Gente, queria compartilhar com vocês o meu relato de viagem e 5 dicas incríveis de Manaus – Amazonas. Caso você ainda tem dúvidas sobre conhecer lugares exóticos no Brasil, com toda certeza do mundo você vai se apaixonar e querer visitar
Essa é a trilionésima vez que visito Manaus, cada viagem proporciona um momento único e vivo uma experiência diferente. As paisagens e o clima mudam constantemente e a cada segundo a natureza trás uma paisagem ou uma surpresa diferente.
Aproveitei o final pra fazer um tour por Manaus e também conhecer Presidente Figueiredo, por isso gostaria de compartilhar algumas dicas
Locomoção
Fiz o passeio por conta própria junto com mais umas amigas, isso possibilita uma uma redução nos custos bastante significativa e também maior autonomia, mas caso esteja sozinho os passeios variam de 70 a 270 reais tudo depende dos passeios que você deseja;
Presidente Figueiredo
tem centenas de cachoeiras e paisagens para serem exploradas por isso se programe antes e defina certinho os roteiros e locais que quer visitar;
Mesmo sendo uma cidade turística, muitas pessoas não conhecem os lugares ou atrações famosas, além disso, existe uma certa oscilação de sinal de internet e pouca oferta de locais com wifi;
Alimentação
um almoço custa em media 25 por pessoa e existem diversos locais oferecendo a banda de tambaqui por 60 a 80 reais para 4 pessoas;
Clima
O Amazonas muda muito constantemente, por isso pesquise antes sobre as características do mês que você irá, pois na seca você terá belezas que a cheia esconde.
Por fim, espero que tenha gostado dessas dicas de viagem por Manaus, assim como te ajudado!
Para quem não me conhece, me chamo Suzy Cruz. E neste relato irei compartilhar como foi a minha experiência de 35 dias em um mochilão Sabático em Alter do Chão – Pará
De 2017 a 2018, percorri inúmeros locais na Amazônia. Após navegar pelos rios Negro, Amazonas e Branco, e dar um pulo na Venezuela, decidi conhecer o caribe de águas doce do Brasil: Alter do Chão, Pará.
Segue algumas dicas, fotos e minhas percepções sobre a região. Lembrando que os preços estão desatualizados, visto que a viagem aconteceu em 2018. Porém, achei importante inserir para vocês terem noção. Surgiu dúvidas? Anotem meu ig ou enviem as perguntas para meu e-mail, terei prazer em responder: suzi.tour@gmail.com
Alter do Chão
Curiosas para conhecer ou relembrar? Naveguem comigo!
Reparem na cor dessa água que muda conforme a posição do sol
Meu início em Alter do Chão
Cheguei em Alter num domingo à noite e nem tinha onde ficar. Saí da Venezuela direto para o estado do Pará com a cara e a coragem. Não havia pesquisado nada.
Pernoitei num redário, mas ainda não estava confortável. Nada contra dormir em redes. Passei toda a minha viagem babando dessa forma. Depois que você aprende a dormir atravessado, parece que você está numa cama mesmo.
Continuando: Saí sem rumo em Alter no outro dia e, através da Paula, voluntária do Hostel Don Preguiça, fez questão de me apresentar aos donos do local. Como iria ficar um tempo considerável no distrito, trabalhar em troca de hospedagem seria supimpa.
Como o universo nos conecta com pessoas incríveis. Imaginava ficar apenas duas semanas, todavia, acabei aumentando para um mês e alguns dias minha estadia por lá.
Como cheguei nessa região?
– Barco de linha Manaus – Santarém: R$ 80,00;
– Ônibus coletivo Santarém – Alter do Chão: R$ 3,60.
Sobre as hospedagens em Alter…
– Há redários a partir de 15 pilas. Se ficar mais tempo, consegue pagar apenas R$ 10,00 por dia. Vale a pena conversar dependendo do tempo que ficará no local;
– Se a sua carteira está mais recheada, há pousadas requintadas. Em relação aos hostels, na época, encontrei quartos compartilhados, a partir de 35 reais;
– No meu caso, eu fiquei mais de um mês. Então, procurava um local para dormir em troca de trabalho. Tive direito a uma cama macia, ar condicionado, banheiro limpinho e café da manhã!
