Museu da Inconfidência Mineira - Ouro Preto MG

Afroturismo Ouro Preto – MG roteiro de 3 dias

Se você está planejando conhecer Afroturismo em Ouro Preto – MG, nesse texto queremos te contar nos mínimos detalhes quanto custou essa viagem de 3 dias.

Em primeiro lugar, Ouro Preto é considerada Patrimonio Cultural da Humanidade pela UNESCO! Um outro ponto importante é que faz parte da rota do ouro. capitania de MG, cidade que faz parte da rota do ouro. compreender a formação do Brasil.

Essa viagem aconteceu em grupo com 5 mulheres no primeiro final de semana de 2023. E vale lembrar que foi uma viagem incrível regada de muitas emoções e imersão.

Quando ir?

Ouro preto é um destino para o ano todo e a única recomendação evite época de chuvas, dezembro e janeiro.

Portanto, todavia, entretanto… no primeiro final de semana de janeiro acontece a festa do Reinado da Guarda de Nossa Senhora do Rosário, Santa Efigência e São Benedito, ou seja, faça chuva ou faça sol tem celebração. Essa festividade faz parte das atividades de Afroturismo de Ouro Preto e sinceramente, é uma festa magnífica que vale cada minuto.

Bem como, rola alguns festivais imperdíveis como Carnaval de rua, Festival de Inverno, Festival de Cinema entre outros…

Como ir?

Saindo de Belo Horizonte é possível alugar carro, ônibus da rodoviária, ou buser à partir de R$27,00, menos de 2 horas de viagem!

Não recomendo ir de carro, motivo? Muita ladeiras, a cidade é bem estreita e é mais fácil fazer tudo andando mesmo que tenha muitas ladeiras mas é mais fácil se locomover.

Congado e Moçambiques 

De origem Africana celebra-se em diversos povos em favor do Rei Congo. Uma dança que começou com o nascimento de crianças em palácios e aldeias, com saudações à primavera e à colheita.

Congado, ou reinado, é uma importante festa afro-brasileira,  é abordado dentro de um contexto social, religioso e cultural, que por meio de dança, música e muitas cores, representa passagens históricas em homenagem a São Benedito, Santa Efigênia e especialmente à Nossa Senhora do Rosário. Exercendo um papel importante dentro do universo religioso, a função identitária dentro e fora das guardas, a importância da resistência e o empoderamento da cultura afro-brasileira.

Na festa de coroação tem também a guarda de Moçambique é considerada a mais importante nos festejos; sua presença é indispensável por fazerem a guarda da coroa da rainha.

Então já anote aí, 1º final de semana de janeiro acontece a festa do Reinado e é primordial participar!

O que fazer?

Afroturismo - Festa do Reinado Nossa senhora do Rosario, Santa Efigênia e São Benedito - Ouro Preto MG foto arquivo pessoal de Rebecca Aletheia
Afroturismo – Festa do Reinado Nossa senhora do Rosario, Santa Efigênia e São Benedito – Ouro Preto MG foto arquivo pessoal de Rebecca Aletheia

No Dia 1, conhecer a cidade e tenha o seu primeiro encontro, afinal de contas existe amor à primeira vista!

Dia 2 – Faça um tour de Afroturismo com Dim Neguinho, um dos melhores guias na minha opinião, tenha tempo pois ele irá andar e mostrar todos os pontos sem pressa.

Por fim, no dia 3, vá a cidade de Mariana – cidade que também faz parte do circuito do Ouro.

O que fazer em Mariana

Mas e aí, como chegar e o que fazer em Mariana? Bom cidades vizinhas com 20 minutos de distância em Mariana você poderá dar continuidade à rota do ouro. Uma outra super dica é possível ir com transporte público pagando R$6,75. Assim como, conhecer outras atividades, são elas:

O Museu da Música fundado em 1973, que tem um grande acervo de músicas sacras e músicos da cidade.

Após o museu da música visite a recém restaurada a catedral da Sé de Mariana local onde possui o orgão Arp Schinitger que foi instalado desde 1753. Dessa forma, irá fazer muito sentido entender o porque do orgão está na catefral da Sé de Mariana.

Dessa forma, não deixa de conhecer o centro histórico, suas igrejas, a arte e história.

Visite a dona Efigênia e receba uma bendição através de uma reza. Assim como, conhecer o artista e vizinho Mestre Paiva, grande artista referencia do Neo Barroco no Brasil.

Custo da viagem por pessoa

Roteiro 3 dias - Ouro Preto - MG Foto arquivo pessoal Rebecca Aletheia
Roteiro 3 dias – Ouro Preto – MG Foto arquivo pessoal Rebecca Aletheia

E aí, quanto que foi essa viagem?

A Hospedagem saiu R$300,00 por pessoa

Conhecer Mina Jeje – R$50,00

Muito interessante com uma proposta pós colonial com a sabedoria dos escravizados para a construção da mina e de como fazer a exploração do ouro com técnica de engenharia, geologia. Dando a dimensão do conhecimento das pessoas africanas escravizadas.

Tour com Dim Neguinho R$60,00 fez a apresentação da cidade com o olhar afroturismo, aliás tem muito à se aprender com as igrejas, assim como com a sua arquitetura barroca no seu rigor de detalhes. 

Turismo - Ouro Preto - Guia Dim Neguinnho
Turismo – Ouro Preto – Guia Dim Neguinnho

Colocando tudo na ponta do lápis, a viagem saindo de BH foi em torno de R$750,00 por pessoa com comida, passeios, hospedagem, transporte e bebidas.

Culinária Mineira

Falar de Minas Gerais – Ouro Preto, Afroturismo é impossível não falar sobre comidas. Deixo aqui 4 restaurantes para comer bem e preço justo.

Restaurante Vovó Chica – Rua Conde de Bobadela, 139 – Ouro Preto, MG – Restaurante com ótimo ambiente e com comida mineira para matar toda a vontade.

Quê cê Qué é um ótimo restaurante além de ter ótimos e lindos drinks para saborear.

Para noite em Ouro Preto indico Taberna Music Bar, é um bom restaurante gerido por uma quilombola de família Moçambicana, vale a ida, tem almoço também e pela noite é possível curtir o Espaço.

Para Almoço como à vontade e baixo preço indico o- Restaurante Tiradentes situado na R. Amália Bernhaus – Ouro Preto, MG. Não espere um restaurante sofisticado mas esse restaurante serve comidas populares e do dia à dia mineiro, com bom preço. Então se quer bater um bom prato para poder caminhar, aqui é o lugar.

