Antes de mais nada, você já ouviu falar de Igatu – a Machu Pichu baiana?
Então, caso não saiba, Igatu, é um povoado na região da Chapada Diamantina, mais conhecido como a Machu Picchu baiana!
Quando se fala na região da Chapada e lugares turísticos, rapidamente pensamos em Lençóis ou Vale do Capão. Mas hoje quero apresentar uma vila construída de pedra, carregada de história, natureza e gastronomia.
Assim é a pequena, mas linda e cheia de energias, vila de Igatu, distrito de Andaraí. A chegada até a vila já é a própria magia; a sensação é de estar voltando no tempo, a hora passa mais devagar.
A vila
Igatu Chapada Diamantina – Machu Pichu baiana por Diana Reis
Construída no alto de uma montanha, na época do garimpo de diamante no século XIX, foi formada por pequenas casas de pedras que hoje, com grande parte em ruinas, é um grande museu a céu aberto!
Tombada em 1980 pelo IPHAN – Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional), ainda hoje é possível conhecer antigas famílias que contam histórias de seus familiares que ali viviam. Sem dúvida, ir a Igatu é poder vivenciar a história, no passado e no presente.
Uma outra dica, é a possibilidade de visitar uma gruta utilizada no garimpo, inundada pelos mananciais hídricos (vale a pena um banho). Talvez possa parecer um cemitério, mas fique tranquiles: é uma homenagem aos garimpeiros em desenhos formados de cimento aos garimpeiros que ali além do trabalho, foram explorados. Estar dentro da gruta escura e silenciosa traz tantas sensações, que só indo para entender.
Igatu Chapada Diamantina – Machu Pichu baiana monumento homenagem por garimpeiros por Joice Santos
Ah, se tem dificuldade de locomoção, não vá; é necessário agachar bastante para ter acesso, mas se não tem, aproveite a oportunidade para experienciar uma das melhores coisas da vila.
Uma história sinistra e interessante da vila são os extraterrestres. Siimm, segundo moradores, é possível vê-los no auto de um morro, inclusive, existe um morador que acompanha visitantes para essa experiência. E aí, vai encarar? De antemão, a pessoa aqui foi, se aventurou, junto com amigues, e ouso dizer: vi algo que não sei explicar .
Gastronomia
Mas não só de historia vive esse povoado, a gastronomia também é algo que não se pode desconsiderar. O pastel de jaca, bastante conhecido na região, em Igatu é feito com o próprio fruto verde, diferente do Vale do Capão, que utiliza o palmito da fruta. Outra iguaria é o pastel de palma, dúvido que já tenha comido, vale experimentar.
Trilhas e Cachoeiras
Igatu Chapada Diamantina – Machu Pichu baiana por Joice Santos
Igatu Chapada Diamantina – Machu Pichu baiana por Joice Santos
E se estamos falando da Chapada, é óbvio que tem trilha e cachoeira. Cercada por 6 cachoeiras, é possível fazer algumas trilhas sem guiamento, mas para outras mais distantes, converse com os moradores e contrate um guia local.
Próximo a Igatu, é possível fazer o passeio para Marimbus (pantanal baiano), mas esse atrativo ficará para outro post.
Marimbus – Pantanal Baiano por Joice Santos – Chapada Diamantina
Quando Visitar
Sugiro visitar o vilarejo no São João. Mesmo sendo época de festa, não fica lotado e a festa acontece no meio da praça, entre os casarios de pedra. A interação com os moradores é o diferencial, comida típica e muito forró pé de serra.
Por fim, saiba que Igatu, a Machu Pichu baiana, a cidade das pedras te espera!
Em primeiro lugar me chamo Helen Rose e gostaria de compartilhar coisas que re(descobri) em 2020 atravessando o Atlântico.
Ao longo de meio século de vida tive muitos aprendizados, teóricos e práticos, mas morando sozinha em outro país tive a oportunidade de reavaliar alguns conceitos sobre o processo de autoconhecimento. Então, fiz uma lista com os 10 pontos que considero que foram importantes para superar as adversidades do turismo, intercâmbio e sabático durante a pandemia. São eles:
1º) Confiança
Em muitos momentos da minha vida ficava em dúvida sobre fazer ou não alguma coisa, com medo de errar ou do julgamento das pessoas. O ponto principal foi não desesperar, tomar todos os cuidados e sonhar com dias melhores.
