Por que você viaja? Já se perguntou isso? Viajar é ir. Por muito tempo me questionei se era correto o que eu pensava, pesquisei, ouvi outras viajantes e tive a certeza:
No dicionário- O mesmo que caminhar, movimentar. Sair de um lugar pro outro.
Na minha alma- Ir! Pode ser por 1 ano ou 3 dias. Pro outro lado do mundo ou pro bairro vizinho.
Vi uma reportagem que dizia que pós pandemia do COVID- 19, nada seria igual, assim como em todos os setores, isso incluía o turismo e as viagens… não sei dizer se ouvir isso foi bom ou ruim, só sei que foi preciso!
Sempre falo sobre como viagens me transformam, me inspiram, mas preciso falar também que não existe mágica! Uma viagem não é um remédio que pode ser usado como solução de todas as dores, porque algumas dores não se curam ao pegar um avião. E aí, o que poderia ser uma experiência renovadora vira auto cobrança e decepção, porque afinal, problemas não tiram férias e sua vida não é (e não precisa ser) igual à da blogueira famosa.
Então que a gente viaje também pra dentro de nós! Que todas as mudanças que estão por vir sirvam para mudar também nossa maneira de encarar a vida e por que não encarar uma viagem?
Viajo porque acredito que qualquer lugar pode render momentos incríveis. Me permito viajar em cada porta bonita que vejo, a cada fim de tarde que deixa o céu laranja. Viajo com rumo, com propósito, mas aberta ao inesperado… aos perrengues, às mudanças de planos, tempo e humor.
Sendo assim…
Se viajar é ir, que a gente vá! E encontre o que nos inspira e o que nos dá vontade de arrumar as malas e partir, que respeite o destino que visitar e tudo mais que encontrar pelo caminho. Seja em um ano sabático, em um bate volta de fim de semana, seja em um lugar dos sonhos ou em um passeio pela nossa cidade.
Que nossa jornada seja incrível!
Eu já falei de mim, agora me diz, POR QUE VOCÊ VIAJA?
Karina Procópio – Administradora de empresas frustrada que encontrou nas viagens o motivo para seguir em frente. Acredita que qualquer lugar pode render momentos incríveis e quer mostrar pra todes as viagens reais, que conectam e que são possíveis. Apaixonada pela natureza, por encontros e pelas surpresas da vida.
Joice Vasconcelos irá contar um pouco sobre a festa do Marambiré do Quilombo do Pacoval – Pará, uma festa negra na Amazônia.
“As festas de Santos são eventos muito comuns e tradicionais em comunidades indígenas e quilombolas da Amazônia. Através dessas festas é possível identificar e vivenciar de perto a influência da cultura africana, indígena e portuguesa nesses territórios tradicionais. Festas como essas são repletas de valores ancestrais, sincretismos e rituais que dizem muito sobre a identidade da região e, principalmente, dessas comunidades que manifestam sua ancestralidade por meio da cultura”
Todos os anos no quilombo do Pacoval, localizado no município de Alenquer, Oeste do Pará, interior da Amazônia, acontece a apresentação da Dança do Marambiré, uma tradição africana que simboliza a identidade e resistência da comunidade, pois a tradição remete a ancestralidade desse povo e as conquistas que eles obtiveram com o Marambiré, como por exemplo, a titulação do território.
Bem, antes de mais nada, vamos entender o que é o Marambiré!
O Marambiré é uma tradição religiosa e sagrada de origem africana, considerado uma festa negra de um ritual africano mais autêntico do interior da Amazônia, uma vez que essa tradição deixada pelos antepassados do quilombo do Pacoval reconta a saga de luta por liberdade dos africanos escravizados na Amazônia. A dança segundo a memória dos mais velhos, era uma forma de agradecer o sucesso obtido com as fugas das fazendas de engenho, por isso é possível encontrar no ritual cânticos que expressem acolhimento, agradecimento e despedida.
Para mais, o Marambiré representa a formação de um reinado africano na figura de seus principais personagens, o Rei e a Rainha de Congo. Além desses, tem-se as Rainhas Auxiliares, os Valsares que representam os Vassalos do Rei, um violonista e o um caixeiro, que acompanham o ritmo marcado dos pandeiros tocados pelos valsares. Ao total são 36 componentes que fazem parte do Marambiré que é apresentado em datas específicas no quilombo do Pacoval, dia 6 e 20 de janeiro.
Segundo manda a tradição, o Marambiré é apresentado todos os anos na comunidade nos dias 6 de janeiro, dia de São Benedito, padroeiro do Marambiré, pois é o santo que atende e realiza as promessas feitas pelos quilombolas do Pacoval que sempre tiveram muita fé no santo, uma vez que São Benedito é tido pela comunidade negra católica como o santo dos pretos. Além desse dia, o Marambiré também é apresentado na festa de São Sebastião, 20 de janeiro, dia em que o ciclo de apresentações do Marambiré se encerra com o ritual do Mar-a-baixo, ritual onde os dançantes do Marambiré vão para beira do rio, sobem em um barco e fazem o percurso de subir e descer o rio dançando e cantando, pois esse trajeto foi feito pelos seus antepassados que na busca por liberdade em encontrar um lugar seguro para se viver, muitas vezes se perdiam pelo caminho e subiam e desciam o rio.
Todos os rituais realizados na dança do Marambiré são lindos, emocionantes e cheios de simbolismo e significados. Presenciar essa tradição é uma experiência única, algo difícil de se traduzir pois vivenciar o Marambiré é vivenciar um mar de sentimentos e emoções, principalmente para quem é negro (a) e tem suas raízes em África.
