Tá sabendo da novidade, a companhia aérea Viva Air, colombiana e de baixo custo começou a operar no Brasil proporcionando vo baixo custo para a Colômbia, mas atente-se para não passar perrengue. Assim como, uma boa companhia baixo custo para viajar pela Colombia.
Mas antes, é importante saber algumas informações importantes sobre essa companhia e não ter nenhuma frustração.
1. Preço barato
Realmente os preços são muito baratos, mas atenção às entrelinhas. As passagens são extremamente baratas, porém, todavia, entretanto, nem tudo são flores! As passagens não inclui bagagem ou seja é necessário comprar com bagagem caso tenha bagagem.
2. Bagagem de mão
As bagagens de mão são realmente são malas de mão, ou seja, esqueça o jeitinho brasileiro eles vão fazer questão de pesar a mala ver o tamanho da mala e tudo mais que eles possam tirar vantagem.
Na dúvida minhas amigas e meus amigos não invente! Já compre a bagagem extra se este for seu caso.
3. Check in
O grande vilão das tarifas da Viva Air é o check-in. Se você optar por esta companhia (Viva Air) saiba que terá que realizar o check in pela internet 2 horas antes do voo, caso contrario terá que pagar para fazer o check-in no balcão. Devido aos preços baixos custos a companhia aérea poupa a atividade de check-in nos balcões sendo assim é extremamente importante gente ler as entrelinhas.
4. Compra pela Internet
A compra da passagem é possível comprar pela internet é super fácil, seguro e atualmente é possível pagar em reais! Não precisa comprar muito antecipado pois como já mencionado anteriormente ela é baixo custo então é possível comprar passagens 1 semana antes do vôo.
Por fim, após todas essas recomendações para salvar a sua vida e você não passar perrengue com a Viva Air. Anote, salve todas essas são as super dicas de como viajar pela Viva Air lines sem stress assim como eu – Rebecca Aletheia – e amigas passamos!
Vamos fazer um passeio pela música colombiana? Este texto produzido por Valéria Lourenço.
A salsa nasceu oficialmente nos Estados Unidos da América. Oi? Você sabia dessa informação? Eu não! Confesso. Mas Juan, meu guia pelas ruas de Bogotá, me contou um pouco dessa história: migrantes de vários países latinos estavam nos Estados Unidos, Nova Iorque mais precisamente, “tentando” a vida (é no mínimo instigante o uso desse verbo para se referir a esse deslocamento que muitos fazem ao saírem de seus lugares de origem para trabalhar) e ali nasce esse ritmo que, em espanhol, significa tempero ou molho.
A capital da Salsa
Bem, dito isto, o que eu sabia até então sobre a música colombiana, é que Cali era a capital mundial da salsa. Eles conseguiram esse título e parecem, com razão, fazer questão de defendê-lo com todo carinho. Assim, em TODOS, sem exceção, TODOS os lugares de Cali, é possível ouvir salsa. Seja em uma lanchonete de esquina, em um espetinho na praça, nos táxis, nas festas de família, a cidade respira salsa. Para além disso, há várias escolas de salsa na região e, também, muitos hotéis que já incluem entre suas atividades o ensino do ritmo para seus hóspedes. Ou seja, há um turismo forte pautado no que a cidade tem de mais potente: a salsa.
Feria de Cali
Em Cali, anualmente acontece a “Feria de Cali”, de 25 a 30 de dezembro, e a cidade para, ou melhor, baila, todos os dias e em diferentes horários, e tem até um salsódromo em que os bailarinos das escolas de salsa se apresentam. Cali parece não dormir. Você pode rumbar (dançar, festejar) de segunda a segunda, sem intervalo já que os caleños dançam muito e todos os dias.
Entre as centenas de clubes de dança, a gente pode se deliciar no La Topa Tolondra e se imaginar em um filme dos anos 1920 com a decoração do Malamaña. Além destes bares, há a Calle 66 e as ruas ao redor do Parque Alameda, espaços que reúnem dezenas de discotecas de salsa para todos os gostos. Devido à mistura de influências musicais que criou o ritmo, incluindo os toques de tambores, para nossos ouvidos, a salsa soa a todo momento como um som familiar que parece já conhecíamos desde sempre.