Flona de Tapajós
Antes de desvendar Alter do Chão, tive a oportunidade de pernoitar na Flona do Tapajós. Mas Suzy, o que isso? Significa Floresta Nacional. Tem como finalidade, o uso sustentável dos recursos florestais e, também, a pesquisa científica.
Como chegar na Flona?
Eu estava quase sem grana, então, fui de transporte público mesmo. Aliás, não tenho nenhum problema com isso. Praticamente, 99% das minhas viagens são aproveitadas dessa forma. Paguei 12 pilas. Baratíssimo. Saída do busão é em Santarém. O percurso dura, aproximadamente, 4 horas de viagem.
” Ainnn Suzy, muito tempo. Há outras formas de se chegar na floresta nacional? ” De barco, mas não recordo o valor. Quem souber e puder compartilhar…
Quantos dias ficou por lá?
Tive a oportunidade de ficar 3 dias na casa do Seu Bata e da Dona Socorro. Esse simpático casal mora na comunidade do Jamaraquá. Eles trabalham com turismo de base comunitária.
Dona Socorro, Seu Bata e eu
– Onde dormiu?
Para ficar no redário (local onde se coloca redes) dessa família, paguei um pacote 50 reais por dia, incluso as três refeições: café da manhã, almoço e jantar. Excelente custo benefício.
Redário
– Me fale mais sobre a trilha e guias
disponíveis na Flona.
Seu Bata foi meu
guia. Sabe de tudo sobre a floresta. Na trilha, contou muitas histórias. Desde
quando era criança até quando se deparou com onça. Possui um senso de humor
incrível. Evidente que há muitos outros guias, inclusive, os próprios parentes
do seu Bata. Caso ele não esteja disponível na data que almeja, peça indicações
em Alter do Chão – pousadas e hostels costumam informar. Ou vá direto ao local.
– Quanto custou a trilha?
A trilha que eu
fiz custou 150 reais divididos por 5 pessoas (30 reais para cada um). Conheci a
Samaúma, dentre outras árvores também importantes, um mirante e descemos até um
igarapé de águas límpidas! Aproximadamente 10 km (ida e volta).
Sumaúma ou Samaúma
Duração do percurso é de aproximadamente 4 horas. Se forem para a Flona, indico sua casa para pernoite e seu trabalho como guia de olhos fechados. Tenho certeza que será uma linda experiência!
Olha a cor dessa água
Carimbó
Uma das mais
tradicionais expressões culturais da região norte, chama-se carimbó. Provém de
uma fusão de influências indígenas, negra e ibérica. Desde 2014, é reconhecido
como patrimônio cultural brasileiro.
Casal dançando carimbo
Todos bailam
descalços. As mulheres sempre dançam com lindas saias coloridas e rodadas. Na
época, toda quinta-feira à noite, rolava apresentações na rua. De graça!
Mulher dançando carimbó
Ilha do Amor
Fica defronte a
região central do distrito. Na cheia, os quiosques desse local, ficam todos submersos.
Na seca, o rio recua e as praias se descortinam.
Ilha do Amor aparecendo
O lugar é
sensacional: possui águas claras, mornas e areia branquinha.
Ilha do Amor: quando as águas começam a baixar
Como chegar na Ilha do Amor?
Vá de catraia;
Barco comporta
até 4 pessoas;
Na época, paguei
5 reais (1 real e 25 centavos para cada um – valores de 2018).
Catraias
Ilha do Amor
Serra da Piraoca
Há, também, uma
trilha a partir dessa ilha, para chegar na serra da Piraoca ou Piroca. De lá,
tu tens uma visão 360º graus. Muitos vão no final de tarde para ver o pôr do
sol. Vale a pena! Em 20 minutos, cheguei ao cume. O início da trilha é bem
tranquilo. Quando começamos a subir a serrinha, há pedras soltas e o aclive é
intenso. Tomem cuidado para não escorregar. Água e lanterna é importante. E,
claro, câmera/celular para quem quer registrar o espetáculo.
