Afroturismo - 5 Ilhas de obrigatórias para se conhecer em África - foto arquivo pessoal de Rebecca Aletheia

Afroturismo – 5 ilhas obrigatória para se conhecer em África

Se viajar para você é sinônimo de mergulhar na história, assim como dar possibilidades ao afroturismo, te convido a conhecer 5 ilhas importantíssimas para se conhecer em África.

Leia também: Afroturismo: 5 Destinos Internacionais para conhecer em 2023.

Me chamo Rebecca Aletheia, uma viajante, não sou historiadora mas percorrendo África é notório perceber e compreender como as ilhas e suas funções no período do tráfico de pessoas africanas, assim como pós abolição servirão de espaços para o tráfico ilegal.

Sendo assim, apresento à vocês algumas das ilhas em África que merece visitação, assim como reflexão além da diversão e curtição.

Robben Island – Cape Town – África do Sul

Robben Island - Cape Town - África do Sul
Robben Island – Cape Town – África do Sul

Conhecida popularmente por ter sido prisão de ativistas que lutaram contra o Apartheid, entre eles ex-presidente da África do Sul – Nelson Mandela. Assim como, já foi colônia de leprosos, hospital psiquiátrico e base de treinamento da defesa. As ilhas de afroturismo e nesse caso a de Robben, é parada obrigatória para quem visita Cape Town – África do Sul. Afinal de contas foram quase 2 séculos (18 anos), onde Nelson Mandela ficou preso e nunca deixou de lugar pela libertação do seu povo. Atualmente, o local é inclusive considerado Patrimônio Mundial pela UNESCO.

Ilha de Moçambique – Nampula – Moçambique

Ilha de Moçambique - Jardim da Memória - foto arquivo pessoal de Rebecca Aletheia
Ilha de Moçambique – Jardim da Memória – foto arquivo pessoal de Rebecca Aletheia

 A Ilha de Moçambique, que fica na província de Nampula. A ilha é pequena e é possível conhecê-la andando. 

De uma riqueza cultural indescritível, você encontrará mulheres moçambicanas, conhecidas como “macuas”, andando com “mussiro”, um pó como uma máscara de origem natural para cobrir todo o rosto, que além de ser uma espécie de ritual com conotação cultural e identitária, também tem efeito rejuvenescedor. 

Lá você poderá ver a dança das mulheres macuas, chamada de Tufu, a coisa mais linda de se ver. Aliás, nessa região a mulher é o centro da cultura. E também não se assuste se encontrar por lá mulheres muçulmanas, cristãs, hindus e até mesmo protestantes. Trata-se de uma fusão das religiões advinda do processo colonizador. 

Ao mesmo tempo, um lugar que vale a pena visitar na ilha é o Jardim da Memória, construído em homenagem às pessoas negras da região e arredores que foram retiradas de seu continente e enviadas como escravos para diferentes partes do mundo.]

Dessa forma, também vale à pena lembrar, que este espaço também é considerado Patrímonio Cultural de Moçambique.

Zanzibar – Old Town – Tanzânia

Old slavery Market - Ilhas Afroturismo - Zanzibar - foto arquvi pessoal de Rebecca Aletheia
Old slavery Market – Ilhas Afroturismo – Zanzibar – foto arquivo pessoal de Rebecca Aletheia

Além do Azul de Zanzibar que encanta os poetas, músicos e viajantes. Em primeiro lugar, vale lembrar que Zanzibar foi uma das ilhas com maior tráfico de pessoas africanas da África Oriental.

Hoje é possível descobrir um pouco dessa história de barbárie no Old Slave Market, museu localizado na catedral Anglicana que retrata o período e o processo de escravidão em Zanzibar.

Predominantemente muçumana, Zanzibar tem uma ligação forte com a cultura árabe, o que fica evidente na comida e na arquitetura, por exemplo.

Banana Island – Freetown – Serra Leoa

Banana Island - Freetown Serra Leoa
Afroturismo Ilha África- Banana Island – Freetown Serra Leoa

Por fim e não menos importante, indo mais para a África Ocidental, vamos falar da Ilha da Banana em Freetown – Serra Leoa, uma ilha de parada obrigatória por quem passa por este país.

Ilha da Banana foi uma das ilhas onde muitas pessoas africanas da região ocidental eram deixadas antes de atravessarem o Oceano Atlantico. A ilha além de ser paradísiaca tem moradores locais com amplo conhecimento da história que aconteceu, dando um show de afroturismo. Assim como, ressignificam o espaço de dor, lutas e sangue.

Por diversos momentos pensei estar na Jamaica, pois os habitos e práticas são muito comum, ou seria a Jamaica a Ilha da Banana. Ligando os fatos foi dessa região onde muitas pessoas africanos foram involuntariamente sequestrados ao Caribe.

Tive a oportunidade de produzir um conteúdo sobre no canal do Youtube onde é possível ver e conhecer a ilha mais de perto.

Aforturismo Ilhas em África – Ilha da Banana

Dessa forma,

Diz aí, você conhece algumas dessas ilhas em África voltada ao Afroturismo? Se sim, compartilha sua opinião. Se ainda não conhece, conta pra gente qual dessas ilhas você quer visitar?

Rebecca Aletheia Freetwon Serra Leoa

Visto e Como chegar em Freetown Serra Leoa

Se você está buscando informações de como chegar em Freewton Serra Leoa e sobre o visto, bem vindes, você está no lugar certo!

Após morar 6 meses em Serra Leoa, quero compartilhar com vocês essa informação que pode ser muito útil para programar a sua viagem.

Esse texto será dividido em 2 partes, a primeira sobre visto e a segunda parte sobre como chegar.

Visto

Sendo assim, vamos começar pelo visto!

Em primeiro lugar, tirar o visto em Serra Leoa é algo muito simples, acredite! Lembre-se estou escrevendo esse texto em setembro de 2022, ou seja, nessa data é muito fácil. Algumas coisas podem mudar ao longo dos anos, então faça uma consulta no site do governo de Serra Leoa.

Algumas nacionalidades, não precisam de visto como Angola, Moçambique, São Tomé e Principe,  Trinidad e Tobago, África do Sul, Barbados, Jamaica…

Mas nós do passaporte Azul, vulgo Brasil, precisamos do visto e custa 80 USD! Leve esse dinheiro trocado, para evitar qualquer transtorno.

Mas é muito simples e foi uma faz imigrações mais simples e tranquilas da minha vida, sem fila, sem confusão e rápido.

Como tirar o visto de turista Serra Leoa

Chegando em Serra Leoa

O aeroporto está localizado na cidade chamada Lungi (Lungui Town), e Freetown é uma Península. Duas informações extremamente ouro pra quem está viajando para Serra Leoa, ou seja, você pode fazer o caminho por terra ou por barco até Freetown.