Importante destacar que a salsa é dançada com uma sincronia quase perfeita dos pés do casal de dançarinos. Eles têm tanta agilidade que faz com que não consigamos desgrudar os olhos daquelas pernas e pés que se mexem freneticamente.
Mas e a Shakira?
Talvez essa seja aquela impressão estereotipada e superficial que temos de um determinado país: a tal história única a que Chimamanda Adichie se refere. A Colômbia tem diversos ritmos musicais, entre eles, a cumbia, o vallenato, o reggaeton, a bachata, o RAP e o currulao, para citarmos somente alguns. Também poderíamos fazer uma lista imensa de cantores e conjuntos de salsa que fazem a festa nos sons espalhados por toda Colômbia. Joe Arroyo, Jairo Varela, Orquestra Calibre, Orquestra Guaycán, são alguns desses artistas.
Então, sinto muito em decepcioná-lo (a) caro (a) amigo (a), mas durante tantos dias em que estive na Colômbia, só ouvi uma música da Shakira e uma única vez. Lembro-me exatamente o dia e a hora. Estava em Santa Marta conversando com um grupo de jovens de Medellín e, depois de descobrirem que eu era brasileira, decidiram colocar alguma música para dançarmos todos juntos. Naquele momento, iniciou-se uma disputa entre ouvir J. Balvin ou Calle 13 (aquele grupo de Porto Rico que tem uma música bonita chamada “Latinoamérica”. Se você não conhece, dá um Google rapidim). Mas, não sei como a Shakira se meteu ali no meio, e também não me lembro qual foi a música tocada.
Tarde da noite, a caminho do hotel, me lembrei daquela menina tímida que tentava pronunciar as palavras que o professor de espanhol nos ensinava durante as aulas do Ensino Médio no Colégio Estadual Círculo Operário, lá em Xerém. Aprendíamos com músicas diversas. Mas me lembro bem de Shakira: “Perteniceste a uma raza antigua de pies descalços y de sueños blancos. Fuiste polvo, polvo eres que el hierro siempre al calor es blando”. Quase 30 anos depois, percebi que não me esqueci de algumas palavras daquela época e que o rebolado… Ah! Seria capaz de fazer Shakira morrer de inveja.
Por fim…
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Améfrica entre viagens e escrevivências: como conhecer outros países latinoamericanos me ajudou a encontrar meu tema de pesquisa? por Geinne Moreira
No processo de escrita do meu trabalho de conclusão do curso de Geografia sobre as relações raciais na América Latina, eu fui atravessada por memórias que me levaram para bem antes de quando comecei a refletir sobre minha corporeidade negra diaspórica. Lembrei muito das mulheres negras e nordestinas que mais me dão forças: minha mãe, minha avó, minha irmã e minhas tias. Foram elas que, mesmo não tendo sinalizado sobre como enfrentar o racismo, me ensinaram a ser forte e a lutar, o que eu vejo como uma das maiores referências que tenho sobre (re)exisistência, já que em meio a condições tão duras, além de tudo, me ensinaram o que é o amor. São elas também, as minhas memórias ancestrais e raízes mais profundas, que me dão motivação e força para ocupar e lutar por espaços que historicamente sempre nos foram negados.
Não lembro a primeira vez que falei “eu sou negra”, porém recordo-me profundamente dos impactos do racismo não só na minha trajetória, mas também de outras pessoas negras a minha volta. Junto isso, refletir sobre os processos e os efeitos do racismo, dentre outras coisas, é o que as palavras de Beatriz Nascimento nos descreve:
[…] enfrentar uma história de quase quinhentos anos de resistência à dor, ao sofrimento físico e moral, à sensação de não existir, a prática de ainda não pertencer a uma sociedade na qual consagrou tudo o que possuía, oferecendo ainda hoje o resto de si mesmo.
(1974b: 76 apud RATTS, 2006, p. 39).
Nesse sentido, ser negra no contexto latino-americano é fazer parte de uma frente de batalha constante dentro de sociedades racistas que de todas as formas tenta nos negar e segregar, seja aqui no Brasil, ou na Argentina, Peru, Colômbia, etc.