Em 2020, em virtude da minha pesquisa de TCC que corresponde em investigar a contribuição das mulheres do Pacoval para preservação identitária do quilombo através do Marambiré, tive o privilégio de presenciar esse momento especial e compartilho com vocês um pouco desse momento único.
A comunidade do Pacoval, no dia 6 de janeiro de 2020, realizou o II Festival do Marambiré, um evento cultural, festa de cultura negra, que traz não só a apresentação do Marambiré, mas também outras manifestações culturais do quilombo na Amazônia. Pela parte da manhã, o Marambiré foi apresentado seguindo seu ritual de origem, começando dentro da igreja, depois saindo pelas ruas da comunidade e entrando nas casas das pessoas que estiverem com suas portas abertas para receber o Marambiré. Depois de entrar em algumas casas e dançar, os dançantes do Marambiré sempre vão até as casas dos promesseiros, as pessoas que fizeram promessas a São Benedito e oferecem um almoço ao grupo com objetivo de agradecer a graça alcançada.
Depois de visitar todas as casas dos promesseiros, o Marambiré retorna para o barracão (sede) da comunidade onde será servido um almoço comunitário aos comunitários e visitantes presentes, que acompanharam e participaram desse momento de alegria. Pela parte da tarde o Festival continua sua programação, trazendo as apresentações das demais manifestações culturais da comunidade, que concorrem a premiações. Esse dia foi lindo, especial, cheio de emoções e muita alegria, pois os quilombolas do Pacoval carregam consigo muito felicidade, energia positiva e sorriso no rosto.
Já na festa de São Sebastião, no dia 20 de janeiro, o Marambiré é dançado durante todo o dia para festejar o santinho e celebrar a vida, a liberdade e resistência dos quilombolas que ali vivem. Nesse dia o Marambiré também sai pelas ruas da comunidade, entra nas casas das pessoas para dançar e cantar, mas não há promesseiros, pois, o dia pagações de promessas é na Festa de São Benedito, o santo padroeiro da tradição. Porém, o almoço comunitário é ofertado aos comunitários e ao cordão do Marambiré, que celebram com festa e muita alegria mais um ano de apresentação da tradição.
Para os quilombolas do Pacoval, o Marambiré vai além de uma manifestação cultural, o Marambiré é sinônimo de identidade, resistência e conquistas, pois, por intermédio do Marambiré, a comunidade do Pacoval conquistou a titulação do seu território em 1996, se tornando o segundo quilombo a ser titulado no Brasil depois do território de Boa Vista, em Oriximiná, também no Pará. Ademais, por sua relevância na cultura paraense e amazônica, o Marambiré foi considerado em 19 de março de 2008, Patrimônio Cultural e Artístico do Pará, sendo uma expressão cultural e artística do município de Alenquer, de acordo com a Lei nº 7.113.
Destaco que conhecer o quilombo do Pacoval e vivenciar essa experiência com os comunitários muito me mostrou como é o “viver em comunidade” através dos detalhes e dos valores que a comunidade carrega. Todos no quilombo são muito atenciosos, receptivos, gentis e alegres, com uma alegria que contagia. Também não posso deixar de relatar que presenciar o Marambiré foi muito importante no meu processo de conhecimento sobre a minha identidade enquanto quilombola, pois vivenciar essa tradição me fez sentir em muitos momentos no próprio continente africano mesmo nunca ter conhecido o lugar, mas como os quilombos são a própria África fora do continente, já que são nesses territórios de resistência que estão os frutos de África, vivencia um pouco dos saberes, conhecimentos, costumes e tradições que remetem ao continente.
Não poder participar do Marambiré esse ano é triste, pois assim como os quilombolas do Pacoval passei a respeitar muito a tradição e colocá-la na minha lista de prioridades, uma vez que o sentimento de vínculo e união com a comunidade foi selado e a vontade de contribuir com a perpetuação da tradição também, pois é responsabilidade de pesquisador(a) trazer retornos positivos ao seu público. Espero que esse momento de pandemia possa passar para que possamos novamente dançar, cantar e festejar muitos Marambiré.
Deixo como referência o artigo que eu, minhas professoras e colega construímos nas primeiras pesquisas sobre o Marambiré do Quilombo do Pacoval, no âmbito do Projeto FORMAZ – Formação Socioeconômica da Amazônia, da Universidade Federal do Oeste do Pará.
LEÃO, Andréa Simone Rente; SOUSA, Girlian Silva; QUARESMA, Edilmar Santana; OLIVEIRA, Joice Eliane Vasconcelos de. Marambiré como Patrimônio Cultural e Instrumento de Resistência do Quilombo do Pacoval/Pará.RELACult, Paraná, v. 05, ed. especial, nº 3, mai., 2019. Disponível em: http://periodicos.claec.org/index.php/relacult/article/view/1517/989.
Espero que tenha gostado e que possa se permitir vivenciar o Marambiré – A Festa Negra na Amazônia do Quilombo do Pavocal Pará.
Joice Vasconcelos é cria da Amazônia, nascida e criada no pirão de farinha e banho de rio na pérola do Tapajós – Santarém/PA. É acadêmica quilombola do curso de Gestão Pública e Desenvolvimento Regional, na Univerdade Federal do Oeste do Pará (UFOPA). Apaixonada por ouvir e contar e histórias e pelos estudos sobre território e territorialidades, Joice é pesquisadora daquelas desbravadoras e atualmente segue pesquisando sobre resistência negra na Amazônia, Quilombo do Pacoval, Marambiré e Mulheres quilombolas da Amazônia.