Vista do Tapajós da serra da Piraoca
Outros Tours que Valem a
Pena
Passeio na Floresta e Igapó
Fui agraciada
com um passeio na floresta (em Alter do Chão) com o Seu Pitó (guia/nativo): beber
água direto do cipó, aprender o processo da seringa, ver uma infinidade de
plantas medicinais, comer formigas com gosto de bala refrescante, nadar num
igapó de águas cristalinas e, ainda, conhecer a formiga com propriedades de
repelente natural (basta pegar algumas e friccionar em qualquer parte do corpo).
Seu Pitó
– Suzy, me explica: o que é um igapó?
– É uma
floresta alagada. Caso queiram conhecer esse tipo de paisagem, tente ir antes
de agosto;
– É
seguro nadar? Minha amiga tu tá na floresta amazônica, então, sabe que nós que
invadimos esse ambiente e não o contrário. Antes de entrar em qualquer local,
pergunte a um nativo e/ou guia. Eles terão prazer em responder.
– Só explicando que no ano sabático que passei por lá, nunca fui picada por cobra, não fui mordida por piranhas, nem morcegos e nenhuma onça correu atrás de mim. Só tive um susto no rio Negro: estava tomando banho, quando um baita jacaré açu começou a vir na nossa direção. Eu nunca corri/nadei tão rápido na minha vida na água… Nem sei nadar, se quer saber. Com nossos gritos, o jacaré acabou se assustando e sumiu…
– Outro
detalhe é que voltei cheia de manchas na pele porque os insetos quase me
devoraram. Gente, eu trabalhei por mais de 4 meses dentro de um parque nacional
(floresta adentro). Natural ser picada por insetos. Tinha alguns que
simplesmente passavam pelo tecido. E a coceira? Sabe aquela coceirinha gostosa
que sai até sangue? Pois é. Aconteceu muito comigo. Mas, quer saber? Faria tudo
novamente.
– Mataraí
Na época, estava
sem grana para fazer passeios de barco e alcançar praias distantes. E ainda, ia
visitar Algodoal, Belém e adjacências. Então, precisava poupar o restante.
Estava viajando há 11 meses pela Amazônia com apenas 5 mil pilas. Tinha muito
pouco no bolso. E o que a gente faz? Trekking, arrasta o chinelo, bate perna,
come poeira. Eu amo caminhar e só a aventura de chegar nesse local, já super
valeu a pena! Uma hora e alguns quilômetros depois, surgiu uma praia deserta
com águas quentinhas e claras para chamar de nossa! Como cheguei por lá? Peguei
um atalho na Ilha do Amor e andei sem rumo. Aportei nesse paraíso!
Praia Super Deserta
Não é o
caso desse local, mas deixo um conselho: peça licença para a Mãe Natureza e
aproveite das experiências sem barulho. Nas minhas andanças, não só pela
Amazônia mas em outros locais do Brasil, percebi que as pessoas adoram fazer
algazarra, gritar, levar caixinhas de som… Atente-se aos sons naturais.
Respeite o silêncio!
– Encontro dos rios Amazonas e Tapajós em Santarém
Sabia que existe
outro encontro de rios fora o Solimões e Negro? Simmm! É o encontro dos rios
Amazonas (barrenta) e Tapajós (cristalina). Tem vontade de conhecer? Tenho uma
dica: há um mirante bem bacana para visualizar essa obra da natureza. Fica em
Santarém, na Praça da Fortaleza do Tapajós. Lembrando que é de graça, 0800,
free!
Caso não seja
essa experiência que tu queira, pode alugar um barco e ir até o ponto de
encontro desses dois rios. Também é válido!
Encontro dos rios Tapajós e
Amazonas
Pôr do Sol em Santarém
Mercadão (Santarém)
Recomendo visitar
o mercadão 2000. Geralmente, eu comprava frutas e verduras nesse local. Super
baratinho e melhor: você compra de produtores locais! Ah, o busão que vem de
Alter te deixa em frente.
Mercadão 2000
Bom, essas foram as minhas dicas e
imagens dessa linda região do Pará.
Foi uma experiência de 35 dias na região.
Curtiu? Já foi? Ficou com vontade de conhecer? Caso possuam meios e tempo para ir, aviso: irão se apaixonar!
Se surgirem dúvidas, enviem mensagens.
