Hey mulheres negras, vamos viajar juntas com o Coletivo Bitonga Travel para o Quilombo Cafundó – interior de São Paulo? A Agência de viagens – Rota da Liberdade juntamente conosco da Bitonga Travel tem o prazer de apresentar esse lindo roteiro. Antes de mais nada, você já ouviu falar do Quilombo do Cafundó? Se ainda não, então já pega a mala e vamos embarcar nessa viagem desde já!
Sua História
Localizado em Salto de Pirapora – SP, situada a 12 quilômetros dessa cidade, a 30 de Sorocaba e a não mais de 150 quilômetros da capital de São Paulo.
O Quilombo do Cafundó é destaque em produção de alimentos orgânicos. Dessa forma, tudo ali é cultivado sem uso de agrotóxicos, adubos químicos, aditivos sintéticos, antibióticos, hormônios, nem técnicas de engenharia alimentar.
Bem como, a língua africana de tronco bantu – Quibundo ( língua falada no noroeste da Angola) é preservada, sendo nomeada como cupópia.
Nossa viagem – Vamos viajar ao Quilombo do Cafundó – Bitonga Travel
Sendo assim, vamos viajar ao Quilombo do Cafundó – uma imersão cultural em um dos Quilombos mais importantes do Brasil.
A viagem consiste em um famoso bate e volta, ou seja, passeio de 1 dia, como é próximo da capital consiste no máximo em 1 hora e meia de ida com uma parada técnica.
A Saída da capital de São Paulo, acontecerá Rua Vergueiro,1000 – Metrô Vergueiro sentido Centro às 07:00 da manhã. O retorno de Salto de Pirapora está previsto para as 17:00.
A data
Ao mesmo tempo, em celebração do dia da mulher negra latina americana e caribenha, 25 de julho – o coletivo Bitonga Travel, realizará viagem no dia 30 de julho de 2022 ao Quilombo Cafundó.
Nossas Programação
Ao chegar ao Quilombo, haverá a boas vindas com um delicioso café da manhã e uma roda de prosa.
Assim como, acontecerá 3 oficinas no dia e um passeio pelo campo de produção de produtos organicos.
Oficina de Jongo – história da comunidade, língua , personalidades quilombolas;
Oficina de Ervas- aprendizado sobre a importância das ervas para a comunidade e seus efeitos curativos;
Almoço
Oficina de Bonecas Abayomi;
Passeio pelo campo – o Quilombo do Cafundó é referência na produção de orgânicos no interior do Estado de São Paulo
Valores
Em síntese, a viagem tem como valor de investimento R$ 290,00 (duzentos e noventa reais) por pessoa.
Está incluido o transporte, seguro passeio, guia cadastur, almoço, assim como as atividades no Quilombo.
Vale lembrar que não está incluido qualquer despesa pessoal, assim como, compras.
Garanta a sua vaga!
A viagem tem vagas limitadas, ou seja, apenas 15 pessoas e estão se esgotando muito rápido!
Escute o nosso episódio do podcast da Bitonga Travel – Quilombo Cafundó com Solange Barbosa e venha imergir nessa viagem disponível em todas as plataformas digitais!
Olá Bitongas, em primeiro lugar, vamos falar da Afrotrip a sua agência de viagem AFROCENTRADA, e vamos te contar uma novidade que estamos muito felizes em compartilhar com vocês.
Nossa história…
Desde 2016 chamavamos Black Travelers, ou seja, uma agência de viagens que proporcionou aos viajantes negros de todo o mundo a chance de conhecer o Brasil de uma perspectiva afrocêntrica.
Logo depois, em 2019 passou a se chamar Destino Afro, criada para conectar viajantes brasileiros à África e países da diáspora.
É isso mesmo que vocês leram, eram duas agências, emissiva e receptiva com nomes diferentes. Dessa forma, ao longo desses anos, ambas as marcas fizeram sucesso, assim como sendo reconhecidas por proporcionarem experiências incríveis e momentos maravilhosos a todos os nossos clientes.
A fundadora
No entanto, ser duas marcas no mesmo segmento tem sido trabalhoso. Por isso, a fundadora Carina Santos, decidiu transformar duas marcas em uma! Enfim, um nome, uma marca, com os mesmos valores: conexões, experiências inesquecíveis e pertencimento.
Desde já, um novo começo de uma bela história, sem se preocupar com as diferenças de idiomas, apenas para unir as pessoas em prol da cultura, do entretenimento e do verdadeiro turismo.
Da mesma forma, falamos português, falamos inglês, pertencemos ao mundo, e queremos trazer o sentimento de pertencimento a vocês!
Conheça a sua nova agência de viagens:
Nosso símbolo foi cuidadosamente pensado para transmitir nossos valores, representando o sorriso que imprime uma jornada afetiva de conexões, que impulsionam movimentos em novos ângulos como o pin ao contrário, nas cores que simbolizam o legado pan-africano;
Somos uma agência legalizada e experiente;
Nossa equipe é composta por profissionais especializados, estamos sempre engajados na inclusão do povo preto em todas as vertentes do turismo, viajando e trabalhando conosco.
Nosso atendimento é afetivo, nós vemos você! Nos empenhamos em proporcionar o tipo de viagem que você quer viver! Não há roteiros padronizados, cada viagem é única!
Somos apaixonados por experiências!
E então, já sabe Afrotrip é a sua agência de viagem AFROCENTRADA, acesse o nosso SITE e vamos viajar?
Rebecca Aletheia lança o seu primeiro livro EscreVIVER – Cartas de uma viajante negra ao redor do mundo. Um livro que tem dado o que falar! Antes de mais nada, vale lembrar que este livro foi mencionado por Dito como manual do viajante, um livro veio para inspirar, rir, se emocionar e acima de tudo te encorajar se jogar no mundo.