Olá! Antes de mais nada, meu nome é Juliana Oliveira e esse é meu primeiro texto como correspondente Bitonga Travel e vou compartilhar dicas de 6 lugares para conhecer na Colômbia viajando sozinha, através da minha experiência.
Tenho 33 anos e sou estudante de turismo, além de já ser guia de turismo. Sou formada em arquitetura e urbanismo, mas abandonei a profissão em 2016.
Como cheguei até lá
Em 2019 tive a oportunidade de fazer um semestre de intercâmbio na Colômbia. Fui selecionada pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), assim como beneficiada com uma bolsa para estudar na Universidad Industrial de Santander. Eu estava muito empolgada, apesar de com um pouco de medo.
Além disso, quando abriu o edital pro intercâmbio eram dois países: México e Colômbia. Pesquisei bastante sobre os 2 e me decidi pela Colômbia por conta da distância, do custo e da segurança. Sim, é isso mesmo que você leu: segurança. Apesar de todo estigma e imagem negativa, a guerra com as Farcs terminou em 2016 e isso abriu as portas para o turismo.
Apesar do destino mais conhecido ser Cartagena, o país tem lugares incríveis a serem descobertos. Basta dizer que ele foi eleito um dos principais destinos turísticos da América do Sul pelo World Travel Awards, que é considerado o Oscar do mundo do turismo, em 2018, sendo assim deixarei a dica de 6 lugares para conhecer na Colômbia.
Por onde comecei
Minha viagem começou primeiramente pela capital Bogotá, que é uma cidade grande bem estilo São Paulo. Muitas opções de passeios culturais e naturais também, já que a cidade está bem no meio da Cordilheira dos Andes. Meu destino final era a cidadezinha de Socorro, no departamento de Santander, bem no interior da Colômbia. Um contraste enorme .
Aliás, a Colômbia é um país de contrastes paisagísticos. Você tem praia e sol do Caribe e do Pacífico, a cordilheira dos Andes que divide o país ao meio, montanhas com mais de 4.000m de altitude onde você pode se aventurar e ver neve, cidadezinhas históricas preservadas da época colonial espanhola, Amazônia colombiana e uma gastronomia muito rica.
6 Cidades para conhecer na Colômbia
Como resultado do intercâmbio, tive a oportunidade conhecer alguns lugares nos 4 meses que passei lá e ainda faltou muito lugar para conhecer. Sobre viajar sozinha por lá foi bem tranquilo. As distâncias às vezes são longas por conta do relevo que tornam as pistas cheias de curvas e muito sobe e desce.
Os ônibus são bem confortáveis, tem tomada, wifi, achei bem melhores do que os que já viajei aqui no Brasil. E o melhor: as passagens costumam ser bem em conta. Às vezes várias empresas fazem o mesmo trajeto e o preço entre elas varia muito pouco.
Bogotá – dpto. Cundinamarca
A capital que apesar de caótica e com um trânsito que não deixaria Rio e nem Sampa com inveja, oferece muitas atrações culturais. É fácil se locomover pela cidade. A parte histórica é a região da La Candelária, onde estão os principais museus como o Museo del Oro, Museo Bottero, Plaza Simon Bolívar e Centro Cultural Gabriel Garcia Marques.
Dessa forma, super indico fazer o tour do grafitte, que conta a história de como a arte marginal e proibida passou a ser valorizada e fazer parte dos roteiros da cidade. É um desenho mais lindo que o outro. E por último, se quiser ter uma vista panorâmica da city, é só subir de trenzinho ou teleférico o Cerro Monserrate.
2. Buacaramanga – depto. Santander
A capital do departamento de Santander está a 10h de viagem de Bogotá. É a terceira cidade universitária do país ficando atrás de Manizales e Medellín, contando com mais de 20 universidades entre públicas e privadas.
É conhecida como a cidade dos parques pela quantidade de áreas verdes em sua zona urbana. Uma das opções de passeio por lá é fazer um walking tour pra conhecer a história da cidade que foi fundada em 1622. Outro lugar incrível a ser visitado é o Parque del Agua, que é a sede do Acueducto Metropolitano e que utilizou a estrutura dos antigos tanques que abasteciam a cidade para criar uma espécie de jardim aquático.
3. Socorro – depto Santander
Apesar de não ser muito turística, porém é um lugar muito acolhedor e cheio de história. Foi minha casa durante o intercâmbio. Está a 6h de viagem de Bogotá. O pueblo foi fundado em 1683 e, ao passo que, é considerado o berço da independência colombiana, devido a diversos fatos históricos ocorridos por lá.
O cartão postal é a basílica de Nuestra Señora del Socorro. Suas ladeiras e ruas de pedra lembram um pouco nossa Ouro Preto. Por fim, o destaque fica por conta da estátua de Antonia Santos no parque principal em frente a igreja. Ela juntamente com Manuela Beltrán são personagens que participaram diretamente no processo de independência do país.
4. Barichara – depto Santander
Dos lugares para conhecer na Colômbia, gostaria e falar desse pueblo que fica a meia hora de Socorro é bem mais turístico. Percebe-se isso logo que se chega a praça principal e o que mais se vê são gringos e guias oferecendo passeios pela cidade. Suas ruas e arquiteturas são o charme principal. Além disse um dos grandes atrativos é o Salto del Mico, um mirante com uma vista incrível da cadeia montanhosa da serrania dos Yariguies.