Lembro que em uma das milhares de palestras que eu vi sobre a questão racial, o Professor Silvio Almeida disse que uma pessoa se torna negra através de duas formas de nascimento: um quando nasce e outro quando passa a se questionar sobre os impactos do racismo em sua vida.
Dentro disso, é dolorido perceber, como nos mostra Franz Fanon (2008), as máscaras brancas que somos obrigadas/os a usar para nos inserir na sociedade e do quanto dentro desse processo há uma autonegação da nossa própria existência, já que para que a inserção aconteça, passamos por diversas imposições e assimilações dos padrões da branquitude, que Neusa Souza Santos (1983. p. 23) nos descreve bem em seu livro “Torna-se Negro”.
Por outro lado, a desconstrução desse processo é um dos maiores atos de liberdade, ou seja, é como se fosse um segundo nascimento, já que a partir daí, passamos por um processo de diluição e desconstrução dos efeitos do racismo através da mudança da forma como nos enxergamos e vivenciamos o mundo, mesmo sabendo que a consciência negra não nos torna isentos do racismo estrutural.
Pensando nisso, lembro-me de cada livro, encontro, texto, poema, música, palestra, filme, teatro, dança, coletivo, atos, manifestações e vivências sobre as relações raciais que passaram por mim, principalmente, através da forma como eles continuam me atravessando e me fazendo refletir até hoje, assim como cada viagem, que ao ir de encontro a conhecer um novo lugar, pude conhecer também lugares dentro de mim mesma. Isso ficou ainda mais forte quando viajei para outros países na América do Sul, pois esse autoconhecimento ampliou ainda mais a forma como eu pude vivenciar a dimensão e diversidade cultural Peru, Colômbia e da Bolívia, que foi o país que eu tive a oportunidade de visitar duas vezes.
É por isso que acredito profundamente no que Conceição Evaristo chama de escrevivência(s), que significa “a escrita de um corpo, de uma condição, de uma experiência negra” (2007, p.20), mas que podemos levar para outro tipo de escala, ligada às experiências negras latino-americano, pois apesar de estarmos em múltiplas particularidades e territorialidades, existem fatores que nos unem, principalmente em relação às lutas contra o racismo.
Junto a isso, escolhi estudar o meu trabalho de conclusão de curso, assim como agora no mestrado, sobre a população negra na América Latina, pensando no que Evaristo nos ensina em relação a importância de romper com a passividade da leitura e buscar o movimento da escrita. Para ela, o ato de ler oferece a apreensão do mundo, já o de escrever ultrapassa os limites de uma percepção de vida: “(…) Em se tratando de um ato empreendido por mulheres negras, que historicamente transitam por espaços culturais diferenciados dos lugares ocupados pela cultura dominante, escrever adquire um sentido de insubordinação” (EVARISTO, 200. p. 20 e 21).
Pensando nas escrevivências, não foi diferente em relação a escolher estudar mais especificamente as relações raciais na Colômbia, pois teve ligação direta com uma viagem universitária que fiz em julho de 2013, em que através de um encontro de estudantes de todos os lugares da América Latina e de algumas outras partes do mundo, pude conhecer algumas comunidades indígenas e alguns dos mais importantes Parques Arqueológicos da Bolívia, Peru e Colômbia.
Foi nessa viagem que aprendi a olhar mais de perto e refletir sobre a minha corporeidade negra latino-americana, principalmente pelo fato de que uma das coisas mais marcantes que acontecia, muitas vezes sem que eu dissesse uma palavra, era a tentativa das pessoas de adivinhar de que país eu era e sempre perguntavam: “Você é brasileira ou colombiana?”. Depois de ter escutado isso algumas vezes, percebi o quanto eu não sabia praticamente nada da história da Colômbia, muito menos sobre a população negra de lá, da qual, eu como uma geógrafa em formação na época, ainda mais estudando dentro de uma das mais importantes universidades da América Latina, nunca tinha ouvido falar sobre tais assuntos nas aulas.
Ao voltar da viagem e ao entrar em uma imersão sobre estudos ligados as questões históricas e geográficas dos negros na Colômbia e de outras localidades da América Latina, como por exemplo, no Chile, Venezuela, México, Peru, Argentina e etc.