Por terra, é muito longe e demora muitas horas, tipo mais de 6 horas, de barco você irá demorar 40 minutos no máximo e muito seguro.

Serra Leoa - Rebecca Aletheia
Serra Leoa – foto arquivo pessoal de Rebecca Aletheia

A companhia que realiza essa atividade chama SEA COACH EXPRESS, e tem horário interligado com o horário da chegada dos aviões.

Ao chegar no aeroporto procure o balcão e os rapazes irão te conduzir até uma van, na van chegará na área dos barcos.

Uma outra dica ouro, os leonenses são muito solícitos, eles irão te ajudar, vão te ajudar e deixarão sua mala até no carro. Minha única recomendação é dê esse cuidado aos rapazes da empresa do barco, assim você tem garantia de que entregou a sua mala à pessoas confiáveis.

O preço da lancha, mais uma vez, atente-se à data desta publicação, é de 45 dólares. Tem pessoas que compram antes, existem pessoas que comprar na hora, super possível comprar na hora.

Visto e Como chegar em Freetown Serra Leoa

País Seguro

Bom não é o tópico do texto, mas vou dizer mesmo assim! Serra Leoa é um país muito seguro para viajar e para se viver, lógico que capital sempre é um pouco mais perigoso, mas sinceramente é muito baixo risco. Então se joga e aproveite muito esse lugar, que sinceramente eu sou apaixonada.

Viajando sozinha pela Africa do Sul - Rebecca Aletheia

Viajando sozinha pela África por Rebecca Alethéia

Primeiramente gostaria de dizer que essa não foi a minha primeira viagem sozinha por países africanos, mas quero contar a minha terceira experiência de um mochilão viajando 6 países da África – Moçambique, Reino de Eswatini/Suazilândia, África do Sul, Zimbábue, Botsuana e Zâmbia em 15 dias.

Medo

Wow, só de ver já da pra saber o quão aventureira foi esta viagem! Preciso confessar que estava com medo pelo que muita gente fala e falava sobre o quão perigoso é viajar pela África e sozinha.

Atualmente moro em Moçambique(2019), e me recusava pedir opião pois sabia que comentar detalhes da viagem teria retalhações de que seria uma loucura. Principalmente quando comentasse que faria o uso de transportes coletivos, caronas e uso de couchingsurfing, essas coisas…

A rota

A princípio precisava organizar a minha rota, e foi basicamente:

Maputo – Moçambique onde ia curtir o festival de música Azgo no final de semana

Reino de Eswatini para o festival de música Bushfire onde seria o outro final de semana de festival e aproveitar e curtir o país

Johanesburgo – África do Sul para pegar o avião até Victória Falls (Zimbabue)

Victória Falls – Zimbâbue e Zambia

Chope – ( Botsuana )

Victória Falls – Harare – (Zimbabue)

Harare – Mutare (Zimbabue)

Mutare – Chimoio (Zimbabue – Moçambique)

Chimoio – Beira ( Moçambique)

Bom, quando decidi que estaria viajando sozinha pela África, engoli o medo e planejei a viagem! Sendo assim, comprei as passagens antes, quer dizer a passagem de avião de Johanesburgo até Victoria’s Fall e na certeza que encontraria uma carona e conseguiria algum ônibus. Os vôos de volta para onde resido – cidade da Beira – Moçambique, eram absurdos de caro e me restava voltar por terra, o que me aguçava a curiosidade em fazer essa viagem. Atravessar o Zimbabue inteiro por terra, assim como fiz pela Suazilândia?Reino de Eswatini.

Acolhida, protegida e regida com a sabedoria ancestral

Sempre fui muito bem acolhida e cuidada em todas às vezes que estive perdida ou buscando algo. Isso foi para todos os países! O único problema que tive no era que para algumas anegociações pedia para pessoas locais participar da conversa junto comigo para me auxiliar nadecisão de valores. Mas sempre que estava dentro do ônibus, táxi ou no restaurante sem essa pessoa que me auxiliavam aleatoriamente, eles mudavam o valor da moeda local que tinha sido negociado anteriormente.

Não aconteceu muitas vezes, mas aconteceu e me sentia vulnerável em continuar negociação ou insistir na discussão. Indo da fronteira do Zimbabue para Moçambique estava no táxi com dois homens que mudaram drasticamente o valor. E aí você continua discutindo ou esperar o pior acontecer? Paga e vai, era minha vida em jogo, acho que eles não fariam nada comigo, mas é melhor prevenir do que remediar.

Por diversas vezes, os moradores locais de todos os países do qual passava algumas pessoas me colocavam dentro do ônibus, esperava comigo o ônibus sair, me esperava pagar o valor que deveria ser pago, quando o ônibus saia a pessoa descia do ônibus, pois tinha a certeza que entrei, paguei o valor correto e estava sentadinha em um lugar seguro e confortável. Tudo isso sem cobrar NADA em troca e nem me sentir assediada, homens e mulheres fizeram essa gentileza comigo.

Mulherismo Africano

Mulherismo Africano - Rebecca Aletheia
Mulherismo Africano – Rebecca Aletheia

Outra história boa foi quando cheguei na rodoviária de Victoria’s fall para pegar o ônibus pra Harare, o rapaz disse que o ônibus estava cheio e que não tinha mais vaga. Implorei tanto que ele disse, entra e senta! Obedeci sem me hesitar, no primeiro lugar que sentei chegou a dona, me mudei, no segundo lugar que escolhi a dona chegou também. Uma senhora disse: sente ali, se alguém chegar eu resolvo! Hahahaha me diz se não foi uma graça? Lá fiquei, 13h sentada na janelinha.

Caronas pela África

Rebecca Aletheia - Victoria Fall - Zimbabuê - África
Rebecca Aletheia – Victoria Fall – Zimbabué – África

Tenho que lembrar a outra história de quando fui pra Pretoria, já tinha na mente que quando saísse do festival precisava de uma carona, viajei já na maldade como diriam. A maioria das pessoas iriam embora na segunda-feira, o meu vôo era na segunda-feira de manhã para a Victoria’s Fall o que complicaria minha chegada até África do Sul.

Conheci um grupo de Sul africanos muito amáveis que estavam de carro e trabalhando no evento, iam na segunda-feira de manhã. Mas queríamos curtir o último show, os últimos minutos no Festival do Bush Fire, assim como eu!

Após expor minha situação, eles não hesitaram e era 20h estávamos nós com o pé na estrada correndo para cruzar a fronteira antes de fechar a imigração, viajamos a noite toda tudo para que eu não perdesse o vôo. E mais uma vez, sem assédio sem nada em troca, foi bem legal esse apoio mútuo.