Para um café recomendo – Café esquina da Realeza, com direito a vestir-se como rainha e rei e tomar um café.

Onde se hospedar?

Vista de Ouro Preto do topo com imagem da igreja Nossa Senhora do Carmo - Foto arquivo pessoal de Rebecca Aletheia
Vista de Ouro Preto do topo com imagem da igreja Nossa Senhora do Carmo – Foto arquivo pessoal de Rebecca Aletheia

Vou deixar aqui 3 indicações de lugares para se hospedar, mas deixo livre para que possa encontrar um lugar, são elas:

Viagem solo – Uai Hostel – O local é familiar, Rodney o done é muito gente boa e o espaço é bem acolhedor.

Viajando de casal – Kit Net Solar do Rosário, tem uma vista linda do Pico Itacolomi tanto ao amanhecer e ao entardecer.

Viajando em grupo indico a hospedagem do Sr. Rodolfo – Alquimia House – sua casa em Ouro Preto, que além de ser muito grande, também tem vista da rua do centro, assim como no quintal é só subir a escada sem medo até o fim tem uma vista inacreditável da cidade de Ouro Preto.

Curiosidades sobre Ouro Preto

O primeiro nome da cidade foi vila Rica por conta da grande quantidade de ouro que tinha na região.

A cidade não tem UBER, nem 99, ou seja, use os aplicativos locais como 2V, Ubiz Car Brasil e OP Expert.

Aleijadinho nasceu em Ouro Preto e é um dos artistas negros de grande nome no Brasil.

A igreja do Pilar tem 400kg de ouro. a segunda igreja do Brasil com mais quantidade de ouros.

No museu da Inconfidência é possível encontrar uma Santa do Pau Oco.

A rua Conde de Bobadela é considerada uma das mais bonitas do Brasil, na minha opinião sim, exceto se não tivesse carros.

Ouro Preto tem um parque lindíssimo e vale muito à pena visitar, sendo assim, não vá embora sem visitar o Parque Horto dos Contos.

A bebida tradicional do local é a Ouro Pretana, vale a pena experimentar.

A primeira faculdade de Farmácia foi em Ouro Preto.

Por fim, Afroturismo em Ouro Preto,

Conta pra gente se você gostou dessa matéria, você imergiu no Afroturismo em Ouro Preto? Já visitou a cidade, tem vountade? Espero que essas dicas tenha te ajudado muito a imergir no que há de melhor pela cidade.

Podcast Bitonga Travel destino Ouro Preto – Maria Teresa
Rebecca Aletheia conexão em Paris de 6 horas

Conexão em Paris de 6 horas visita à Torre Eiffel

Se você chegou até aqui, com certeza é porque quer saber se na sua conexão de 6 horas em Paris é possível visitar a torre Eiffel, certo?

Que delícia poder compartilhar essa minha louca aventura por aqui da minha ida à torre Eiffel em uma conexão de 6 horas por Paris.

Em primeiro lugar essa maratona aconteceu no mês de maio de 2022 e não foi a minha primeira vez em Paris, o que considero que fez muito sentido para eu encarar essa loucura!

Desembarque

Por do sol no aeroporto - foto de Rebecca Aletheia
Por do sol no aeroporto – foto de Rebecca Aletheia

A primeira dica é, faça o check in pela internet e tente pegar os primeiros assentos, ou seja, pra vc já sair correndo pro setor de imigração e desembarque.

Você terá que passar pela imigração para eles carimbarem seu passaporte, talvez tenha fila, então corra, peça informações, sempre terá alguém pra ajudar e se der sorte alguém que fale português também rola.

Muitas pessoas vão te dizer, você está louca! Acredite, você realmente estará mais é isso, respira e vai!

Dentro do aeroporto tem metro gratuito até chegar na estação de trem!

Chegando na estação de trem

Tenha euros no bolso, pra facilitar a sua vida, procure as máquinas que é possível comprar bilhetes para um dia intero.  O que sai mais barato, conforme orientação do rapaz e não titubear na estação do metro qual passagem comprar. O rapaz do posso ajudar recomendou comprar a passagem de 17,90 euros, e que pode ser usado por 24h.

Mantenha o bilhete sempre contigo no bolso porque todas as estações precisarão apresentar para continuar pelas outras estações.

Quando eu voltei para o aeroporto entreguei para alguém que estava na fila comprando passagens. Eu sou dessas, o direito de 24h serve para qualquer ser humano, não está restrito apenas à mim.

O percurso

Metrô Paris
Metrô Paris

Saiba que você está muito longe da estação então, ande rápido, se possível for corra, pra poder desfrutar mais tempo na torre Eiffel ou encarar a fila pra comprar um croissant.

Calculando a rota e seu tempo, um ponto importante é que se vc tem 3 horas 1 hora 30 pra ir e 1 hora e 30 minutos pra voltar e 30 minutos pra curtir!

Ao descer do metrô, você irá ter que andar aproximadamente 10 minutos. Você vai descer atrás da Torre Eiffel então terá que ir pro jardim. Então já sabe, corra!

No metrô você irá fazer diversas baldeações, então atenção. A estação mais fácil e rápida para desembarcar será Champ de Mars Tour Eiffel.

Retorno ao Aeroporto

Bom, como você percebeu que a viagem é longa na ida, vai ficar mais esperta na volta, então corra porque você terá que passar pela imigração.

DICA OURO

Rebecca Aletheia na Torre Eiffel Paris
Rebecca Aletheia na Torre Eiffel Paris

Cuidado com sua carteira, tenha muito atenção no metrô furtos são bem comum e assim como a famosa bate carteira. Na minha primeira vez e nas minhas primeiras horas em Paris fui furtada. Então o seguro morreu de velho.

E aí se animou? Vai encarar essa aventura na conexão de 6 horas em Paris. Corra e depois me conte o que achou…

Quer conhecer mais dicas e ver essa aventura, acesse o instagram de Rebecca Aletheia.

Por fim, assista essa aventura no canal do Youtube!