5. Villa de Leyva – depto Boyacá
Ao mesmo tempo, outra cidade patrimônio histórico fica no departamento vizinho de Boyacá. Também tem forte apelo para o turismo internacional. Diferente de Barichara, as temperaturas aqui caem devido a altitude, a cidade está 2.149m acima do nível do mar.
De antemão, aqui fica uma das maiores praças da América Latina. Os principais atrativos aqui são a Casa Museo Nariño, o Museo El Fossil com fósseis encontrados na região, Pozos Azules e Laguna de Iguaque.
6. San Basílio de Palenque – depto Bolívar
Por fim e não menos importante, indico Palenque fica a 1h de Cartagena. Considerada a primeira comunidade de negros livres das Américas, patrimônio imaterial cultural da humanidade. Benkos Biohó, escravizado que se revoltou com as condições com que eram tratados pela coroa espanhola, fugiu e fundou a comunidade no séc. XVI.
Daqui são originárias as palenqueras, as coloridas vendedoras de doces que ficam no centro de Cartagena. Palenque é protagonista não só de sua própria história, como também de seu turismo. Ali são os moradores que contam sua história e mostram sua cultura.
Últimas informações…
Antes de mais nada, eu me apaixonei pela Colômbia. Quero voltar um dia para visitar tantos outros lugares maravilhosos que existem por lá. Espero que vocês tenham se sentido animades com esses lugares para conhecer na Colômbia e incarar essa viagem por esse país incrível.
E por fim, ligue o som e escute os Podcasts falando da Colômbia, disponível em todas as plataformas digitais.
Deixo aqui o meu Instagram @boradescobrir caso tenha alguma dúvida pode me contactar. Assim também, será um prazer poder compartilhar dicas dessa viagem e experiências.
Em primeiro lugar, feliz Ano Novo! Seja bem vinda, bem vindo e bem vindes de volta para o nosso último dia de celebração da Kwanzaa. Na data de hoje iremos refletir sobre princípio da Kwanzaa, IMANI que significa fé.
Antes de mais nada, caso ainda não saiba o que é a Kwanzaa. É uma celebração criada pelo Professor Dr. Maulana Karenga, realizada por algumas comunidades afro-americanas da Diáspora Africana desde 1966. Sem nenhuma ligação religiosa e muito menos vem como substituição ao Natal.
“Kwanzaa oferece um novo diálogo sobre a cultura negra, sobre nossas contribuições positivas para o mundo, e não apenas o estigma negativo da raça“
Dr. Adam Clark
No dia anterior da nossa celebração da Kwanzaa, falamos sobre a KUUMBA, que é sobre a criatividade. Caso não tenha lido, deixo o link para que possa fazer essa leitura.
Sétimo princípio da Kwanzaa – IMANI – fé
No contexto da espiritualidade africana, ela começa com uma crença no Criador, ou seja, na positividade da criação e logicamente leva a uma crença na bondade e possibilidade essenciais da personalidade humana.
Pois, em todas as tradições espirituais africanas do Egito em diante, é ensinado que somos a imagem do Criador, portanto capazes de retidão e criatividade através de autodomínio e desenvolvimento. Portanto, a fé em nós mesmos é a chave aqui: fé em nossa capacidade como humanos de viver em retidão, autocorreção, apoiar, cuidar e ser responsáveis uns pelos outros e, eventualmente, criar uma sociedade justa e boa.
Frantz Fanon disse que devemos inventar, inovar, chegar dentro de nós mesmos e ousar “pôr em marcha um novo homem e mulher”. O mundo e nosso povo estão esperando por algo novo, mais belo e benéfico de nós do que o que um passado de opressão ofereceu.
É neste contexto que podemos certamente falar nossa própria verdade especial ao mundo e dar nossa contribuição única para o avanço da história humana.
Então entenda IMANI: “Para acreditar, de todo o coração, em nosso Criador, nosso povo, nossos pais, nossos professores, nossos líderes e na justiça e vitória de nossa luta.”
Exercício e reflexão do dia
Por fim, chegamos ao último princípio, FÉ! Não é sobre religião é sobre acreditar! A fé move montanhas não será possível praticar a Unidade, Autodeterminação Trabalho Coletivo e Responsabilidade, Economia Cooperativa, Propósito, Criatividade sem a Fé.
A Fé, também é luta! Sendo assim, 365 dias para colocar em ação todos os princípios e acreditar em você e que todas as forças desse universo culminam para o seu, o nosso sucesso. Como dizem: acredite no seu Asé, todos os dias são novos recomeços.
Deixo a música do dia para vocês:
Enfim, terminamos quer dizer, iniciamos aqui um ano imersos nos princípios da Kwanzaa que 2021 possa ser um ano em que todos os princípios possam ser vividos.
Agradeço e me despeço na certeza que foi transformador para mim, assim como para você.
Desde já, bem vinda, bem vindo, bem vindes em nossa celebração da Kwanzaa. No sexto dia da Kwanzaa temos como princípio a KUUMBA que significa criatividade.
Kwanzaa é uma celebração da família, comunidade e cultura, é realizada por algumas comunidades afro-americanas da Diáspora Africana desde 1966.
Caso tenha perdido o texto de ontem, compartilho por aqui, ou seja, confira lá.