Em todos os momentos e todos as passagens sempre houve muito cuidado para comigo. Em nenhuma hora me senti ameaçada ou insegura, muito pelo contrário, sempre protegida. Assim como na Swazilandia após andar 45 minutos na estrada um Rastaman parou o carro e me deu carona de 10 minuto na maior camaradagem, conversamos, ficamos mudos e rimos muito.

Solidariedade Africana à uma mulher viajando sozinha pela África

No Zimbábue, não tinha 1 dólar na carteira, pois tinha perdido/esquecido minha bolsa no aeroporto de Johanesburgo – o problema de ficar 72h curtindo um festival sem dormir. Tinha de emergência apenas um cartão de crédito que não funcionava muito bem no país por conta dos problemas econômicos, ou seja, não me servia de nada. Para piorar o Hostel que iria ficar não aceitava o cartão e não conseguia sacar, ou seja, estava com um grande problema e comecei a andar pela cidade de Harare com todas as minhas malas(uma mochila) a procurar um hotel ou Hostel barato que aceitassem cartão.

Andando sem conseguir pensar o que fazer e como fazer, eis que um rapaz me para e pergunta se estava tudo bem. Explico a história para ele, comenta que já tinha me visto andar desde o centro de cidade até esse bairro e estava preocupado por ver alguém está andando tanto com a mochila e saco de dormir.

Ele me ofereceu ajuda, disse que me levaria a um hotel de confiança que com certeza meu cartão passaria e que eu não deveria ficar a vagar pela cidade de malas. Ele é um médico, não me lembro a especialidade, me apresentou o pai, a filha e o filho; era o horário das rotinas familiares, acompanhei e ele me deixou no hotel recomendado, foi caríssimo, porém entendo o cuidado que ele teve para comigo.

Agradecer sempre pela proteção e cuidado recebido – Obrigada Mãe África

Muitas pessoas me perguntam se não tenho medo e como faço para saber em quem confiar, sinceramente ainda não sei, mas sei que os meus passos tem sido guiado por onde ando.

Foram tantos cuidados, tanta proteção que alguns dizem que tenho sorte, diga o que você quiser, mas te digo que é muita prece, orações, devoções e pessoas que querem o meu bem, assim como eu também às quero bem. Sempre existirá alguém intercedendo e rogando por mim, gratidão por pedir proteção e condução divina aos meus passos.

Obrigada mãe África por me abraçar nesses dias que tive viajando sozinha. Enquanto todos diziam não vá, você me conduziu e esteve a cuidar de mim! Sou grata as divindades e ao solo africano por fazer com que o medo fosse traduzido em sabedoria, determinação, mandingas e perspicácia.

Por fim…

Deixo aqui dica de leitura do livro – EscreVIVER cartas de uma viajante negra ao redor do mundo! Um livro cheia de muitas histórias do continente africano e ao redor do mundo para se apaixonar pelo viver assim como eu – Rebecca Aletheia.

Dicas imperdíveis para viajar pela África Austral

O Coronavírus no continente Africano

Quem vôs escreve este texto é Rebecca Alethéia, enfermeira, infectologista e mestre em ciências da saúde, mas não quero colocar o ponto de vista de uma especialista do coronavírus porque neste exato momento sou uma mulher negra viajante, sozinha pelo continente Africano e quero falar nesta perspectiva de viajante pelo mundo.

Após 1 ano de voluntariado em Moçambique e viajando por países da África Austral, decidi revisitar outros países (África do Sul) assim como conhecer novos (Malawi, Tanzânia, Ruanda, Uganda, Quênia e Etiópia).

Com tudo que tem acontecido no mundo, parece que estou fora dele neste exato momento, não há pânico, medo, quarentena. Vos escrevo diretamente da Tanzânia em Zanzibar, precisava procurar um lugar em paz e para definitivamente tirar minhas férias uma vez que provavelmente não tenho muito para onde correr.

Zanzibar - 25 de março. O Coronavírus -19 no continente Africano
Zanzibar – 25 de Março de 2020 O Coronavírus -19 no continente Africano

Falar de um continente e neste caso o africano e de uma pandemia denominado coronavírus em geral é delicado, pois como sabemos ou deveríamos saber a África possui 54 países e é dividida em África do Norte que é designada como a “África Branca” (Argélia, Egito, Libano, Marrócos, Saara Ocidental e Mauritânia) e África Negra ou subsaariana composta por 47 países África do Sul, Angola, Benin, Botsuana, Burkina Fasso, Burundi, Camarões, Cabo Verde, Chade, Congo, Costa do Marfim, Djibuti, Guiné Equatorial, Eritreia, Etiópia, Gabão, Gâmbia, Gana, Guiné, Guiné-Bissau, Ilhas Comores, Lesoto, Libéria, Madagascar, Malauí, Mali, Mauritânia, Maurício, Moçambique, Namíbia, Níger, Nigéria, Quênia, República Centro-Africana, Ruanda, República Democrática do Congo, São Tomé e Príncipe, Senegal, Seychelles, Serra Leoa, Somália, Sudão, Suazilândia, Tanzânia, Togo, Uganda, Zâmbia e Zimbábue.

Quero trazer algumas reflexões das minhas percepções de que como ainda possamos ter países onde os casos sejam Zero ou menores de 100 casos continente Africano? Quando pensamos em  números de óbitos esses números também são menores comparado a outros países ao redor do mundo?  E novamente nos remetemos essa disparidade aos países África Subsaariana, a África Negra.  (dados do dia 26/04/2020.)

A segunda reflexão é saber que na África do Norte (5 países), contabilizam mais de 12. 480 casos confirmados da doença e 918 óbitos, o que somando toda a África Subsaariana (47 países) arredondo para um montante de 382 casos, sendo 87 desses casos da África do Sul, e porque eu destaco a áfrica do Sul, pela população não negra vivendo no país. ( Dados do dia 19/03/2020), é uma discrepância quando se falar no mesmo continente, não acha? Mais uma vez estamos diante da questão racial.

Gosto de trazer a reflexão referente aos países do continente africano quando temos a grande circulação de Chineses, há quem diga que são os novos colonizadores da África, desde 1990 sua entrada tem tido uma ascensão e  2013 quando se tornou o parceiro econômico da África de países como Botsuana, Gana, Nigéria, Angola, Quênia, Madagascar, Namíbia, Tanzânia, África do Sul, Zâmbia Zimbábue e Djibuti, todos esses localizados na África Subsaariana, região que se concentra grande parte do investimento chinês. Acredito que não restam dúvidas da grande circulação, moradores e trabalhadores chineses em África, assim como turistas, viajantes de continente americano e europeus ao redor de África, o local onde o aumento do turismo foi mais de 40% nos últimos anos.

