Planejando sua viagem Internacional e com muitas dúvidas dos documentos que são obrigatórios levar na mala, certo? Bom, sendo assim deixarei aqui alguns deles:
Cartão Internacional de Vacinação ou Profilaxia – CIVP
Pra quem é viajante, caderneta de vacina nunca foi novidade, não é mesmo? Mas atente-se, pois muitos países – 125, exigem a obrigatoriedade no check-in ou na fronteiras o Cartão Internacional de Vacinação com a comprovação da vacina de Febre Amarela!
Tudo muito novo sobre o Cartão de Vacina COVID-19/Passaporte COVID, enfim, porém vale lembrar que muitos países já não estão exigindo o teste Covid, apenas o cartão de vacina!
É possível ter o Passaporte de Vacinação contra Covid-19 na língua Inglesa e Espanhola através do aplicativo do Conect-Sus. Uma super dica é, tenha esse cartão em formato impresso e miniatura pra caber na bolsa, carteira, capinha do celular…
Declaração de Saúde do Viajante
Alguns países tem pedido um cadastro de saúde on-line que deve ser preenchido no máximo 24h ou até 1 hora antes de chegar ao país de destino, informe-se antes de chegar no aeroporto! No balcão de embarque irão te exigir, ou seja, não te deixarão embarcar sem isso.
Assim como, uma outra dica importante é que ao retornar ao Brasil também tem sido solicitado o preenchimento desse formulário de saúde. Sendo bem sincera, as vezes pedem, as vezes não… Deixo aqui o Link!
RG
Para quem for viajar pela América Latina, em muitos países não é preciso passaporte a maioria dos países aceitam o RG, ou seja, carteira de habilitação não é RG! Vale lembrar que os países: Venezuela, Guiana, Guiana Francesa exigem o passaporte, pasmem!
Cópia Plastificada do Passaporte
Uma dica pessoal e que acho fundamental e vai te ajudar muito na vida de viajante. Tenha uma cópia plastificada em miniatura da página 2 e 3 do passaporte e se já tiver o visto do país de destino, inclua na plastificação. Parece bobagem, mas andar com passaporte é o maior perigo de qualquer viagem. Tudo pode acontecer, roubo, molhar, rasgar…
Cartão de Crédito
Leve consigo no mínimo 1 cartão de crédito! Dependendo do que você irá fazer alguns lugares vão pedir cartão de crédito pra reservas e tudo mais, Booking.com por exemplo. Mesmo que vc pague no hotel eles vão te pedir um cartão de crédito para reservar a compra.
Uma outra dica que pode parecer óbvia, mas não é, desbloqueie o cartão antes da viagem!
Dinheiro Local
É possível trocar dinheiro de muitos países direto no Brasil, ou seja, existem casas de câmbio que fazem isso. Dependendo do país onde o cambio seja estável, considero importante chegar com um pouco do dinheiro do país.
Dependendo do destino a exaustão tomara conta, casas de câmbio com fila e se der sorte de encontrar casas de câmbio dependendo da hora de chegada do voo.
Seguro Viagem
Sempre digo, o seguro morreu de velho, frase de vovó, mas que faz muito sentido, só quem já passou perrengue em viagem por questões de saúde que sabe a importância de ter um, assim como alguns países fazem a exigência do seguro para a entrada no país.
O mais legal é que nós da Bitonga Travel, conseguimos te dar 5% de desconto em qualquer seguro na Seguros Promo, basta usar o cupom BITONGATRAVEL5 ou o Link vai perder?
[seguros_promo_shortcode theme=”card-large” ideal_para=”6″ ideal_para_lbl=”América do Norte” /]
Bom, acho que por hora é isso! Gostou dessas informações sobre Viagem Internacional e documentos obrigatórios?
Por fim, te convido a fazer parte do meu Instagram e ter dicas incríveis de viagem, segue lá – Rebecca Aletheia!
Retomando o #PassagemPraUma, conversamos sobre: “Viajar sozinha na própria cidade” e o papo rendeu! E confesso, que ás vezes estou mais fora do que na minha própria cidade e aí tem lugares que acabo não conhecendo.
É interessante, além do “onde”, também observar o “como fazer” e assim as ideias vão aparecerendo. Acredito muito na personalização do rolet, o quanto podemos pegar ideias diferentes e transformar em algo próprio pra nossa caminhada.
Então, eu Pamela Rocha, compartilho algumas ideias, aí escreva aqui no comentários algumas das suas e vamos fazer uma bela troca?
Com a flexibilização e aumento de pessoas vacinadas, uma das muitas alternativas para retomar as saídas ou começar novas experiências de forma segura, é viajar pela própria cidade.
Antes de dizer que tô viajando (eita trocadilho), umas das ideas que mais defendo é:
E isso inclui viajar na própria cidade. E eu te explico por quê:
1 – (Re) conhecer o entorno
Muitas vezes, com a correria do dia a dia, acabamos por não conhecer o quem tem de interessante em nossa própria cidade. Mas só conhecer, mas valorizar.
2 – Fazer saídas de curta duração
É um bom recurso, porque se houver algum desconforto em ficar sozinha, não está longe para voltar para casa. Tentar ficar o tempo que der ou deixar a experiência para outra ocasião e chamar uma companhia Tudo ao seu tempo!
3 – Ajudar a ganhar mais confiança
Para muitas pessoas sair sozinha é um desafio e tanto, então vamos com calma! Pode começar com saídas curtas, (dica 1). Quanto mais saídas, mais a confiança cresce para fazer outras coisas, explorar outros lugares e muito mais!
4 – Perceber seus gostos
Museus, barzinho, show, parques, lugares calmos ou de movimento: O que você gosta mais?
Saídas em grupo podem influenciar nossos gostos. Tudo bem, sem problemas! Mas este momento solo permite saber o que você curte de verdade. E pode ser surpreendente!
5 – Testar sua organização
Esse é o momento de testar para perceber o que puder e quais suas preferencias: tipos de bagagem, peso de bagagem, se acostumar com app de mapas usando as ruas da cidade.
Experimentar errar e acertar faz parte da vida!
E aí bora experimentar viajar sozinha pela própria cidade? Ajudou, então já sabe compartilhe para ajudar mais pessoas.
