lagoa das araras águas cristalinas MT

Você conhece as águas cristalinas de Nobres -MT?

Já pensou em conhecer as águas cristalinas de Nobres no Mato Grosso – MT no Brasil? Pareço urbana, mas na verdade eu sou uma mulher do mato. A maioria das minhas viagens é pra lugares de mata. Quanto mais natureza e mais fraco for o sinal do celular e da internet, maior é minha vontade de ir.

Depois da Chapada dos Guimarães (MT), decidi ir para Nobres (há 174 km de Chapada) e logo após eu iria para Poconé para conhecer o Pantanal. E essa foi uma das viagens mais arriscadas que já fiz. 

Tive uma semana incrível em Chapada dos Guimarães e parti pra Nobres com o guia. Foram quase três horas de distância, mas a estrada é muito tranquila, com asfalto novo. Mas não tem sinal de celular e o fluxo de carros é pequeno.  

Me instalei num hotel super bacana na vila Bom Jardim, distrito de Nobres, que também funciona como agência. Lá mesmo decidi os passeios que faria, pois ficaria apenas dois dias em Nobres. Foi tempo suficiente pra conhecer bastante coisa, pelo menos aquilo que eu mais gostaria de fazer. E é incrível como toda água naquele lugar é cristalina. Eu disse “toda”, mesmo o menor córrego tem água cristalina. 

Reino Encantado

Decidi fazer três passeios no tempo que teria na região, pois estava muito animada pra ir ao Pantanal. Escolhi ir ao Reino Encantado, onde você pode fazer tirolesa, flutuação ou ficar apenas tomando banho no rio. Vale dizer que o rio tem centenas de piraputangas (peixes) nadando lado a lado com você. A tirolesa é bem pequena, tem 15 m, mas você pode fazer mais de uma volta. A entrada no Reino custa R$90 reais e a tirolesa custa R$30 reais. 

Incrivelmente, eu sempre viajo pra lugares com mar e rios, mas não sei nadar. Mas isso não tira minha diversão de maneira alguma, no entanto, reduz minhas possibilidades de passeio, algumas vezes por medo mesmo. Então, não fiz flutuação. Mas e aí, gostou de conhecer as águas cristalinas de Nobres MT?

reino encantado
Keyti Souza nas águas cristalinas de Nobres MT

Lagoa das Araras

Depois do Reino Encantado, seguimos para a Lagoa das Araras, e talvez esse seja um dos lugares mais lindos que já vi na vida. É um local para contemplação, é morada das araras e de vários outros pássaros como garças, maritacas, canarinhos, etc. A lagoa é cercada de buritis, que são árvores ideais para os pássaros fazerem seus ninhos, porque elas ficam ocas e possibilita espaço para eles se protegerem dos predadores, como cobras. O ideal é visitar no final do dia, a partir das 17h, pois além de contemplar o pôr do sol, é o horário em que os pássaros começam a retornar ao ninho. É tão lindo, que dá pra ver o reflexo do céu na água. A entrada custa R$25 reais e não precisa de guia turístico. 

A Pousada Bom Jardim tem vários atrativos, como piscina e uma área pra contemplar animais selvagens, mas não deu tempo de aproveitar muito. 

lagoa das araras águas cristalinas de nobres MT
A Lagoa das Araras é o recanto de diversas aves.

Cachoeira Serra Azul

No dia seguinte fomos para a Cachoeira Serra Azul, que fica na  Fazenda Refúgio Sesc Serra Azul, administrada pelo SESC. A entrada custa R$80 reais se for apenas para banho e R$130 se incluir a tirolesa. Como adoro tirolesa e essa era maior, 600 metros de descida e 50 metros de altura por cima das árvores, incluí no meu pacote. E tem arvorismo por mais R$50 reais.

Para acessar a cachoeira, que só pode entrar com colete, mesmo quem sabe nadar, percorri uma trilha de 700 metros, sendo uma subida de 460 degraus bem irregulares. Assim como no Reino Encantado, também há piraputangas (peixes) nas águas totalmente cristalinas da cachoeira. Esse é mais um lugar com belas águas cristalinas em Nobres no MT.

O limite de permanência na cachoeira é de 60 minutos, mas como cheguei num dia vazio, consegui ficar um pouco mais. Não havia ninguém além de mim e do guia.

cachoeira serra azul àguas cristalinas de nobres MT
A Cachoeira Serra Azul tem visitação diária e controlada pelo SESC.

Saindo da Cachoeira Serra Azul, o destino seria Poconé (há 225 km) para ver o Pantanal. Pegamos a estrada e no meio do caminho começou uma tempestade de raios, uma das poucas coisas que me dá um medo absurdo. Passada a tempestade, o carro quebrou a primeira vez e tudo bem, porque logo voltou a funcionar. Mas depois disso, o carro quebrou outras quatro vezes na estrada, que como eu disse, não tem fluxo de carros e nem sinal de celular.

Nem tudo são flores…

Quando chegamos numa estrada movimentada, resolvi descer do carro, abandonar o guia e pegar meu dinheiro de volta (claro que ele não tinha mais o valor integral). E acho que na verdade, não sei se eu o abandonei ou ele me abandonou na estrada. 

Fiquei num lugar totalmente desconhecido, mas tinha um posto policial perto. Sinceramente, um misto de proteção e perigo tomaram conta de mim. Fiquei no posto policial, mas estava mesmo era com medo, afinal, os casos sobre estupro cometidos por policiais era recente na epoca. Até pra usar o banheiro do local eu tive medo, mas fui. Como o posto ficava numa rodovia estadual, de um lado poderia ir pra Cuiabá e ficar num hotel até o dia do meu voo pra casa, do outro lado eu poderia retornar pra Chapada dos Guimarães, onde eu já conhecia pessoas. 

Aguardei por mais de 3 horas e nada de passar ônibus pra nenhum dos lados. Os primeiros policiais que estavam no posto trocaram de turno e tive que contar toda minha história novamente, mas falando ao telefone com pessoas conhecidas o tempo inteiro, pra demonstrar que sabiam onde eu estava.

