Couchfucking! Estória secreta de amor de uma viajante preta

Das estórias secretas de amor de uma viajante preta, ela se permitiu AMAR em Paris e dessa forma, foi certeira na escolha do couchfucking!

Primeiramente, é necessário saber o que é o Couchfucking – Sofá da foda! – Uma junção do famoso couchsurfing – hospedagem gratuita no sofá de moradores locais e fucking – foder/transar. Uma junção dessa só pode dar, PRAZER!

Destino novo, homem bonito e escolha de um possível sexo consensual!

O Destino

Escolheu o destino: PARIS! Afinal de contas, quem é a pessoa em sã consciência que não sonha com noites de amor em Paris? Ela também é sonhadora e ama realizar seus sonhos com a pitada de desejo.

A escolha do Sofá

Em seguida, procurou com calma pelo aplicativo do Couchsurfing, ativou os filtros: à 3km de Paris, possuir referências, quer conhecer pessoas, ser homem e a idade próxima à dela. Partiu para o quesito visual, ela só queria que ele fosse negro após todos os outros filtros acima! Seria pedir muito para a fada viajante em Paris?

Não tardou na busca e no radar dela foram 6 preciosidades que apareceram, oh dúvida cruel, quem escolher? Focou em 3, aliás já trabalhava com as impossibilidades e as possíveis ausência de respostas.

A escolha do homem

Por fim, se apaixonou por 1, foi amor à primeira vista em Paris sem nunca ter pisado lá! Era o número dela no quesito visual, porém ele não entrava muito no site. Malandra ela, incorporou Sherlck Holmes e descobriu suas redes sociais, na época em que não existia Instagram. Malandro ele, era bloqueado o perfil, para não ter azaração. Malandra ela, solicitou amizade e já causou a inquietação.

De besta ele não tinha nada e ela muito menos. Ele aceitou, ela perguntou: – Te vi no Couchsurfing, será que ainda abriga uma viajante louca para se apaixonar POR Paris? Mal sabia ele, que ele seria o PARIS dela.

Couchfucking

Em uma das conversas ambos jogaram a real, ele disse ter só uma cama e um sofá individual e se ela não se importasse em dormir juntos….  

Não deu outra, convite aceito! Bienveu PARIS! Lá estava ela, chegou sorrateira e o encontro foi o que as redes sociais mostrava, primeiro encontro olho no olho, apresentação da casa e realmente um sofá(couch) vermelho, 1 cama e Paris….   

Era muito cedo no dia, ela chegando e ele indo trabalhar eram apenas olhares, pois ela chegava e ele saia. Ele tinha medo, pois o olhar de uma mulher decidida por um homem é como bala de carabina, que veneno estricnina e peixeira de malandro.

Ela curtia a cidade de Paris enquanto ele trabalhava, um bombeiro da cidade, a escolha foi perfeita! Ela tinha o fogo, ele tinha a água. Ele é mulçumano e ela recitava trechos do alcorão, ele estava louco para se deliciar de algo do Brasil e ela era a própria receita brasileira em pessoa.

Uma noite foi pouca para Paris estremecer, à ponto da cidade das luzes ter um Blackout e o bombeiro ter que entrar em ação, a cidade parou e o AMOR e o TESÃO reinou.

Foram 7 noites em Paris, ou seja, sete noites de couchfucking, uma sintonia entre duas pessoas que sabiam o que queriam, se AMAR e saciar o desejo em PARIS. Ele viajado por vários lugares do mundo ela apenas uma ouvinte de estórias fabulantes um sotaque de inglês com francês.

É hora de partir – Au revoir!

Ela ouviu o Je t’aime, ela falou o mesmo, ele sorriu ela deu o beijo e partiu…. Nunca mais se encontraram, porém ela é certa que além de um amor ela tem um Couchfucking em Paris.

Ah, qualquer semelhança é mera coincidência e por favor, continue mantendo segredo!

Crônica escrita por Rebecca Aletheia

App de relacionamento – Estória secreta de amor de uma viajante preta

App de relacionamento - Crônica Estória secreta de amor de uma viajante preta

App de relacionamento! Estória secreta de amor de uma viajante preta

App de relacionamento, sabe aquela mina preta viajante, encontrei ela no aplicativo, dei Match, será que rola?

Primeiramente, saiba que você está diante de estórias secretas de amor de uma viajante preta, por isso mantenha o segredo. Qualquer semelhança é uma mera coincidência, quer dizer talvez seja a reprodução da história da mesma amiga que temos em comum que resolvi compartilhar de forma anônima…

Da era do Bate Papo Uol

Oi gata, quer tc?

De onde vc é?

Como você é?

Tem cam?

Pretinha dengosa: sai da sala…

Quem sobreviveu ao Bate Papo Uol, Terra e Bol, sabe muito bem do que eu estou falando… Os atuais aplicativos de relacionamento (Tinder, Happen, Bumble, Badoo…) são fichinhas para tudo o que a geração dos anos 80 viveu nesse planeta chamado Terra.

