão, me sinto solitária! Nem sempre viajo sozinha, mas obviamente a maioria das vezes a faço, por ser mais prática de planejar e ter mais autonomia nas escolhas pré e durante a viagem. Quando éramos pequenas/os e viajávamos para a casa de praia do meu tio e tia, ambos negros, em um condomínio fechado no litoral norte. Éramos os negros do condomínio, os farofeiros a tradicional e literal família negra cheia de crianças e todas as idades a literalmente desfrutar do nosso direito, do nosso poder de pertencimento deste espaço.
A excessão deve ser a regra!
Rebecca Aletheia – Victoria Fall – Zimbabuê – África
Tentavam nos intimidar, mas éramos muitas e muitos, não estávamos sós! Mas lembro perfeitamente a nossa felicidade ao ver e ter outra(s) famílias negras pelo condomínio. Era o assunto por dias entre nós, estávamos nos reconhecendo nunca perdendo o medo e muito menos nos sentindo intimidados por estamos lá. Trazíamos conosco nossa história e nossas raízes, nossos pais sempre traziam a discussão racial e a discussão de classe além das salas de aula, o mundo nos ensinava na prática e nossos pais nos davam a munição para enfrentar a vida.
Não éramos chamados para festinhas do condomínio assim como, não fazíamos parte do hall de amigos da pracinha, principalmente eu e minhas primas negras, eles/elas não queriam nossas/os amizades. Nem preciso dizer o porquê, aliás vou dizer: porque somos negras, sim sofríamos racismo, era nós por nós. Nosso quarto, a sala, a varanda era nosso espaço para nossas brincadeiras os olhares matavam mais do que bala de revolver.
Viajar e não encontrar outro viajante igual a mim tem muito significado, porque é encontrar-se literalmente só, é não poder compartilhar felicidades e angústias, é saber que aquela sua piada não fará sentido algum ao não negro. Desde ter a imensa felicidade em poder tomar um banho em uma banheira, desde a primeira vez que tomei um vinho ou na primeira vez que andei de helicóptero enquanto já era a segunda/terceira vez das pessoas que estavam comigo e eu ser a única negra do grupo. Com quem eu vou conversar? Quem veio da mesma realidade que eu? Quem compreende os mesmos sentimetos que o meu?
Afeto e reconhecimento entre os nossos
Vos escrevo como uma expatriada, ou seja, uma pessoa de uma nacionalidade vivendo em outro país. Este é o meu terceiro ano vivendo fora do Brasil, e infelizmente o meu conhecimento e minhas habilidades são sempre questionados por outros expatriados, assim como dificilmente consigo ter uma relação de amizade profunda, o nome disso é Solidão!
Desde sempre imperceptivelmente viajo para lugares afro centrado, onde há negros, mas isso não quer dizer que os negros estão viajando, mas são lugares onde a população negra está/vive. Como foi o caso de Salvador, Maranhão, Piaui, Rio de Janeiro, Pernambuco, Trinidad e Tobago onde morei por quase 6 meses, Moçambqiue, África do Sul, Swazilandia/Eswatini, Zimbabwe, Zambia, Botswana, Peru, Cuba, Panamá, Bolívia… onde tive literalmente o abraço da comunidade. Não foram os viajantes que me acolheram porque na sua maioria os negros não estavam nessa posição de viajante, foram e são os locais os que fazem e abrilhantam o turismo, assim fui abraçada/acolhida. O reconhecimento em verem uma mulher negra viajando é fazer com que elas/eles sintam-se representados pela ocupação deste espaço. Recebo tanto afeto, carinho, presentes físicos que só tenho a agradecer.
Não mexe comigo, que eu não ando só…
Mediante a discussão mulher preta viajante e a solidão na estrada, preciso dizer que por todos os lugares do mundo me oferecem orações nunca nego. Acredito que é por esse motivo que estou em pé, que tenho chegado com os meus pés e corpo por todos os lugares do mundo.
Finalizo aqui esse texto com um trecho para poder ilustrar melhor o nosso diálogo – Não mexe comigo – na voz de Maria Bethânia.