Sexto princípio da Kwanzaa – KUUMBA – Criatividade
Kuumba é o compromisso de ser criativo no contexto da vocação da comunidade nacional de restaurar nosso povo à sua grandeza tradicional e, assim, deixar nossa comunidade mais benéfica e bonita do que a herdamos.
O princípio KUUMBA tem uma dimensão social e espiritual e está profundamente enraizado nos ensinamentos sociais e sagrados das sociedades africanas.
No antigo Egito, a criatividade era um ato original ou imitação do Criador e um ato restaurador. Sendo visto como um reflexo do Criador constantemente empurrando para trás as correntes de caos e decadência, e revitalizando e restaurando a energia natural, espiritual e cósmica do mundo.
Considerada uma obrigação espiritual e ética renovar e restaurar constantemente as grandes obras, o legado dos ancestrais e a energia criativa do líder e da nação.
Sendo realizada a prática do fazer Maat, isto é, reafirmar e restaurar a verdade, justiça e retidão, harmonia, equilíbrio, ordem, retidão, etc. Cada faraó viu seu reinado, então, como um da restauração de Maat, ou seja, a reafirmação, restabelecimento e renovação do bom, do belo e do certo.
Kuumba: “Fazer sempre o máximo que pudermos da maneira que pudermos para deixar nossa comunidade mais bonita e benéfica do que quando a herdamos.”
Exercício e reflexão do dia
No exercício e reflexão do dia quero poder trazer a reflexão de que a criatividade é uma característica dos povos negros.
Não é à toa que dizemos o brasileiro é um povo criativo, assim como os africanos, latinos e caribenhos, está relacionada as nossas raízes africanas. É através dela que estamos neste mundo criando e recriando nossas histórias.
A vida de uma viajante tem dessas ela cria e recria a todo momento, assim como sacode a poeira e usa meios de subsistência. Aliás, aprendemos todas essas artimanhas com nossas avós, mães e irmãs, como usar à criatividade ao nosso favor.
Talvez você um emprego, uma renda, mas só isso não é o suficiente para o fechamento do mês, para momentos de lazer. Convido à você para que saia da sua zona de conforto. Use sua criatividade além dos momentos de crise, como dizem em África, ninguém vive de uma renda só.
Em suma, que essa criatividade seja PRAZEROSA, que você possa fazer dela algo leve e não uma obrigação. Acredite na sua criatividade para conseguir alcançar os seus e objetivos e da sua comunidade.
Desde já, bem vinda, bem vindo, bem vindes em nossa celebração da Kwanzaa. No quarto dia da Kwanzaa temos como princípio a NIA que significa Propósito.
Kwanzaa é uma celebração da família, comunidade e cultura, é realizada por algumas comunidades afro-americanas da Diáspora Africana desde 1966.
Caso tenha perdido o texto de ontem, compartilho por aqui, ou seja, confira lá.
Quinto príncipio da Kwanzaa – Nia Propósito
“Fazer de nossa vocação coletiva a construção e o desenvolvimento de nossa comunidade, a fim de restaurar nosso povo à sua grandeza tradicional”.
Saiba que todas as pessoas deste ao mundo tem um propósito, somos mensageiros.
No exercício de hoje vamos pensar além, pergunte em voz alta, qual o meu propósito, gosto muito do vídeo da doméstica que diz amar o que faz e ela faz com tanto amor que tudo se transforma.
Talvez você esteja cansado assumindo problemas que não são seus, sonhos interrompidos, porém lembre-se: SONHOS NUNCA MORTOS! É o tempo de reerguer, de olhar para si e dizer: EU SOU UM PROPÓSITO! Não desista de você…
Caiu, levante, não deu certo volte ao início, errou, corrija, nunca foi fácil e não podemos massager, mas saiba que quem nasceu pra ser vencer não pode recuar.
Exercício e reflexão do dia
Uma vida com propósitos requer pessoas que pensem aqui agora e no futuro, onde e como você se vê em 5 anos?
Como e onde você se vê daqui a 10 anos? Em tempos pandêmicos “aprendemos” a viver o presente, mas vou dizer à você que nós pretas e pretos sempre foi assim, vivendo o presente, não por escolha de vida mais consequências dela. Mas na linha dos demais princípios, olhar para o futuro ter um proposito individual, familiar e coletivo é para visionários.
Mesmo que iremos viver o hoje, mire mais adiante, planejar futuro faz parte do plano de sucesso, mas lembre-se você não está só e os planejamentos coletivos são necessários. Sendo assim, qual é mesmo o seu plano familiar?
E por fim, para tirar aquele projeto de viagem dos sonhos do papel, esta é a hora, aprenda a fazer planos à longo prazo, assim como investir nisso, uma vida com propósito requer ações e as ações precisam ser como podemos arcar, assim vivem as viajantes, através de planejamento.
Música do dia:
Por fim, saiba que este texto foi escrito por Rebecca Aletheia.
Em primeiro lugar, bem-vinda, bem-vindo, bem vindes de volta em nossa celebração da Kwnzaa. No terceiro dia da Kwanzaa temos como princípio a UJAMAA que significa Economia Colaborativa.
Gostaria de agradecer imensamente pela leitura desses textos, foi através da Kujichagulia – autodeterminação que eu tenho escrito sobre os 7 princípios após estudá-los no decorrer do ano.
Antes de mais nada, caso ainda não saiba o que é a Kwanzaa. É uma celebração criada pelo Professor Dr. Maulana Karenga, realizada por algumas comunidades afro-americanas da Diáspora Africana desde 1966. Sem nenhuma ligação religiosa e muito menos vem como substituição ao Natal.