Fim de Tarde na Praia do
Cajueiro
Pôr do Sol na Praia do
Cajueiro
Passarela para o CAT- Centro
de Informações Turísticas
Dias eventuais, apenas eu
estava na praia
Encontro com mochileiras
em Alter
Nas
ruas do distrito
Infelizmente,
não sei a autoria do desenho
Há
outros locais que deixei para trás porque havia dias que queria ficar ociosa
mesmo. Quando digo ociosa, era passar horas no meu esconderijo, numa praia
quase particular, porque quase ninguém ia para lá. Confesso que, determinados
momentos, sou bem introvertida e gosto de ficar só. Aliás, não estava com
pressa e meu estilo de viagens é bem lento mesmo. Gosto de sentir a vibe,
conversar com os moradores, saber a história, compreender a rotina. Evidente
que, para quem trabalha e tem poucos dias de férias, isso realmente não
funcione, enfim… Só digo: cada um tem uma maneira de contemplar e
experimentar viagens.
Me chamo Rebecca Alethéia e realizei um mochilão de 17 dias pela Africa Austral e compartilho aqui os meus custos de viagem.
O meus custos e roteiro pela África Austral começou por Maputo uma vez que vivo na Beira na região Central de Moçambique.
Primeira parada Maputo – Moçambique
O meu objetivo de viagem era curtir festivais e contato com a natureza. E nada de coincidência eu escolhi o final de semana que haveria o maior festival de música de Moçambique o AZGO.
Fiquei na casa de uma amiga no final de semana onde os gastos foram bem poucos apenas com alimentação.
Deixo aqui um vídeo do festival e 2 relatos que eu escrevi como foi estar e viver esse festival.
Depois disso parti para a Swazilandia que eu também tenho um relato de viagem como é chegar até a Swazilandia atualmente conhecida como Eswatini de ônibus, eu ia de Van.
Preciso dizer que de van eu gastei R$25,00 até a capital do país e indo no modo roots que foi desta vez eu gastei R$4,65 pegando 2 ônibus, atravessando a fronteira, depois de lá eu deveria pegar uma van e pagar R$20,00.
Talvez você pense que foi o mesmo valor por conta disso de aquilo mas comparado com o tempo e com a facilidade a segunda opção me foi a melhor em relação a tempo.
Segunda parada Eswatini
Depois fiquei em Eswatini em couchsurfing o que também não tive gastos com hospedagem, no final de semana estive no maior festival de música da África que foi o BUSH FIRE que sinceramente um excelente festival do qual eu recomendo muito a ida.
Eu fiquei hospedada em camping do evento da qual eu já tinha pago transporte, alimentação, entrada do festival e acomodação que no total foram R$800,00 e eu já tinha adquirido à 3 meses, então esse gasto pode tirar da lista.
Terceira parada África do Sul
De Eswatini para a África do Sul eu fui de carona, ou seja, custo zero!
Chegando em Pretória fiquei hospedada na casa do pessoal que me deu carona e que no dia seguinte me levaram até o aeroporto, o que era muito próximo.
Eu sempre considero os custos de transporte o mais caro, então estou frisando bem os valores, assim como muitas pessoas me ajudavam e eu pegava carona até alguns lugares, mais uma vez custo ZERO!
Obviamente quando eu digo custo zero eu não me importo em pagar um almoço/jantar, ser cordial ou dar uma lembrança do meu país para essas pessoas, independentemente se elas me darão algo ou não.
Quarta parada Victoria’s Fall – Zimbabwe
Victoria’s Fall que era o meu próximo destino eu fui de avião e paguei na passagem USD110, ou seja, R$450,00 na época.
No Zimbabwe eu tive problemas de comunicação com meu couchsurfing o que resultou em eu não ter estadia e tive que procurar uma hospedagem pela cidade.
Fui em uma agência de viagem que indicava hotéis luxos e/ou pensões caríssimas, não era pra mim, até eu dizer que não tinha dinheiro para pagar mais de 15 dolares por dia, no final minha hospedagem saiu por USD13,00 por dia foi na Victoria Falls Backpackers Lodge.