2º) Superar o medo
Além disso, tive muito medo de não conseguir aprender inglês, porém, aos poucos fui relaxando e na segunda semana já estava mais tranquila, aceitando o meu tempo de aprendizado.
3º) Aceitar ajuda
Aprendi com a minha família a ser independente, não esperar ajuda de ninguém e a resolver os problemas sozinha. Mas quando se está sozinha em um país
4º) Alimentação
Não tenho restrição alimentar, adoro pimenta e não senti falta da comida brasileira.
5º) Inteligência emocional
O que fazer nas situações difíceis, equilibrar tristeza, dor e alegrias. Principais emoções durante a vivência na África do Sul.
6º) Flexibilidade
Precisei colocar de lado alguns conceitos que levei na bagagem para conviver melhor com as pessoas.
7º) Resiliência
Desespero com o lockdown durou apenas alguns dias, logo consegui superar a frustração de ficar três meses sem sair de casa.
8º) Pensamento sistêmico
É a base para aproveitar melhor as adversidades da vida. Meditava todos os dias e assim consegui ter calma para evitar o desespero.
9º) Diversão
Sorrir em situações de doença e restrições não é fácil, mas o autoconhecimento possibilita viver também com leveza.
10º) Não sentir culpa
A pandemia atingiu todos os países e milhões de pessoas, mas aprendi que não é necessário ostentar felicidade e respeitar a dor das pessoas. Ter cuidado ao postar fotos nas redes sociais, mas também não sentir-se culpada por estar bem.
Helen Rose
Helen Rose, viajante do tempo, praticante de yoga e meditação, historiadora, pesquisadora independente de estudos africanos e relações raciais no Brasil.
Por fim, se você gostou, gostou desses aprendizados? Compartilhe conosco o seu texto bitongatravel@gmail.com
Neste dia 12 de maio que celebra-se o dia da Enfermagem, damos voz à todas as pessoas que atuam nessa profissão nos 4 cantos do mundo. Quando digo enfermagem leia auxiliares, técnicos, enfermeiro, parteiras, obstetras…
Em primeiro lugar, PARABÉNS Enfermagem pelo dia 12 de maio! Mesmo sabendo que está palavra é muito pequena para expressar tudo o que você fez e tem feito por essa profissão.
A pandemia COVID-19 e a Enfermagem
Antes mesmo de oficializarem uma pandemia, nós já víamos que algo estava acontecendo e que evoluía muito rápido para o óbito. Fomos nós, quem prestamos na sua maioria os primeiros cuidados a essa nova doença chamada COVID-19. Assim como em conjunto com a equipe de higienização fomos as/os primeiros a ficar sem EPI.
Somos nós que quando falta profissional de limpeza, médico, nutricionista, psicólogos diretores da unidade que estamos ali prontamente para quebrar o galho. Aliás, sabemos que nunca fugimos da luta e tivemos essas disciplinas na nossa formação: gerenciamento, limpeza, desinfecção e as práticas clínicas.
Não podíamos e não nos deixam reclamar, aliás, somos a enfermagem! Aquela profissão que muitas às vezes estudam mais de 6 anos e as pessoas estremecem a voz em dizer a Doutora!
Uma enfermeira Dra, onde já se viu isso? Se for destaque na excelência do saber associam à: quase médica/o; ou seja, mais uma vez a menosprezo aos nossos saberes.
Nessa tal pandemia não desistimos da luta! Já estávamos destruídes e com todas as LERS(Lesão por Esforço Repetitivo), DOT (Doença Ocupacional do Trabalho) e a tal Burnout, permanecemos nesta guerra. O serviço essencial não pode parar, troca plantão aqui, faz plantão para amiga que está familiares doente. Deixe de corpo mole, afinal, você enfermagem não pode parar!
Cuida ali e acolá e ainda tem que estar na sua integralidade para a família. O desejo de dormir por mais de 12h seguidas parece um sonho, mas a mente não desliga. Sempre pensando nas rotinas do trabalho que ainda precisa fazer, preocupada com o paciente que piorou, projeto para entregar, mais isso e aquilo…
Dessa guerra estamos esgotades, mas nossa súplica e lamento é apenas um murmúrio para muitos porque somos a mera enfermagem.
Jornadas de Trabalho
Muitos de nós começamos como voluntariados para ter a tal experiência, aliás nenhum serviço quer profissional inexperiente principalmente quando o assunto é saúde.