“Kwanzaa oferece um novo diálogo sobre a cultura negra, sobre nossas contribuições positivas para o mundo, e não apenas o estigma negativo da raça“
Dr. Adam Clark
No dia anterior da nossa celebração da Kwanzaa, falamos sobre a UJIMA, que é sobre o trabalho coletivo e responsabilidade. Caso não tenha lido, deixo o link para que possa fazer essa leitura.
O quarto princípio da Kwanzaa – UJAMAA – Economia colaborativa
O quarto princípio da Kwanzaa – UJAMAA significa economia cooperativa. É a base do que vimos ser concretizado nas redes sociais com a popularidade do famoso Black Money.
Como resultado a Ujamaa nos ensina a apoiar uns aos outros e construir negócios que beneficiem toda a comunidade e a ajudem a prosperar.
A ideia por trás dos movimentos Black Money é trocar o dinheiro dentro da comunidade primeiro, ou seja, fornecendo empregos para a nossa comunidade. Ao passo que estaremos aumentando a renda média, trazendo mais oportunidades para mais empreendimentos e expansão de negócios em nossa comunidade.
Quando falamos sobre a UMOJA (unidade) UJIMA (trabalho coletivo e responsabilidade), é também pensar UJAMAA. Se você tentar levantar algo pesado sozinho, será muito mais difícil do que se outras pessoas o ajudassem. Dessa forma, quanto mais trabalharmos juntos para elevar nossa comunidade, mais fortes seremos.
O que há para aqueles de nós que não possuem negócios? Quando as empresas em nossa comunidade estão indo bem, nossa economia prospera, ou seja, quanto mais o nosso dinheiro circular em nossa comunidade, mais famílias ajudamos.
As empresas que estão prosperando e podem oferecer mais produtos e serviços, expandir seu horário e oferecer produtos de melhor qualidade. Os proprietários de empresas podem contratar mais pessoas e pagar mais aos seus funcionários – para que suas famílias possam crescer e prosperar – espalhando a oportunidade de construir riqueza para mais pessoas.
Reflexão e exercício do dia
A primeira coisa a saber é que o seu dinheiro tem muito valor. Você ralou muito por cada centavo, tire a palavra gastei do vocabulário e use a palavra INVESTI. Esse investimento está sendo em primeiro lugar para você e consequentemente para os seus, os nossos.
O segundo exercício e não preciso dizer compre de pessoas pretas, mas irei mais além dos pequenos e médios produtores negros quero que reflita alguns pontos:
A população negra latina, americana, caribenha e africana vive em sua maioria trabalhos autônomos, atuando em projetos sociais, arte, cultura e lazer. Em síntese nossas mentes, nossas obras, nossas artes precisam também serem vistas como valor monetário, não é à toa que investimos em festas e shows caríssimos.
Quantos projetos sociais, artistas independentes você incentivou neste ano além do natal? De todo o seu dinheiro investido, separe dinheiro para investir neste ramo também, nem que seja R$5,00 por mês. Não pense no valor pense que se cada um fizer será um montante e para cada vitória de uma ou um é a vitória da arte e da cultura preta.
A terceira e última reflexão do princípio UJAMAA, não existe nada de graça nesta vida. A onda de recebidos do dia, me dá um brinde, pode fazer de graça? Não é correto para com os nossos. Acredite no universo da troca, o dinheiro existe para isso, mas se não há dinheiro há outros modos de se pagar. E lembre-se só prometa o que se pode e como se pode pagar a palavra é uma!
UJAMAA – Economia Colaborativa
Por fim, deixo aqui a música do dia. Gosto da frase da música em que diz:
Por quê você não vem me dar apoio do jeito que você sabe que pode!
Em primeiro lugar, bem-vinda, bem-vindo, bem vindes de volta em nossa celebração da Kwanzaa. No terceiro dia da Kwanzaa temos como princípio a UJIMA que significa a Trabalho Coletivo e Responsabilidade.
Antes de mais nada, é importante que saiba sobre a Kwanzaa, é uma palavra em suaíli que significa primeiros frutos, onde tudo começou. Suaíli é uma língua da África Ocidental falado pelos países (Quênia, Tanzânia, Congo, Uganda, Ruanda, Burundi, Moçambique, Somália, Zâmbia e Comores).
Neste sentido, a Kwanzaa é uma celebração realizada por algumas comunidades afro-americanas da Diáspora Africana desde 1966, sem nenhuma ligação religiosa e muito menos vem como substituição ao Natal, criada pelo Professor Dr. Maulana Karenga.
O terceiro princípio Kwanzaa – UJIMA – Trabalho Coletivo e Responsabilidade
No terceiro dia da Kwanzaa temos como princípio a UJIMA, neste dia a cor da vela que iremos acender é a vermelha. Assim que a chama é acesa, o brilho desta vela simboliza uma cintilação que significa que somos coletivamente responsáveis por nossas conquistas, bem como por nossos contratempos.
Então, devemos construir e manter nossa comunidade juntos e fazer dos problemas de nossos irmãos e irmãs nossos problemas e resolvê-los juntos.
Para os povos pretos, o viver em coletivo é saber que o trabalho e as vitórias são de todos. O trabalho coletivo é algo realmente mais difícil, pois lidamos com várias individualidades e desejo, porém mais prazeroso, pois todos ganham.