Outra questão que considero importante refletirmos sobre “casos ZERO”, é pensar que não há capacidade de diagnóstico em muito desses países, sabemos a escassez de recursos que existe em alguns países africanos e laboratórios de ponta. Não acredito que não sejam capazes de diagnosticar, não estou dizendo isso, mas sabemos a precariedade que os serviços públicos têm de acessarem tecnologias e neste caso laboratório para confirmação diagnóstica. São os serviços públicos que devem traçar resposta de emergência e atuar frente a uma epidemia. Existem serviços privados na África, porém quando eles não conseguem dar resposta a muitas doenças e são os serviços públicos que devem dar uma resposta rápida e eficaz. E os serviços muitas às vezes não são gratuitos.

Caso Zero pelo fato de as pessoas serem a sua maioria jovem? Boa parte da população africana é menor de 60 anos, o que é comum encontrarmos um maior número da população idosa no cenário asiático, europeu e americano, porém em África também tem as tais comorbidades o que não exclui tal acometimento severo à esta população assim como as vivendo com HIV/AIDS, tuberculose, malária.

 Atravessei 3 fronteiras de países do continente africano e estive em 4 países no período de incertezas sobre o novo coronavírus, porém a calma e tranquilidade comparada ao que vejo na televisão de outros países, é dizer que estamos em completa paz por aqui. Os supermercados não têm escassez de produtos, encontro dificuldade de achar álcool em gel que só é comercializado nas farmácias, não porque não tenha, mas pelo fato de realmente não trabalharem com estoque. Mas sempre dizem: volte amanhã que terá, ou seja, não há falta no país.

As rotinas diárias seguem como nada estivesse acontecendo, e fico perguntando como isso pode acontecer? Perguntar ao garçom, motoristas de táxi, ao recepcionista de hotel, médicos do país. Não há respostas, o que compreendo é que para muitos dos países do continente africano o viver é hoje, esses países sempre foram e são assolados com epidemias – cólera, ebola e a pandemia de HIV/AIDS, H1N1 e agora Coronavírus. Não precisamos dizer a resistência e existência quando o assunto é epidemias e pandemias não é mesmo?

O Coronavírus -19 no continente Africano - Alunos malawianos 15 de março quando a pandemia já tinha sido anunciada
O Coronavírus -19 no continente Africano – Alunos malawianos no restaurante na capital foto do dia 15 de março

Home-office e quarentena, como traduzir tais recomendações da Organização Mundial da Saúde para o continente africano? Quando a população vive da sua agricultura local e dos pequenos negócios? Como trabalhar de casa para não disseminar o vírus, como sustentar a família uma vez que a renda só dá para alguns dias? Onde está o dinheiro para fazer estoque de reserva e onde se estocar o mantimento é meio irônico tais recomendações como se pensar meios de adequação para tal?

Vendedor informal no Malawi - O Coronavírus -19 no continente Africano
Vendedor informal no Malawi – O Coronavírus -19 no continente Africano

Outro fato importante são os recursos de água e sabão para higiene das mãos, comunidades e grandes centros e serviços de saúde e espaços públicos onde temos a escassez de água?    

O que pensar enquanto estrangeira na África Subsaariana, confesso que fui bem tratada, quando não havia mais turistas nos países, não sofri qualquer discriminação por ser estrangeira ou proibida de entrar em hotel, Airbnb muito pelo contrário, eu era vista como a potencial consumidora e fonte de renda mesmo que fosse para auxiliar 1 família, cada compra era um lucro para aquela população. Por incrível que pareça mesmo as fronteiras sendo fechada eu recebia convites de uma comunidade de Uganda para trabalhar como voluntária.

Otimista que sou, a experiência em contenção de disseminação do ébola em países africanos me dão a grande certeza de que sim, é possível países africanos conseguirem ter estratégias de controle de disseminação, gosto de pensar sobre.

Aproveito este período para recomendar que assistam o filme nigeriano 93 Days, disponível no Netflix, que retrata a história de como a Nigéria atuou para salvar 21 milhões de vidas contra um surto de Ébola em 2014 com exemplo de sucesso, um filme que vale a pena ser visto ou revisto. Deixo o trailler do filme

Assim como um texto do que produzi sobre Coronavírus o que fazer durante a viagem e o aumento do dólar.

https://www.worldpackers.com/pt-BR/articles/coronavirus-aumento-dolar-viagem

Ser Mulher é Ser Manacage

Vamos de poesia? Viajemos pelo universo poético de mulheres negras africanas e poeta. Uma poesia diretamente da cidade de Quelimane, feita por Fátima Abel de Matos

Manacage é a força da natureza

Manacage traz consigo as virtudes da vida

Tu Manacage Lutaste Pela Liberdade

Aqueles que hoje a humilham, não sabem o quanto custo a própria liberdade

Manacage é Ancestralidade

Manacage tu és o elemento Importante na Diversidade

Manacage és a Força viva de se tracejar

Manacage tens uma alma pura condenada em deixar o Próprio véu rastejar

Hoje te tornaram uma Manacage na desgraça nua

Os teus traços lindos perdidos na lua

Não sabes o quanto retardaste a minha Idade

Ah então é assim, nos dias de hoje faz-me perder credibilidade 

No meu ventre te tornei um embrião

 Ainda deixas mi dormir sem colchão

Porque a minha luz o incomoda é mi colocas no chão

Sou Manacage forte como a montanha, com um coração do tamanho do mar

Acolhedora como a mamã africa, aquela que acolhe todos quando a te chegar

Manacage tu és o símbolo da Humanidade.

Autora ꓽ Fátima Matos

Fatima Abel Matos, nasceu aos 10 de novembro de 1994 na cidade de Quelimane Província da Zambézia – Moçambique.  Formada na área de educação de infância e empreendedorismo. Fundadora da Associação das Mulheres Empreendedoras da Zambézia e Associação Raparigas+Visão. Trabalha no Departamento de Recursos humanos, exercendo a função como Técnica de RH na Universidade Católica de Moçambique /Quelimane, também é produtora do arroz orgânico na Zambézia, Ativista social, atualmente frequenta o 4 º ano no curso de Gestão de Recursos humanos na Faculdade de Ciência Sociais e Politica-UCM. Participou em 2019 na coletânea Internacional Intitulada “Mulher e os Seus Destinos “com uma Antologia de Poesia “Ser Mulher”, recentemente no Mês de Fevereiro de 2020 Participou na coletânea Nacional Intitulada “Poemas e Cartas Ridículas de Amor” com uma Antologia “Quero Construir.”                               

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Mochilão sabático em Alter do Chão

Mulheres negras viajantes e a sua (R)existência no mundo

Aqui quem vos escreve é Rebecca Alethéia, uma mulher negra viajante e cidadã do mundo que neste momento encontra-se na estação ferroviária de Caia, Província de Sofala — Moçambique e retrata mulheres negras viajantes.