Até que percebi que um policial estava dando em cima de mim, aí o medo aumentou, mas acabei dando meu telefone por receio que a rejeição o fizesse fazer algo comigo. Pouco antes do posto policial fechar, faltavam 20 minutos, eles pararam um carro numa blitz e o motorista estava indo para Chapada dos Guimarães e pediram pra o rapaz me dar carona. Nem pensei e entrei no carro sem nem saber o nome do motorista, mas parecia ser mais seguro que ficar ali.

Mesmo depois de toda essa aventura, valeu a pena conhecer as águas cristalinas de Nobres no MT.

Um pouco sobre mim

Keyti Souza

Keyti Souza

Formada em jornalismo, mas atuando na área de negócios em audiovisual, sou nascida no interior da Bahia, mas resido em Salvador. Um dia ouvi dizer que eu moro onde as pessoas tiram férias, e é a mais pura verdade. Viver em Salvador é ter sempre um ponto turístico na palma da mão, uma cultura pra celebrar e uma boa praia pra pegar um sol. Mas gosto de ir além, de conhecer novos lugares, novas culturas e novas identidades. Quando a gente viaja, sempre traz na mala e no coração um pedaço daquele lugar.

É por isso que viajo. Da Bahia pra conhecer o mundo.

Instagram @keytissouza

Twitter @keytisouza

Trilhar é preciso. Conheça a Chapada dos Guimarães no Mato Grosso – Brasil.
Lua em Aquário por Larissa Novaes

LUA EM AQUÁRIO – energia do Dia 09.03.2021

Lua em Aquário ♒ Energia do Dia 09.03.2021 com Larissa Novais

A lua em aquário em aspecto harmônico com Marte em Gêmeos. Podemos sentir o nosso raciocínio mais acelerado. Um fluxo de ideias ativo, com a criatividade bastante aflorada.

No lado sombra, cuidado com a comunicação impulsiva e reativa. Lembre-se, ninguém é dona/o da verdade. Dica: tenha jogo de cintura e flexibilidade nas trocas ao longo do dia.

Essa conversa entre Lua e Marte também nos impulsiona a ter coragem para expressar a nossa autenticidade. Só você é você! Honre sua originalidade.

Larissa Novaes

Larissa Novaes

Estou Larissa Novaes. Intuitiva e sonhadora desde novinha, fui uma criança apaixonada pelo Céu. Hoje, minha criança permanece viva e apaixonada: traduzindo as mensagens do Céu. De maneira simples e acessível, através da interpretação da Astrologia e das canalizações que faço.

Sou canalizadora do método de leitura akáshica através da Astrologia. Atualmente, faço leitura de mapa natal personalizada, intuitiva e canalizada com a guiança dos Mentores Espirtuais. E, ministro um curso online de Formação em Astrologia Akáshica (método autoral canalizado por mim).

Te convido a adentrar esse mundo fantástico da espiritualidade junto comigo! Você vai amar ❤️ Vem!

Marte em gêmeos

Marte em Gêmeos até 23/04/2021 – por Larissa Novaes

MARTE EM GÊMEOS ♊ (até 23/04) por Larissa Novaes.

Saiba qual área da sua vida vai ganhar movimento até 23/04, observando no seu mapa natal onde está o signo de Gêmeos ♊?

Marte é ação, movimento. É o guerreiro do zodíaco, que com sua coragem e força faz as coisas acontecem.

Gêmeos, que é o signo mais comunicativo, tem relação com a educação (ensinar, aprender).

Essa passagem de Marte pelo signo de Gêmeos pode nos trazer muita vontade de aprender algo novo. Fazer cursos, aprender uma nova língua. Ou até mesmo, o impulso pode ser para ensinar o que se sabe, e ganhar dinheiro com isso.

Pois, a energia geminiana também tem relação com vendas, negócios, comércio. Então, esteja atenta/o, podem surgir novas ideias para ganhar dinheiro, empreender (bem a vibe marciana)…

Na via desafiadora, peço que tenha atenção ao que se fala. Nossa comunicação vai está mais acelerada e impulsiva (Marte). Por isso, exercite a paciência. Respire fundo antes de sair falando tudo e qualquer coisa sem pensar.

Outro ponto importante, como gêmeos tem associação com vendas, no lado sombra dessa energia, podemos comprar coisas por impulso (Marte). Aqui cabe também o respirar fundo, pensar 2x antes de fechar um negócio, uma compra ou uma venda.

No mais, aproveite essa energia linda para aprender. É um período maravilhoso para os estudos. Incrível também para iniciar um negócio, principalmente, se for no ramo da comunicação/educação.

Por fim, fique atenta/o as novas ideias e possibilidades que surgirem pra você. Por q é como se o nosso raciocínio ganhasse mais gás nesse trânsito, sabe? E é daí que podem surgir insights.

Me conta nos comentários onde está Gêmeos no seu mapa natal e eu te digo como essa energia pode influenciar na sua vida ao longo desse período ❤️

No servir com amor, e pelo amor,

Larissa Novaes

Larissa Novaes 💫🧡✨

Estou Larissa Novaes. Intuitiva e sonhadora desde novinha, fui uma criança apaixonada pelo Céu. Hoje, minha criança permanece viva e apaixonada: traduzindo as mensagens do Céu. De maneira simples e acessível, através da interpretação da Astrologia e das canalizações que faço.

Sou canalizadora do método de leitura akáshica através da Astrologia. Atualmente, faço leitura de mapa natal personalizada, intuitiva e canalizada com a guiança dos Mentores Espirtuais. E, ministro um curso online de Formação em Astrologia Akáshica (método autoral canalizado por mim).

Te convido a adentrar esse mundo fantástico da espiritualidade junto comigo! Você vai amar ❤️ Vem!