Como se deu a prática da escrita?
Sempre gostei de escrever, a prática do diário era algo que sempre levei da infância. Assim como, a escrita de cartas, de enviar para outras crianças que anunciavam seus endereços nos jornais ou nas revistas infantis.
Em 2017 na minha primeira viagem internacional como expatriada no Tadjiquistão para atuar como enfermeira humanitária, mantive a prática da escrita em formas de carta para mim mesma.
O ano de 2019 foi o ano que fui à Moçambique e também continuei escrevendo. Nesta jornada, se intensificou no momento em que vivi e sobrevivi à um ciclone no país.
A escrita sempre foi algo terapêutico pra mim! Pude diversas vezes me encontrar e reencontrar, ou seja, mergulhar na mulher que sou e presentear o meu futuro com o que tenho me formado.
Viajante e Escritora?
Nascemos “livre” e realmente parece que o mundo nos coloca essa tal barreira que mesmo invisível ela existe e de uma forma brutal através do racismo, machismo, sexismo e classe.
Costumo dizer que me permitir IR, ou seja, cruzar todas essas barreiras que nos são impostas já é um grande ato e não digo de formas apenas internacionais é romper com tudo aquilo que nos impõe de não sermos merecedoras.
Acredito também que sou a continuação da minha história familiar de rompimento, de percorrimento, compreendo que a o caminho se torna um pouco mais leve. Porém ainda continuo a olhar a minha volta e não ir sozinha! Pois onde passa 1, passam 2, 3, 4 e quantas preciso for para rompermos com todas essas formas de opressão.
Não pensava em publicar o livro e por diversas vezes eu fazia por mim e não pelos outros! Foi nesse momento em que ao reler as minhas cartas vi a necessiadae de compartilhar relatos nunca compartilhados antes para o mundo!
E foi através de mulheres negras, a sua metade nordestina que abraçaram o livro e me encorajaram a publicar assim como realizar todo o processo.
Atualmente o livro foi produzido 100% independente, assim como, produzido integralmente por mulheres negras.
Sobre o livro?
A autora brinca com os diversos formatos e formas sensoriais do livro e trouxe o livro em diversas formas, são elas:
O livro será lançado na forma física, e-book, áudiobook (- versão Youtube -), ou seja, com o intuito de democratizar o acesso à pessoas que não tem a prática de leitura, assim como poder entregar à Moçambicanos, Tadjiques, Malawianos suas histórias.
E por fim, não menos importante um livro em formato de Scrapbook, onde os manuscritos estão em formato de cartas e os leitores terão que abrir uma à uma.
Sinopse do Livro – EscreViver Cartas de uma viajante negra ao redor do mundo:
A cidadã do mundo Rebecca Aletheia, ao percorrer por cidades estados e países como Tadjiquistão, Moçambique, Malawi e Tanzânia escreve cartas à si mesma com relatos ríquissimos de suas experiências e vivências. Em seu livro traz uma narrativa alegre, emocionante, comovente de forma bem comunicativa e agitada.
Com profunda sensibilidade e uma imensa gana pela vida, ela passeia pelas mais diversas culturas e países e vai nos trazendo sentira a força, a magia e o encantamento das cores. Se os seus dias estiverem cinzentos e embaçados, percorrer os relatos de “EscreVIVER – Cartas de uma viajante negra ao redor do mundo” vai te ajudar a resgatar o brilho e a vivacidade do cotidiano.
Adquira o seu livro EscreVIVER!
Sendo assim, te convidamos à adquirir o seu livro EscreVIVER – Cartas de uma viajante negra ao redor do mundo!
Em primeiro lugar antes de começarmos a falar das 3 enfermeiras negras abolicionistas que fizeram história nos EUA, gostaria de trazer a reflexão sobre essa profissão.
A enfermagem é a arte do cuidar e não seria diferente o cuidar quando o assunto é combater desigualdades e nesse caso a escravidão. Afinal de contas, ser livre, ter direitos, não sofrer racismo é gozar de saúde, não é mesmo?
Mas, frente a tanto racismo e apagamento histórico que a história colonial é capaz de nos omitir. Sendo assim, compartilho 3 enfermeiras negras abolicionistas que fizeram história nos EUA.
Harriet Tubman
Além de nascida sem sua liberdade, Tubman foi escravizada assim como, espancada e açoitada por seus vários senhores durante a infância. Ainda jovem, ela sofreu uma lesão craniana traumática quando um senhor de escravo jogou um pesado peso de metal num escravo fugitivo, mas acabou acertando-a. Diante de tanta injustiça, não deixou de lutar pela abolição, de pessoas escravizadas entre elas familiares e parentes.
Durante a Guerra Civil, ela se ofereceu como cozinheira e enfermeira para o Exército da União, e logo depois como batedora armada e espiã. Há registros em 1865, Harriet cuidou de pacientes negros feridos no Hospital Fortress Monroe, Virgínia. Ela fervia raízes e ervas e fazia uma tintura para ajudar os pacientes a se recuperarem de disenteria e outras doenças.
Foi a primeira mulher a liderar uma expedição armada na guerra, guiando o ataque no rio Combahee, que liberou mais de 700 escravos. Depois de sua morte em 1913, tornou-se um ícone de coragem e liberdade e atualmente.
Sojourner Truth ou Isabela Baumfree
Isabella Baumfree, nascida como escrava renomeada como Soujourner Truth. O que não pouco conhecido sobre Truth é que ela foi uma pioneira na prática e educação de enfermagem.