Pensar em mulheres negras viajantes como forma de (R) existência é praticamente impossível não conseguir retratar este cenário do qual estou vivenciando, a ferroviária.

Estação de Caia – Moçambique

Talvez você não saiba que Moçambique tem caminhos de ferros que ligam boa parte do país  e que funcionam muito bem, seguros e confortáveis. Decidi encarar essa viagem de comboio para realmente poder ter essa experiência de trem (comboio, como eles chamam por aqui).

Uma curiosidade é que existem muitos trens funcionais por países na África assim como já falei num vídeo no YouTube: trem na África do Sul.

As Mulheres negras viajantes e a sua (R) existência no mundo é algo milenar, tentarei contextualizar melhor sobre. Neste exato momento são quase 3 horas da manhã e adivinha?  O trem que iria passar as 22horas atrasou, a previsão de chegada é as 5 da manhã.

A quantidade de mulheres me impressiona, mulheres de todas as idades, todas as religiões, solteiras, casadas, divorciadas e as viajantes com filhos. Engana-se quem pensa que as mulheres negras não viajam ou que apenas viajam as que tem dinheiro. Seguiremos viagem juntas por mais de 10 horas para a cidade de Tete – Moçambique. Esse é o meio mais barato e seguro.

As mulheres africanas trazem consigo particularidades, andam sozinhas, porém sempre juntas. Ela pode vir só, mas irá se juntar à la outras mulheres no intuito de serem mais fortes, de terem apoio, de uma proteger a outra.

Existem muitas mães com os seus filhos, a madrugada sempre é a hora da mamada das crianças, não me impressiona ver muitas delas despertando com uma leveza para dar de mamar aos seus filhos, com uma naturalidade que não há choro, gritos. O único som que ecoa é do bar próximo da estação de trem, que não abala a dormida coletiva na ferroviária.

Dormir no chão é um hábito africano, o sono vem e deitar no chão não tem sido problema, as mulheres para lá de prevenidas colocam a sua capulana no chão, assim como se enrolam com outra capulana para barrar a brisa da madrugada e se proteger dos insetos.

Trazem consigo as suas malas, cestas, trouxas e todos os itens necessários para a sua viagem. sinto-me em um cenário de filme de Hollywood ao ver na madrugada casais de jovens namorados a caminharem pelo trilho a se flertarem e esperarem o trem. Ela vai partir e ele irá ficar…

Existem 3 classes neste trem, 1ª, 2ª e 3ª. Infelizmente as pessoas só têm condições de comprar a terceira classe, mas te digo que a primeira já está cheia. O trem é o meio mais barato de locomoção e para  essas mulheres o que importa é chegar.

No mês em que fazemos alusivo ao dia  internacional da mulher, escrevo esse relato de  história real de mulheres negras viajantes que talvez não seja instagramavel ou ganhadora de milhões de likes, mas que elas estão a se mover, percorrer e pertencer. Não é de hoje, é milenar, mulheres negras viajantes  existem, resistem diariamente pelas estradas, rodoviárias, ferroviária e avião.

As nossas vidas são diferentes e precisam ser tratadas com diferenças, especificidades e cuidados, por esses e outros motivos por conhecer que a trajetória de uma mulheres negras tem o seu diferencial e trás consigo muita ancestralidade, os países  africanos e continentes nomearam datas específicas para as mulher negras, além do dia 8 de março, por reconhecerem suas particularidades são elas:

30 de Janeiro — Dia da Mulher Guineense em homenagem a Titina Sila, a mesma lutou ao lado de Amilcar Cabral pela Independência da Guiné-Bissau. Foi morta em uma emboscada em 1973. Em sua homenagem, e as outras mulheres que combateram pela independência do país, foi instituído no aniversário da sua morte pelo dia Nacional da Mulher Guineense.

2 de Março – Dia da Mulher Angolana, celebra-se o reconhecimento ao seu papel empenhado na luta de resistência do povo angolano contra a ocupação colonial portuguesa.

Negras viajantes angolanas

7 de Abril — Dia da Mulher Moçambicana, aniversário de Morte de Josina Machel, segunda esposa de Samora Machel primeiro presidente de Moçambique, Josina Machel se juntou à luta armada de libertação ainda jovem e considerada uma heroína de Moçambique.

25 de Julho — Dia da mulher negra latino americana e caribenha, uma data para rememorar a luta de mulheres negras latino-americanas e caribenhas para uma sociedade mais justa. É dia para se relembrar a história de Tereza Benguela, líder quilombola símbolo da resistência contra escravização.  

31 de Julho – Dia da Mulher Africana — este dia foi consagrado no ano de 1962 para a reflexão do papel da classe feminina de África na sociedade.

9 de Agosto — Dia da mulher Sul-Africana, essa data surgiu no ano de 1956 quando mais de 20 mil mulheres sul africanas de todos os pontos do país marcharam em direção ao Union Buildings (Palácio Presidencial em Pretória e Sede do Governo) em protesto contra a extensão das leis que restringia o movimento das mulheres.

Nesta ferroviária, são diversas histórias em um único cenário e consequentemente aqui está sendo escrita a minha história de vida, uma mulher negra viajante que (R) existe e que veio trabalhar como voluntaria em Moçambique, com uma mochila nas costas, vivenciando experiências em casas de família que sempre foram muito afetuosas e cuidados para comigo.

Agora eu preciso ir porque o trem acaba de chegar e irei embarcar, embarque você também nessa viagem.

Rebecca Aletheia embarcando na viagem de trem em Caia Moçambique

https://www.instagram.com/rebeccalethei/

Este texto teve a sua publicação no Jornal da Folha de São Paulo, deixo o link para que possa apreciar.

https://checkin.blogfolha.uol.com.br/2020/03/04/mulheres-negras-viajantes-existem-e-resistem-pelas-estradas-diz-enfermeira/

Sugestões de viagens para 2020 e 2021

O ano já começou e já planejou a sua viagem ou viagens para 2020 ou 2021, nós da Bitonga Travel daremos algumas sugestões de lugares para você se planejar e embarcar em vivências e experiências prá lá de especial, estão preparados?

Não vale arranjar desculpa de que não gosta de viajar sozinha/o as opções são grupos de viagens, assim você poderá viajar muito bem acompanhada/o. 

E uma dica, quando você fechar qualquer viagem, mencione que foi indicação da Bitonga Travel e você irá receber um brinde ou desconto, vamos? 