Dentro disso, pude constatar que mesmo no Chile, houve um processo de branqueamento tão forte que praticamente apagou vestígios da presença africana, mas os dados demonstram que entre 1540 e 1620, havia muito mais negros que brancos (MELLAFE, 1959 apud NASCIMENTO, 2008, p. 143); na Venezuela a população africana chegou a quantidade de 406 mil habitantes e a europeia, de 200 mil; já o México recebeu, entre os períodos de 1519 a 1650, dois terços de todos os africanos que foram trazidos a força para as terras colonizadas pelos espanhóis, onde em 1570, a população africana do México chegou a 20.569, dos quais 2.000 moravam em comunidades livres chamadas cimarrones (BELTRÁN, 1946, p. 111-2 apud NASCIMENTO, 2008, p. 144); em Buenos Aires na Argentina, no século XIX, mais de um terço da população era negra (RAMA, 1967, p. 15 apud NASCIMENTO, 2008, p. 148); em Lima, capital do Peru, antigos censos mostram que em 1640 havia quinze mil negros, o que correspondia praticamente a metade da população (NASCIMENTO, 2008, p. 147) e nas décadas de 1970 havia mais ou menos sessenta mil negros no Peru (CRUZ, 1974 apud NASCIMENTO, 2008, p. 147); na Colômbia, por sua vez, a população negra chegou a somar 80% da população em 1901 (VELASCO, 1966 apud NASCIMENTO, 2008, p. 143).
Através desses dados, venho pesquisando sobre o tanto de histórias, sociedades, culturas, conhecimentos, tecnologias e múltiplas formas de se organizar vieram junto com as populações africanas, e que por muitas (re)existências a todo tipo de genocídio, nos atravessam até os dias de hoje.
É extremamente importante lutar pela visibilidade e não apagamento das produções de conhecimentos sobre o tema, não só no contexto da Colômbia, mas de toda a diáspora africana presente dentro do continente Americano, que podemos também chamar de Amefricano, como nos mostra Lélia Gonzalez (1988), ao escrever sobre a “categoria político-cultural Amefricanidade” e a experiência comum da população negra nas Américas, onde a autora destaca a ligação e a importância da nossa ancestralidade através das propostas que buscavam alternativas de organização social, como por exemplo, os quilombos no Brasil, que era muito similar ao que acontecia na Colômbia através dos palenques e em outras partes do continente Americano com os cimarrones, cumbes e maroon societies.
É importante enfatizar, que não se trata de trazer um olhar essencialista e fixa sobre a cultura, mas sim o que Gonzalez, como nos mostra Bairros (2000, p.11), aponta sobre reivindicar que essas experiências são patrimônios culturais históricos vindos da África, onde negras e negros deram continuidade até os dias de hoje em toda a diáspora africana.
Escolher estudar as relações raciais na Colômbia através de algumas experiências de viagens pela América Latina, vai de encontro com a importância de desconstruir/descolonizar a ideia da história e a geografia da exclusão da população negra ao reafirma “a produção de uma imagem de território que remete exclusivamente à colonização pela imigração europeia, oculta a presença negra, apaga a escravidão da história da região e assim autoriza violências diversas” (SANTOS, 2007, p. 15). Com isso, a importância do papel de estudos dentro desse tema, e como reforça Santos (Ibid) , no que diz respeito a novas construções críticas, releituras e representações da realidade, para não reforçar os padrões perversos e violentos impostos pelas estruturas de poder que sustentam o racismo.
Geinne Monteiro de Souza Guerra
Nordestina, nascida em Juazeiro na Bahia, migrante em São Paulo, viajante do mundo, educadora, mestranda em Geografia Humana (USP), membro-fundadora do Núcleo de Estudantes e Pesquisadoras Negra do Departamento de Geografia da Universidade de São Paulo (NEPEN GEO-USP). Atualmente realiza pesquisa ligada às relações raciais da população negra na América Latina.
EVARISTO, Conceição. Da grafia-desenho de minha mãe, um dos lugares de nascimentode minha escrita. Marcos Antônio Alexandre, org. Representações performáticas brasileiras:teorias, práticas e suas interfaces. Belo Horizonte: Mazza, 2007.