Recebi um desconto, sem eu pedir mas que foi fantástico, acho que era porque não tinha quase nenhum hospede e dormi em um quarto sozinha e foi lá em que eu fiquei alguns dias, a localização era ótima e eu fazia tudo andando sem medo de ser feliz.
fui à Zambia andando e depois de lá eu peguei um carro, fiz uma day trip por lá porque eu realmente queria curtir mais o Zimbabue.
Em Victoria’s Falls eu também me dei o luxo de andar de helicóptero, que eu também tinha feito economias para sobrevoar pelas cataratas e foi um dos minutos mais caro da minha vida, mas foi lindo, eu via manada de elefantes, bufalos, hipopótamos do céu.
Eu considerei como um safari áereo, ahh foi de mais. Paguei USD150 dolares para o voo de helicoptero de 13 minutos.
Quinta parada – Livingston Zambia
Ao atravessar a fronteira você terá os gastos se quiser ir pra Livinstong terá que pegar um taxi que sinceramente são caros, mas vou te dizer se o taxista for gente boa ele vai parando e mostrando tudo, foi o que eu fiz!
A passagem do taxi custou 20 dolares cada trecho, ou seja, cara para o meu orçamento, mas eu fui, e realmente a cidade é linda, vale a visita.
Sexta parada Chope – Botswana
Eu também fui pra Botswana que foi uma day trip em Chope naqueles valores que tem tudo incluso, sinceramente ouvi muitas recomendações sobre esse safari que era no barco e depois em uma 4×4.
Muito bonito, era minha quinta vez em um safari e eu jão não estava mais tão animada mas mediante as recomendações eu fiz, é foi incrivel! Recomendo.
Esses passeios são “caros” onde iremos ter o maior gasto mas que eu sinceramente acho que vale a pena, tive um almoço delicioso e um passeio bem organizado.
O passeio em si foi USD150 dolares. (Sou contraditória nos valores não quero pagar 40 dólares no táxi mas pago 150 em um passeio, mas contando que tenho tudo incluso, vale o passeio)
Bom depois disso foram os gastos com a entrada dos parques do lado do Zimbabue e do lado da Zambia, sim eu entrei nos dois.
Eu tive um guia no lado da Zambia, eu não queria/podia pagar relutei muito mas o senhor Leonardo foi muito gentil, uma graça, ele não me cobrou nada e quando eu fui pagar ele não aceitou, mas mesmo assim eu paguei.
Sétima parada Harare – Zimbabwe
Fui a capital Harare de ônibus, viajei pela noite toda ou seja uma estadia gratuita, em harare fiquei em um hotel por conta do problemas com o cartão que eu contei em postagens ateriores, mas que tinha hosteis por 25 dolares.
Fiz a minha volta de onibus até Mutare uma região montanhosa do Zimbabue na fronteira com Moçambique da qual eu atravessei.
Oitava parada Mutare – Zimbabwe
Nona parada Chimoio – Moçambique
Conseguir uma carona até Manica – Moçambique e uns amigos que estavam em Chimoio – Moçambique vieram me buscar e assim desfrutamos chimoio e depois partimos viagem ao meu destino de origem. Beira- Moçambique.
O custo da alimentação saia em média R$30,00/R$50,00 lembrando que muitas/algumas vezes eu pagava a minha e a da outra pessoa. Eu não sou regada ao álcool o que também facilita poupar alguns gastos e considero 2 refeições muito importante o café da manhã e um almojanta no final de tarde.
Essa foi a aventura e os meus custos de viagem pela África Austral. Os maiores gastos estão com o alojamento e transporte e como eu me dei alguns luxos à minha viagem, paguei antes, durante a viagem tudo custou 1000 dólares.
Aqui estou eu, há mais de 30 dias pensando,
ensaiando e buscando dentro de mim o que há de melhor para escrever para vocês.
Em um certo momento da minha militância fui
silenciada e nunca mais consegui escrever – bloquiei geral – tem sido um
processo diário de refletir e tentar colocar pra fora o turbilhão de
sentimentos e sensações dos últimos meses.
Gostaria que vocês soubessem e acreditassem que a
palavra tem FORÇA.
Como algumas ou muitas de nós , penso que todas
entendemos de onde viemos e nosso lugar social diante dessa sociedade classista.
E por que to dizendo isso?