Março – Viagem para 2020

Plana Vivências – Vivência no Quilombo “Prosa & Farinhada”

Plana Vivências
Plana Vivências

Destino: Quilombo da Fazenda  

Data: 20 a 22 de março (chegada sexta a noite e retorno domingo a tarde)

Local: Quilombo da Fazenda, Picinguaba, Ubatuba/SP

Valor: R$ 450,00 à vista (consulte opções de parcelamento)

Inclui: Duas noites de hospedagem coletiva em casa familiar; refeições completas (café da manhã, almoço, lanche da tarde e jantar); atividades da programação com monitores locais; e acompanhamento da equipe da Plana.

Reservas: http://bit.ly/pre-reserva-viv

https://www.instagram.com/planavivencias/

BRAFRIKA – Viagens

Brafrika - Viagens
Brafrika – Viagens

Destino: Expedição Palmares – Maceió De 20/03/20 – 24/03/2020 Chegada em Maceió, encontro no Aeroporto de Guarulhos para embarcar com destino a Maceió. Oportunidade de nos conhecer, conversar sobre nossas histórias até esse momento, e construir laços de afeto! Chegando em Maceió, teremos traslado até o hotel.

Reservas: https://brafrika.com.br/

https://www.instagram.com/brafrika_viagens/

Rotas Viagens e experiência

Viagens Julho 2020

Rotas Viagens e Experiência 

Rotas Viagens e Experiências
Rotas Viagens e Experiências

08/07 a 12/07 Serra Gerais -TO

Camila da Silva França Souza

Redes sociais – Instagram – @rotasviagens_experiencia

WhatsApp – ‪(11)97958-7378‬ 

E-mail – rotasviagensetrilhas@gmail.com

Viagens Setembro 2020

Brafrika – Viagens

Pacote Saara – Marrocos

https://brafrika.com.br/f/pacote-saara-%E2%80%93-marrocos—6-dias

Duração: 6 dias e 5 noites – Valor Terrestre e Aéreo: R$ 4.670,00  

Incluso no valor: Passagens aéreas saindo de São Paulo, Hospedagens, passeios e refeições mencionadas.

Data: Saída dia 21 de Setembro e volta dia 27 de Setembro. 

Keep Travel Viagens

Keep Travel
Keep Travel

Pacote Cartagena

Pacote inclui: Passagens aérea saindo de São Paulo, 9 diárias de hospedagem com café da manhã no hotel Cartagena Plaza, Transfer In & Out + 3 passeios incríveis

Mais informações: (37)3402-0268

https://www.instagram.com/keeptravelviagens/

https://linktr.ee/Keeptravel

Viagem Outubro – 2020

Rotas Viagens e Experiência 

08/10 a 14/10 ou 22/10 a 28/10 Deserto do Atacama – Chile 

Camila da Silva França Souza

Redes sociais – Instagram – @rotasviagens_experiencia

WhatsApp – ‪(11)97958-7378‬ 

E-mail – rotasviagensetrilhas@gmail.com

Viagem Novembro 2020

Brafrika – Viagens

AFROPUNK Brasil

Festival dia 28 e 29 de Novembro de 2020 em Salvador – Bahia

https://brafrika.com.br/

Viagem – Janeiro 2021

Destino Afro

Destino Afro
Destino Afro

Viagem Afrocentrada – Maputo Moçambique  

09 a 17 de Janeiro de 2021

Quer saber todos os detalhes, descrição detalhada no link abaixo. 

https://shoutout.wix.com/so/cfMxI-2b6?cid=00000000-0000-0000-0000-000000000000#/main

Carina Santos

Fundadora da Black Travelers

Telefone: 21 95905-4077

Instagram: @destino.afro @blacktravelers

Email: destinoafro@gmail.com

https://www.blacktravelers.com/

Destino Afro

Bom por hora é só, acredito que se você estava precisando de uma inspiração para sua ou suas viagens 2020 e/ou 2021, espero que esse cronograma tenha valido a pena.

Essas empresas são geridas por mulheres negras e acreditamos que potencializar o trabalho de mulheres negras é importante para uma sociedade mais igualitária.

Leia também…

Navio Naugrafado - Praia do Estoril Beira

21 lugares para visitar na Beira – Sofala Moçambique

Após viver 1 ano na Beira, Província de Sofala – Moçambique, deixo a minha singela contribuição de 21 lugares para visitar na Beira.

Leia também: Afroturismo: 5 Destinos Internacionais para Conhecer em 2023.

Talvez muitos moçambicanos e estrangeiros não consigam enxergar tanta beleza na Beira, portanto compartilho um pouco de lugares para se visitar na Beira.

1. Estação de comboio CFM (Caminhos de Ferro de Moçambique

Estação de Comboio CFM - Beira
Estação de comboio CFM (Caminhos de Ferro de Moçambique) Beira

As estações de ferro de Maputo não deixam a deseja, quem já visitou sabe muito bem do que estou falando e na Beira não é diferente.

Esta linha ferroviária liga os distritos de Sofala e as Províncias de Tete e Quelimane. Caso queira ir à outro distrito encontre informações completas site da CFM.

Em frente a estação de trem/comboio é cenário das manifestações e celebração de grandes datas festivas como dia do trabalhador, shows e eventos.


Ao lado esquerdo é possível encontrar o Porto da Beira onde faz todo o recebimento e envio de cargas e produtos vindo de boa parte do mundo.

2. Campo de futebol do Ferroviário da Beira

Bilheteria do Clube Ferroviário da Beira
Bilheteria do Clube Ferroviário da Beira


Aos amantes de futebol como eu, não podem deixar de ir ao Clube Ferroviário da Beira, cenário de grandes clássicos e ser movido pelo som dos batuques pela torcida organizada.

É lindo ver mulheres tocando assim como vibrando por cada passe de bola.

A entrada principal ao campo assim como a bilheteria e a loja de venda dos produtos esportivos dão mais charme ao Caldeirão do Chiveve.

3. Pavilhão de desportos do Ferroviário da Beira

Clube desportivo do ferroviário da Beira
Clube desportivo do ferroviário da Beira


Como parte do complexo esportivo, nem só de futebol vive o esporte, nesta área irás encontrar a quadra de futebol de salão, basquete, volei entre outros. Se calhar poderá desfrutar de shows neste espaço.

4. Praça do Município


A praça do Município é como ir à Cuba, nos finais de semana o local é marcado pelas fotos casamentos, noivas, noivos, madrinhas e padrinhos vestidos de capulana.

Dá para inspirar em looks magníficos assim como se animar para casar ou renovar os votos.

A praça conta com chafariz ligado e o melhor dia é ir nos finais de semana, durante a semana a praça é comercial.

5. Mercado Chaimite

Rebecca Alethéia e Fernando Marcelino no Mercado Chaimite
Rebecca Alethéia e Fernando Marcelino no Mercado Chaimite


Sabe aquele mercado municipal que são para as compras desde alimentícios, artesanatos e roupas? Aqui é o lugar, você poderá comparar artes esculpidas na madeira.