Visitando a Torre Eiffel na conexão de 6 horas
Mulheres Negras viajantes - Bitonga Travel - Imersão Cultural Quilombo Cafundó - foto do arquivo pessoal

Mulheres Negras viajantes visitam Quilombo Cafundó – SP

Em celebração ao Dia das Mulher Negra Latino Americana e Caribenha celebrado em todo 25 de julho o coletivo Bitonga Travel – de mulheres negras viajantes – juntamente com a Agência de viagens – Rota da Liberdade realizou no dia 30 de Julho de 2022 uma viagem de imersão no Quilombo Cafundó em Salto de Pirapora, durante todo o dia.

Dia Internacional da Mulher Negra Latina Americana e Caribenha

Entenda a data – No dia 25 de julho é celebrado o dia da Mulher Negra Latina Americana e Caribenha que surgiu no ano de 1992 com o intuito de dar visibilidade à luta das mulheres negras contra a opressão de raça, gênero e a exploração. Assim como, na mesma data se homenageia no Brasil Tereza Benguela, símbolo de luta e resistência da comunidade negra e indígena no Brasil.

A importância do Afroturismo

Considerando a importância do afroturismo como protagonista de retorno às raízes, assim como democratização do acesso ao lazer/turismo. A viagem teve como intuito deixar viva a história de nossos ancestrais.

Hoje, o afroturismo também coloca os negros como protagonistas de sua própria história e não mais apenas como objetos de pesquisa ou do local visitado. E isso pôde ser sentido através de cada vivência, troca de olhares, experiências e principalmente do sentimento mútuo de que aquela história é de quem está contando e também de quem está ouvindo.

A viagem

Deu-se inicio à viagem com partida da cidade de São Paulo e contou com uma programação incrível, mas que superou as expectativas das participantes.

Ao chegar no Quilombo, as viajantes receberam as boas vindas com um delicioso café da manhã e uma roda de prosa.

A vivência foi de forma imersiva, com vivências através de oficinas de bonecas Abayomi, Jongo e Ervas. O Quilombo possui uma extensa plantação orgânica da qual pudemos adentrar, adquirir e experimentar diversas leguminosas e ervas lá plantadas.

Logo no início da apresentação do Quilombo fomos surpreendidas por uma troca extensa de possíveis parentescos entre as participantes e os locais.


“Quilombos são sagrados como o templo, o nosso corpo é o que restou de muitos quilombos, por isso são sagrados, já que essa terra que pisamos é “deles” mas ao mesmo tempo é “nossa”

Viajante regina

Acompanhe todos os detalhes dessa viagem com mulheres negras ao Quilombo Cafundó, através do Podcast da Bitonga Travel.

Negras Viajantes visitam Quilombo Cafundó


Sobre o Quilombo Cafundó


Localizado em Salto de Pirapora – SP, situada a 12 quilômetros dessa cidade, a 30 de Sorocaba e a não mais de 150 quilômetros da capital de Paulista.


O Quilombo do Cafundó foi originado no século 19. Com a história de Joaquim congo e Ricarda que se casaram em 8 de julho de 1855. Com muita luta contra invasões de fazendeiros e resistência o Quilombo tem 219,45 hectares, onde residem 24 famílias. Pudemos ver a casa da Dona Ricarda e sua capela e sentir toda sua força ali enpregada.

Como já dissemos, o Quilombo Cafundó é destaque em produção de alimentos orgânicos. Dessa forma, tudo ali é cultivado sem uso de agrotóxicos, adubos químicos, aditivos sintéticos, antibióticos, hormônios, nem técnicas de engenharia alimentar. Ao passo que, antes de entrar nas plantações fizemos uma oração para sentir e pedir permissão para pisar naquele solo


Um outro destaque ao território é a preservação da língua africana de tronco bantu – Quibundo ( língua falada no noroeste da Angola). Dessa forma, esta língua é nomeada como cupópia, pudemos repetir e assim e aprender a dizer “ta mukanda” (está escrito) e turi vimba (terra do povo negro)

As viajantes

Mulheres Negras viajantes – Bitonga Travel Quilombo Cafundó – SP

O grupo de viagem que saiu da capital paulista com destino ao Quilombo Cafundó, contou com 26 mulheres negras para a imersão, mulheres pretas de 18 a 74 anos, ou seja, a sua maioria participando de uma viagem à primeira vez em um território quilombola em seu próprio país/Estado.

Como disse a viajante Rute:

“Um povo forte amedronta o sistema, tentaram e tentam nos ridicularizar, podando nossa cultura, tentaram podar nosso poder, mas não vão conseguir, porque sempre fomos e sempre seremos resistência, estar num quilombo é resgatar nossa cultura”

Viajante rute

Desse modo, mulheres negras viajantes existem, resistem, trocam, transformam e encorajam outras mulheres à pertencerem ao mundo e reintegrar-se ao direito de ir e vir por essa sociedade.

E essa foi mais uma experiência de negras viajantes no Quilombo Cafundó! Realizada e organizada com muito amor por Rota da Liberdade, Quilombolas do Cafundó e Bitonga Travel.

Por fim,

Assista ao nosso vídeo no Canal do Youtube, venha sentir um pouquinho do que foi essa viagem! Afinal, tudo que é bom precisa ser registrado, não é mesmo?

Negras Viajantes visitam Quilombo Cafundó – SP

Para saber mais das atividades realizada pelo coletivo, assim como apoiar essas iniciativas entre em contato através do nosso email – faleconosco@bitongatravel.com ou através do nosso SITE.

Ah e é possível chamar a gente pelo WhatsApp, assim como mostrar o seu interesse em alguns das nossas viagens. Esperamos sua mensagem com muito carinho.

Mulher preta viajante e a solidão na estrada

Mulher preta viajante e a solidão na estrada

Fui convidada para uma conversa via Instagram pela Flaviana Alves -para dialogar sobre o tema – Mulher preta viajante e a solidão na estrada. Essa conversa aconteceu em novembro 2019, sendo assim, resolvi organizar meus pensamentos e traduzi-los em palavras escritas, então vamos lá.

O que é Solidão?

Primeiramente, precisamos conseguir entender um pouco mais do significado da palavra SOLIDÃO. Em uma busca rápida pelo Google encontro a definição que considero muito perspicaz:

“A solidão não requer a falta de outras pessoas e geralmente é sentida mesmo em lugares densamente ocupados. Pode ser descrita como a falta de identificação, compreensão ou compaixão.”

Quando falamos de viagem acredito permear pela AUSÊNCIA da identificação de alguém igual a mim. Assim como, da compreensão do outra de mim enquanto mulher e negra e compaixão em compreender o outro, neste caso eu/nós sem invadir, no entanto, o meu/nosso espaço.