Salário baixo, condições precárias de trabalho, somos o sustento de nossas famílias, não se poder negar trabalho. Na sorte conseguimos 2/3 empregos na promessa que será só por um tempo e esse um tempo virou uma vida. Mas é para pagar a faculdade do filho, terminar de reformar a casa ou pagar o carro.
Além dos pacientes, nossas e nossos amiges de profissão estão partindo! Somos a classe trabalhadora que mais está morrendo nesse momento pandêmico e no Brasil então, nem se fale….
Enfermagem – A profissão com identidade
Uma profissão que é marcada de identidade forte de gênero, raça, orientação sexual (gays, lésbicas, bi e trans), ou seja, a população mais negligenciada desse planeta chamado terra.
O nosso ar está acabando, não deixe a nossa profissão morrer! Não podemos romantizar tudo isso frente a tantos profissionais incríveis e invisíveis que fazem e fizeram parte dessa trajetória profissional.
Feliz dia, SIM! Porém, queremos ser dignamente tratades como PROFISSIONAIS. Assim como ter a garantia de melhor condições de trabalho, reconhecimento profissional monetário, por jornadas humanas de trabalho e sem assédio profissional.
Todo dia passo por vielas e de repente um pipoco soa o meu ouvido,
Então eu ouço gritos
Uma criança metralhada em minha frente, policial me xingando um monte de nomes, quando eu olho para trás, eu tomo soco, chute e outro pipoco
Corro para casa, achando estar salva, pé na porta arrombada ele disse Arma na cabeça, porque eu disse invasão?
Qual esperança, tiramos para alimentar a própria fé, para ficar de pé, Querem apagar, invisibilizar Tá faltando nomes, mais de trinta A Chacina Jacare …
Cadê? Como assim vocês não estão vendo? Olha pro lado, tá passando em sua timeline e você acha normal, sente, tem do, da notícia da vez, que passa logo quando será próxima vê-z?
Essa é a estrutura, não me venha com “policiais presos ou dispensados” porque é a estrutura que precisa ser reparada. É máquina de matar gente, Sapatos juntos, sete palmos,
Que quem escuta já apavora Mas não pensa, como é voltar para casa, nas favelas desses cantos, de cada canto, nem tão de canto assim, central.
É necropolitica, pensado, arquitetado pelo estado. Acham que é só dizer “abolição da escravatura” como uma palavra mágica para desaparecer com toda a gestão, pseudo do sistema de então, que era a escravidão? Oh
Me poupe, isso já é cinismo Mas eu te digo, você só vem até aqui Não me fale de pessoas, Que eu digo que os nomes de quem mata é o racismo.
E aí? Julgue, criminalize e ressocialize se quiser continuar com “estrutura”.
Qual termômetro, qual parâmetro, quem te disse que não temos direito, Não somente com a saúde em tomar vacina Direito a vida, em plena pandemia Economia fodida Faltando comida na mesa, de favela Sentimentos e emoções para o dia das mães Em Jacarezinho e nas favelas, vocês operando uma chacina?
Nossa voz ecoa Não está só nos becos, mas também nas passarelas. Somos e estamos de ponta a ponta E essa conta não tá batendo.
Vamos falar de mulherismo africano? Um texto de Júlia Motta @poetajuliamotta
A história das mulheres pretas é marcada por muitos roubos, anulação e romantização de nossa cultura e vontade. Diante o cenário escravocrata, nossos corpos foram explorados tendo como resultado a ‘desafricanização’ de nossa história, liberdades tolhidas, pois foram consideradas propriedades de senhores.
Isto é, nossos ancestrais não obtiveram seu espaço e respeito devidamente por este período, e os resultados que ainda impactam na vida de muitos de nós.
Falar de mulheres pretas não é apenas falar sobre as últimas colocadas na pirâmide racial, não somos somente números de violência, abandono, mortes… É falar sobre diásporas, conhecimento ancestral e cultura sagrada.
O mulherismo
Quantas mulheres existem em uma só – por Julia Motta
Mulherismo vem de mulher, entre o gênero preto de milhares, africano vem do território ancestral do povo preto hoje. É retornar aos espaços, como identidade, revolução e mais ainda resgatar o que tiraram de nós. Por isso definimos, o mulherismo enquanto pensamento político e cultural.