Antes de mais nada, já pensou em visitar 4 belíssimas exposições negras gratuitas com histórias, homenagens, assim como exposição de arte feita por artistas negros na cidade de SP? Rebecca Aletheia, tem a honra de indicar, assim como, teve a oportunidade de visitar a sua maioria.
1 – Ocupação Sueli Carneiro
Esta ocupação nasce para homenagear uma vida e um pensamento. Nesse sentido, aos 71 anos, completados em junho de 2021, Sueli Carneiro é uma das intelectuais negras mais atuantes e referenciais em atividade no país. Da menina nascida no bairro da Lapa, zona oeste da capital paulista, à doutora em educação pela Universidade de São Paulo (USP), assim como, é um dos nomes que abriram os caminhos do feminismo negro brasileiro. Além disso, a trajetória de Sueli é imensa – e uma pequena parte dela é celebrada aqui.
Em exposição desde o dia 28 de agosto até o dia 31 de outubro de 2021
Localizada no Itaú Cultural
Av. Paulista, 149 – Bela Vista – São Paulo – SP
Terça à Domingo – 11h às 19h
Entrada Gratuita
Não é necessário agendamento prévio
2 – Enciclopédia Negra
Antes de mais nada, a exposição Enciclopédia Negra é um desdobramento do livro homônimo de autoria dos pesquisadores Flávio Gomes e Lilia M. Schwarcz e do artista Jaime Lauriano, publicado em março de 2021 pela Companhia das Letras. Assim como, a exposição também se conecta com a nova apresentação da coleção do museu que se apoia em questionamentos contemporâneos e reverbera narrativas mais inclusivas e diversas. Na publicação, estão reunidas as biografias de mais de 550 personalidades negras, bem como, em 416 verbetes individuais e coletivos. Do mesmo modo, muitas dessas personalidades tiveram as suas imagens e histórias de vida apagadas ou nunca registradas.
Assim como, para interromper essa invisibilidade, juntamente com 36 artistas contemporâneos, foram convidados a produzir 103 retratos de alguns biografados personagens negras, negros e negres da história.
Exposição até dia 08.11.21
Localizada na Pinacotecade São Paulo
Praça da Luz 2, São Paulo, SP
Quarta à segunda das 10h às 17h30 com permanência até as 18h
Ingressos gratuitos aos sábado para todas as pessoas pelo site
Nos demais dias valor R$22,00
Entrada gratuita
É possível visitar on-line e em 3D
3 – Exposição Carolina Maria de Jesus: Um Brasil para brasileiros
A exposição Carolina Maria de Jesus: Um Brasil para os brasileiros é dedicada principalmente à trajetória e à produção literária da autora mineira que se tornou internacionalmente conhecida com a publicação de seu livro Quarto de despejo, em agosto de 1960. Dessa forma, a exposição tem como objetivo apresentar sua produção autoral que incluiu a publicação, em vida, de outras obras. Além de destacar suas incursões como compositora, cantora, artista circense, ou seja, uma multiartista.
Assim como, a exposição é resultado de um enorme esforço para destacar a grandeza da escritora e apresentar Carolina Maria de Jesus como convém: mulher negra e artista emancipada, símbolo de resistência e de luta política e cultural para o país.
Desde o dia 25/9/2021 até o dia 30/1/2022
Localizada no Instituto Moreira Salles (IMS) Paulista
Avenida Paulista, 2424 São Paulo – SP
Terça a sexta, 12h às 19h.
Sábados, domingos e feriados (exceto segundas), 10h às 19h. Última entrada às 18h.
Do mesmo modo, rompendo a invisibilidade, 0 Museu da Imigração do Estado de São Paulo, realiza a exposição “Rostos invisíveis da imigração no Brasil”!
Em contrapartida, é possível conferir as grandes telas do excelente artista angolano Paulo Chavonga @paulochavonga, criadas para o Programa de Residência Artística. Assim como, as obras se relacionam com a temática “As migrações e os tijolos do racismo estrutural no Brasil”
Desde o dia 02/10/2021 até dezembro 2021.
Localizada no Museu da Imigração do Estado de São Paulo.
R. Visc. de Parnaíba, 1316 – Mooca, São Paulo – SP, 03164-300, Brasil – A estação de metrô mais próxima ao Museu da Imigração é a Bresser-Mooca.
De terça a sábado, das 09h às 18h. Domingo, das 10h às 18h. (Fechamento da bilheteria às 17h).
Exposições aos sábados entrada Gratuita – nos demais dias à partir de R$5,00 a R$10,00.
É possível fazer agendamento prévio pelo site, mas se for exposição ao sábado o ingresso é apenas na bilheteria local.
E por fim, espero que tenha gostado dessa super dica de exposições negras gratuitas na cidade SP e que você possa aproveitá-la assim como depois contar como foi.
Eu não sou do mundo da moda e nem tenho pretensão de entrar neste mundo. Mas eu preciso dizer que ao longo da minha vida de viajante e quando a gente se encontra, quando nos conhecemos como parte neste mundo se vestir flui e não se torna um peso, se torna algo prático. Mas chega de romance amiguinhxs, antes de mostrar por onde vivi e por onde passei precisamos mostrar a caminhada e relação entre moda e viajem.
Criar a minha identidade pessoal em uma infância discriminatória, racista e machista fora do meu ambiente familiar foram sempre muito difíceis porém sempre me fortaleceram, longe de mim ser a super poderosa, a melhor bla, bla, bla. Saiba que essa não é questão de me enaltecer porque eu não preciso disso. Mas é pensar de onde surgiu esse EU!
Como criar minha identidade após anos/décadas as minhas roupas serem mencionadas como baiana? Como conseguir sobreviver sã com esse assa grave discriminação racista e xenofóbica, o que me fez a ter a minha consciência política de que SIM! Eu estou BAIANA e isso para mim, significa que estou mais linda.
Meus avós, nesse caso os três, Vó Alice, Vó Maria e Vô Sebastião vieram da Bahia e sempre nos ensinaram a ter orgulho e quanto a Bahia tinha muito a contribuir para todo o Brasil e eu não tenho dúvida, eles estavam certo, mostrando a sua importância na história, certamente meus irmãos e primos lembram da vó Maria dizendo todos os artistas baianos e sua importância para a nossa valorização cultural.