Truth primeiro serviu como enfermeira enquanto era escrava da família de John Dumont em West Park, Nova York. Ela escapou para a liberdade antes do Ato de Emancipação de 1827 e inicialmente se estabeleceu em Michigan durante a Guerra Civil, onde coletou alimentos e roupas para os regimentos Negros.
Em 1863, Truth mudou-se para Washington, D.C., onde trabalhou nos hospitais da Union, cuidando de pacientes doentes e feridos, ensinando habilidades domésticas e se dedicando ao trabalho de ajuda humanitária para pessoas libertadas.
Como uma mulher livre, Truth defendeu programas formais de educação em enfermagem junto ao Congresso, embora ela própria nunca tivesse tido essa oportunidade. A insistência de Sojourner Truth em padrões mais elevados de cuidado e limpeza teve um impacto duradouro no campo da enfermagem.
Susie King Taylor
Assim como as demais Taylor também foi à guerra, porém, se destaca em ser primeira mulher a primeira enfermeira negra do exército na Guerra Civil. Foi libertada da escravidão em 1861, colocou suas habilidades em uso para o Exército da União.
A enfermeira Taylor cuidou de soldados feridos, chegando a se infiltrar nas tendas de soldados que foram colocados em quarentena com varíola para ajudá-los a se recuperarem. Ela finalmente começou uma escola para crianças e soldados negros e serviu por mais de três anos viajando com as 33ª Tropas de Cor dos EUA. Seu ativismo certamente preparou o terreno para que as enfermeiras sindicais fossem compensadas com salários justos.
Racismo, gênero e Classe
É importante lembrar que todas as enfermeiras abolicionistas descritas aqui não foram pagas pelos cuidados de enfermagem que prestaram. Aliás muitas delas e bem referenciado por Soujourner Thuth – “E eu não sou mulher?”. Embora seus trabalhos tenham sido subestimados, seus ativismos são guias para o compromisso contínuo das enfermeiras em acabar com a opressão e a desigualdade salarial, enquanto lutam por justiça racial e um mundo saudável para todas as pessoas.
E conte para nós, você conhecia a história dessas 3 Enfermeiras negras abolicionistas que fizeram história nos EUA? Lembra de mais alguém, compartilhe conosco.
Escrito por Giselle Cristina vem-se a pergunta: A quem é concedido o direito a conhecer o mundo?
Viajante inveterada, a preta é muito bem humorada, bem disposta e acima de tudo generosa. Não demorou muito e as peripécias de viagem dela viraram meu melhor entretenimento no final do dia, não tinha novela das 9h que batia.
Não era só ver por onde ela passou, era sentir o que ela sentia, era saborear cada comida de rua, gargalhar com as dancinhas nos monumentos e até se aperrear com os perrengues que ela passava e ainda compartilhava com a gente, afinal a vida da mulher negra viajante, NÃO É FÁCIL rs.
Rodar com ela por esse mundo sempre curiosa pra saber o próximo destino foi a minha grande diversão em 2021, mas ainda assim a mente e o coração já estavam conformados que só assistir já estava bom.
Vem comigo, no caminho eu explico
No meio do segundo semestre de 2021 Rebecca Aletheia “lançou a braba”, quem quer viajar comigo põe o dedo aqui que já vai fechar o abacaxi. Mas Rebe, vamos pra onde? E essa era a grande sacada, literalmente Rebecca Aletheia estava propondo um VEM COMIGO, NO CAMINHO EU EXPLICO. E qual foi a minha surpresa quando disse sim sem nem pensar, sem fazer contas, sem escolher destino, sem controlar a minha própria vida.
Quando me dei conta estava fazendo várias coisas pela primeira vez, trabalhando insanamente em um emprego na minha área, me programando pra viajar “sozinha” me arriscando a conhecer pessoas absolutamente novas e ainda não.controlando nada (sou leonina com ascendente em touro, controlo tudo o tempo todo).
Estava apreensiva, mas em nenhum momento senti medo. Eu fui acolhida e muito bem amparada, principalmente depois do choque de saber que a viagem era internacional e eu não tinha nem passaporte. Fui conduzida e até ciceroneada pelas burocracias que cercam um evento desses e acima de tudo fui inspirada por todas as mulheres que toparam essa jornada gloriosa e cheia de perrengues.
6 mulheres negras viajando juntas
Nós viajamos ao todo em 6 mulheres, e eu era a única virgem de trip, mas as trocas entre a gente foram tão genuínas e intensas que parecia que aquilo era comum pra mim também.
Cada uma de nós era muito boa em alguma coisa e isso facilitou a nossa longa estadia de 20 dias perambulando para lá e para cá, tinha dia que uma tava rica e outra tava pobre (problemas de câmbio) mas nenhuma de nós passou vontade de nada, as finanças eram do grupo e todas nós nós responsabilizamos por todas as contas conjuntas. E tudo isso ainda com uma liberdade nunca experimentada antes.
Por mais que fosse uma viagem em grupo, não foi uma viagem engessada, cada uma fez o seu roteiro e assim teve gente que chegou antes, que chegou no meio que ficou mais em determinada cidade e menos em outra. Mas mesmo assim nós.estavamos juntas tomando conta uma da outra.
Voltando ao Brasil da Colômbia por terra
Acompanhar o ritmo da blogueira de viagem não é fácil e voltamos da Colômbia por terra, passando dois dias dentro de um barco até Manaus, uma das experiências mais incríveis da minha vida.
Resumindo conhecemos 6 cidades na Colômbia e duas no norte do Brasil, Rebecca ainda emendou Rondônia e Acre, mas a estreante aqui já estava sem forças e só pensava na própria cama.