Na psicologia podemos encontrar a definição de solidão – superficialmente falando principalmente porque eu não sou psicóloga – como o sentimento de não pertencer ao mundo que nos cerca. Não conseguimos criar vínculos ou nos identificar com os outros. Entre as causas da solidão, estão a dificuldade para se relacionar com outras pessoas, medo de ser julgado e o vazio existencial.

Fazer a escolha de viajar é você quebrar uma barreira do universo que vivemos como uma forma de afrontamento de que o nosso corpo dos quais o sistema capitalista fará questão de trazer à tona a solidão. O que é diferente de um(a) viajante branco/a que viaja em busca da solitude – é o estado de se estar sozinho e afastado das outras pessoas, e geralmente implica numa escolha.

Mulher preta viajante e a solidão na estrada

Trago todos esses conceitos ou parte deles, porque acredito que os conceitos são bem mais profundos do que mencionei acima. Compartilhar a minha história que tenho certeza de que não é só minha, ela é muito parecida com a de muitas outras mulheres negras.

Sou uma viajante desde pequena. Para nós negras e negros volto a repetir, que esse prazer que nos privam, faz parte do sistema do qual vivemos – O capitalismo! É esse tal capitalismo que faz com que a burguesia nos aprisione dentro de nossas casas, comunidades, do nosso gueto. O trecho da música do RAP 2000 é emblemático em retratar o nosso rompimento de barreiras em descobrir o mundo: “Fui pra zona sul pra conhecer água de coco”, o nome disso é emancipação, e sinceramente? Isso incomoda muita gente.

Não acordo todos os dias pensando em incomodar! Saio ao mundo para pertencer, sou parte dele, eu sou o mundo, assim como, posso cruzar as fronteiras, atravessar, permear, dançar. Se sentir solta da zona leste à zona sul, por quaisquer zona e me sentir livre é poder quebrar todos os paradigmas da solidão.

O turismo pode ser uma armadilha para conosco, ou seja, ele vem vestido de traiçoeiro, e posso te explicar o porquê penso isso.

A chegada do turismo nas comunidades/favelas tem aumentado absurdamente, porque é chic estar na comunidade só de passagem. Mas agora morar, quero ver quem quer morar por lá. É bonito de se ver, mas de se viver deixo à vocês pobres e mortais. Quando pertencemos a lugares que nos foram tirado, como zona sul, passeios e viagens glamurosos nos questionam quem somos e de onde viemos. Nos atribuindo todos os estereótipos desse mundo maléfico, está certo isso?

Vista a minha pele

Solidão? Sim! Me sinto solitária quando o direito de viajar me é negado, quando a minha cor vem primeiro, meu gênero em segundo e o meu conhecimento subestimado. Como se sentir acolhida meio à tantos preconceitos e discriminação. Vista a minha pele por algumas horas, por alguns dias, por algumas viagens que tu irás ver o quão doloso é ser uma mulher negra brasileira pelo mundo.

Na estrada deste mundo e obviamente Brasil, me senti e muitas vezes sinto falta de identificação, compreensão ou compaixão, me sinto solitária! Nem sempre viajo sozinha, mas obviamente a maioria das vezes a faço, por ser mais prática de planejar e ter mais autonomia nas escolhas pré e durante a viagem. Quando éramos pequenas/os e viajávamos para a casa de praia do meu tio e tia, ambos negros, em um condomínio fechado no litoral norte. Éramos os negros do condomínio, os farofeiros a tradicional e literal família negra cheia de crianças e todas as idades a literalmente desfrutar do nosso direito, do nosso poder de pertencimento deste espaço.

A excessão deve ser a regra!

Rebecca Aletheia - Victoria Fall - Zimbabuê - África
Rebecca Aletheia – Victoria Fall – Zimbabuê – África

Tentavam nos intimidar, mas éramos muitas e muitos, não estávamos sós! Mas lembro perfeitamente a nossa felicidade ao ver e ter outra(s) famílias negras pelo condomínio. Era o assunto por dias entre nós, estávamos nos reconhecendo nunca perdendo o medo e muito menos nos sentindo intimidados por estamos lá. Trazíamos conosco nossa história e nossas raízes, nossos pais sempre traziam a discussão racial e a discussão de classe além das salas de aula, o mundo nos ensinava na prática e nossos pais nos davam a munição para enfrentar a vida.

Não éramos chamados para festinhas do condomínio assim como, não fazíamos parte do hall de amigos da pracinha, principalmente eu e minhas primas negras, eles/elas não queriam nossas/os amizades. Nem preciso dizer o porquê, aliás vou dizer: porque somos negras, sim sofríamos racismo, era nós por nós. Nosso quarto, a sala, a varanda era nosso espaço para nossas brincadeiras os olhares matavam mais do que bala de revolver.

Viajar e não encontrar outro viajante igual a mim tem muito significado, porque é encontrar-se literalmente só, é não poder compartilhar felicidades e angústias, é saber que aquela sua piada não fará sentido algum ao não negro. Desde ter a imensa felicidade em poder tomar um banho em uma banheira, desde a primeira vez que tomei um vinho ou na primeira vez que andei de helicóptero enquanto já era a segunda/terceira vez das pessoas que estavam comigo e eu ser a única negra do grupo. Com quem eu vou conversar? Quem veio da mesma realidade que eu? Quem compreende os mesmos sentimetos que o meu?

Afeto e reconhecimento entre os nossos

Vos escrevo como uma expatriada, ou seja, uma pessoa de uma nacionalidade vivendo em outro país. Este é o meu terceiro ano vivendo fora do Brasil, e infelizmente o meu conhecimento e minhas habilidades são sempre questionados por outros expatriados, assim como dificilmente consigo ter uma relação de amizade profunda, o nome disso é Solidão!

Desde sempre imperceptivelmente viajo para lugares afro centrado, onde há negros, mas isso não quer dizer que os negros estão viajando, mas são lugares onde a população negra está/vive. Como foi o caso de Salvador, Maranhão, Piaui, Rio de Janeiro, Pernambuco, Trinidad e Tobago onde morei por quase 6 meses, Moçambqiue, África do Sul, Swazilandia/Eswatini, Zimbabwe, Zambia, Botswana, Peru, Cuba, Panamá, Bolívia… onde tive literalmente o abraço da comunidade. Não foram os viajantes que me acolheram porque na sua maioria os negros não estavam nessa posição de viajante, foram e são os locais os que fazem e abrilhantam o turismo, assim fui abraçada/acolhida. O reconhecimento em verem uma mulher negra viajando é fazer com que elas/eles sintam-se representados pela ocupação deste espaço. Recebo tanto afeto, carinho, presentes físicos que só tenho a agradecer.