Eu sofri, ahh sofri muito, mas nunca deixei de ser eu, ter a minha personalidade, de ser livre em fazer minhas escolhas. Já contei para vocês no relato da minha história profissional parte 3 sobre como foi dolorosa a minha questões com roupas até para ser aceita no meu grupo de amigas quando eu usava uniforme para ir à escola no período do noturno quando não era obrigatório e quase ninguém usava.
Misturo cores, hoje você diz ser bonito, mas por muito tempo eu ouvi ser dito como ridículo. Doeu, mas eu nunca esmoreci, sobrevivi, o que você diz ser moda e viajem hoje, eu te digo, foi a minha teimosia e resistência.
Sempre fui apaixonada por cores e tenho um pai que tem muito estilo até mais que mamãe, tudo tem que se conectar, combinar, ser original e autêntico. Aprendi a importância de valorizar os artesãos e os produtores locais que não há preço que pague esse trabalho e reconhecer quem produz.
Eu nem preciso dizer que AMO CORES e poder viver por mais de um ano nos países dos tecidos(Tadjiquistão e Moçambique) foi uma realização, era como se eu estivesse no universo mágico das cores, se você der um Google sobre Tadjiquistão você não irá encontrar muitas informações e para a minha felicidade ao chegar por lá o país é colorido e cheio de tecidos um mais lindo que o outro, cada esquina uma loja de tecidos, ahhh eu estava no paraíso e reacendia o meu contato com moda e viajem.
Moçambique o país das capulanas, assim como chamam os tecidos africanos por aqui, nem preciso dizer que amo e como eu não coso, isso mesmo, eu não COSO! Em Moçambique a palavra costurar é dita como Coser, amo criar amo olhar o tecido e pensar no que podemos transformar esse tecido e fazer com que fique mais lindo. Os tecidos africanos têm uma pegadinha com os desenhos precisam ser simetricamente compostos e isso é realmente para especialistas e eu não me arrisco a cozer. Queria fazer aula de costura, mas era muita atividade para uma mulher só, ainda amo poder cada dia descobrir uma nova costureira ou costureiro e pensar ideias juntas, poder imaginar uma nova roupa, poder contribuir mais para a comunidade.
Sou do universo criativo, não sou das habilidades manuais, eu não tenho muita paciência, quero que as coisas fiquem prontas rápidas, mas no universo da costura, da moda tudo tem o seu tempo. Eu consigo compreender que está tudo bem em eu não poder fazer tudo e que tem pessoas aptas para todos os tipos de atividade, porém preciso cooperar para que todos os produtores tenham o seu legitimo e merecido reconhecimento.
Vivendo no Tadjiquistão, mas especificamente na rota da seda, fiz questão de ir em uma plantação de algodão e colher para sentir na pele que tudo tem uns preços e valores que não fazemos ideia o quão trabalhoso é desde o plantio e a colheita. Eu senti a dor em colher algodão, assim machuquei a minha mão. Isso para mim era pensar em moda e viajem. Pude parar para admirar o agricultor a rezar para Alá agradecendo a possibilidade de não ter tido praga este ano.
Tentei por diversas vezes aprender a costurar, mamãe tentou, porém, santa de casa não faz milagre. Minha primeira vez com uma professora de costura ela só falava em Tadjique, ou seja, era no olho e por algumas palavras que eu podia entender. Cheguei a comprar a minha primeira máquina de costura no Tadjiquistão, tive uma relação de amor e ódio, a gente não se entendia, eu não sabia costurar e não sabia quantos detalhes tem a máquina. Comprei com um rapaz que só falava tadjique e o Sasha(motorista) me ajudava a traduzir, mas ele não falava muito bem inglês e me traduzia como conseguia. Eu voltava com a máquina toda semana e dizia que não funcionava, até o Sasha sugerir que eu pedisse a um tradutor para ir comigo, mas nada de eu aprender a coser, não era nosso tempo. Aprendi a passar a linha na máquina, aprendi a rebobinar aprendi a ter paciência assim como doei a máquina a um colega do trabalho que queria presentear a esposa fazia anos, porém não tinha dinheiro. Ele me liga até hoje agradecendo a máquina.
Voltei ao Brasil e fiz um curso básico de corte costura com as Candaces Moda Afro, foi muito legal e dessa vez em Português. Hoje me sinto muito segura em fazer bainha, considero um trabalho árduo preciso dizer.
Aprendi também que implorar desconto nem sempre é justo com todos os meios de produção é negligenciar cada ato da produção, considero a importância de poder pensar nas minhas roupas. Valorizar os produtores das regiões, países dos quais passo e pensar em um consumo consciente em doar quando tenho em excesso e doar enquanto está em boa qualidade, de poder fazer meus bazares de troca assim como fazer meu brechó de desapego. E hoje compartilho meu guarda-roupa de roupas para que as pessoas possam alugar peças ao redor do mundo na Ubuntu Guarda-Roupas
Diminui meu guarda-roupa e acredito que nossas roupas assim como eu uma viajante, as minhas roupas precisam voar, precisa encontrar outros corpos e fazer com que nossa energia circule (como a Thalita Fonseca me ensinou), não podemos nos apegar às peças de roupa, precisamos é saber que tudo deve ser consciente, que além de ter é ser! A roupa traça a nossa personalidade, mas podemos trazer a nossa personalidade a roupa e é isso que temos que fazer.
Esta é a minha história com moda e viajem, viajem e eu. Conte-nos a sua história
Aqui quem vos escreve é Rebecca Alethéia, uma mulher negra viajante e cidadã do mundo que neste momento encontra-se na estação ferroviária de Caia, Província de Sofala — Moçambique e retrata mulheres negras viajantes.
Pensar em mulheres negras viajantes como forma de (R) existência é praticamente impossível não conseguir retratar este cenário do qual estou vivenciando, a ferroviária.
Talvez você não saiba que Moçambique tem caminhos de ferros que ligam boa parte do país e que funcionam muito bem, seguros e confortáveis. Decidi encarar essa viagem de comboio para realmente poder ter essa experiência de trem (comboio, como eles chamam por aqui).