Porque nem nos meus sonhos maiores, eu poderia
acreditar que estaria fazendo um pequeno mochilao e/ou escrevendo para um blog,
sobretudo, um blog de manas Pretas. No meu humilde e simples jeito de viver,
passear por lugares que não fosse o centro de SP e seus arredores ate então era
algo MUITO FORA DA MINHA REALIDADE.
Eu tenho muitos amigos (brancos) que já viajaram por
todo esse BR e todos moraram no exterior e apenas uma amiga/irmã Preta que
conseguiu ultrapassar as barreiras e mochilar pela América Latina – ainda
assim, não era possível me familiarizar com isso, eu não conseguia me
visualizar realizando algo semelhante.
Em 17, meados
de Junho eu estava em casa e comecei a me questionar sobre diversas espaços e
lugares que não temos acesso e naquela noite eu disse pra mim mesma: “ Ate
Dezembro eu vou conhecer alguma cidade de Minas Gerais “
Fui pro quintal, estiquei um tapete e comecei a
conversar com as estrelas e com Deus, disse a ele o quanto eu queria realizar
essa vontade e que precisava da ajuda dele. Os dias passaram, continuei a
rotina da vida e numa segunda feira do mês de novembro, encontrei uma amiga na
rua que me fez o convite pra ir em Santome das Letras. Fiquei um pouco
apreensiva , porém no mesmo instante eu disse que iria – não tinha dinheiro e
nem pra quem pedir – mas eu sabia que de alguma forma o universo iria conspirar
pra conseguir.
No mesmo dia entrei em contato com a Bruninha
@ventosdeluz e disse que não tinha grana, mas gostaria muito de ir na excursão,
ela em nenhum momento exitou em dizer não, apenas confiou e disse que meu lugar
tava reservado, pra eu pagar como pudesse.
E foii lindo. Santome das Letras e uma cidade bem
acolhedora, com uma atmosfera e energia surreal. Foi uma trip de quatro dias e
foi libertador topar essa viagem e visualizar que novas possibilidades estavam se abrindo para mim.
Entrei 18 fazendo planos e escrevi no meu diária,
que iria conhecer dois estados – não sabia qual, nem quando nem como – mas
novamente emanei pro Universo.
O primeiro semestre foi amorosamente lindo, vivi a
paixão mais linda e louca de toda minha existência – sabe aquela paixão que
arrebata tudo e todos? Que a gente idealiza que vai subir aos céus com apenas um beijo? Pois é, eu
tive essa sorte, oh Glória!
Mas na mesma intensidade que cheguei aos céus, desci
ao inferno e essa relação foi um divisor de águas na minha vida, na verdade
está sendo.
Em dezembro, estava em casa, curtindo uma bad daquelas
de cortar os pulsos – eu estava literalmente na lama e então, deitada, chorando,
ouvindo Anna Trea e sua linda poesia que diz mais ou menos assim:
“ Abre as asas!
Não dá mais, ser cores de outros carnavais
Outros panos, panos que não te vestem mais
Pise firme, não há por quê olhar pra trás
Sê inteira, sê a luz que ilumina tua paz
Coragem!
O de sempre, de não haver ponto sem nó
Dança tudo, faz e espera o melhor
Gire fundo, que esse mundo é tão maior
Tê certeza de que não caminha só na viagem
Te veste da tua alma, tua verdade, teu amor
Ta na porta a nova era que chegou
Dê passagem!
E olho o olho dessa era que chegou
Todo um mundo girando com o teu girar
Tua dança, não é vã, tem que dançar!
Novo rio, um (novo) caminho prá correr
Teu pavio se acendeu deixar ferver
Dê passagem
Essa poesia, a melodia dessa música bateu tão forte
em mim, dialogou tão diretamente com minha alma e naquela noite, eu decidi que
iria embora da cidade cinza e iria mochilar pelo BR.
Pedi a conta do trabalho, tranquei a faculdade e
aqui estou eu, no terceiro mês de viagem, no segundo Estado e me planejando
para o próximo. Quer saber a continuidade dessa história?
Eu conto no caminho… me acompanha que logo tem
texto novo.
E se você chegou ate aqui, eu agradeço e deixo uma
pergunta no ar:
Você tem acreditado na força de suas palavras e seus
pensamentos???