Não mexe comigo, que eu não ando só…

Mediante a discussão mulher preta viajante e a solidão na estrada, preciso dizer que por todos os lugares do mundo me oferecem orações nunca nego. Acredito que é por esse motivo que estou em pé, que tenho chegado com os meus pés e corpo por todos os lugares do mundo.

Finalizo aqui esse texto com um trecho para poder ilustrar melhor o nosso diálogo – Não mexe comigo – na voz de Maria Bethânia.

“Eu tenho zumbi, besouro o chefe dos tupis Sou tupinambá, tenho erês, caboclo boiadeiro Mãos de cura, morubichabas, cocares, arco-íris Zarabatanas, curarês, flechas e altares. A velocidade da luz no escuro da mata escura O breu o silêncio a espera. Eu tenho jesus, Maria e josé, todos os pajés em minha companhia O menino deus brinca e dorme nos meus sonhos O poeta me contou

Não mexe comigo que eu não ando só Eu não ando só, que eu não ando só Não mexe não”

Música: Não Mexe comigo – cartas de Amor

Artista: Maria Bethania e Compositores: Paulo Cesar Pinheiro

Por fim, te convido a ler o livro – Cartas de Uma viajante Negra ao redor do mundo e imergir nessa e mais reflexões da autora Rebecca ALetheia.

Assim como, deixa seu comentário sobre este tema – Mulher preta viajante e a solidão na estrada, vamos amar poder ler seu comentário por aqui.

Sofri Racismo na Croácia - Por Joelma Imigrante viajante

Racismo na Croácia? Relato de uma viajante negra

Pela primeira na minha vida eu – Joelma Maciel, senti o que é sofrer um racismo, e aconteceu na Croácia. País que amo, na cidade de Rijeka, uma cidade encantadora de praias belíssimas. Vale lembrar que continuo gostando do país! Assim como, encontrei muitas pessoas boas e incríveis por lá, por isso esse fato não serve de julgamento para generalizar o lugar. 

Já tinha sofrido xenofobia no Brasil, ao sair da Paraíba e ir morar em São Paulo. Muitas brincadeirinhas com o meu sotaque, na universidade e no trabalho. Ser motivo de piada por ter um sotaque, foi uma sensação bem desconfortável e quando isso aconteceu há 15 anos atrás, não soube lidar, minha postura foi apenas me isolar. 

O ato de racismo sofrido na Croácia:

Aconteceu em uma loja de roupa e artigo de artesanato localizada em um shopping no centro da cidade. Estava vestida com roupa de praia, percebi que a loja era um pouco luxuosa mas, não tenho problema em entrar em nenhum lugar, mesmo que não esteja vestida “adequadamente”.

Na loja tinha apenas duas pessoas, um homem e uma mulher, que acredito que era o dono ou gerente e uma funcionária, no momento que comecei a olhar as peças de roupa o homem falou alguma coisa para mulher em Croata.

Então, ela então começou a me seguir, cada passo que eu dava, ela caminhava junto, quando pegava em alguma coisa, ela depois checava se eu coloca de volta no lugar. 

Peguei algumas roupas para provar ao sair do provador a funcionária estava lá na porta me esperando. Perguntou se gostei das roupas, falei que sim e que iria levar uma, nesse momento os dois se olharam e aguardaram eu efetuar o pagamento.

O desconforto…

Fiquei tão desconfortável com a situação que na hora do pagamento peguei o cartão errado e deu erro na compra. O homem começou a falar algo em Croata para ela bem irritado. Pedi desculpas, e efetuei o pagamento com o outro cartão e fui embora.

Sentimentos e pensamentos após ser vitima de racismo 

No caminho minha cabeça esta explodindo de pensamentos:

Será que eles agiram assim porque eu não estava bem vestida?

Porque eu sou imigrante?

Porque eu sou negra?

Sentir vontade de chorar! Lembrei que antes de viajar para Croácia uma amiga Croata, falou que isso poderia acontecer, que infelizmente as cidades pequenas que não recebem muitos turistas são racistas.

Não podemos nos calar

Não conseguia parar de pensar na cena, nessa noite não conseguir dormir, precisava fazer alguma coisa, busquei na internet algum contato ou email da loja mas, sem sucesso. Porém, encontrei o perfil do shopping e enviei uma mensagem relatando o ocorrido. Eles me responderam pedindo desculpas, que a administração do shopping desaprova este tipo conduta, que a loja seria notificada e que aproveitasse a minha viagem.

Depois disso, sentir que fiz a minha parte, ou seja, que não poderia ficar calada e simplesmente aceitar.

Hoje percebo que muita coisa mudou dentro de mim, que qualquer sinal de preconceito meus olhos conseguem captar e não importa onde esteja, não vou me calar. 

Por esse e outros motivos é necessário ter um Coletivo de mulheres negras viajantes, pois nosso choro, nossas frustrações e pensamentos devem e precisam ecoado e ouvidos. Obrigada Joelma por contar esse relato de dor, sinta-se abraçada e acolhida, pois Racistas não passarão! Faça como Joelma envie seu texto para nós e não se cale!

Racismo na Croácia, no mundo não passarão!

Por fim, nosso e-mail é: faleconosco@www.site-antigo.bitongatravel.com.br , será um prazer ter o seu texto publicado aqui conosco!

Foto Perfil Joelma - Imigrante viajante

Joelma

Me chamo Joelma, também conhecida como Viajante Imigrante, nordestina, negra e atualmente estou na Europa viajando sozinha e conhecendo lugares incríveis. Até o momento estive em 07 Países, fiquei hospedada como voluntária, recebendo alimentação e hospedagem em troca de algumas horas de trabalho, partilho em meu blog – A Imigrante – minhas vivências positivas e negativas com o intuito de incentivar e/ou alertar o leitor mas, o meu maior propósito é mostrar que somos capazes de chegar em qualquer lugar, enfrentando o preconceito e desafios.

https://aimigrante.blogspot.com/

Anticoncepcional na Mala de viagem - perrengues de mulheres viajantes

Anticoncepcional na mala de viagem: perrengues de mulheres viajantes!