Uma curiosidade é que existem muitos trens funcionais por países na África assim como já falei num vídeo no YouTube: trem na África do Sul.
As Mulheres negras viajantes e a sua (R) existência no mundo é algo milenar, tentarei contextualizar melhor sobre. Neste exato momento são quase 3 horas da manhã e adivinha? O trem que iria passar as 22horas atrasou, a previsão de chegada é as 5 da manhã.
A quantidade de mulheres me impressiona, mulheres de todas as idades, todas as religiões, solteiras, casadas, divorciadas e as viajantes com filhos. Engana-se quem pensa que as mulheres negras não viajam ou que apenas viajam as que tem dinheiro. Seguiremos viagem juntas por mais de 10 horas para a cidade de Tete – Moçambique. Esse é o meio mais barato e seguro.
As mulheres africanas trazem consigo particularidades, andam sozinhas, porém sempre juntas. Ela pode vir só, mas irá se juntar à la outras mulheres no intuito de serem mais fortes, de terem apoio, de uma proteger a outra.
Existem muitas mães com os seus filhos, a madrugada sempre é a hora da mamada das crianças, não me impressiona ver muitas delas despertando com uma leveza para dar de mamar aos seus filhos, com uma naturalidade que não há choro, gritos. O único som que ecoa é do bar próximo da estação de trem, que não abala a dormida coletiva na ferroviária.
Dormir no chão é um hábito africano, o sono vem e deitar no chão não tem sido problema, as mulheres para lá de prevenidas colocam a sua capulana no chão, assim como se enrolam com outra capulana para barrar a brisa da madrugada e se proteger dos insetos.
Trazem consigo as suas malas, cestas, trouxas e todos os itens necessários para a sua viagem. sinto-me em um cenário de filme de Hollywood ao ver na madrugada casais de jovens namorados a caminharem pelo trilho a se flertarem e esperarem o trem. Ela vai partir e ele irá ficar…
Existem 3 classes neste trem, 1ª, 2ª e 3ª. Infelizmente as pessoas só têm condições de comprar a terceira classe, mas te digo que a primeira já está cheia. O trem é o meio mais barato de locomoção e para essas mulheres o que importa é chegar.
No mês em que fazemos alusivo ao dia internacional da mulher, escrevo esse relato de história real de mulheres negras viajantes que talvez não seja instagramavel ou ganhadora de milhões de likes, mas que elas estão a se mover, percorrer e pertencer. Não é de hoje, é milenar, mulheres negras viajantes existem, resistem diariamente pelas estradas, rodoviárias, ferroviária e avião.
As nossas vidas são diferentes e precisam ser tratadas com diferenças, especificidades e cuidados, por esses e outros motivos por conhecer que a trajetória de uma mulheres negras tem o seu diferencial e trás consigo muita ancestralidade, os países africanos e continentes nomearam datas específicas para as mulher negras, além do dia 8 de março, por reconhecerem suas particularidades são elas:
30 de Janeiro —Dia da Mulher Guineense em homenagem a Titina Sila, a mesma lutou ao lado de Amilcar Cabral pela Independência da Guiné-Bissau. Foi morta em uma emboscada em 1973. Em sua homenagem, e as outras mulheres que combateram pela independência do país, foi instituído no aniversário da sua morte pelo dia Nacional da Mulher Guineense.
2 de Março –Dia da Mulher Angolana, celebra-se o reconhecimento ao seu papel empenhado na luta de resistência do povo angolano contra a ocupação colonial portuguesa.
7 de Abril — Dia da Mulher Moçambicana, aniversário de Morte de Josina Machel, segunda esposa de Samora Machel primeiro presidente de Moçambique, Josina Machel se juntou à luta armada de libertação ainda jovem e considerada uma heroína de Moçambique.
25 de Julho —Dia da mulher negra latino americana e caribenha, uma data para rememorar a luta de mulheres negras latino-americanas e caribenhas para uma sociedade mais justa. É dia para se relembrar a história de Tereza Benguela, líder quilombola símbolo da resistência contra escravização.
31 de Julho – Dia da Mulher Africana — este dia foi consagrado no ano de 1962 para a reflexão do papel da classe feminina de África na sociedade.
9 de Agosto — Dia da mulher Sul-Africana, essa data surgiu no ano de 1956 quando mais de 20 mil mulheres sul africanas de todos os pontos do país marcharam em direção ao Union Buildings (Palácio Presidencial em Pretória e Sede do Governo) em protesto contra a extensão das leis que restringia o movimento das mulheres.
Nesta ferroviária, são diversas histórias em um único cenário e consequentemente aqui está sendo escrita a minha história de vida, uma mulher negra viajante que (R) existe e que veio trabalhar como voluntaria em Moçambique, com uma mochila nas costas, vivenciando experiências em casas de família que sempre foram muito afetuosas e cuidados para comigo.
Agora eu preciso ir porque o trem acaba de chegar e irei embarcar, embarque você também nessa viagem.
Quando me perguntam sobre Caraíva-Bahia a e como é o Carnaval lá, me perco entre expressar meus sentimentos ou dar a informação ou os dois e, às vezes, preciso contar um pouco da minha vivência antes de responder.
Me chamo Karla Almeida, tenho 33 anos e a vida inteira ouvi falarem do verão como se fosse um evento de megas proporções, mas nunca entendi de onde vinha esse fascínio.
Foi somente no último ano morando em Caraíva, uma vila de pescadores com mais ou menos mil habitantes na Costa do Descobrimento no sul da Bahia, que entendi mesmo o que de fato é a época do verão brasileiro e entendi todo o frisson envolvido nessa estação mágica.
Sempre curti muito o Carnaval. Sou natural de Belo Horizonte e antigamente o Carnaval lá não era muito festejado, porém nós últimos 5 anos, BH tem recebido cada vez mais foliões do Brasil inteiro para curtir os tradicionais bloquinhos de rua e micaretas que pipocam pela cidade inteira.
Eu, claro, me jogava e dizia que aquele ali era o melhor Carnaval da vida!
A cidade toda fantasiada, crianças, idosos, cachorros, cadeirantes, ricos, pobres, direita, esquerda festejando e sendo feliz como nunca!