Esse princípio traz a reflexão da família. Quando trabalhamos coletivamente, é se importar com o outro, é saber que os nossos crescerão com tudo isso. Em um trabalho coletivo, todos tem a seu valor, assim como a importância do seu trabalho. Saber da potencial e dificuldade de cada um assim como a responsabilidade para com o coletivo se faz fundamental para o sucesso.
Reflexão e exercício do dia
Primeiramente antes de iniciarmos o exercício do dia, vamos aprender a pronúnciar a palavra UJIMA!
Gostaria de te trazer a reflexão do contexto familiar. Na cultura africana, os problemas familiares são discutidos em conjunto, são compartilhadas as angústias, assim como busca soluções coletivas. Se importar com o outro é respeito é saber que o seu problema é nosso.
Neste meio tempo, convido você a refletir quantas vezes você compartilhou os seus problemas com os seus familiares? Quantas vezes você foi ouvido e quantas vezes foi a voz ativa em pedir conselho aos mais velhos?
Não é à toa que pessoas das quais gostamos muito mencionamos ela como membro da família, pois se trata de coletividade, alguém que aprendemos a amar e respeitar com todos os seus defeitos. Assim como nos enchemos de orgulho quando os nossos vencem.
Quando foi a última vez que compartilhou algo com a sua família? Que pediu colo para quem você sabe que nunca te abandonará? Assim como, quantas vezes você foi ouvido ou simplesmente chamou alguém dos seus para conversar e abrir o seu coração para que ambos crescessem?
Quais as responsabilidades no cuidado que você tem com os seus? O exercício de hoje é pensar que o trabalho coletivo que vai além da UMOJA – unidade. Logo, o compartilhar, tem a necessidade de se abrir, falar o que está acontecendo, respeitando o outro para não colocar juízo de valores ou punitivo. Mas sendo ouvido que escuta e braço que acolhe.
Dessa forma, tenha a sua família como o seu porto seguro e os que nunca irão te desamparar seja a sua família biológica ou o seu grupo de amigos que você considera mais que irmãos. Pratique o falar, pratique pedir ajuda, pratique o ouvir, pratique a responsabilidade do cuidado.
No segundo dia de celebração da Kwanzaa iremos refletir sobre a KUJICHAGULIA, que significa a Autodeterminação.
Antes que iniciemos, caso ainda não saiba, Kwanzaa, é uma palavra em suaíli que significa primeiros frutos, onde tudo começou. Suaíli é uma língua da África Ocidental falado pelos países (Quênia, Tanzânia, Congo, Uganda, Ruanda, Burundi, Moçambique, Somália, Zâmbia e Comores). É uma ação realizada por algumas comunidades afro-americanas da Diáspora Africana sem nenhuma ligação religiosa.
No período do dia 26 de dezembro ao dia 1 de janeiro, celebra-se a Kwanzaa e assim como a primavera, celebra-se o primeiro fruto em coletivo. Para cada dia irei trazer a reflexão de 7 princípios (Umoja, Kujichaguilia, Ujima, Ujamaa, Nia e Kuumba).
No texto anterior falamos sobre o princípio UMOJA – UNIDADE, caso ainda não tenha lido, deixarei por aqui para que possa ter acesso a essa material
Então, reflexões de coletividade para que possamos sair e adentrarmos da melhor forma no próximo ano que se inicia. Dessa forma, reforço o convite para o segundo dia da Kwanzaa refletindo sobre o princípio da Kujichagulia – Autodeterminação.
Kwanzaa, o segundo princípio é a KUJICHAGULIA – Autodeterminação
No ano em que tivemos literalmente nosso ar sufocado pelas notícias brutais de mortes pautadas pelo racismo. Pensar na Kwanzaa – Kujichagulia – Autodeterminação é extremamente importante para a nossa recomposição e darmos voz ao efeito de decidir por si mesmo.
O segundo princípio da Kwanzaa – Kujichagulia – Autodeterminação, o que isso significa?
“Numa época em que a ocupação e a opressão de países e povos são imoralmente apresentadas como necessárias e até salvíficas, o princípio de Kujichagulia (Autodeterminação) rejeita isso e reafirma o direito das pessoas e dos povos de determinarem seu próprio destino e seu cotidiano; viver em paz e segurança; e florescer em liberdade em todos os lugares. ” Dr. Maulana Karenga
Antes de mais nada a vela na cor vermelha é a representação da Kujichagulia, simbolizando a luta pela perseverança enquanto trabalhamos duro para superar a discriminação e as adversidades em nosso dia-a-dia.
Simbolizando a nossa determinação em assumir o controle de nosso futuro. Devemos trabalhar com todas as pessoas e culturas para o bem da comunidade; mas devemos fazer isso sem perder nossa identidade, objetivos e autossuficiência no processo.
Que desafio, não é mesmo? No exercício do dia quero que possamos refletir em que todos os NÃO que recebemos nessa vida, em todas as falas de menosprezo, ou pejorativo podem se somarem e fortalecer os nossos sonhos, acredite em SI! Você pode, você é dona/dono dos seus sonhos, faça a decisão por si mesmo.
Reflexão e exercícío do dia
Então, vamos reascender os sonhos ocultados? Sabe aquele sonhos que foram ofuscado e que por qualquer razão te convenceram que não seria possível? De antemão, busque a sua autodeterminação, não se agarre no que os outros dizem, se você acredita, NÓS TAMBÉM ACREDITAMOS!