De toda essa experiência eu só tenho duas certezas, mulheres pretas podem fazer qualquer coisa nesse mundo todo e que eu vou usar esse mundo todo pra fazer todas as coisas.
Escute e imagine a quem é o direito de conhecer o mundo:
Giselle Christina
Consultora em diversidade e inclusão (D&I corporativa) é Mestranda em Humanidades, Direitos e Outras Legitimidades pela Universidade de São Paulo – USP e Bacharel em Sociologia e Política pela Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo – FESPSP.
Entusiasta em Data Science, Fundamentos de Estatística e Processos de Decisão, possuí vasta experiência na execução de pesquisas qualitativas, quantitativas, mercadológicas e desenvolvimento de projetos de inteligência de mercado e consumer insights.
Destacam-se os projetos realizados para clientes como Afrobras, Faculdade Zumbi dos Palmares, Feira Preta, EmpregueAfro (censo da diversidade Médicos Sem Fronteiras), Campari (censo da diversidade) no desenvolvimento de análise de dados, produção de relatórios, pesquisas e planejamento estratégico.
E aí, a quem é concedido o direito de conhecer o mundo? Assim como a Giselle, envie o seu texto para nós e tenha o seu texto divulgado por aqui: faleconosco@www.site-antigo.bitongatravel.com.br ! Será um prazer ter o seu texto aqui conosco.
Antes de compartilhar esse relato de viagem pelo Rio Amazonas, cruzando a fronteira Colômbia – Brasil e percorrendo o maior rio do mundo de Tabatinga até Manaus. Primeiramente, vou me apresentar, me chamo Luciene Silva, formada em Geografia, professora ensino fundamental e EJA em São Paulo.
A Amazônia
Eu nunca havia chorado por estar em um lugar, mas a Amazônia é o sítio mais vivo. Que eu já estive. É a vida sobre as águas, é o caminho das águas, são encontros que se dão a partir das margens. As casas nas margens são o aspecto central da perspectiva de quem está no barco, no meio do Rio Solimões, estar a margem aqui é estar bem localizado. Tem barco grande, tem barco pequeno, tem lancha tem canoa, tem com motor e tem movido a remo. Tem com ar condicionado, tem ar úmido do vento. Tem barco de dezenas e tem barco de um só. Serão 32 horas nas águas. Tem muita água pra rodar… A cada parada nos portos nas cidades ribeirinhas, São famílias que se encontram com mulheres crianças seguras pelas mãos, são despedidas de olhares de quem diz “Vá com Deus”, Vá com Deus não, minha avó diria que é mal agouro o certo é olhar de “Deus te acompanhe”.
Tabatinga – Manaus
Descer de Tabatinga até Manaus de barco, não é trajeto, é uma experiência que realmente inunda a nossa alma e nos faz perceber que a vida sobre as águas é muito mais movimentada e fluida do que trafegar sobre o concreto.
Sobre a funcionalidade da lancha
Para chegar precisamos antes encontrar um Tuk Tuk (triciclo que só pode rodar na Colômbia mas pode cruzar a fronteira do Brasil com passageiros) tínhamos marcado horário com um motorista mas ele não compareceu e ficamos e mercê de encontrar um encima da hora. Assim que encontramos fomos ao porto hidroviário, no mesmo local em que havíamos reservado as passagens na lancha rápida Madame Crys (gostei do nome).
O Valor de 880 reais para uma viagem de 32 horas, a passagem é cobrada por trecho percorrido. Chegamos, formamos uma fila com as bagagens, porém, na hora em que liberou a partida foi cada um por si e bom pra quem corre mais. Entre as bagagens se avistava uma TV 60 polegadas e uma gaiola de ramisters , no cartão do que não transportam animais, mas acho que os ramiters eram quase da família…
Tem ar condicionado, como eu não gosto, foi a sala de refeição e lá permaneci pois é ao ar livre e sem ar condicionado. Café da manhã com variedades, almoço muito bom, TV por satélite com filmes que eu nunca assistia por inteiro porque a paisagem sempre me desperta a atenção para a sua beleza.
Ao anoitecer…
Fiquei num lugar muito barulhento, no motor da lancha, acho que vou ficar com zunido o dia todo, tudo isso pra não enfrentar o ar condicionado… Aqui no fundo, ao anoitecer, as pessoas começaram a se ajeitar pra deitar, quem não conseguiu banco forrou o chão com toalha ou coberta e se ajeitou.
A moça sozinha se agasalhou, o moço desconhecido ofereceu seu próprio colo para o descanso dos pés da moça, ao perceber o frio ainda jogou uma toalhinha. A mãe e o pai que não conseguiram poltrona para a filha, cederam seus lugares para que a menina deitasse e velaram o seu sono. A outra mãe se deitou embaixo do banco com o filho.
O sonho coletivo
Ahh eu também me deitei, não iria ficar fora desse sonho coletivo. Dividi o a beira do banco com outra ribeirinha, fizemos uma espécie de símbolo do Ying Yang para aconchegar nossos corpos no banco estreito… 32 horas sob as águas do Solimões de muita água rolando, de muita vida fluindo de muita beleza pelas margens.
As pessoas
A moda das mulheres ribeirinhas transborda feminilidade: aqui tem muito brilho nas roupas e nos acessórios, muito rosa do bebê ao pink, tem pele exposta, shorts curtos, as unhas, as unhas sempre bem feitas e com arte, as mulheres são imensamente perfumadas. As mulheres aqui, em geral, não são magras como as modelos de passarela dos anos 90, nem são as aclamadas mulheres de cintura fina e quadril grande da população. Elas aqui tem ombros largos e cintura troncuda, como esperar cintura fina e estreiteza de quem gera uma humanidade no ventre e carrega um mundo nas costas?