Negras viajantes Presentes! Améfrica entre viagens e escrevivências

Améfrica entre viagens e escrevivências: como conhecer outros países latinoamericanos me ajudou a encontrar meu tema de pesquisa? por Geinne Moreira

No processo de escrita do meu trabalho de conclusão do curso de Geografia sobre as relações raciais na América Latina, eu fui atravessada por memórias que me levaram para bem antes de quando comecei a refletir sobre minha corporeidade negra diaspórica. Lembrei muito das mulheres negras e nordestinas que mais me dão forças: minha mãe, minha avó, minha irmã e minhas tias. Foram elas que, mesmo não tendo sinalizado sobre como enfrentar o racismo, me ensinaram a ser forte e a lutar, o que eu vejo como uma das maiores referências que tenho sobre (re)exisistência, já que em meio a condições tão duras, além de tudo, me ensinaram o que é o amor. São elas também, as minhas memórias ancestrais e raízes mais profundas, que me dão motivação e força para ocupar e lutar por espaços que historicamente sempre nos foram negados.

Não lembro a primeira vez que falei “eu sou negra”, porém recordo-me profundamente dos impactos do racismo não só na minha trajetória, mas também de outras pessoas negras a minha volta. Junto isso, refletir sobre os processos e os efeitos do racismo, dentre outras coisas, é o que as palavras de Beatriz Nascimento nos descreve:

[…] enfrentar uma história de quase quinhentos anos de resistência à dor, ao sofrimento físico e moral, à sensação de não existir, a prática de ainda não pertencer a uma  sociedade na qual consagrou tudo o que possuía,  oferecendo ainda hoje o resto de si mesmo.

(1974b: 76 apud RATTS, 2006, p. 39).

Nesse sentido, ser negra no contexto latino-americano é fazer parte de uma frente de batalha constante dentro de sociedades racistas que de todas as formas tenta nos negar e segregar, seja aqui no Brasil, ou na Argentina, Peru, Colômbia, etc.

Lembro que em uma das milhares de palestras que eu vi sobre a questão racial, o Professor Silvio Almeida disse que uma pessoa se torna negra através de duas formas de nascimento: um quando nasce e outro quando passa a se questionar sobre os impactos do racismo em sua vida.

Dentro disso, é dolorido perceber, como nos mostra Franz Fanon (2008), as máscaras brancas que somos obrigadas/os a usar para nos inserir na sociedade e do quanto dentro desse processo há uma autonegação da nossa própria existência, já que para que a inserção aconteça, passamos por diversas imposições e assimilações dos padrões da branquitude, que Neusa Souza Santos (1983. p. 23) nos descreve bem em seu livro “Torna-se Negro”.

Por outro lado, a desconstrução desse processo é um dos maiores atos de liberdade, ou seja, é como se fosse um segundo nascimento, já que a partir daí, passamos por um processo de diluição e desconstrução dos efeitos do racismo através da mudança da forma como nos enxergamos e vivenciamos o mundo, mesmo sabendo que a consciência negra não nos torna isentos do racismo estrutural.

Pensando nisso, lembro-me de cada livro, encontro, texto, poema, música, palestra, filme, teatro, dança, coletivo, atos, manifestações e vivências sobre as relações raciais que passaram por mim, principalmente, através da forma como eles continuam me atravessando e me fazendo refletir até hoje, assim como cada viagem, que ao ir de encontro a conhecer um novo lugar, pude conhecer também lugares dentro de mim mesma. Isso ficou ainda mais forte quando viajei para outros países na América do Sul, pois esse autoconhecimento ampliou ainda mais a forma como eu pude vivenciar a dimensão e diversidade cultural Peru, Colômbia e da Bolívia, que foi o país que eu tive a oportunidade de visitar duas vezes.

É por isso que acredito profundamente no que Conceição Evaristo chama de escrevivência(s), que significa “a escrita de um corpo, de uma condição, de uma experiência negra” (2007, p.20), mas que podemos levar para outro tipo de escala, ligada às experiências negras latino-americano, pois apesar de estarmos em múltiplas particularidades e territorialidades, existem fatores que nos unem, principalmente em relação às lutas contra o racismo.

Junto a isso, escolhi estudar o meu trabalho de conclusão de curso, assim como agora no mestrado, sobre a população negra na América Latina, pensando no que Evaristo nos ensina em relação a importância de romper com a passividade da leitura e buscar o movimento da escrita. Para ela, o ato de ler oferece a apreensão do mundo, já o de escrever ultrapassa os limites de uma percepção de vida: “(…) Em se tratando de um ato empreendido por mulheres negras, que historicamente transitam por espaços culturais diferenciados dos lugares ocupados pela cultura dominante, escrever adquire um sentido de insubordinação” (EVARISTO, 200. p. 20 e 21).

Pensando nas escrevivências, não foi diferente em relação a escolher estudar mais especificamente as relações raciais na Colômbia, pois teve ligação direta com uma viagem universitária que fiz em julho de 2013, em que através de um encontro de estudantes de todos os lugares da América Latina e de algumas outras partes do mundo, pude conhecer algumas comunidades indígenas e alguns dos mais importantes Parques Arqueológicos da Bolívia, Peru e Colômbia.

Foi nessa viagem que aprendi a olhar mais de perto e refletir sobre a minha corporeidade negra latino-americana, principalmente pelo fato de que uma das coisas mais marcantes que acontecia, muitas vezes sem que eu dissesse uma palavra, era a tentativa das pessoas de adivinhar de que país eu era e sempre perguntavam: “Você é brasileira ou colombiana?”. Depois de ter escutado isso algumas vezes, percebi o quanto eu não sabia praticamente nada da história da Colômbia, muito menos sobre a população negra de lá, da qual, eu como uma geógrafa em formação na época, ainda mais estudando dentro de uma das mais importantes universidades da América Latina, nunca tinha ouvido falar sobre tais assuntos nas aulas.

Ao voltar da viagem e ao entrar em uma imersão sobre estudos ligados as questões históricas e geográficas dos negros na Colômbia e de outras localidades da América Latina, como por exemplo, no Chile, Venezuela, México, Peru, Argentina e etc.