Primeiramente escreva os seus sonhos, não se sabote, se olhe no espelho e em 3 minutos fale para si quem é você, se venda, como apresentaria essa pessoa ilustre que você é no maior evento da sua vida.
Em seguida, convido para que reflita sobre quantos sonhos você contribuiu para que virassem realizdade? Ao olhar Joyce Bello que é artista metroviária que toca banjo no metro e trem do Rio de Janeiro, dá lição de que sonhar também é fazer.
Agora me diz, para o seu sonho valer você precisa contribuir com os demais sonhos, assim como incentiválos e valorizá-los. Sempre que possível, valorize o trabalho do outro, valorize, confie e acredite nos trabalho das pessoas que estão ao seu lado.
Existem muitos trabalhos e trabalhadores incriveis em potencial ao seu lado que você não imagina, se estamos falando em Kwanzaa, é saber entender que tudo é possível se estamos junte. Dessa forma, valorize o trabalho das pessoas próximas, é por esse e outros motivos que o Black Money – Dinheiro dos Pretos tem valor!
Saiba em quem e para quem você investe o seu dinheiro, aliás esse é um grande impeditivo de que possamos fazer que os nossos sonhos se concretizem.
Kujichagulia – Autodeterminação
Em síntese, Kwanzaa Kujichagulia Autodeterminação trás conosco a reflexão de que confie em si, não deixem que continuem matando, roubando, driscriminando os seus sonhos
Por fim compartilho aqui uma música para que possamos materializar esse momento.
Por diversas vezes incorporamos celebrações ao redor do mundo como o Natal, Dia de ações de graças, Saint Patrick´s Day, Halloween dentre outros. Gostaria de te convidar para que celebremos a Kwanzaa, e que iniciemos para o Dia 1 Princípio UMOJA – UNIDADE.
Em primeiro lugar, gostaria de apresentar o que é a Kwanzaa, que significa primeiros frutos, palavra suaíli, onde tudo começou. Suaíli é uma língua da África Ocidental falado pelos países (Quênia, Tanzânia, Congo, Uganda, Ruanda, Burundi, Moçambique, Somália, Zâmbia e Comores). É uma ação realizada por algumas comunidades afro-americanas da Diáspora Africana sem nenhuma ligação religiosa.
No período do dia 26 de dezembro ao dia 1 de janeiro, celebras-se a Kwanzaa e assim como a primavera, celebra-se o primeiro fruto em coletivo. Para cada dia irei trazer a reflexão de 7 princípios (Umoja, Kujichaguilia, Ujima, Ujamaa, Nia e Kuumba).
Então, trarei reflexões de coletividade para que possamos sair e adentrarmos da melhor forma no próximo ano que se inicia. Dessa forma, reforço o convite para que iniciemos o primeiro dia da Kwanzaa refletindo sobre o princípio da UMOJA.
Kwanzaa, o primeiro princípio é a UMOJA – UNIDADE
Na data de hoje iremos falar sobre a necessidade de desenvolvermos e mantermos o senso da UNIDADE. A princípio é através da união dos pequenos e grandes grupos assim como nas relações significativas em forma de família, amizades, coletivos, escola, trabalho….
Nos princípios africanos ninguém pode viver sozinho, vive-se a unidade em coletividade, parece algo muito desconexo, porém conexo. Gostaria de trazer a reflexão da importância do respeito mútuo, justiça, cuidado e preocupação ao outro. Assim como compreender que todos somos iguais, ninguém é melhor, maior que ninguém neste grupo, a criança tem voz, assim como o idoso.
Traz também a reflexão da solidariedade ao próximo, a união ela sempre agrega mais um a qualquer momento do tempo, um casamento, um nascimento e assim trazemos conosco essa importância de agregar alguém que necessite, afinal de contas somos todos iguais e incluir essa pessoa ao círculo é importante para o crescimento de todos.
Vamos praticar?
No exercício do dia, como anda os seus círculos de UNIDADE, quem é você nos seus grupos? Alguém que está para somar ou dividir, alguém para criticar ou para ser a transformação? De cada um dos seus círculos, convido-te que vá elogiar alguém que foi muito importante para você neste ano. Alguém que talvez você não teve a oportunidade de dizer ou alguém que você realmente está bem distante, mas gostaria de se aproximar ou reaproximar.
Mande uma mensagem para ela dizendo o quanto ela é importante para você e o quanto você quer que ela continue sendo parte do seu novo ciclo.
Em segundo lugar, gostaria que pense em uma pessoa que ainda não é parte da sua unidade e que merece integrar. Talvez essa resposta não lhe venha tão rápida na mente, mas que você saiba o quanto você pode e deve ser apoio no ano de 2021 à pessoa da qual você escolher e que ela saiba que poderá contar com você independente de qualquer bem material e sim na questão de cumplicidade e apoio mútuo. Lembre-se o presente nesse momento serão as palavras, o cuidado, o carinho e o respeito, ok?
No ano das grandes perdas físicas de pessoas das quais amamos e não pudemos nos despedir, de quantas pessoas não pudemos abraçar, pense KWANZAA, UMOJA – UNIDADE, e saiba que só somos o que somos por termos o outro conosco, nos melhores e nos piores momentos.
Por fim, compartilho essa música para que ilustre este dia. Com a certeza que as mágoas e feridas sejam cicatrizadas e transformadas em UMOJA -UNIDADE.
Se chegou até aqui, agradeço a leitura e deixo aqui o segundo texto de celebração da Kwanzaa. Habari Gani – Feliz Kwanzaa!