Os homens são atentos aos cortes de cabelo impecáveis, pulseiras e colares são sempre vistos, que gente cheirosa! A tripulação da lancha é constituída apenas por homens, parece que a manutenção da estética é muito rigorosa.
Por hoje é só, deixo aqui esse relato de viagem pelo Rio Amazonas de Tabatinga a Manaus percorrendo o maior rio do Mundo. 08/01/2022, por Luciene Silva
Ela veio do Planeta Fome, também conhecido como Vila Vintém. Ou qualquer comunidade pobre feita por pessoas pretas na diáspora brasileira.
Quando eu era menina, ela me assustava. Sua voz rasgava minha alma de uma maneira que eu não conseguia entender. Precisei amadurecer para compreender Elza.
Talvez seja essa uma marca do lugar que nos pariu, eu tampouco me identificava com Padre Miguel até compreender que minha estranheza também era filha daquele chão.
A mesma Mocidade que nos embalou, demorou mais de 80 anos para reverenciar o talento de Elza. As filhas estranhas levam mais tempo para pertencer.
Mas a mulher saiu de dentro de cada uma de nós e foi assim que se deu nosso reencontro.
E Elza nos ensinou a uivar, grunhir, trazer a rispidez mais profunda da alma trabalhada em lata dágua na cabeça como resistência.
Do cóccix ao pescoço bradou o preço que era colocado em pessoas como ela, e como todos nós reescrevemos, um dia compreendeu sua própria grandeza e gritou veemente: Deus é mulher.
Cantou apaixonadamente por seus amantes e abraçou o luto de cada mãe que perdeu seu guri.
Provocou nos lembrando que se há lugar para o ensino do cordeiro, Exu também deve ter espaço sagrado na escola.
Por sua existência, muitas de nós fomos capazes de trilhar um caminho diferente. Para além do arroz e feijão.
Afirmou que entendeu o quão era incrível, gostosa e interessante já na maior idade. Aquele tempo além do tempo. Sabe lá a revolução que é quando uma mulher preta se enxerga assim no espelho?
Que honra ter existido no mesmo tempo e espaço. Que honra sermos cria do mesmo chão. Que honra te sentir Ancestral.
Segue, rainha, mil nações moldaram sua cara e sua voz será sempre ouvida, dizendo aquilo que ainda se cala.
Clarissa Guelves
Mulher, preta, gorda, viajante, cria do bairro Padre Miguel no Rio de Janeiro. Escritora, e Terapeuta Integrativa, atua cuidando de mulheres brasileiras cidadãs do mundo enquanto projeto de descolonização e aquilombamento.
Olá escritores, sempre uma honra poder dar super dicas práticas de como escrever para blog e ter o seu texto ranqueado no Google nas Métricas SEO . Me chamo Rebecca Aletheia e tive a oportunidade de falar sobre 2 temas dos quais gosto de muito, são eles:
– Como escrever para Blog
– Criar meu blog pessoal até que ponto vale à pena
Mas neste texto vamos falar de Métricas do SEO, que já comentei antes sobre, porém agora vou aprofundar. Lembrando que eu não sou expert no assunto. Mas quero compartilhar com vocês um pouco do que aprendi e tenho aprendido diariamente.
Entenda o que é o SEO
SEO significa Search Engine Optimization (otimização para mecanismos de busca). É um conjunto de técnicas de otimização para sites, blogs e páginas na web. Essas otimizações visam alcançar bons rankings orgânicos gerando tráfego e autoridade para um site ou blog. – Fonte Rockcontent.
Resumindo, SEO didaticamente falando é alguns requisitos que devem ser preenchidos para estar no ranking do Google.
Essa parte é onde além do seu texto você precisa preencher alguns requisitos básicos para ter seu tema como elegível.
Pois é, temos regras por aqui também, mas são bem tranquilas e vou te mostrar como descomplicar a sua vida…
Título
Escolha um título que tenha número de 60 a 70 caracteres.
Busca-se títulos que tenha pergunta ou que desperte a curiosidade do leitor, então seja criativo! E não esqueça de atentar-se a quantidade de caracteres.
Palavra Chave
O texto deverá ter palavras chave, ou seja, considere 4 palavras que descrevam o texto. Essas palavras deverão ser encontrada no título, no primeiro parágrafo e no decorrer do texto.
As palavras chaves não devem utrapassar 4 Algumas vezes dependendo da quantidade de subtítulo também é necessário ter palavras chaves ou sinônimos, mas não é obrigatório.
É o texto que irá aparecer nas buscas do Google e no seu blog despertando ainda mais curiosidade do leitor. Nesta parte você também deverá colocar as palavras chaves e se atentar a quantidade de caracteres de 180 a 200.
Fotos
Sabe as fotos que buscamos no Google? Pois é, elas são ranqueadas assim como os textos elas também devem ser colocadas nas métricas. Sendo assim, ao incluir uma foto no texto, preencha o texto alternativo com as palavras chaves e nomeie a foto corretamente. Em breve falarei mais sobre foto e métrica SEO!
Link no texto
Todo texto deve conter links de saída, por exemplo, clique aqui e acesse ao texto . Isso facilita e dá também mais versatilidade ao texto assim como poder referenciar outro texto, blogs e pessoas.
Quantidade de palavras
Como já dito em texto publicado anteriormente, o mínimo de palavras para o blog são 300 palavras, ou seja, não precisa escrever muito. Mas precisa ter um conteúdo que corresponda com o título e coerente.
Agora me diz, já se sente preparado para ter o seu texto ranqueado pelo Google com as métricas do SEO ?