FANON, Frantz. Pele negra, máscaras brancas. Tradução de Renato da Silveira- Salvador:
NASCIMENTO, Elisa Larkin. Lutas Africanas no Mundo e nas Américas. A Matriz Africana no Mundo. Elisa Larkin Nascimento (org.). São Paulo: Selo Negro, 2008. Sankofa: Matrizes africanas da cultura brasileira. Disponível em:
RATTS, Alex. Eu sou atlântica: sobre a trajetória de vida de Beatriz Nascimento. Imprensa Oficial, São Paulo, 2006. Disponível em: <https://www.imprensaoficial.com.br/
SANTOS, Renato Emerson dos. Diversidade, espaço e relações étnico-raciais: O negro na Geografia do Brasil. Apresentação. Org. por Renato Emerson dos Santos- Belo Horizonte: Autêntica, 2007.
SOUZA, Neusa Santos. Torna-se negro: As vicissutudes da identidade do Negro
Brasileiro em Ascensão Social. Rio de Janeiro: Edições Graal, 1983. Coleção Tendências;v.4.
Olá! Antes de mais nada, meu nome é Juliana Oliveira e esse é meu primeiro texto como correspondente Bitonga Travel e vou compartilhar dicas de 6 lugares para conhecer na Colômbia viajando sozinha, através da minha experiência.
Tenho 33 anos e sou estudante de turismo, além de já ser guia de turismo. Sou formada em arquitetura e urbanismo, mas abandonei a profissão em 2016.
Como cheguei até lá
Em 2019 tive a oportunidade de fazer um semestre de intercâmbio na Colômbia. Fui selecionada pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), assim como beneficiada com uma bolsa para estudar na Universidad Industrial de Santander. Eu estava muito empolgada, apesar de com um pouco de medo.
Além disso, quando abriu o edital pro intercâmbio eram dois países: México e Colômbia. Pesquisei bastante sobre os 2 e me decidi pela Colômbia por conta da distância, do custo e da segurança. Sim, é isso mesmo que você leu: segurança. Apesar de todo estigma e imagem negativa, a guerra com as Farcs terminou em 2016 e isso abriu as portas para o turismo.
Apesar do destino mais conhecido ser Cartagena, o país tem lugares incríveis a serem descobertos. Basta dizer que ele foi eleito um dos principais destinos turísticos da América do Sul pelo World Travel Awards, que é considerado o Oscar do mundo do turismo, em 2018, sendo assim deixarei a dica de 6 lugares para conhecer na Colômbia.
Por onde comecei
Minha viagem começou primeiramente pela capital Bogotá, que é uma cidade grande bem estilo São Paulo. Muitas opções de passeios culturais e naturais também, já que a cidade está bem no meio da Cordilheira dos Andes. Meu destino final era a cidadezinha de Socorro, no departamento de Santander, bem no interior da Colômbia. Um contraste enorme .
Aliás, a Colômbia é um país de contrastes paisagísticos. Você tem praia e sol do Caribe e do Pacífico, a cordilheira dos Andes que divide o país ao meio, montanhas com mais de 4.000m de altitude onde você pode se aventurar e ver neve, cidadezinhas históricas preservadas da época colonial espanhola, Amazônia colombiana e uma gastronomia muito rica.
6 Cidades para conhecer na Colômbia
Como resultado do intercâmbio, tive a oportunidade conhecer alguns lugares nos 4 meses que passei lá e ainda faltou muito lugar para conhecer. Sobre viajar sozinha por lá foi bem tranquilo. As distâncias às vezes são longas por conta do relevo que tornam as pistas cheias de curvas e muito sobe e desce.
Os ônibus são bem confortáveis, tem tomada, wifi, achei bem melhores do que os que já viajei aqui no Brasil. E o melhor: as passagens costumam ser bem em conta. Às vezes várias empresas fazem o mesmo trajeto e o preço entre elas varia muito pouco.