Dentro disso, pude constatar que mesmo no Chile, houve um processo de branqueamento tão forte que praticamente apagou vestígios da presença africana, mas os dados demonstram que entre 1540 e 1620, havia muito mais negros que brancos (MELLAFE, 1959 apud NASCIMENTO, 2008, p. 143); na Venezuela a população africana chegou a quantidade de 406 mil habitantes e a europeia, de 200 mil; já o México recebeu, entre os períodos de 1519 a 1650, dois terços de todos os africanos que foram trazidos a força para as terras colonizadas pelos espanhóis, onde em 1570, a população africana do México chegou a 20.569, dos quais 2.000 moravam em comunidades livres chamadas cimarrones (BELTRÁN, 1946, p. 111-2 apud NASCIMENTO, 2008, p. 144); em Buenos Aires na Argentina, no século XIX, mais de um terço da população era negra (RAMA, 1967, p. 15 apud NASCIMENTO, 2008, p. 148); em Lima, capital do Peru, antigos censos mostram que em 1640 havia quinze mil negros, o que correspondia praticamente a metade da população (NASCIMENTO, 2008, p. 147) e nas décadas de 1970 havia mais ou menos sessenta mil negros no Peru (CRUZ, 1974 apud NASCIMENTO, 2008, p. 147); na Colômbia, por sua vez, a população negra chegou a somar 80% da população em 1901 (VELASCO, 1966 apud NASCIMENTO, 2008, p. 143). 

Através desses dados, venho pesquisando sobre o tanto de histórias, sociedades, culturas, conhecimentos, tecnologias e múltiplas formas de se organizar vieram junto com as populações africanas, e que por muitas (re)existências a todo tipo de genocídio, nos atravessam até os dias de hoje.

                É extremamente importante lutar pela visibilidade e não apagamento das produções de conhecimentos sobre o tema, não só no contexto da Colômbia, mas de toda a diáspora africana presente dentro do continente Americano, que podemos também chamar de Amefricano, como nos mostra Lélia Gonzalez (1988), ao escrever sobre a “categoria político-cultural Amefricanidade” e a experiência comum da população negra nas Américas, onde a autora destaca a ligação e a importância da nossa ancestralidade através das propostas que buscavam alternativas de organização social, como por exemplo, os quilombos no Brasil, que era muito similar ao que acontecia na Colômbia através dos palenques e em outras partes do continente Americano com os cimarrones, cumbes e maroon societies.

É importante enfatizar, que não se trata de trazer um olhar essencialista e fixa sobre a cultura, mas sim o que Gonzalez, como nos mostra Bairros (2000, p.11), aponta sobre reivindicar que essas experiências são patrimônios culturais históricos vindos da África, onde negras e negros deram continuidade até os dias de hoje em toda a diáspora africana.

Escolher estudar as relações raciais na Colômbia através de algumas experiências de viagens pela América Latina, vai de encontro com a importância de desconstruir/descolonizar a ideia da história e a geografia da exclusão da população negra ao reafirma “a produção de uma imagem de território que remete exclusivamente à colonização pela imigração europeia, oculta a presença negra, apaga a escravidão da história da região e assim autoriza violências diversas” (SANTOS, 2007, p. 15). Com isso, a importância do papel de estudos dentro desse tema, e como reforça Santos (Ibid) , no que diz respeito a novas construções críticas, releituras e representações da realidade, para não reforçar os padrões perversos e violentos impostos pelas estruturas de poder que sustentam o racismo.

Geinne Monteiro

Geinne Monteiro de Souza Guerra

Nordestina, nascida em Juazeiro na Bahia, migrante em São Paulo, viajante do mundo, educadora, mestranda em Geografia Humana (USP), membro-fundadora do Núcleo de Estudantes e Pesquisadoras Negra do Departamento de Geografia da Universidade de São Paulo (NEPEN GEO-USP). Atualmente realiza pesquisa ligada às relações raciais da população negra na América Latina.

Referências usadas neste texto

BAIRROS, Luiza. “Lembrando Lélia Gonzalez- 1935-1994”. Revista Afro-Ásia. N°23, 2000. Disponível em: https://portalseer.ufba.br/index.php/afroasia/article/view/20990/13591> Acesso: 15/12/2020.

EVARISTO, Conceição. Da grafia-desenho de minha mãe, um dos lugares de nascimento de minha escrita. Marcos Antônio Alexandre, org. Representações performáticas brasileiras:teorias, práticas e suas interfaces. Belo Horizonte: Mazza, 2007.

FANON, Frantz. Pele negra, máscaras brancas. Tradução de Renato da Silveira- Salvador:

EDUFBA, 2008. p. 194. Disponível em:

<https://www.geledes.org.br/frantz-fanon-pele-negra-mascaras-brancas-download/> Acesso:

15/10/2020.

GONZALEZ, Lélia. A categoria político-cultural de amefricanidade. In: Tempo brasileiro.

Rio de Janeiro, n°.92/93 (jan./jun.). 1988, p.69-82. Disponível em:

<https://negrasoulblog.files.wordpress.com/2016/04/a-categoria-polc3adtico-cultural-de-amefricanidade-lelia-gonzales1.pdf> Acesso: 15/12/2020.

NASCIMENTO, Elisa Larkin. Lutas Africanas no Mundo e nas Américas. A Matriz Africana no Mundo. Elisa Larkin Nascimento (org.). São Paulo: Selo Negro, 2008. Sankofa: Matrizes africanas da cultura brasileira. Disponível em:

<https://afrocentricidade.files.wordpress.com/2016/04/a-matriz-africana-no-mundo-colec3a7c3a3o-sankofa.pdf > Acesso: 10/ 12/2020

RATTS, Alex. Eu sou atlântica: sobre a trajetória de vida de Beatriz Nascimento. Imprensa Oficial, São Paulo, 2006. Disponível em: <https://www.imprensaoficial.com.br/

downloads/pdf/projetossociais/eusouatlantica.pdf> Acesso: 16/12/2020.

SANTOS, Renato Emerson dos. Diversidade, espaço e relações étnico-raciais: O negro na Geografia do Brasil. Apresentação. Org. por Renato Emerson dos Santos- Belo Horizonte: Autêntica, 2007.