Claro que haviam os problemas que marcam grandes aglomerações de pessoas: roubos, furtos, algumas brigas, mas logo tudo era resolvido e a folia seguia.
Aquilo para mim era Carnaval de verdade.
Então em 2018 comecei a mochilar e conheci novos mundos fora da minha bolha.
Foi na Bahia que entendi e aprendi a amar o verão e tudo o que ele representava: agitação, oportunidade de ganhar dinheiro trabalhando na praia, conhecer pessoas novas e diferentes todos os a e muito sol.
Quando me vi dentro do Carnaval de Caraíva – Bahia então, tudo o que eu sabia que amava no Carnaval de BH, deu um salto quântico.
Ali tinha tudo o que tinha em BH mais o bônus de ser perto do mar e do rio!
Fui jogada dentro de uma energia tão grande de interação, música, sol, mar, pessoas desconhecidas que parecem ser da sua família ou amigos de longa data e paixão que percebi que eu não sabia nada de nada do que é um Carnaval numa praia da Bahia!
O Carnaval de 2019 foi, até agora, o melhor da minha vida.
Foi tão mágico, naquele lugar mágico que ainda hoje sinto em mim a alegria que sentia só de acordar todo dia sabendo que logo mais ia ter bloquinho, Netuno gelado, aqueles amigos lindos que fiz ontem e muita Divindade Faraó para dançar.
Continuei morando em Caraíva – Bahia depois do Carnaval ainda nessa aura de paraíso e lugar perfeito, pois é o que aquela vila é: um lugar onde a energia te faz viver e agradecer todos os dias só por respirar aquele ar.
Estava certa de que o Carnaval de 2020 seria ainda melhor pois eu estaria ainda mais integrada a vila, as pessoas e a Bahia em si.
Mas, de forma inesperada, meus sentimentos foram colocados em cheque nos últimos meses.
Recentemente andaram pipocando casos de assédios, agressões, tentativas de estupro e importunação sexual na vila.
Em um momento estávamos curtindo uma festa linda no dia de São Sebastião, santo padroeiro da região, e no outro, ficávamos sabendo que uma amiga nossa havia sido molestada dentro da própria casa.
Recebíamos diariamente noticias de uma menina que quase foi estuprada na praia a luz do dia ou que outra havia conseguido fugir de alguém que tentou puxá-la para o mato no escuro.
E eu ali no meio dessas mulheres, tão próximas que sofreram coisas que poderiam muito bem ter sido comigo.
E pior, estávamos todas ali convivendo com os agressores todo o momento, já que alguns deles eram homens conhecidos da comunidade e a impunidade para esses casos ainda resiste: ninguém tem coragem de depor contra um morador ou um nativo, já que as represálias são fortes.
Ali, estamos todos em terra indigena, sendo meros colonizadores da terra.
Se essas coisas aconteciam diariamente com as mulheres nativas da comunidade, porque deixaria de acontecer com as mulheres que não são?
O medo, a revolta, a raiva e a tristeza se mesclavam com a magia, a alegria e o que significa morar na vila. E estávamos todos tentando entender o que estava acontecendo.
Eu amo Caraíva. Eu amo as pessoas dali. Eu amo como a energia do lugar trabalhou na minha e mudou toda a minha vida.
Participei de um festival com vivências que foram muito importantes e impactantes na minha vida espiritual. Em uma dessas vivências, acessei memórias de infância onde uma pessoa que eu amava me estuprava. Bloqueei essas memórias ao longo da vida num trauma que me seguiu até a vida adulta.
Ali estava eu, com minhas próprias dores a pleno vapor, com amigas queridas sofrendo, sozinha, no meio do verão baiano bem na terra que me ensinou o que é Carnaval, o que é verão e como é delicioso curtir uma festa na Bahia!!
Não consegui completar outro verão ali. Acordava todos os dias querendo pegar o primeiro ônibus para longe, mas ao mesmo tempo com o coração partido de ir embora antes do Carnaval,mas não conseguia pensar em como meu Carnaval seria mágico novamente sabendo que estava tudo errado ali. Que eu estava errada.
Mas não sabendo se errada de achar que ali era o melhor lugar do mundo ou errada de estragada, desmontada mesmo. Precisando de conserto.
Mesmo depois de um ano desconstruindo e renascendo em Caraíva, eu precisava de um conserto novo: do apego que eu estava ao lugar.
Antes do final de janeiro sai de lá e agora estou em Itacaré. A saída foi como um parto difícil: demorou, doeu, trabalhoso e até o último minuto teve dificuldade, mas consegui.
Meu coração acelera cada vez que vejo uma publicação ou comentário de alguem sobre o Carnaval de lá.
Quase fiz as malas duas vezes e voltei.
A vontade de voltar é grande, mas ainda não curei esse sentimento de ter sido puxada de um sonho tão rápido.
Ainda amo Carnaval. Ainda amo Caraíva. E ainda acho que aquele foi o meu melhor Carnaval até hoje.
Mas eu ainda não tenho a resposta para a pergunta.
“Quando você é um corpo negro viajante, causa incômodo nos outros. Estão acostumados a ver a mulher negra em situação de subalternidade.” A jornalista Kenya Sade é enfática. “O preconceito se dá de muitas formas”, ela explica. “Nunca me xingaram, mas o racismo está travestido nas sutilezas e no desconforto dos outros. Quando estamos fora do estado de submissão, causamos espanto. Mais até para os brasileiros brancos do que para os próprios estrangeiros”, diz.
A primeira viagem de avião de Kenya ocorreu em 2010, quando tinha 16 anos e foi para Vancouver fazer um intercâmbio. “Aquilo fez meu mundo expandir”, relata. Desde então, ela já passou por quase uma dezena de países da América e da Europa. “Viajar faz a gente ver o mundo de outra forma. Cada vez que você volta, uma luz diferente se acende no corpo”, descreve a jovem, que agora mora em São Paulo.
A última experiência internacional de Kenya foi um intercâmbio de um ano e meio em Dublin, na Irlanda, onde teve uma surpresa. “Diziam-me que eu não encontraria pessoas negras lá. Mas, na verdade, é apenas questão de enxergar. Logo que cheguei, fiz amizade com um grupo de brasileiras e fiquei intrigada, me questionando o porquê de não ver mulheres negras nas páginas de viagem”, indagou-se Kenya. A partir dessa motivação, ela criou o perfil Pretas Pelo Globo no Instagram, onde compartilha experiências de mulheres negras viajando pelo mundo.