Bem vidas, me chamo Rebecca Aletheia e gostaria de trazer alguns relatos da importância de ter anticoncepcional na mala de viagem, evitando assim perrengues e desconforto à mulheres viajantes.

Sou uma viajante solo na maioria das vezes. Sim, nós mulheres temos prazeres, conhecemos pessoas incríveis, outras nem tanto e rola aquele sexo. Mas infelizmente nem tudo são flores e a camisinha pode estourar ou as vezes ela nem aparecer neste momento.

Gostaria de compartilhar histórias e relatos de mulheres sobre os perrengues e vexames desnecessários de viajantes que encontrei na estrada.

Como pedir pílula do dia seguinte em francês?

Era Paris, a viagem dos sonhos assim como o homem perfeito para a ocasião de amar e ser amada. Mas infelizmente a camisinha estourou… No dia seguinte, cada um por si, este problema só cabia a mulher resolver. Ele não falou nada, muito menos perguntou ou ofereceu apoio.

Procurou no google como se fala e escreve pílula do dia seguinte em francês, deu print de tela e foi à farmácia. Esperou ser chamada pela balconista mulher, mas quem à chamou foi um homem, tentou disfarçar que não queria ser atendida, e ele insistia.

Logo que a balconista mulher ficou livre ela correu para ser atendida por uma mulher querendo ser acolhida e entendida. Mostrou o print de tela de que queria uma pílula do dia seguinte e adivinha? A balconista gritou para a farmácia toda o pedido. Sem saber onde enfiar a cara, comprou a pílula e sumiu, na certeza que ninguém, mas com a certeza que foi exposta a um vexame.  

Pílula Vencida

A milhas e milhas distante do seu país e das mil estórias que pode acontecer com uma viajante, a camisinha ficou dentro. Mais uma vez o problema parece não ser do homem, esse problema é apenas da mulher.

Sendo quase 72h para encontrar a pílula do dia seguinte, era 68h após o ato e ela só queria uma pílula. Conseguiu uma farmácia, já sabia falar o nome na língua local, eis que quando entrou no carro pronta para tomar a pílula se atentou que estava vencida. Sendo assim, voltou correndo para a farmácia e a resposta do balconista foi: – Desculpe só temos vencida, não vendemos muito esse medicamento por aqui. Em um mix de medo e incertezas, tomou a pílula e pediu muita proteção ao corpo e ao útero para não engravidar.

Neste país não se vende pílula

O subtítulo já diz tudo e essa foi a resposta ouvida no balcão da farmácia! O desespero, o choro de uma mulher por 30 dias sem saber o que esperar daqueles próximos meses. Na proteção de Obá, nada lhe aconteceu!

Kit PREEP na mala com Medo de violência pela estrada

Em contrapartida, em uma das minhas viagens, tive muito medo de violência sexual e uma amiga me ofereceu um kit de emergência, chamado PrEP caso alguma coisa acontecesse. O kit PrEP de profilaxia pós exposição sexual que alguns países possuem gratuitamente após qualquer exposição sexual consentida ou não. Que ponto chegamos, estava realmente com muito medo, você tem noção disso?

No momento em que poderia levar, roupas, maquiagem, biquini você dá espaço para frascos de medicamentos prevendo e supondo uma possível violência que pode te acontecer na estrada. E graças a Deus, nada me aconteceu, infelizmente alguns medicamentos estragaram, era muito tempo tomando sol e sem o correto armazenamento.

Por algumas fronteiras fui questionada e julgada pela medicação que levava na mala se eu estava doente, porque usava tudo aquilo de remédios.

Anticoncepcional na mala de viagem da viajante

São por essas e várias outras histórias e algumas delas trágicas por abuso sexual que digo à mulheres viajantes a importância de levar pílula do dia seguinte na mala de viagem. Porém, também ciente de que não é só da gravidez que temos que ter medo, são várias outras doenças sexualmente que estamos em risco.

Assim como, trago também a reflexão de que encontramos poucos homens parceiros à ponto de se responsabilizar e saber que o corre pela busca da pílula do dia seguinte também é dele. A responsabilidade afetiva tem faltado muito, na hora de dividir o valor, pagar pela pílula, perguntar como ela se sente, está com a mulher após o ato é necessário.

Esses e outros perrengues, violências e sufocos não nos compete!

Por fim, de todas as culpas que já temos essa não é nossa, e com o objetivo de minimizar mais um stress neste momento exaustivo, uma sugestão é: leve anticoncepcional na mala de viagem.

Leia também… 5 Motivos para viajar sozinha na própria cidade.

Um paraíso chamado Santo André no Sul da Bahia - foto arquivo pessoal de Karina do Viajar é o Motivo

Santo André – Um paraíso escondido no Sul da Bahia

A princípio, é um vilarejo chamado Santo André – cá entre nós, um paraíso – no Sul da Bahia, perto de Porto Seguro que ficou ‘quase’ conhecido por ter hospedado a seleção alemã na Copa, o que fez a praia de mesmo nome virar “Praia do 7×1”.

Eu disse que Santo André ficou QUASE conhecido. Em outra palavras, a maioria nunca ouviu falar, a outra parte faz cara de espanto quando ouve que vc tá vindo pra cá? Pegamos o combo de “Vão fazer o que lá?” + “Tem nada de bom!” e chegamos.

Chegamos em praias quase desertas, padaria no fundo do quintal, em uma vila que se resume a uma rua, em pôr do sol na beira do rio.

Pôr do Sol em Santo André - paraíso no Sul da Bahia por Karina de Viajar é o Motivo
Pôr do Sol em Santo André – paraíso no Sul da Bahia por Karina de Viajar é o Motivo

Assim como, chegamos no absurdo de conseguir ouvir o silêncio e sentir paz. Onde ninguém te indica ir, mas que quando vc chega não vê a hora de voltar. Voltar pra ficar, por 3 dias ou 3 meses, não importa… qualquer minuto que vc fique por aqui já vale a pena.

Não tem axé músic, nem música alta, não tem glamour…é a Bahia de Tieta rs, da minha imaginação, a que eu tava procurando, é a magia do simples que me inspira tanto.

No fim, a gente percebe que quem deu a goleada foi esse paraíso Santo André e a seleção de ouro do Sul da Bahia.