SOUZA,   Neusa   Santos.   Torna-se  negro:   As   vicissutudes   da                 identidade         do  Negro

Brasileiro em Ascensão Social. Rio de Janeiro: Edições Graal, 1983. Coleção Tendências;v.4.

Júlia Motta - Poesia Nascer da Liberdade

Poeta Júlia Motta nos faz viajar para um mundo novo.

Júlia Motta, poeta marginal, escritora do livro independente “resistir para existir”, monitora cultural pela associação de capoeira motta e cultura afro e educadora pelo projeto de incentivo à leitura e escrita “sonhar com as mãos” e “versos de resistência”.

A poeta acredita no transgredir da palavra, na dualidade entre leitor e protagonista da história. Defendendo em suas escritas um caminho aberto, uma viagem tranquila para onde desejamos ir.

Enquanto mulher preta e de periferia, o seu trabalho é fortemente para atender outras pessoas que identificam com seus caminhos. Cria-se um novo ambiente para que “todes” sintam-se pertencentes daquela literatura.

Júlia nasceu e foi criada dentro do espaço cultural, desenvolvendo o gosto pela leitura cedo e mais ainda pela arte de escrever a sua rotina, falar sobre suas inquietações e felicidades. Atualmente, desenvolve o trabalho de escrita e vídeo poesia como um novo modelo de atender o público.

“As pessoas precisam de cura, e a poesia chega em seus fones e som como revolução. Quando as pessoas entram em contato comigo, e fala que de certa forma aquela poesia ajudou ela a continuarem, sinto como se a minha missão está sendo comprida aos poucos. O que faço, o que defendo e acredito nunca foi sobre mim, é sobre caminhos que vem de longe, por isso escrever é como voltar ao passado para transformar o presente.” Afirma Júlia.

Escritora Júlia motta está aberta ao diálogo, trocas, palavras amigas e afins, através de suas redes @poetajuliamotta ou @resistir.existir

Poesia: Nascer da liberdade

Habitei em cada canto,

Um lamento que prosseguia

Lentamente com meu caminhar

Ainda que continues

Contar-me a poesia,

As passagens serão de vindas.

Sejam bem-vindos,

A cidade da primavera

Onde as flores são belas

Margaridas são elas…

Santa Bárbara terra da pureza

Que tens viva, natureza.

Deixaste ocupar todos os espaços…

Ao nascer da liberdade

Quando o povo pra cá viria

Arrumei-te versos em cada canto,

Pois não quero te ver em prantos

Vejo um povo chegar,

Carregando a revolta

Junto ao canto da saudade

Construíram nossa história, deixando raízes

Entre árvores, esquecimentos.

Corpos cansados, quando um povo trabalhava

Uma vida vendida, um caminho perdido

O sol queima a pele

Dos trabalhadores que tiram sustento da cana

Lá na mata, capoeira

Dança no manifesto de um novo caminho.

Vejo gerações da resistência,

Tomando os cantos migratórios

Buscando as raízes,

Que tens no céu e na terra.

O navio ainda sangra,

Como o sangue derramado no mar

Imploro pela liberdade

De quem muitas vezes

Teve á vida dura, sofrida.

Oh! Terra sagrada

Viva Santa Bárbara ,Disse que viria carregada de poesia

Contar-te a história que aqui não foi contada.

Júlia Motta

Poeta Júlia Motta
Poeta Marginal Júlia Motta

Faça como a Julia, compartilhe sua poesia/texto por e-mail – bitongatravel@gmail.com

8 itens obrigatórios para levar na mala e 2 mantras

8 Itens obrigatórios para levar na mala e 2 mantras

No último texto falamos sobre á formula para arrumar a mala de viagem, e hoje falaremos de 8 itens obrigatórios para levar na mala e 2 mantras.

1) Identifique os looks que façam sentido com o local e clima onde vai.

Ex.: Uma localidade litorânea pede cores claras e tecidos leves.
Uma localidade de costume muçulmano não permite mostrar determinadas partes do corpo.
Assim, todas as suas escolhas deverão combinar com estas ideias.


2) Cuidado com peças estampadas, elas precisam combinar com os demais itens.

Tenha roupas sem estampas para poder multiplicar suas opções de criação.


3) Se for para um lugar frio, ou tiver peças que soltam pelos, tenha um bom rolinho de tirar pelos a mão.


4) Caso tenha mala para ser despachada, tenha uma outra de mão com os seguintes itens básicos: Escova de dentes, 1 peça íntima, 1 desodorante, 1 blusa e 1 turbante, porque com o nervoso seu digníssimo cabelo pode se revoltar.
Porque isto?
Digamos que sua mala se extravie na viagem, você terá itens de sobrevivência para pernoitar em algum lugar.


5) Kit de mini frascos para shampoo, creme, condicionador.


Ninguém merece carregar potes em tamanhos normais que são super pesados.
Inclusive atente-se porque, se for viajar de avião, existe um limite de 100ml para líquidos.


6) Informe-se sobre a presença de mercados e drogarias grandes no destino, pensando em poder comprar cosméticos no local. Assim você pode até experimentar marcas locais.

7) Tenha uma mini farmácia de emergência:

Remédio para dor de cabeça, anti-alérgico, remédio para enjoo, anti-inflamatório para o caso de torções e repelente para o caso de fazer trilhas ou acampamento.
Questione um médico sobre remédios básicos que podem ser consumidos sem receita e sem medo.


8) Se você sempre arruma a mala nos 45 min do segundo tempo, mantenha uma gaveta de viagem com tudo o que planeja precisar.

*Caso este seja seu caso, eu posso preparar esta gaveta permanente para você.


Os 2 Mantras: itens levar na mala:

8 itens obrigatórios para levar na mala e 2 mantras por Bia Campos


Evite a famosa frase: Vou levar isto por via das dúvidas.
É Cilada!!!


Tudo bem repetir roupas durante a viagem. Tudo bem repetir roupas durante a viagem. Tudo bem repetir roupas durante a viagem.


Porém, respeito seu gosto e posso te ajudar a não repetir. E o melhor, sem levar 200 peças diferentes.