Precisando de ajuda ou apoio, conte comigo, será um prazer poder apoiá-les.
Em primeiro lugar, olá manas, me chamo Ariani Teodoro e quero falar de 12 livros de mulheres negras para ler em 2022.
O ano de 2022 já iniciou, mas todo janeiro sempre temos aqueles planos que por muitas vezes ficam na gaveta ou que nos forçamos para executar e não conseguimos seguir o ano todo; mas….estamos aqui para motivar vocês para um desses planos que sempre ficam na nossa cabeça e listinha de afazeres: “Preciso ler mais!”
E…porque não lermos Mulheres Negras? Sendo assim, que tal começar a ler separando no mínimo um livro ou livros por mês de mulheres negras necessárias para adquirir mais conhecimento, habito de leitura e conhecer e contar nossa história? Além de viajar pelo mundo, porque aqui tudo termina em viagem! Sendo assim, se prepare para conhecer mulheres negras escritoras do mundo todo!
Assim, separamos um livro para cada mês para você se deliciar e conhecer mais, são eles:
1 – Pequeno Manual Antirracista – Djamila Ribeiro
Este é um realmente um pequeno livro que ainda dá tempo de ler em Janeiro, ou seja, uma leitura super rápida e que com certeza vai te dar um gás para os próximos meses.
“O Racismo não é um ato de vontade individual mas sim, um complexo sistema de opressão, que cria desigualdade social e abismos entre as pessoas”
Partindo desse princípio, Djamila propõe nesse manual 11 estratégias pautadas em filosofia, sociologia, lugar de fala e como transformar nossa sociedade questionando mitos como a meritocracia com muito embasamento sempre citando outros autores.
Assim como, com várias reflexões, nos levando a pensar em melhores políticas públicas, questionar cultura que consumimos, atos e falas, Djamila nos dá esperança e inteligência para criar um diálogo limpo, coerente e um futuro melhor para todos.
2 – Insubmissas lágrimas de mulheres – Conceição Evaristo
Neste livro de contos, pautado pela sua escrevivência, como gosta de pontuar, Conceição Evaristo, nossa inspiração da militância negra e da escrita brasileira entrevista mulheres negras de todas as idades e através das entrevistas nos brinda com 13 contos que misturam realidade e ficção.
Nesse sentido, Evaristo faz questão de pontuar que essa obra é uma mistura das entrevistas, com suas próprias experiências, a famosa “escrevivência” que ela adotou e também com experiências vividas por tantas mulheres negras nesse país racista e desigual.
O que é bem interessante é que a maioria dos contos é em primeira pessoa, então você sente que aquela mulher está abrindo seu coração e vida para você leitor ❤
3 – Fique Comigo – Ayobami Adebayo
Vamos levar em consideração que Março é um mês longo…um mês que precisamos de ânimo e nos manter animadas, portanto a dica para o terceiro livro ou livro para Março é da Nigeriana Ayobami Adebayo: Fique Comigo, seu primeiro livro, um premiado romance de 2019 que nos ensina um pouco sobre a cultura nigeriana: de casamentos poligamicos ao papel imposto pela sociedade à mulher: apenas procriar e; quando não o faz é porque esta amaldiçoada.A história é contada por Yejide, que acreditando ser estéril espera por um milagre: um filho.
Yejide trabalha e é casada com Akin já por quatro anos e não aguenta mais a pressão da família do marido e aceita, (acreditando estar amaldiçoada a não ter filhos) a receber uma segunda esposa para seu marido… a partir daí manas… surge um suspense e um drama incrível. Na Nigéria de 1980, além do contexto político severo retrato no livro, vemos como casais que tentam não ser poligamicos sofrem e acompanhamos Yejide por momentos desesperadores: De uma suposta gravidez de mais de 1 ano até uma subida de joelhos nas montanhas seguimos Yejide na luta constante em estar “de acordo” com o que a mulher necessita.
Além disso, o final é arrebatador e INESPERADO! Nos faz refletir em vários aspectos: como se sentem as segundas, terceiras esposas? Assim como, discussão sobre Maternidade Real ou Imposta? Do mesmo modo questiona, existe um felizes para sempre? Em contrapartida, é possível ser mãe completa?
O livro se encerra em 2008 num misto de tristeza, raiva, felicidade, amor…vários sentimentos e muitos questionamentos.
Prepara o lencinho porque desde as primeiras páginas as lágrimas já rolam!
4 – A terceira vida de Grange Coperland – Alice Walker
“Como pode uma família, uma comunidade, uma raça, uma nação, um mundo, ser saudável e forte se uma metade domina a outra por meio de ameaças, intimidações e atos reais de violência?”
Alice Walker, negra, celebrada escritora, poeta e ativista nos presenteia com uma narrativa impossível de parar de ler
A história se passa na Geórgia, nos Estados Unidos em 1940, no auge da segregação e a dura realidade de tratamento irracional dos negros como mercadoria e escravização continua nos campos em troca de abrigo e comida.
Durante três gerações, o livro conta o cotidiano de uma família negra, oprimida pelo racismo estrutural, misoginia, alcoolismo e violência em todos os sentidos.
Em suma, passamos pelas três vidas de Grange, que abandona a família para tentar a vida no Norte e causa uma grande dor e reviravolta na família e acompanhamos a dor de sua esposa e de seu filho.
Em sua terceira vida, Grange nos surpreende…e como sempre uma mulher muda tudo!!! (risos)
Alice, escreve um posfácio onde conta com exatidão como era ser negra nos EUA nessa época, e escreve uma frase que para mim resume muito deste livro: “Em uma sociedade em que tudo parece descartável, o que deve ser valorizado, protegido a todo custo, defendido com a própria vida?”