“Nós somos historicamente invisibilizadas em quase todos os âmbitos da nossa vida e estamos na base da pirâmide social. A sociedade coloca algumas pessoas em alguns lugares e dizem que as outras não podem pertencer nem participar daqueles espaços. Quero mostrar que nós existimos”, justifica. A página é alimentada de forma colaborativa por mulheres negras brasileiras que estão em diversos cantos do mundo.
Visibilidade para as narrativas
O perfil criado por Kenya não é o único a dar protagonismo e visibilidade para que mulheres negras possam contar suas histórias em primeira pessoa. Entre outros, A Bitonga Travel, Negras Viajam Também e Diáspora Black destacam-se nessa proposta de tornar visível as narrativas. “Não aguentamos mais ser bombardeados todos os dias por notícias negativas em relação à população negra. É morte, miséria, pobreza? Queremos falar de pessoas negras felizes. Para as meninas mais jovens saberem que é possível conhecer o mundo”, explica.
Ela acrescenta que a importância de uma mulher negra viajar vem da capacidade de pluralizar o ponto de vista, colocando-a como pertencente à sociedade. No entanto, é importante, segundo Kenya, tomar alguns cuidados antes de botar o pé na estrada. “Assim como a comunidade LGBT, por exemplo, é necessário saber em quais países você será mais respeitada. É fundamental entender quem a aceita e quais comunidades costumam ser mais racistas”, pontua.
No entanto, enquanto planeja sua próxima viagem, Kenya acredita que existe uma rede de apoio que permite que as mulheres negras possam sair da zona de conforto sem medo. “Vivemos numa cultura machista, mas existem pessoas incríveis e sempre terá uma mulher ao seu lado para ajudar”, aponta. “É importante conversar com pessoas que foram antes e fizeram com que esse caminho se tornasse possível. Nossos passos vêm de longe”, complementa.
Talvez muitos moçambicanos e estrangeiros não consigam enxergar tanta beleza na Beira, portanto compartilho um pouco de lugares para se visitar na Beira.
1. Estação de comboio CFM (Caminhos de Ferro de Moçambique
As estações de ferro de Maputo não deixam a deseja, quem já visitou sabe muito bem do que estou falando e na Beira não é diferente.
Esta linha ferroviária liga os distritos de Sofala e as Províncias de Tete e Quelimane. Caso queira ir à outro distrito encontre informações completas site da CFM.
Em frente a estação de trem/comboio é cenário das manifestações e celebração de grandes datas festivas como dia do trabalhador, shows e eventos.
Ao lado esquerdo é possível encontrar o Porto da Beira onde faz todo o recebimento e envio de cargas e produtos vindo de boa parte do mundo.
2. Campo de futebol do Ferroviário da Beira
Aos amantes de futebol como eu, não podem deixar de ir ao Clube Ferroviário da Beira, cenário de grandes clássicos e ser movido pelo som dos batuques pela torcida organizada.
É lindo ver mulheres tocando assim como vibrando por cada passe de bola.
A entrada principal ao campo assim como a bilheteria e a loja de venda dos produtos esportivos dão mais charme ao Caldeirão do Chiveve.
3. Pavilhão de desportos do Ferroviário da Beira
Como parte do complexo esportivo, nem só de futebol vive o esporte, nesta área irás encontrar a quadra de futebol de salão, basquete, volei entre outros. Se calhar poderá desfrutar de shows neste espaço.
4. Praça do Município
A praça do Município é como ir à Cuba, nos finais de semana o local é marcado pelas fotos casamentos, noivas, noivos, madrinhas e padrinhos vestidos de capulana.
Dá para inspirar em looks magníficos assim como se animar para casar ou renovar os votos.
A praça conta com chafariz ligado e o melhor dia é ir nos finais de semana, durante a semana a praça é comercial.
5. Mercado Chaimite
Sabe aquele mercado municipal que são para as compras desde alimentícios, artesanatos e roupas? Aqui é o lugar, você poderá comparar artes esculpidas na madeira.
O Senhor David sempre me recebeu bem em sua loja assim como me mostrou muitas artes moçambicanas e fazer preços ótimos para aquelas lembranças de todos os lugares de Moçambique.
6. Banco de Moçambique
Ao sair do Mercado, passe em frente ao Banco de Moçambique um belo cenário de arquitetura do tempo da colonização por essa área ou zona como dizem os Moçambicanos,.
Atenção é proibido tirar foto do banco.
7. Casa dos Artistas
Antes de chegar na casa do artista na rua de trás, próximo da esquina você encontrará um mural de mostrar uma arte que tem na parede sobre a província de Sofala.
Na casa dos Artistas é possível encontrar exposições, eventos, filmes e feiras neste lugar. Um ótimo local para visitar na cidade e tem a possibilidade de fazer eventos por lá.
8. Muralha
Eu sempre digo que o meu lugar favorito para contemplar o por do sol é na Muralha, ver o sol inteiramente no mar e os navios entrando e saindo do porto tornam o cenário ser cena de filme.
9. Casa de Cultura
A Casa de Cultura da Beira o polo cultural, logo na entrada você irá se deparar com o mural épico de Malangatana – Valente Ngwenya “Vovó Xipangara está Zangada” pintado em 1970 restaurado em 2016.
É neste lugar que você irá encontrar aulas de dança, capoeira, moda, canto, artesanatos, gastronomia.
10. Rua das árvores na Ponta Gea
Localizada na Rua Eduardo Mondlane, rua da catedral, você irá estar na rua mais linda da Beira na minha concepção onde as árvores tomam conta de uma ponta à outra, a arquitetura da rua também não deixam a desejar, vale à pena caminhar por essa rua.
11. Catedral
A charmosa catedral da Beira também é um ponto a ser visitado na cidade, paragem obrigatória.
12. Universidade Católica de Moçambique
A UCM como conhecida está situada na GEA deixando como um ponto a ser contemplado ou ver a agitação dos estudantes pela área. Uma bela arquitetura.