Quer saber o melhor look para o avião?
Como calcular a quantidade de peças e sapatos?
As maiores e melhores dicas para levar pouca bagagem?
Me chame pra gente conversar melhor e assim você viajar mais tranquila.
Afinal, você não quer ter dores de cabeça né?!
Nem nas costas (risos).

https://www.instagram.com/biacampos_consultoriaimagem/

Ana Beatriz de Campos - Consultora de Imagem

Ana Beatriz Campos

Consultora de Imagem formada pela Escola Belas Artes, já atuei com clientes tradicionais e em projetos sociais, usando a moda como ferramenta.
Apresento uma proposta de mergulho interno, dedicado a quem busca auto conhecimento, auto estima e empoderamento.
Convido homens e mulheres a se darem esta oportunidade, para então dedicar um olhar mais carinhoso e atento sobre si.
Com a consultoria de mala inteligente pretendo ajudar as pessoas a terem mais tempo e menos preocupação nos momentos de lazer ou trabalho, porque fazer a mala não é só pegar um monte de roupas e jogar lá dentro, mas pensar em sua apresentação de maneira assertiva.

Gramado Rio Grande do Sul, vale a pena conhecer

Já pensou em conhecer Gramado e Canela no Rio Grande do Sul?

Situado no Rio Grande do Sul, Gramado é um destino muito procurado por casais, principalmente para comemorar a lua de mel. Além do famoso festival de cinema de Gramado, os chocolates artesanais e maravilhosos vinhos de fabricação regional. A cidade ainda proporciona o evento mais aguardado do ano por muitos: O NATAL LUZ!

Nessa época toda cidade é iluminada, enfeitada, e recebe várias atividades culturais como apresentação de luzes ao som de orquestra e coral natalino. Um ambiente perfeito para se sentir naquelas cenas bem clássicas de filme americano, com direito à bonecos de neve e tudo! (Sim, apesar de não ser comum, já houveram registros de anos que nevou na cidade, inclusive 2020 foi um deles).

Falando em neve, Gramado tem um parque temático de neve, isso mesmo: o Swonland! A temperatura lá chega até -5° e a diversão é garantida!

Snowland - Gramado - Rio Grande do Sul foto de arquivo pessoal Aline Montenegro
Snowland – Gramado – Rio Grande do Sul foto de arquivo pessoal Aline Montenegro

O parque tem pista de patinação no gelo, castelinho de neve, descida em tobogãs. Assim como todo, ou quase todo lugar da cidade, tem um chocolate quente maravilhoso que não se encontra em nenhum outro lugar.

Como se todos esses argumentos não fossem suficientes para te incentivar nessa viagem, Gramado ainda tem uma vizinha muito carismática: Canela. Diferente de Gramado que tem um clima bem urbano, canela possui uma personalidade mais voltada para contemplação da natureza.

A cidade conta com váaaaarios parques temáticos, e parques de diversões com arborismo.

Canela

Mas a dica que não pode faltar é: a visita ao Parque Estadual do Caracol! O parque tem diversas trilhas ecológicas de dificuldade leve, e em diversos pontos ao longo da trilha você encontra mirantes onde é possível contemplar a queda da cachoeira.

Canela - Cachoeira Caracol - Rio Grande do Sul foto de arquivo pessoal Aline Montenegro
Canela – Cachoeira Caracol- Rio Grande do Sul foto de arquivo pessoal Aline Montenegro

http://www.parquedocaracol.com/

Logo ao lado do parque são oferecidos passeios de bondinho (Entrada paga), o trajeto por cima da floresta e com visita para cachoeira é simplesmente encantador! Para os mais corajosos e aventureiros, também tem um brinquedo parecido com um teleférico, mas muito, muito rápido mesmo!

Espero que tenha te convencido a ir conhecer Gramado e Canela no Rio Grande do Sul depois dessa resenha, fiquem de olho porque sempre rola umas promoções com preços bem bacana, no mais, boa viagem!

Alene Montenegro @afro.ntosa

Aline Montenegro – @afro.ntosa

26 anos, Biomédica e pesquisadora. Apaixonada por viajar!

Maíra Candida 4 dias em Buenos Aires - Dicas de uma viajante negra

4 DIAS EM BUENOS AIRES – DICAS DE UMA VIAJANTE NEGRA

Antes de mais nada, me chamo Maíra Candida, e compartilho o que fazer em 4 dias em Buenos Aires. Dicas de uma mulher negra viajante, já te explico o porquê desse viés racial.

Buenos Aires é uma cidade fantástica que é impossível conhecer e vivenciar tudo em apenas uma viagem, é preciso voltar e voltar para conseguir viver tudo que essa cidade proporciona, ou mesmo morar uma temporada nesse lugar. E para nós viajantes, em contrapartida, temos poucos dias para tentar aproveitar o máximo desse encanto, vai um relato breve sobre minha experiência 4 dias em Buenos Aires e algumas dicas, e informações que podem ajudar no rolê.

Passagem Aérea para Buenos Aires

Antes de tudo, a primeira coisa que precisamos ficar de olho é a passagem aérea, eu paguei um pouco mais caro por desatenção. Para esse destino rola muitas promoções, inclusive viagens 2 em 1, ou seja, pode ser uma junção de Argentina + Chile ou Argentina + Uruguai.

Dessa forma, recomendo o site passagens imperdíveis, que costuma mostrar sempre as promoções para esse destino.

https://www.passagensimperdiveis.com.br/passagens-aereas/

Hospedagem

Buenos Aires oferece uma infinidade de hotéis, hosteis, pousadas, Airbnb, couchsurfing logo tem para todos os gostos. Desse modo, bom pesquisar sempre a localização do local que escolheu, os preços variam muito, mas é possível encontrar ótimas hospedagens bem localizadas, cômodas e num bom preço.

Fiquei em dois lugares diferentes, os primeiros dias fiquei em Montserrat e os outros dois no Recoleta. Eu fui em janeiro, no alto verão e a cidade estava bem quente, dessa forma, antes de viajar é bom dar aquela conferida na previsão do tempo para ajudar a organizar a mala.