Bogotá – dpto. Cundinamarca
A capital que apesar de caótica e com um trânsito que não deixaria Rio e nem Sampa com inveja, oferece muitas atrações culturais. É fácil se locomover pela cidade. A parte histórica é a região da La Candelária, onde estão os principais museus como o Museo del Oro, Museo Bottero, Plaza Simon Bolívar e Centro Cultural Gabriel Garcia Marques.
Dessa forma, super indico fazer o tour do grafitte, que conta a história de como a arte marginal e proibida passou a ser valorizada e fazer parte dos roteiros da cidade. É um desenho mais lindo que o outro. E por último, se quiser ter uma vista panorâmica da city, é só subir de trenzinho ou teleférico o Cerro Monserrate.
2. Buacaramanga – depto. Santander
A capital do departamento de Santander está a 10h de viagem de Bogotá. É a terceira cidade universitária do país ficando atrás de Manizales e Medellín, contando com mais de 20 universidades entre públicas e privadas.
É conhecida como a cidade dos parques pela quantidade de áreas verdes em sua zona urbana. Uma das opções de passeio por lá é fazer um walking tour pra conhecer a história da cidade que foi fundada em 1622. Outro lugar incrível a ser visitado é o Parque del Agua, que é a sede do Acueducto Metropolitano e que utilizou a estrutura dos antigos tanques que abasteciam a cidade para criar uma espécie de jardim aquático.
3. Socorro – depto Santander
Apesar de não ser muito turística, porém é um lugar muito acolhedor e cheio de história. Foi minha casa durante o intercâmbio. Está a 6h de viagem de Bogotá. O pueblo foi fundado em 1683 e, ao passo que, é considerado o berço da independência colombiana, devido a diversos fatos históricos ocorridos por lá.
O cartão postal é a basílica de Nuestra Señora del Socorro. Suas ladeiras e ruas de pedra lembram um pouco nossa Ouro Preto. Por fim, o destaque fica por conta da estátua de Antonia Santos no parque principal em frente a igreja. Ela juntamente com Manuela Beltrán são personagens que participaram diretamente no processo de independência do país.
4. Barichara – depto Santander
Dos lugares para conhecer na Colômbia, gostaria e falar desse pueblo que fica a meia hora de Socorro é bem mais turístico. Percebe-se isso logo que se chega a praça principal e o que mais se vê são gringos e guias oferecendo passeios pela cidade. Suas ruas e arquiteturas são o charme principal. Além disse um dos grandes atrativos é o Salto del Mico, um mirante com uma vista incrível da cadeia montanhosa da serrania dos Yariguies.
5. Villa de Leyva – depto Boyacá
Ao mesmo tempo, outra cidade patrimônio histórico fica no departamento vizinho de Boyacá. Também tem forte apelo para o turismo internacional. Diferente de Barichara, as temperaturas aqui caem devido a altitude, a cidade está 2.149m acima do nível do mar.
De antemão, aqui fica uma das maiores praças da América Latina. Os principais atrativos aqui são a Casa Museo Nariño, o Museo El Fossil com fósseis encontrados na região, Pozos Azules e Laguna de Iguaque.
6. San Basílio de Palenque – depto Bolívar
Por fim e não menos importante, indico Palenque fica a 1h de Cartagena. Considerada a primeira comunidade de negros livres das Américas, patrimônio imaterial cultural da humanidade. Benkos Biohó, escravizado que se revoltou com as condições com que eram tratados pela coroa espanhola, fugiu e fundou a comunidade no séc. XVI.
Daqui são originárias as palenqueras, as coloridas vendedoras de doces que ficam no centro de Cartagena. Palenque é protagonista não só de sua própria história, como também de seu turismo. Ali são os moradores que contam sua história e mostram sua cultura.
Últimas informações…
Antes de mais nada, eu me apaixonei pela Colômbia. Quero voltar um dia para visitar tantos outros lugares maravilhosos que existem por lá. Espero que vocês tenham se sentido animades com esses lugares para conhecer na Colômbia e incarar essa viagem por esse país incrível.
E por fim, ligue o som e escute os Podcasts falando da Colômbia, disponível em todas as plataformas digitais.
Deixo aqui o meu Instagram @boradescobrir caso tenha alguma dúvida pode me contactar. Assim também, será um prazer poder compartilhar dicas dessa viagem e experiências.