“Eu tenho zumbi, besouro o chefe dos tupis Sou tupinambá, tenho erês, caboclo boiadeiro Mãos de cura, morubichabas, cocares, arco-íris Zarabatanas, curarês, flechas e altares. A velocidade da luz no escuro da mata escura O breu o silêncio a espera. Eu tenho jesus, Maria e josé, todos os pajés em minha companhia O menino deus brinca e dorme nos meus sonhos O poeta me contou
Não mexe comigo que eu não ando só Eu não ando só, que eu não ando só Não mexe não”
Música: Não Mexe comigo – cartas de Amor
Artista: Maria Bethania e Compositores: Paulo Cesar Pinheiro
Por fim, te convido a ler o livro – Cartas de Uma viajante Negra ao redor do mundo e imergir nessa e mais reflexões da autora Rebecca ALetheia.
Hey mulheres negras, vamos viajar juntas com o Coletivo Bitonga Travel para o Quilombo Cafundó – interior de São Paulo? A Agência de viagens – Rota da Liberdade juntamente conosco da Bitonga Travel tem o prazer de apresentar esse lindo roteiro. Antes de mais nada, você já ouviu falar do Quilombo do Cafundó? Se ainda não, então já pega a mala e vamos embarcar nessa viagem desde já!
Sua História
Localizado em Salto de Pirapora – SP, situada a 12 quilômetros dessa cidade, a 30 de Sorocaba e a não mais de 150 quilômetros da capital de São Paulo.
O Quilombo do Cafundó é destaque em produção de alimentos orgânicos. Dessa forma, tudo ali é cultivado sem uso de agrotóxicos, adubos químicos, aditivos sintéticos, antibióticos, hormônios, nem técnicas de engenharia alimentar.
Bem como, a língua africana de tronco bantu – Quibundo ( língua falada no noroeste da Angola) é preservada, sendo nomeada como cupópia.
Nossa viagem – Vamos viajar ao Quilombo do Cafundó – Bitonga Travel
Sendo assim, vamos viajar ao Quilombo do Cafundó – uma imersão cultural em um dos Quilombos mais importantes do Brasil.
A viagem consiste em um famoso bate e volta, ou seja, passeio de 1 dia, como é próximo da capital consiste no máximo em 1 hora e meia de ida com uma parada técnica.
A Saída da capital de São Paulo, acontecerá Rua Vergueiro,1000 – Metrô Vergueiro sentido Centro às 07:00 da manhã. O retorno de Salto de Pirapora está previsto para as 17:00.
A data
Ao mesmo tempo, em celebração do dia da mulher negra latina americana e caribenha, 25 de julho – o coletivo Bitonga Travel, realizará viagem no dia 30 de julho de 2022 ao Quilombo Cafundó.
Nossas Programação
Jongo Quilombo Cafundo – SP
Ao chegar ao Quilombo, haverá a boas vindas com um delicioso café da manhã e uma roda de prosa.
Assim como, acontecerá 3 oficinas no dia e um passeio pelo campo de produção de produtos organicos.
Oficina de Jongo – história da comunidade, língua , personalidades quilombolas;
Oficina de Ervas- aprendizado sobre a importância das ervas para a comunidade e seus efeitos curativos;
Almoço
Oficina de Bonecas Abayomi;
Passeio pelo campo – o Quilombo do Cafundó é referência na produção de orgânicos no interior do Estado de São Paulo
Valores
Em síntese, a viagem tem como valor de investimento R$ 290,00 (duzentos e noventa reais) por pessoa.
Está incluido o transporte, seguro passeio, guia cadastur, almoço, assim como as atividades no Quilombo.
Vale lembrar que não está incluido qualquer despesa pessoal, assim como, compras.
Garanta a sua vaga!
A viagem tem vagas limitadas, ou seja, apenas 15 pessoas e estão se esgotando muito rápido!
Escute o nosso episódio do podcast da Bitonga Travel – Quilombo Cafundó com Solange Barbosa e venha imergir nessa viagem disponível em todas as plataformas digitais!
Podcast Bitonga |Travel – Episódio Quilombo Cafundó com Solange Barbosa