Hospedagem em Santo André

Hospedagem em Santo André um paraíso no Sul da Bahia - foto arquivo pessoal de Karina do Viajar é o Motivo
A Hospedagem Santo André um paraíso no Sul da Bahia – foto arquivo pessoal de Karina do Viajar é o Motivo

Não tem como resumir esse lugar como: “Hospedagem em Santo André”,.

@sitioportotaigun é lar, é aquele lugar que vc quer contar pra todo mundo. É lar, mas vc se sente hóspede, pq os donos mesmos são os pássaros, calangos e tantos outros animais que vão te deixando andar por ali. É lar onde não tem chaves nas portas, as luzes são baixas, a paz te inunda.

Eu nunca vou conseguir colocar em palavras as experiências que tive ali e nem acho que dê! É preciso viver esse lugar, viver nesse lar. Meu lar no Sul da Bahia, tá decidido💛
.
Eles estão no Airbnb (só pedir que mando o link),tem 2 bangalôs e uma casa que cabem até 8 pessoas! A propriedade é imensa, tem piscina e uma cozinha na beira do rioo 🤩. Paguei R$ 275,00 na diária do bangalô, mas se falar com o Jan (o cara mais gente boa dessas bandas) direto por aqui ou pelo tel, tem sempre um precinho maneiro e um papo melhor ainda na beira da piscina😂😂

Por fim, salva essa dica pq é de ouro hein!!

Ah! Deixo o link do destaque com todos os detalhes desse paraíso chamado Santo André no Sul da Bahia🤩. Aproveito para te convidar a seguir a minha página do @viajaromotivo com dicas de viagem e experiências.

Isis - Viaja Black - Alexandria Egito foto arquivo pessoal

Bate-volta em Alexandria – Egito, o que não pode faltar?

Se você vai ao Egito não deixe de fora uma visita nem que seja bate-volta à cidade de Alexandria que fica no litoral do país. A orla da cidade lembra muito as nossas no Brasil. Essa super dica foi escrita por Isis Viaja Black.

Antes de mais nada, quer se transportar para um mais um filme na sua passagem por Alexandria? A Cidadela de Qaitbay é parada obrigatória. 🏰Construído em 1480 o Forte de Qaitbay, foi erigido pelo Sultão Quaitbay para proteger a cidade de possíveis invasores. Você ainda encontra antigos canhões e muitas passagens secretas no local.

A visita é super interessante e o local revela diversos segredos nos seus três andares, fora a vista incrível para o mar. São tantos lugares fotogênicos que dá vontade de passar o dia inteiro. Juro!

Tem algo super legal: o forte foi construído onde antigamente ficava o Farol de Alexandria, uma das 7 maravilhas do mundo antigo que foi destruído por um terremoto em 1303.

Com certeza você precisa colocar na sua lista de coisas para fazer em Alexandria. Mas antes vou compartilhar informações importantes para planejar e saber tudo antes de ir:

Tempo de Viagem

Isis Viagem Black em Alexandria - Egito foto arquivo pessoal
Isis Viaja Black em Alexandria – Egito foto arquivo pessoal

Da capital do Egito – Cairo para Alexandria são 3 horas de viagem e você consegue facilmente de ônibus. Sendo assim, vale sair do Cairo entre 5h e 6h da manhã. 

O que fazer primeiro?

Coloque a biblioteca como a primeira parada, tem ingressos por dia, ou seja, pode esgotar, então não perca essa oportunidade. 

Visitas obrigatórias

Isis bate-volta Alexandria - Egito foto arquivo pessoal
Isis bate-volta Alexandria – Egito foto arquivo pessoal

O Forte Qaitbay como já mencionado acima e as Catacumbas de Kom el Shoqafa são uma visita necessária, você se sente em filmes diferentes, assim como rola imaginar as coisas que aconteciam naqueles lugares!

Se o tempo tiver apertado deixe de fora…

Isis Viagem Black - Dica do que fazer em Alexandria Bate-volta
Isis Viaja Black – Dica do que fazer em Alexandria Bate-volta foto arquivo pessoal

O Museu Nacional de Alexandria é uma fofura, mas se seu tempo tiver apertado eu deixaria de fora, tem coisas parecidas que você encontra nos Museus da capital, mas se tem tempo, vai! 

Pôr do Sol

– Finalizar o dia com um pôr do sol na Stanley Bridge é tudo! Vale chegar nessa ponta da orla, assim como sentir o clima do mar mediterrâneo. 

Custo da Viagem de 1 dia

Da pra gastar tranquilamente 500,00-600,00 libras em um dia. Um valor bom para incluir passeios e todo transporte de Uber. Com certeza mais dias você consegue fazer por um valor bom.

Por fim, te convido à salvar esse post bate-volta pra fazer seu roteiro personalizado em Alexandria – Egito! Assim como, te convidar para viajar por este país incrível com a Afrotrip em dezembro2023 no roteiro Egito um país surpreendente.

Isis - Viaja Black

Isis – Viaja Black

Fascinada por viagens e a conexão entre pessoas.

Formada em Relações Públicas e desenvolvedora de estratégias digitais, acredita que o mundo pode ser melhor e faz sua parte construindo novos espaços para mulheres.

Mulher Negra, comunicadora e apaixonada por viagens

Podcast viajar Colômbia Bitonga Travel viajar Colômbia- Arte de Julia Motta

Viaje pela África: 8 episódios de podcast com dicas de viagem

Em primeiro lugar, já pensou viajar para a África através de Podcast e ainda por cima ter todas as dicas de viagem para este destino? Sendo assim, reunimos 8 episódios para percorrer por países do continente e compartilhar um pouco com quem tem o sonho de conhecer África e ainda não sabe qual país.

O Coletivo de mulheres negras viajantes, Bitonga Travel está em formato podcast em todas as plataformas digitais de música, retratando viagens de mulheres pretas percorrendo diversas partes do mundo e principalmente o continente africano, sozinha, acompanhada, em família, com o marido, filhas….

Vale a pena ouvir cada episódio, então, aperte o play:

Zimbábue

Primeiramente, vamos iniciar com um episódio lindo narrado cada detalhe por Valéria Lourenço do que fazer no Zimbábue, em sua viagem conhecendo a Victória Falls e a capital Harare. Valéria inicia a viagem cruza pela África do Sul, depois Moçambique e regressa a África do Sul, ou seja, vale muito a pena ouvir esse episódio.