4 Dias em Buenos Aires – Argentina

Maíra Candida 4 dias em Buenos Aires - Dicas de uma viajante negra
Maíra Candida 4 dias em Buenos Aires – Dicas de uma viajante negra

Em 4 dias em Buenos Aires foi possível conhecer bastante da cidade e andar muito pelos bairros mais centrais, então vai a lista de lugares que recomendo e que ficam no eixo turístico da cidade:

Tours por Buenos Aires

Maíra Candida 4 dias em Buenos Aires - Dicas de uma viajante negra
Maíra Candida 4 dias em Buenos Aires – Dicas de uma viajante negra

Existem tours para quase todas essas indicações. Realizei dois tours guiados que me possibilitaram conhecer muito da cidade e saber um pouco da história. Os tours que realizei não tem preço fixo, ou seja, são colaborativos onde ao final do tour você define o valor que irá pagar,  chama-se Free Walks Buenos Aires. https://www.facebook.com/BuenosAiresFreeWalks/

São tours diários que tem horário e local de saída pré estabelecidos, além disso, tem guias em dois idiomas (espanhol e inglês). Realizei o tour na Recoleta e o tour do Centro, são tours a pé de cerca de 3 horas, muito informativos e interessantes para quem quer saber mais sobre a cidade. Não realizei o tour da Boca, que muitas pessoas recomendaram e é realizado pelo mesmo pessoal, custa cerca de 40 reais. Então, fui na Boca de forma independente.

Alimentação

Sobre a alimentação, se encontra de tudo em Buenos Aires, mas uma coisa que me marcou muito é a presença do açúcar na alimentação. Eu já sabia sobre a fama da carne assim como, do vinho na Argentina, mas os doces me surpreenderam.

Para além dos alfajores fantásticos, se encontra muitas confeitarias que tem uma diversidade de doces e medias lunas, extremamente açucaradas. Assim como, as empanadas são maravilhosas (melhor que as empanadas uruguaias, desculpa, falei)

TOP 4 Alfajor

Após provar muitos alfajores, então, não hesitei e fiz o meu próprio ranking de recomendação:

  1. Havana Tradicional (encontra nas lojas da Havana)
  2. Jorgelín 3 tapas (encontra em qualquer banca)
  3. Entre dos (encontra no mercado de San Telmo)
  4. Cachafaz tradicional (encontra nas lojas da Cachafaz)

Custos da viagem – 4 dias em Buenos Aires

Maíra Candida 4 dias em Buenos Aires - Dicas de uma viajante negra
Maíra Candida 4 dias em Buenos Aires – Dicas de uma viajante negra

Sobre custos da viagem, Buenos Aires tem um custo de vida similar as capitais brasileiras, não achei a alimentação cara, os preços são muito similares aos praticados no Brasil. É possível comer bem a um preço muito em conta no centro, mas se quiser algo mais sofisticado, opções não faltaram!

Transporte Público

O transporte público é bem barato, seria na conversão para o real cerca de R$1,50 (preço desatualizado) e o metro tem várias linhas que conectam a cidade. Dessa forma, recomendo muito que para os passeios e para conhecer a cidade se utilize o transporte público.

Vida Noturna

Sobre a vida noturno, sai pouco na noite Argentina, em contrapartida, tive muitas recomendações sobre os bares e boliches (baladas) em Palermo, acabei indo apenas em um boliche em Palermo e um bar no centro. Na Argentina as festas começam muito tarde, ou seja, é preciso ter muito ânimo. Umas das recomendações é provem o tal Fernet (bebida alcoólica) com Coca-Cola, é muito comum nos boliches e festas.

Buenos Aires possui muitas casas de cervejas artesanais, ou birras como verá escrito nas portas, bem como, considerei relativamente barato e recomendo que conheça uma dessas cervejarias.

Mulher Negra em Buenos Aires

Sobre a experiência em si, ser uma mulher negar em Buenos Aires é chamar a atenção! Buenos Aires é uma cidade com população majoritariamente branca, então corpos negros se destacam facilmente. E há situações em que as pessoas te abordam na rua para saber de onde você é, na maioria das vezes com muito respeito, mas de fato, há um grande estranhamento. Não passei qualquer situação de constrangimento, mas por onde andei era rapidamente notada.

          Não cheguei a pesquisar sobre a história da Argentina, nesse sentido, o que sei sobre a história de Buenos Aires foi a partir dos tours e conversando com argentiness e moradores da capital. Evidentemente, a ausência de pessoas negras e indígenas, fala muito sobre a colonização desse território, seja pelo extermínio ou expulsão.

           Buenos Aires proporciona uma experiência fantástica, de uma cidade extremamente viva e alegre, mas, ao mesmo tempo, minha experiência pessoal de mulher negra foi também de estranhamento, no sentido de não me ver nesse espaço e do mesmo modo, ser rapidamente ser identificada como alguém externa a esse lugar.

E aí, gostou das dicas?

Por fim, espero que tenha gostado dessas dicas. Não hesite em me contacte para quaisquer dúvidas.

Maíra Candido - Correspondente BItonga Travel

Maíra A. Cândida
Pesquisadora, arquiteta e urbanista, e viajante. Mineira de Belo Horizonte, 30 anos, viajei por várias regiões de Minas e do Brasil antes de lançar o voo internacional. Amo conhecer novas culinárias, mas a preferida é a comida mineira que tá no coração. Para mim, viajar é vivenciar experiências únicas, conhecer pessoas, ouvir histórias e preservar memórias. Em cada viagem aspiro por novos aprendizados, conhecimentos e amizades.
Atualmente vivo no México, onde estou cursando o doutorado. Uni o interesse pela pesquisa com o desejo de viajar, conciliando a experiência de estudar no exterior assim como conhecer novos lugares.
Já passei pela Argentina, Uruguai, Bolívia, Colômbia, Guatemala e México, minha atual casa. Em contrapartida, os planos futuros tem como destino o Caribe.

Camping - o que levar por Natasha Francisco @localiza021

Dicas sobre camping e 18 itens obrigatórios para levar

⁣Trouxe um resumo de 18 itens que são obrigatórios levar num acampamento/camping + dica bônus para você se jogar nas trips de baixo custo.