13. Colégio Acadêmico / Escola Portuguesa
Conhecido por um ou pelo outro nome estão todas na mesma praça e rotunda. Vale a pena dar uma passada por lá, alias é caminho
14. CUCA
Centro Universitário de Cultura e Arte – CUCA, é um prédio da universidade que como o próprio nome já diz tem uma belissima fachada
Teu convido para que vá admirar o mural que tem ao lado do prédio, você irá encontrar com essa arte da foto.
15. Grande Hotel
O Grande Hotel Beira foi um hotel de luxo localizado na cidade da Beira, em Moçambique, funcional entre os anos de 1955 e 1963.
Após esse período, continuou sendo utilizado durante a década de 1960 como um centro de conferências, bem como sua grande piscina. Durante a Guerra Civil de Moçambique (1977-1992), contudo, tornou-se um campo de refugiados.
Atualmente, o antigo hotel está ocupado por cerca de 3.500 pessoas[1] que vivem em condições precárias.
Recomendo o documentário Hospedes da Noite de Licínio Azevedo o cineasta moçambicano retratando essa história.
16. Orla Miramar – Rua do Miramar
No fim da tarde poder passear pelo Miramar e contemplar o belíssimo por do sol é um ótimo lugar para os dias quentes de verão. Você encontrará sempre movimentada aos finais de semana de dia e de noite
17. Praça da Independência
A praça da Independência com a estátua de Samora Machel fazem parte também da cidade trazendo lembranças de um passado recente.
18. Mesquitas
As religiões em Moçambique são algo que vivem em harmonia e dão lugar a fé e sincretismo à todos.
As mesquitas dão destaque para a cidade, assim como no percurso da praça da independência ao Estoril você irá encontrar duas belíssimas mesquitas.
19. Estoril – Farol
O Farol da cidade nas cores vermelha e branca é possível ser avistada pela rua principal sentido praça da independência ao Estorial, chama atenção por si só, porém tem que pedir autorização para subir à secretaria de turismo e é gratuita a entrada.
Este farol foi construído em 1920, atualmente não está em atividade devido ao ciclone IDAI, porém é possível subir e visitar.
São 108 degraus mas tem uma vista que como diriam os moçambicanos, ANIMA!
20. Navio naufragado
Logo à frente do Farol ou atrás depende do ponto de vista você irá encontrar um navio naufragado, que há quem diga que foi antes de 1956, mas a data exata não se tem…
Um ótimo cenário para belas fotografias.
21. Txilar no Estoril
Chegando no 21º lugar para se visitar na Beira, nada mais justo do que sentar em uma barraca e txilar, o Estoril é local mais famoso pela carne de porco, eé possível encontrar outras opções de comida na brasa e com o delicioso tempero moçambicano.
Provar as cervejas do país como Manica, 2M, Txilar e a Impala – o sabor das nossas machambas da Machamba – Impala de milho ou de Mandioca vale a pena experimentar.
Após escrever esse extenso roteiro, 21 lugares para se visitar na Beira, deixo o contato de 2 Xhopelistas que irão te auxiliar a realizar esse roteiro de um lado.
Assim como o meu vídeo no canal do Youtube percorrendo por esses pontos turísticos da cidade.
Me chamo Rebecca Alethéia e realizei um mochilão de 17 dias pela Africa Austral e compartilho aqui os meus custos de viagem.
O meus custos e roteiro pela África Austral começou por Maputo uma vez que vivo na Beira na região Central de Moçambique.
Primeira parada Maputo – Moçambique
O meu objetivo de viagem era curtir festivais e contato com a natureza. E nada de coincidência eu escolhi o final de semana que haveria o maior festival de música de Moçambique o AZGO.
Fiquei na casa de uma amiga no final de semana onde os gastos foram bem poucos apenas com alimentação.
Deixo aqui um vídeo do festival e 2 relatos que eu escrevi como foi estar e viver esse festival.
Depois disso parti para a Swazilandia que eu também tenho um relato de viagem como é chegar até a Swazilandia atualmente conhecida como Eswatini de ônibus, eu ia de Van.
Preciso dizer que de van eu gastei R$25,00 até a capital do país e indo no modo roots que foi desta vez eu gastei R$4,65 pegando 2 ônibus, atravessando a fronteira, depois de lá eu deveria pegar uma van e pagar R$20,00.
Talvez você pense que foi o mesmo valor por conta disso de aquilo mas comparado com o tempo e com a facilidade a segunda opção me foi a melhor em relação a tempo.
Segunda parada Eswatini
Depois fiquei em Eswatini em couchsurfing o que também não tive gastos com hospedagem, no final de semana estive no maior festival de música da África que foi o BUSH FIRE que sinceramente um excelente festival do qual eu recomendo muito a ida.
Eu fiquei hospedada em camping do evento da qual eu já tinha pago transporte, alimentação, entrada do festival e acomodação que no total foram R$800,00 e eu já tinha adquirido à 3 meses, então esse gasto pode tirar da lista.
Terceira parada África do Sul
De Eswatini para a África do Sul eu fui de carona, ou seja, custo zero!
Chegando em Pretória fiquei hospedada na casa do pessoal que me deu carona e que no dia seguinte me levaram até o aeroporto, o que era muito próximo.
Eu sempre considero os custos de transporte o mais caro, então estou frisando bem os valores, assim como muitas pessoas me ajudavam e eu pegava carona até alguns lugares, mais uma vez custo ZERO!
Obviamente quando eu digo custo zero eu não me importo em pagar um almoço/jantar, ser cordial ou dar uma lembrança do meu país para essas pessoas, independentemente se elas me darão algo ou não.
Quarta parada Victoria’s Fall – Zimbabwe
Victoria’s Fall que era o meu próximo destino eu fui de avião e paguei na passagem USD110, ou seja, R$450,00 na época.
No Zimbabwe eu tive problemas de comunicação com meu couchsurfing o que resultou em eu não ter estadia e tive que procurar uma hospedagem pela cidade.
Fui em uma agência de viagem que indicava hotéis luxos e/ou pensões caríssimas, não era pra mim, até eu dizer que não tinha dinheiro para pagar mais de 15 dolares por dia, no final minha hospedagem saiu por USD13,00 por dia foi na Victoria Falls Backpackers Lodge.