Viajando com Valéria Lourenço para o Zimbábue

África do Sul – Dicas de viagem em forma de Podcast

Chris Chirinda viaja com a família pela África do Sul, reencontra os filhos e se permitem percorrer por Cape Town. Nesse episódio é possível ter as melhores dicas de como se locomover, onde visitar, como gastar pouco em tamanho família.

Viajando pela África do Sul com Chris Chirinda e família

Moçambique

Desde que realizou a sua primeira visita em 2016 e após morar 1 ano por Moçambique (2019) e a possibilidade de viajar por diversas províncias do país, nada mais justo do que compartilhar todas as dicas dessa viagem.

Rebecca Aletheia, além dos relatos de viagem, compartilhou todas as dicas neste podcast, ou seja, é possível encontrar relato de viagens em família e conhecer a maioria das províncias do país, exceto Niassa e Cabo Delgado.

Viajando com Rebecca Aletheia para Moçambique

Zanzibar – Tanzânia – Dicas de viagem pela África em forma de Podcast

Karina Procópio, a pessoa mais animada desse universo, neste episódio é possível viajar até o paraíso em Zanzibar, com muito bom humor e Hakuna Matata, frase típica da população local, bem como, dita na língua oficial do país o Suaíli .

Karina realizou um voluntariado no Quenia e depois se jogo para umas férias em Zanzibar, no lema: pouca grana sim, mas eu estou aqui!

Viajando com Karina Procópio para Zanzibar – Tanzânia

Botswana – Dicas de viagem pela África em forma de podcast

Vamos falar daquela viagem ao acaso? Viajando com o namorado pela África do Sul, Mirella Maria e o namorado decidem conhecer Botswana após estarem na rodoviária de Johanesburgo – África do Sul, ou seja, mergulharam nesse destino ao acaso.

Dessa forma, se jogaram na estrada e foram conhecer o país que não estava nos planos. Nesse sentido, assim como as outras história, vale a pena ouvir essa episódio e se encantar com esse país, assim como com as pessoas.

Viajando com Mirella Maria para Bostuana

Cabo Verde

Assim como, convidamos vocês para embarcar na viagem com Amina Bawa para Cabo Verde e conta todos os detalhes da sua viagem partindo de Portugal . Enfim, mais um episódio do podcast Bitonga Travel, ao som de Cesária Évora, assim como aquele com aquele gostinho e vontade de pegar as malas e ir morar em Praia, capital de Cabo Verde.

Viajando com Amina Bawa para Cabo Verde

Quênia

Ingrid Galva, com 32 anos de idade, una mujer apaixonada por la vida, dominicana vivendo nos Estados Unidos. Nesse sentido, viajou com as duas filhas( 14 anos e 8anos). Uma viagem dos sonhos desta família, ao passo que se tornou realizada no ano de 2021.

Viajando Ingrid Galva – Quênia

Egito

Isis Beatriz nos conduz por uma viagem incrivel ao Egito. Quem nunca pensou em conhecer esse destino que para muitos parece distante, mas Isis mostra que não é tão compliado como parece.

Viajando com Isis Beatriz ao Egito

Por fim, motivos não falta para começar a mergulhar nesse universo audível das viagens pela África, assim como, planejar a sua viagem.

Caso você,, mulher preta, tenha viajado para algum país da África e gostaria de compartilhar a sua viagem no nosso podcast envie mensagem por aqui ou pelo Instagram ou no nosso email: faleconosco@www.site-antigo.bitongatravel.com.br

Nos despedimos por aqui, assim como esperamos que tenha gostado, e até a próxima dica de podcast ou de viagens!

10 coisas que re(descobri) em 2020 atravessando o Atlântico

Em primeiro lugar me chamo Helen Rose e gostaria de compartilhar coisas que re(descobri) em 2020 atravessando o Atlântico.

Ao longo de meio século de vida tive muitos aprendizados, teóricos e práticos, mas morando sozinha em outro país tive a oportunidade de reavaliar alguns conceitos sobre o processo de autoconhecimento. Então, fiz uma lista com os 10 pontos que considero que foram importantes para superar as adversidades do turismo, intercâmbio e sabático durante a pandemia. São eles:

1º) Confiança

Em muitos momentos da minha vida ficava em dúvida sobre fazer ou não alguma coisa, com medo de errar ou do julgamento das pessoas. O ponto principal foi não desesperar, tomar todos os cuidados e sonhar com dias melhores.

2º) Superar o medo

Além disso, tive muito medo de não conseguir aprender inglês, porém, aos poucos fui relaxando e na segunda semana já estava mais tranquila, aceitando o meu tempo de aprendizado.

3º) Aceitar ajuda

Aprendi com a minha família a ser independente, não esperar ajuda de ninguém e a resolver os problemas sozinha. Mas quando se está sozinha em um país

4º) Alimentação

Não tenho restrição alimentar, adoro pimenta e não senti falta da comida brasileira.

5º) Inteligência emocional

O que fazer nas situações difíceis, equilibrar tristeza, dor e alegrias. Principais emoções durante a vivência na África do Sul.

6º) Flexibilidade

Precisei colocar de lado alguns conceitos que levei na bagagem para conviver melhor com as pessoas.

7º) Resiliência

Desespero com o lockdown durou apenas alguns dias, logo consegui superar a frustração de ficar três meses sem sair de casa.

8º) Pensamento sistêmico

É a base para aproveitar melhor as adversidades da vida. Meditava todos os dias e assim consegui ter calma para evitar o desespero.

9º) Diversão

Sorrir em situações de doença e restrições não é fácil, mas o autoconhecimento possibilita viver também com leveza.

10º) Não sentir culpa

A pandemia atingiu todos os países e milhões de pessoas, mas aprendi que não é necessário ostentar felicidade e respeitar a dor das pessoas. Ter cuidado ao postar fotos nas redes sociais, mas também não sentir-se culpada por estar bem.

Helen Rose

Helen Rose

Helen Rose, viajante do tempo, praticante de yoga e meditação, historiadora, pesquisadora independente de estudos africanos e relações raciais no Brasil.

Por fim, se você gostou, gostou desses aprendizados? Compartilhe conosco o seu texto bitongatravel@gmail.com

Em contrapartida, leia também:

Um ano sabático na África do Sul durante a pandemia de 20201