Ela desejou muito conhecer alguém que morava perto, meter um romance e por esse motivo entrava nos bate papo da cidade e pela idade, mas não encontrou ninguém.

Afinal de contas, ela era preta e naquela época e hoje, ela não era o padrão de beleza desejado virtualmente pelos:  Moreno do Surf, Moreno.22, Moreno da Z.O…

App relacionamento e a viajante preta

Ela não é confiável, uma mulher preta viajante? – “Ela só quer curtir a vida.”

Que mal há nisso? Ela ia te convidar para poder encarar uma viagem à dois e mergulhar em um romance sem pensar em um futuro distante de eu você 2 filhos e um cachorro?

Muito além do app de relacionamento, a preta viajante quer apenas conhecer alguém, sentir o sabor do beijo, ter alguém que não sai da cabeça. Entenda que quando você diz que mora longe ela não está pedindo para ir morar na sua casa, podem se encontrar no meio do caminho.

Lembre-se ela já foi pra ROMA e você acha mesmo que ir pra Zona Oeste, Lesta da cidade é um bicho de 7 cabeças?

Poxa, você não  ajuda, e ela pediu para que eu deixasse o seguinte recado. Lembre-se que é à partir de um LANCE que tudo vira um ROMANCE, permita ela mostrar o mundo dela, dê a oportunidade dela ser quem é, afinal de contas tudo precisa de um Match.

Escrito por Rebecca Aletheia

Por que temos dificuldade de estarmos ou sentir-se satisfeitos?

Boa parte do tempo não estamos satisfeitos e sempre irá faltar algo e talvez nunca iremos aceitar o porquê tudo isso está acontecendo, temos uma dificuldade em encontrar ou se sentir completas/os.

Darei alguns exemplos de pessoas que encontrei pelo mundo e eu não compreendia as suas colocações e posteriormente a suas decisões:

— Eu estou cansado de viajar, vou retornar ao meu país!

Kevin, um viajante de bicicleta, que estava percorrendo o mundo após longa conversa ele sentiu-se seguro em dizer a sua decisão. Nos conhecemos no Tajiquistão e foi a primeira vez que eu ouvi alguém dizer isso principalmente quando esta parece a melhor escolha da vida, viajar o mundo com o seu próprio meio transporte. — Isso não quer dizer que ele parou de viajar, mas aquele plano por hora foi feito, parar de dar a volta ao mundo.

— Estou num hotel 5 estrelas com tudo pago por 2 semanas. Eu não queria estar aqui!

A frase da minha amiga Paloma — alterei o nome para preservar a identidade, após diversas vezes dizer que este era o seu sonho, estar dias em um hotel 5 estrelas, relaxando.   

— Ficar em casa tem sido um saco. Não estou aguentando mais…

A frase mais comum nesta quarentena de norte a sul do mundo. Sei que todo o mundo já verbalizou por diversas vezes a vontade de querer ficar em casa vários dias.

Quando digo que temos dificuldade em estarmos satisfeitos é saber que queremos ter sempre algo novo, novidade e talvez em casa não há mais a tal novidade. Mas tenha calma, temos que recriar este novo mundo. A internet vai fichar chata, os filmes estarão sem graça, aliás, já assistimos todos, os livros serão poucos, os challenges serão cansativos. Ao reler e rever a história de Frida Khalo me foi um re-start de pensar como alguém pode viver 18 meses na cama engessada e reinventar a sua vida?

Criança Tadjique muito parecida com a Frida Khalo - A dificuldade de estarmos satisfeitos
Criança Tadjique muito parecida com a Frida Khalo

Não estou aqui querendo romantizar essa história ou trazer toda a discussão sobre a sua vida entre prós e contras, mas pensar que uma estudante de medicina se descobriu artista, teve que se reinventar. Usar a saia para esconder as sequelas da paralisia infantil e usada como moda até os dias atuais.

Frida Khalo teve problemas mentais, não é fácil estar a se redescobrir, reinventar e lidar com o seu eu diariamente, mas poder se encontrar, se ver, se entender e/ou se desentender é necessário.

Quais foram as novas reinvenções da sua vida neste novo momento?

Queremos as nossas vidas de volta, queremos estar com todo o mundo, queremos essa tal liberdade de ir e vir, eu também! Como estamos nos reinventando?

Quantas vezes agradecemos pela vida, pelo emprego que ainda temos, pela comida nas nossas mesas, pela oportunidade de não termos contraído nenhuma doença.

Tenho certeza, que quando acabar tudo isso, você no muro das lamentações irá ecoar aquela velha frase:

— Podíamos trabalhar de casa e vir apenas 2 dias na semana;  

— Gostaria de ficar em casa todos os dias da semana;

— Odeio segunda-feira…

A diferença é que temos uma dificuldade de estarmos satisfeitos e estamos em busca de mais. Nem sempre o que não nos traz satisfação quer dizer que não seja bom, está apenas acontecendo que teremos que nos readaptar para tomar algumas novas decisões. Agradeça a oportunidade de poder estar quase tudo bem com você e a sua família, se recrie, não desista.

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