O que levar para camping:

  • Barraca ⁣
  • Isolante térmico⁣
  • Toldo pra proteger do sol e outro pra colocar no chão.⁣
  • colchão inflável ou saco de dormir.⁣
  • Travesseiro e cobertor. ⁣
  • Botijão de gás ou fogareiro ( caso fique em lugares onde não tem estrutura pra cozinhar)⁣
  • Prato, copo, talher e panela. 🍛⁣
  • Fósforo ⁣
  • Abridor de latas⁣
  • Filtro e coador de café⁣
  • Bolsa térmica (vai precisar comprar gelo né?) ⁣
  • Água ⁣
  • Sabão e esponja pra lavar a louça. ⁣
  • Itens de higiene pessoal ( sabonete, toalha, pasta de dente, papel higiênico, etc)
  • Repelente⁣
  • Protetor solar ⁣
  • Extensão com bocal pra lâmpada.⁣
  • Lanternas
  • Carregador portátil. ⁣

DICAS BÔNUS: ⁣

  • APP para encontrar seu camping ideal: MaCamp.⁣
  • Muitos campings não aceitam pagamento em cartão então é bom levar dinheiro. ⁣
  • Quer saber mais sobre camping? Segue a @rupenatrip , várias dicas brabas!⁣
  • ⁣Os valores em média pra ficar num camping varia, mas dá para achar umas instalações ótimas por 30, 40 reais com banheiro e cozinha. Sim, consegue achar até por 10, mas geralmente fica nessa faixa de valores que ainda assim, são super baratos né? ⁣

Então se você quer viajar e pegar pesado na economia, se joga nos campings que é sucesso! ⁣😍

Por fim, deixo aqui um pouco sobre mim!

Natasha Francisco – localiza021

Turismóloga, viajante independente e carioca orgulhosa com intuito de mostrar um pouco mais do RJ para todes, ex praticante de danças urbanas e apaixonada pela cultura das ruas e gastronomia também urbana. Atualmente vivendo e mostrando a ideia de que viajar barato é mais que possível!

Couchfucking! Estória secreta de amor de uma viajante preta

Das estórias secretas de amor de uma viajante preta, ela se permitiu AMAR em Paris e dessa forma, foi certeira na escolha do couchfucking!

Primeiramente, é necessário saber o que é o Couchfucking – Sofá da foda! – Uma junção do famoso couchsurfing – hospedagem gratuita no sofá de moradores locais e fucking – foder/transar. Uma junção dessa só pode dar, PRAZER!

Destino novo, homem bonito e escolha de um possível sexo consensual!

O Destino

Escolheu o destino: PARIS! Afinal de contas, quem é a pessoa em sã consciência que não sonha com noites de amor em Paris? Ela também é sonhadora e ama realizar seus sonhos com a pitada de desejo.

A escolha do Sofá

Em seguida, procurou com calma pelo aplicativo do Couchsurfing, ativou os filtros: à 3km de Paris, possuir referências, quer conhecer pessoas, ser homem e a idade próxima à dela. Partiu para o quesito visual, ela só queria que ele fosse negro após todos os outros filtros acima! Seria pedir muito para a fada viajante em Paris?

Não tardou na busca e no radar dela foram 6 preciosidades que apareceram, oh dúvida cruel, quem escolher? Focou em 3, aliás já trabalhava com as impossibilidades e as possíveis ausência de respostas.

A escolha do homem

Por fim, se apaixonou por 1, foi amor à primeira vista em Paris sem nunca ter pisado lá! Era o número dela no quesito visual, porém ele não entrava muito no site. Malandra ela, incorporou Sherlck Holmes e descobriu suas redes sociais, na época em que não existia Instagram. Malandro ele, era bloqueado o perfil, para não ter azaração. Malandra ela, solicitou amizade e já causou a inquietação.

De besta ele não tinha nada e ela muito menos. Ele aceitou, ela perguntou: – Te vi no Couchsurfing, será que ainda abriga uma viajante louca para se apaixonar POR Paris? Mal sabia ele, que ele seria o PARIS dela.

Couchfucking

Em uma das conversas ambos jogaram a real, ele disse ter só uma cama e um sofá individual e se ela não se importasse em dormir juntos….  

Não deu outra, convite aceito! Bienveu PARIS! Lá estava ela, chegou sorrateira e o encontro foi o que as redes sociais mostrava, primeiro encontro olho no olho, apresentação da casa e realmente um sofá(couch) vermelho, 1 cama e Paris….   

Era muito cedo no dia, ela chegando e ele indo trabalhar eram apenas olhares, pois ela chegava e ele saia. Ele tinha medo, pois o olhar de uma mulher decidida por um homem é como bala de carabina, que veneno estricnina e peixeira de malandro.

Ela curtia a cidade de Paris enquanto ele trabalhava, um bombeiro da cidade, a escolha foi perfeita! Ela tinha o fogo, ele tinha a água. Ele é mulçumano e ela recitava trechos do alcorão, ele estava louco para se deliciar de algo do Brasil e ela era a própria receita brasileira em pessoa.

Uma noite foi pouca para Paris estremecer, à ponto da cidade das luzes ter um Blackout e o bombeiro ter que entrar em ação, a cidade parou e o AMOR e o TESÃO reinou.

Foram 7 noites em Paris, ou seja, sete noites de couchfucking, uma sintonia entre duas pessoas que sabiam o que queriam, se AMAR e saciar o desejo em PARIS. Ele viajado por vários lugares do mundo ela apenas uma ouvinte de estórias fabulantes um sotaque de inglês com francês.

É hora de partir – Au revoir!

Ela ouviu o Je t’aime, ela falou o mesmo, ele sorriu ela deu o beijo e partiu…. Nunca mais se encontraram, porém ela é certa que além de um amor ela tem um Couchfucking em Paris.

Ah, qualquer semelhança é mera coincidência e por favor, continue mantendo segredo!

Crônica escrita por Rebecca Aletheia

App de relacionamento – Estória secreta de amor de uma viajante preta