5 – Caminhando contra o vento – Igiaba Scego
Falei que iriamos viajar, né? Então agora se prepara para uma afro-italiana, Igiaba Scego nasceu em Roma, mas sua família de origem somali refugiada em Roma, como tantos outros refugiados sentiram na pele o racismo e as dificuldades de uma vida pautada de lutas e sobrevivência.
Igiaba trabalhava em uma loja de discos onde se deparou com o disco Cores, Nomes um dos mais populares de discos de Caetano Veloso que contém a famosa musica Sina: música que homenageia Djavan… Então, é à partir daí Igiaba nos contempla uma narrativa com um mix de sua vida pessoal pautada pela música popular brasileira na Itália! Olha que Mara!
6 – Heroínas Negras Brasileiras – Jarid Arraes
Voltamos ao Brasil com Jarid: nordestina, cordelistas e escritora aprendemos em forma de cordel e com lindas ilustrações 15 histórias necessárias e lindas de heroínas brasileiras
7 – Minha história – Michelle Obama
Mês 7 – Julho: Férias para algumas ….hora de por o pijama e assistir um documentário e ler um livro motivador: Minha História, que também originou o documentário que nos mostra o lançamento do livro no streaming Netflix.
Michelle retrata diversas situações nas quais nós, mulheres negras diariamente enfrentamos: A necessidade imposta pela sociedade de estarmos num padrão; um padrão que muitas vezes não condiz com nossa ancestralidade e com nosso coração, sem contar em “pintar” mulheres fortes como raivosas ou egoístas.
Além de detalhes de sua infância, adolescência e relacionamento com Barack Obama, Michelle retrata o dia dia de uma mulher negra referência para o mundo, inspira e nos faz acreditar que não estamos sozinhas, que de alguma maneira nós, mulheres, principalmente as negras estamos conectadas, além de uma leitura leve e com muitas fotos, lemos detalhes da casa Branca, dos encontros políticos e também curiosidades vividas pela família Obama (a minha favorita, é o encontro com Rainha!)
8 – Por um feminismo afro-latino americano – Lélia Gonzalez
“Leiam Lélia Gonzalez!”, convocou a filósofa americana Angela Davis sua visita no Brasil em 2019.
Após essa convocação feita por Davis, Lélia já com vasta publicações se torna mais procurada, conhecida e finalmente louvada! Este livro traz textos produzidos de 1979 a 1994 e que marcaram diversos processos brasileiros e também o “pretuguês”. Um livro lindo e necessário!
“Eu sinto que estou sendo escolhida para representar o feminismo negro. E por que aqui no Brasil vocês precisam buscar essa referência nos Estados Unidos? Acho que aprendi mais com Lélia Gonzalez do que vocês aprenderão comigo.” ― Angela Davis
9 – Quarto de Despejo – Carolina Maria de Jesus
Primeiramente, se você planejar esse livro para Outubro, necessita começar em setembro: Carolina nos dá um show de política e que tipo de governantes precisamos! Bem como, em 2022 teremos eleições decisivas para nosso país esse ano, essa inspiração é necessária.
Nascida em Sacramento, Minas Gerais, em 1914, se mudou para São Paulo em 1947, onde foi empregada doméstica e, depois passou a catar papel e outros materiais recicláveis.
Apaixonada pela leitura, via a escrita como uma forma de esquecer as amarguras da vida e da fome.
Sobretudo, Quarto de Despejo foi seu maior sucesso: 30 mil exemplares vendidos apenas na primeira edição em 1960 e traduzido para treze idiomas.
Carolina: negra, mãe solo, com pouca escolaridade e moradora da periferia. Extremamente politizada foi mais uma vítima do racismo estrutural presente em nossa sociedade e não teve todo o prestígio que merecia em vida, sempre soube que teria seus mais de 20 cadernos encontrados no lixo e com exímios detalhes da vida dura na favela: suicídio, bebida, assédio….publicados.
… A vida é igual um livro. Só depois de ter lido é que sabemos o que encerra. E nós quando estamos no fim da vida é que sabemos como nossa vida decorreu. A minha, até aqui, tem sido preta. Preta é a minha pele. Preto é o lugar onde eu moro
10 – Filhos de Sangue Osso – Tomi Adeyemi
Antes de mais nada, para quem gosta de Harry Potter é uma obra e tanto, de início quero ressaltar que Tomi é uma nigeriana americana, que vive hoje nos EUA e depois de se graduar com honras em Literatura de Língua Inglesa pela Universidade de Harvard, estudou mitologia, religião e cultura africana em Salvador, no Brasil, onde ela deixa bem explicado em seus vídeos que foi a inspiração para seu livro.
Filhos de Sangue e Osso é o primeiro de uma triologia, e é contada por seus personagens:
Zélie é uma MAJI (tem magias especiais enviadas por deuses) que teve a família destruída pelo Rei e sua família; um rei que destruiu a Magia que tinham os MAJIS e todos hoje vivem na pobreza e em busca de não deixar a Magia acabar de vez, montada em Nailah seu bicho de estimação luta para sobreviver com seu pai e seu irmão Tzain.
Numa de suas negociações é surpreendida por AMARI, a princesa que viu o que o pai pode fazer com a Magia e procura ajuda.
Nesse encontro Zélie, Tzain e AMARI tem a chance de fazer a Magia de volta e o povo de Zelie feliz novamente.
Porém, muitos mistérios rondam essa felicidade e busca, um deles é o irmão de Amari: INAN que esconde muitos segredos e pode atrapalhar essa busca.