Recebi um desconto, sem eu pedir mas que foi fantástico, acho que era porque não tinha quase nenhum hospede e dormi em um quarto sozinha e foi lá em que eu fiquei alguns dias, a localização era ótima e eu fazia tudo andando sem medo de ser feliz.
fui à Zambia andando e depois de lá eu peguei um carro, fiz uma day trip por lá porque eu realmente queria curtir mais o Zimbabue.
Em Victoria’s Falls eu também me dei o luxo de andar de helicóptero, que eu também tinha feito economias para sobrevoar pelas cataratas e foi um dos minutos mais caro da minha vida, mas foi lindo, eu via manada de elefantes, bufalos, hipopótamos do céu.
Eu considerei como um safari áereo, ahh foi de mais. Paguei USD150 dolares para o voo de helicoptero de 13 minutos.
Quinta parada – Livingston Zambia
Ao atravessar a fronteira você terá os gastos se quiser ir pra Livinstong terá que pegar um taxi que sinceramente são caros, mas vou te dizer se o taxista for gente boa ele vai parando e mostrando tudo, foi o que eu fiz!
A passagem do taxi custou 20 dolares cada trecho, ou seja, cara para o meu orçamento, mas eu fui, e realmente a cidade é linda, vale a visita.
Sexta parada Chope – Botswana
Eu também fui pra Botswana que foi uma day trip em Chope naqueles valores que tem tudo incluso, sinceramente ouvi muitas recomendações sobre esse safari que era no barco e depois em uma 4×4.
Muito bonito, era minha quinta vez em um safari e eu jão não estava mais tão animada mas mediante as recomendações eu fiz, é foi incrivel! Recomendo.
Esses passeios são “caros” onde iremos ter o maior gasto mas que eu sinceramente acho que vale a pena, tive um almoço delicioso e um passeio bem organizado.
O passeio em si foi USD150 dolares. (Sou contraditória nos valores não quero pagar 40 dólares no táxi mas pago 150 em um passeio, mas contando que tenho tudo incluso, vale o passeio)
Bom depois disso foram os gastos com a entrada dos parques do lado do Zimbabue e do lado da Zambia, sim eu entrei nos dois.
Eu tive um guia no lado da Zambia, eu não queria/podia pagar relutei muito mas o senhor Leonardo foi muito gentil, uma graça, ele não me cobrou nada e quando eu fui pagar ele não aceitou, mas mesmo assim eu paguei.
Sétima parada Harare – Zimbabwe
Fui a capital Harare de ônibus, viajei pela noite toda ou seja uma estadia gratuita, em harare fiquei em um hotel por conta do problemas com o cartão que eu contei em postagens ateriores, mas que tinha hosteis por 25 dolares.
Fiz a minha volta de onibus até Mutare uma região montanhosa do Zimbabue na fronteira com Moçambique da qual eu atravessei.
Oitava parada Mutare – Zimbabwe
Nona parada Chimoio – Moçambique
Conseguir uma carona até Manica – Moçambique e uns amigos que estavam em Chimoio – Moçambique vieram me buscar e assim desfrutamos chimoio e depois partimos viagem ao meu destino de origem. Beira- Moçambique.
O custo da alimentação saia em média R$30,00/R$50,00 lembrando que muitas/algumas vezes eu pagava a minha e a da outra pessoa. Eu não sou regada ao álcool o que também facilita poupar alguns gastos e considero 2 refeições muito importante o café da manhã e um almojanta no final de tarde.
Essa foi a aventura e os meus custos de viagem pela África Austral. Os maiores gastos estão com o alojamento e transporte e como eu me dei alguns luxos à minha viagem, paguei antes, durante a viagem tudo custou 1000 dólares.
Tainá Vitorino viajou para Punta Cana antes e durante o Natal de 2019, tinha muita vontade de ir e realizou o seu sonho. A mesma deixou 5 dicas para mulheres viajar sozinha para Punta Cana.
Lugar lindo demais! Vale cada centavo, super recomendo!
Para as que pretendem ir, algumas dicas:
Moeda: no Brasil não se acha peso dominicano, então é impossível levar, a melhor opção é levar dólares que é muito aceito lá em todo lugar, as vezes eles devolvem o troco em pesos mas se você pedir e eles tiverem devolvem em dólar também. Quando eu fui (dezembro/2019) cada dólar valia 50 pesos, em alguns lugares 52 ou 54 pesos
-Passeios: lá tem muita coisa pra fazer! Ficamos lá 5/6 dias e só descansamos durante 1 na praia. Um passeio que vale muito a pena é o para a Ilha Saona! Os guias com quem fomos eram super legais, tinha Cuba libre a vontade (nunca tomei tanto rum na minha vida) e eles passam em outros lugares que não só a Ilha, inclusive as piscinas naturais onde tem uma festa super legal, é o passeio que mais vale a pena. Compramos esse passeio no Brasil, pelo decolar, e foi super barato (197 reais). Andar de Buggy é muito legal, e esse você pode fechar lá por cerca de 35-45 dólares (barganhe com os vendedores que eles dão desconto kkkkk). O que menos gostei foi o passeio ao dolphin explorer, o famoso nado com golfinhos, por ser contra esse tipo de turismo e pelo preço das coisas. Você fecha o nado e as fotos você paga a parte, 1 foto com o golfinho custa 39 dólares (!!!) Um absurdo que eu não quis pagar, portanto não tenho a foto kkkkkkk
-Assédio: existe assédio sim, muito, porém os homens são mais tranquilos que no Brasil, se você fala não umas duas vezes eles desistem, não chegam nem a tocar em você. Mas todo cuidado é pouco…
-Clima: pegamos um pouco de chuva na chegada e não foi nada demais, no geral chove 1h e para, tempo nublado é pouco comum também
-Preços: na alimentação, dependendo do lugar, uma refeição sai 10-20 dólares, o que não é caro, o dólar que está caro para nós. Não é um bom lugar para compras, apensas souvenirs e bebidas (Mama Juana principalmente).
Mais uma vez, vale muito a pena.
Esperamos que essas dicas tenham sido útil para você mulher que tem pensado em viajar sozinha para Punta Cana.