O Senhor David sempre me recebeu bem em sua loja assim como me mostrou muitas artes moçambicanas e fazer preços ótimos para aquelas lembranças de todos os lugares de Moçambique.

6. Banco de Moçambique


Ao sair do Mercado, passe em frente ao Banco de Moçambique um belo cenário de arquitetura do tempo da colonização por essa área ou zona como dizem os Moçambicanos,.

Atenção é proibido tirar foto do banco.

7. Casa dos Artistas

Casa do Artista - Beira
Casa do Artista – Beira


Antes de chegar na casa do artista na rua de trás, próximo da esquina você encontrará um mural de mostrar uma arte que tem na parede sobre a província de Sofala.


Na casa dos Artistas é possível encontrar exposições, eventos, filmes e feiras neste lugar. Um ótimo local para visitar na cidade e tem a possibilidade de fazer eventos por lá.

8. Muralha

Eu sempre digo que o meu lugar favorito para contemplar o por do sol é na Muralha, ver o sol inteiramente no mar e os navios entrando e saindo do porto tornam o cenário ser cena de filme.

9. Casa de Cultura

A Casa de Cultura da Beira o polo cultural, logo na entrada você irá se deparar com o mural épico de Malangatana – Valente Ngwenya “Vovó Xipangara está Zangada” pintado em 1970 restaurado em 2016.


É neste lugar que você irá encontrar aulas de dança, capoeira, moda, canto, artesanatos, gastronomia.

10. Rua das árvores na Ponta Gea

Rua Eduardo Mondlane - Ponta Gea - Beira
Rua Eduardo Mondlane – Ponta Gea – Beira


Localizada na Rua Eduardo Mondlane, rua da catedral, você irá estar na rua mais linda da Beira na minha concepção onde as árvores tomam conta de uma ponta à outra, a arquitetura da rua também não deixam a desejar, vale à pena caminhar por essa rua.

11. Catedral

Catedral da Beira
Catedral da Beira


A charmosa catedral da Beira também é um ponto a ser visitado na cidade, paragem obrigatória.

12. Universidade Católica de Moçambique


A UCM como conhecida está situada na GEA deixando como um ponto a ser contemplado ou ver a agitação dos estudantes pela área. Uma bela arquitetura.

13. Colégio Acadêmico / Escola Portuguesa

Colégio Acadêmico da Beira
Colégio Acadêmico da Beira


Conhecido por um ou pelo outro nome estão todas na mesma praça e rotunda. Vale a pena dar uma passada por lá, alias é caminho

14. CUCA

Mural do CUCA - Beira
Mural do CUCA – Beira


Centro Universitário de Cultura e Arte – CUCA, é um prédio da universidade que como o próprio nome já diz tem uma belissima fachada

Teu convido para que vá admirar o mural que tem ao lado do prédio, você irá encontrar com essa arte da foto.

15. Grande Hotel

Grande Hotel
Grande Hotel


O Grande Hotel Beira foi um hotel de luxo localizado na cidade da Beira, em Moçambique, funcional entre os anos de 1955 e 1963.

Após esse período, continuou sendo utilizado durante a década de 1960 como um centro de conferências, bem como sua grande piscina. Durante a Guerra Civil de Moçambique (1977-1992), contudo, tornou-se um campo de refugiados.

Atualmente, o antigo hotel está ocupado por cerca de 3.500 pessoas[1] que vivem em condições precárias.


Recomendo o documentário Hospedes da Noite de Licínio Azevedo o cineasta moçambicano retratando essa história.

16. Orla Miramar – Rua do Miramar


No fim da tarde poder passear pelo Miramar e contemplar o belíssimo por do sol é um ótimo lugar para os dias quentes de verão. Você encontrará sempre movimentada aos finais de semana de dia e de noite

17. Praça da Independência


A praça da Independência com a estátua de Samora Machel fazem parte também da cidade trazendo lembranças de um passado recente.

18. Mesquitas


As religiões em Moçambique são algo que vivem em harmonia e dão lugar a fé e sincretismo à todos.

As mesquitas dão destaque para a cidade, assim como no percurso da praça da independência ao Estoril você irá encontrar duas belíssimas mesquitas.

19. Estoril – Farol

Farol do Macuti
Farol do Macuti


O Farol da cidade nas cores vermelha e branca é possível ser avistada pela rua principal sentido praça da independência ao Estorial, chama atenção por si só, porém tem que pedir autorização para subir à secretaria de turismo e é gratuita a entrada.


Este farol foi construído em 1920, atualmente não está em atividade devido ao ciclone IDAI, porém é possível subir e visitar.

São 108 degraus mas tem uma vista que como diriam os moçambicanos, ANIMA!

20. Navio naufragado

Navio Naugrafado - Praia do Estoril Beira
Navio Naugrafado – Praia do Estoril Beira


Logo à frente do Farol ou atrás depende do ponto de vista você irá encontrar um navio naufragado, que há quem diga que foi antes de 1956, mas a data exata não se tem…

Um ótimo cenário para belas fotografias.

21. Txilar no Estoril

Chegando no 21º lugar para se visitar na Beira, nada mais justo do que sentar em uma barraca e txilar, o Estoril é local mais famoso pela carne de porco, eé possível encontrar outras opções de comida na brasa e com o delicioso tempero moçambicano.

Provar as cervejas do país como Manica, 2M, Txilar e a Impala – o sabor das nossas machambas da Machamba – Impala de milho ou de Mandioca vale a pena experimentar.

Após escrever esse extenso roteiro, 21 lugares para se visitar na Beira, deixo o contato de 2 Xhopelistas que irão te auxiliar a realizar esse roteiro de um lado.

Assim como o meu vídeo no canal do Youtube percorrendo por esses pontos turísticos da cidade.

Rebecca Aletheia em um tour pela Beira

Gastos e custos de um mochilão por 6 países da África Austral

Rebecca Aletheia na Mafalala painel de arte Tufo da Mafalala

Me chamo Rebecca Alethéia e realizei um mochilão de 17 dias pela Africa Austral e compartilho aqui os meus custos de viagem.

O meus custos e roteiro pela África Austral começou por Maputo uma vez que vivo na Beira na região Central de Moçambique.

Primeira parada Maputo – Moçambique


O meu objetivo de viagem era curtir festivais e contato com a natureza. E nada de coincidência eu escolhi o final de semana que haveria o maior festival de música de Moçambique o AZGO.

Fiquei na casa de uma amiga no final de semana onde os gastos foram bem poucos apenas com alimentação.