Além disso, este é um livro que nos remete diversas questões simbólicas de orixás, família, diversidade, opressão.
Como é uma trilogia, o final fica “meio aberto” mas é uma fantasia escrita por uma mulher negra e que trata a questão da religião com muita delicadeza e naturalidade, principalmente onde infelizmente no nosso país, vivemos a cada dia mais cenários de intolerância religiosa.
O terceiro livro ainda não foi lançado e a previsão é para 2023 nos EUA, porém o segundo já está aí: Filhos de Virtude e Vingança! E é mara!
11 – Minha mãe usa touca de cetim – Cintia Santos
Em sua primeira obra Cintia, juntou o desejo de ser escritora à um foto tirada por seu companheiro que representa além da maternidade, a importância da afirmação às nossas crianças negras de como elas são lindas e descendentes de reis e rainhas 🤴🏽👸🏿🤴🏿👸🏿👸🏽 cheio de representatividade, potência, amor e fofuuuuuraaaaaaaaa
Sobretudo, essa pequena obra, guia adultos e crianças a amar seus cabelos, sua origem e conhecer grandes nomes como bell hooks e Conceição Evaristo.
Dessa forma, o livro físico é tão lindo e tão fofo que vale a pena ter na prateleira viu!
“Ler para e com uma criança é partilhar amor, afeto, histórias, esperança e alegria”
12 – As lições que eu aprendi viajando e morando na China – Joana Silva
Por fim, porém não menos importante, vamos fechar com chave de ouro nossas dicas com um livro de uma das nossas!
Jô, negra, baiana e correspondente Bitonga Travel lançou seu primeiro livro em 2021
Ao passo que, com muita leveza e paixão, nos guia para um passeio emocionante pelo país. É mais que um livro de viagens: é uma jornada profunda rumo a si mesma. Uma viagem pelo desconhecido, guiada pela intuição. Sem julgamentos ela divide com os leitores sua experiência pela China, nos transportando para uma realidade diferente.
Como ela define na sinopse é uma viagem que nos faz mergulhar num processo de desconstrução de preconceitos e visões ocidentais
E assim encerramos nossas dicas de 12 livros escritos por mulheres negras para ler 2022 que você deve colocar na sua listinha de desejos do ano! Conta aí, mais algum que você acrescentaria nessa lista?
Bem vindes, se você é do time que ama escrever e se pergunta se criar um blog pessoal até que ponto vale a pena? Resumi alguns pontos para que você possa entender e dar algumas dicas.
Mas antes de mais nada, se você perdeu o post te convido a ler o texto – 5 motivos para você começar a escrever para blog. Agora vamos para a parte de criar um blog pessoal, será que realmente vale a pena?
Domínio e Hospedagem
Saiba que você terá mil possibilidades de fazer gratuito e sempre vai se esbarrar em alguns fatores, são eles: Domínio e Hospedagem, que é onde as empresas ganham seu dinheiro. Domínio, nada mais é que quando o site tem www.meusite.com.br ou algo do tipo www.oteusite.org é isso que faz ser o domínio. No final das contas, para ter um nome exclusivo terá que pagar.
A outra coisa é que o site deve ficar armazenado em algum lugar, ou seja, precisa ser hospedado! E aí muitas empresas vendem a hospedagem que é onde será armazenado na nuvem.
Periodicidade
Bom se você quer manter seu blog vivo, precisa pensar na periodicidade e manter. Talvez não ter a quantidade de acessos que se almeja pode causar uma desmotivação, ou seja, querendo iniciar com 1000 leitores. Mas nem sempre funciona assim. O primeiro passo é comece a publicar e à partir daí os resultados vem! Avalie depois de 3 meses, 6 meses e 1 ano e veja como está fluindo os acessos, toda flor precisa ser regada para crescer.
Métrica SEO
Bom para quem já escreve em blogs, sabe do que estou falando o famoso SEO! Mas se você não o conhece, quero te apresentar. O SEO, didaticamente falando é alguns requisitos que devem ser preenchidos para estar no ranking do google. Em breve prometo falar mais sobre, pois aqui está a cereja do bolo.
Descomplicando a vida
Logo que comecei a escrever passei por todas as etapas anteriores até encontrar alguns sites/blogs de coletivos que aceitam textos.
E foi a melhor coisa que pude ter feito! Pois, todas as vezes que entrego o material para eles, tenho a certeza que irá chegar para muitas pessoas que eu nunca imaginava. Assim como aumentar minha possibilidade de alcance.
A ideia é que esses sites já possuem uma periodicidade de publicação e já pagam tanto o domínio, hospedagem e entendem de métrica SEO. Aí é que você entra com o texto fará parte de um grupo e todos ganham.
Visibilidade com coletivos
O outro lado legal é que fazer parte de grandes blogs é que você pode usar tal informação ao seu favor! Como por exemplo, escritora do blog da Bitonga Travel, isso dá mais visibilidade para o seu nome e ao seu trabalho. Sendo assim, fica a dica que a Bitonga Travel aceita textos de mulheres negras com todos os assuntos.
Mais e aí, criar um blog pessoal vale a pena?
Tudo vale a pena quando a alma não pequena! Mas sugiro começar a escrever, o primeiro passo, envie e para alguns blogs e faça o teste. Outra dica é guarde esses textos e quando criar o seu blog pessoal você já terá muito conteúdo já pronto!
E aí, sanou as dúvidas? Espero que este post tenha ajudado a sanar algumas dúvidas aproveito para deixamos o convite a mulheres negras com qualquer conteúdo que envie para nós por e-mail bitongatravel@gmail.com . Assim como, se quiser saber mais de como produzir textos, converse comigo no Instagram – Rebecca Aletheia.