Rebecca Aletheia com a cantora Moonchild Sanelly


Deixo aqui um vídeo do festival e 2 relatos que eu escrevi como foi estar e viver esse festival.

9° festival Azgo – Moçambique

Azgo 9° festival – festival internacional de música em Maputo/Moçambique

Azgo Let’s Go na Mafalala – 2019

Depois disso parti para a Swazilandia que eu também tenho um relato de viagem como é chegar até a Swazilandia atualmente conhecida como Eswatini de ônibus, eu ia de Van.

Preciso dizer que de van eu gastei R$25,00 até a capital do país e indo no modo roots que foi desta vez eu gastei R$4,65 pegando 2 ônibus, atravessando a fronteira, depois de lá eu deveria pegar uma van e pagar R$20,00.

Talvez você pense que foi o mesmo valor por conta disso de aquilo mas comparado com o tempo e com a facilidade a segunda opção me foi a melhor em relação a tempo.

Segunda parada Eswatini


Depois fiquei em Eswatini em couchsurfing o que também não tive gastos com hospedagem, no final de semana estive no maior festival de música da África que foi o BUSH FIRE que sinceramente um excelente festival do qual eu recomendo muito a ida.

Eu fiquei hospedada em camping do evento da qual eu já tinha pago transporte, alimentação, entrada do festival e acomodação que no total foram R$800,00 e eu já tinha adquirido à 3 meses, então esse gasto pode tirar da lista.

Rebecca Aletheia no festival Bush Fire em 2019


Terceira parada África do Sul

De Eswatini para a África do Sul eu fui de carona, ou seja, custo zero!

Chegando em Pretória fiquei hospedada na casa do pessoal que me deu carona e que no dia seguinte me levaram até o aeroporto, o que era muito próximo.


Eu sempre considero os custos de transporte o mais caro, então estou frisando bem os valores, assim como muitas pessoas me ajudavam e eu pegava carona até alguns lugares, mais uma vez custo ZERO!

Obviamente quando eu digo custo zero eu não me importo em pagar um almoço/jantar, ser cordial ou dar uma lembrança do meu país para essas pessoas, independentemente se elas me darão algo ou não.

Quarta parada Victoria’s Fall – Zimbabwe


Victoria’s Fall que era o meu próximo destino eu fui de avião e paguei na passagem USD110, ou seja, R$450,00 na época.


No Zimbabwe eu tive problemas de comunicação com meu couchsurfing o que resultou em eu não ter estadia e tive que procurar uma hospedagem pela cidade.

Fui em uma agência de viagem que indicava hotéis luxos e/ou pensões caríssimas, não era pra mim, até eu dizer que não tinha dinheiro para pagar mais de 15 dolares por dia, no final minha hospedagem saiu por USD13,00 por dia foi na Victoria Falls Backpackers Lodge.

Recebi um desconto, sem eu pedir mas que foi fantástico, acho que era porque não tinha quase nenhum hospede e dormi em um quarto sozinha e foi lá em que eu fiquei alguns dias, a localização era ótima e eu fazia tudo andando sem medo de ser feliz.

fui à Zambia andando e depois de lá eu peguei um carro, fiz uma day trip por lá porque eu realmente queria curtir mais o Zimbabue.


Em Victoria’s Falls eu também me dei o luxo de andar de helicóptero, que eu também tinha feito economias para sobrevoar pelas cataratas e foi um dos minutos mais caro da minha vida, mas foi lindo, eu via manada de elefantes, bufalos, hipopótamos do céu.

Eu considerei como um safari áereo, ahh foi de mais. Paguei USD150 dolares para o voo de helicoptero de 13 minutos.

Rebecca Alethéia passeio de Helicóptero pela Victoria’s Fall 2019

Quinta parada – Livingston Zambia

Ao atravessar a fronteira você terá os gastos se quiser ir pra Livinstong terá que pegar um taxi que sinceramente são caros, mas vou te dizer se o taxista for gente boa ele vai parando e mostrando tudo, foi o que eu fiz!

A passagem do taxi custou 20 dolares cada trecho, ou seja, cara para o meu orçamento, mas eu fui, e realmente a cidade é linda, vale a visita.

Sexta parada Chope – Botswana


Eu também fui pra Botswana que foi uma day trip em Chope naqueles valores que tem tudo incluso, sinceramente ouvi muitas recomendações sobre esse safari que era no barco e depois em uma 4×4.

Muito bonito, era minha quinta vez em um safari e eu jão não estava mais tão animada mas mediante as recomendações eu fiz, é foi incrivel! Recomendo.

Esses passeios são “caros” onde iremos ter o maior gasto mas que eu sinceramente acho que vale a pena, tive um almoço delicioso e um passeio bem organizado.

O passeio em si foi USD150 dolares. (Sou contraditória nos valores não quero pagar 40 dólares no táxi mas pago 150 em um passeio, mas contando que tenho tudo incluso, vale o passeio)

Rebecca Alethéia no Safári de barco em Chope – Botswana

Bom depois disso foram os gastos com a entrada dos parques do lado do Zimbabue e do lado da Zambia, sim eu entrei nos dois.

Eu tive um guia no lado da Zambia, eu não queria/podia pagar relutei muito mas o senhor Leonardo foi muito gentil, uma graça, ele não me cobrou nada e quando eu fui pagar ele não aceitou, mas mesmo assim eu paguei.

Rebecca Alethéia se banhando na cataratas da Victoria’s Fall lado Zâmbia.

Sétima parada Harare – Zimbabwe


Fui a capital Harare de ônibus, viajei pela noite toda ou seja uma estadia gratuita, em harare fiquei em um hotel por conta do problemas com o cartão que eu contei em postagens ateriores, mas que tinha hosteis por 25 dolares.

Fiz a minha volta de onibus até Mutare uma região montanhosa do Zimbabue na fronteira com Moçambique da qual eu atravessei.

Oitava parada Mutare – Zimbabwe

Rebecca Alethéia em Mutare

Nona parada Chimoio – Moçambique

Conseguir uma carona até Manica – Moçambique e uns amigos que estavam em Chimoio – Moçambique vieram me buscar e assim desfrutamos chimoio e depois partimos viagem ao meu destino de origem. Beira- Moçambique.

Rebecca Aletheia subindo cabeça de velho em Chimoio


O custo da alimentação saia em média R$30,00/R$50,00 lembrando que muitas/algumas vezes eu pagava a minha e a da outra pessoa. Eu não sou regada ao álcool o que também facilita poupar alguns gastos e considero 2 refeições muito importante o café da manhã e um almojanta no final de tarde.


Essa foi a aventura e os meus custos de viagem pela África Austral. Os maiores gastos estão com o alojamento e transporte e como eu me dei alguns luxos à minha viagem, paguei antes, durante a viagem tudo custou 1000 dólares.