A questão de classe e raça é fortemente apresentada, no livro mulheres, cultura e politica – marca a filósofa negra Angela Davis: ‘Como mulheres negras, temos diversas razões para celebrar a forte tradição de ativismo moldada por nossas ancestrais no curso de muitas gerações de luta’ a autora define a luta de milhares no contexto de protagonismo negro feminino.
Mulheres carregam consigo a responsabilidade de continuidade, não somos a oposição de nenhum conceito ou agrupamento, temos ações efetivas de sobrevivência, a nossa preocupação é nos mantermos vivas para assim afetuosamente cuidar de nosso povo.
O que difere do ‘feminismo’ é que não se pensa em combater somente a violência e opressão em gênero, antes disso vem a raça e logo após a classe social.
É PARA ONTEM!
Mulherismo Africano é retornar a nossa ancestralidade que nos foi roubada. por Poeta Julia Motta
Desejamos o comprometimento de líderes à frente de movimentos políticos e ou sociais, a atuação, construção de um diálogo que chegue até as nossas, é oportuno falar de um movimento onde os espaços para manifestar-se são abrangentes e acessíveis. Nenhuma dessas lutas é fácil, e não existe ainda qualquer vitória a ser aplaudida em paz.
Se uma de nós ainda convive com a violência, opressão e silenciamento sem qualquer apoio é porque ainda o domínio no poder é preenchido por vozes e forças tão retrógradas.
Isto é, o seu discurso contribui em ações, e o seu ativismo ele chega a espaços e pessoas que precisam? Certamente, se a resposta não houver é um problema, e se ainda não chega é uma urgência repensar nesse esquema.
É um ciclo contínuo, quando você diz ‘ele não’, quem das nossas sim? Nós queremos viver em cenas, foco e atuação. Com saúde mental tranquila, contas pagas, andar na rua sem ser a mira, direitos seguros e mais ainda queremos ser escutadas, vistas e compreendidas.
Poeta marginal, escritora do livro independente “resistir para existir”, monitora cultural pela associação de capoeira Motta e cultura afro e educadora pelo projeto de incentivo à leitura e escrita “sonhar com as mãos” e “versos de resistência”.
Antes de mais nada, das energias de Maio de 2021 – entenda cada fase da lua e se programe para aproveitar o melhor delas:
03/05 às 16h50Lua Minguante em Aquário ♒
Muito bacana para fazer aquela revisão necessária sobre os seus projetos de vida (♒) O que pode melhorar? Como você pode se reinventar (♒)? A semana da Lua minguante é maravilhosa para olhar para identificar o que pode ser reinventado, repaginado, na fase seguinte ⬇️
11/05 às 15h59Lua Nova em Touro ♉
Semana super auspiciosa para iniciar projetos de longo prazo, que precisam de persistência e constância (♉) E/ou para dar uma fortalecida em algum projeto já em andamento. Existe uma possibilidade forte de fluírem ganhos financeiros, através desses movimentos. Aproveite para colocar a mão na massa e manifestar (♉) esse poder!
19/05 às 16h12Lua Crescente em Leão ♌
Semana maravilhosa para fortalecimento da autoestima, do amor próprio, da autoconfiança (♌). Ótimo momento para permitir a expressão da sua criatividade! Coloque os seus talentos e as suas criações pro mundo. Suba no palco (♌) da sua vida e assuma o protagonismo!
26/05 às 08h13Lua Cheia em Sagitário ♐
Uma semana em que as nossas emoções estarão expansivas. Por isso, cuidado com a ansiedade. Será um momento incrível para focar nos seus objetivos com otimismo e alegria (♐) Aproveite para fortalecer a fé em si e no Todo. Energias auspiciosas (♐) podem estar disponíveis no campo coletivo. Se jogue e desfrute!
⚠️ SALVE esse post para revisitar outras vezes. Com certeza, vai ser muito útil, apreveite as energias de maio lua 2021 Me siga em minhas redes sociais para receber os próximos conteúdos @larinovaes.solar No servir pelo amor, e com amor, Larissa 🧡
Estou Larissa Novaes. Intuitiva e sonhadora desde novinha, fui uma criança apaixonada pelo Céu. Hoje, minha criança permanece viva e apaixonada: traduzindo as mensagens do Céu. De maneira simples e acessível, através da interpretação da Astrologia e das canalizações que faço.
Sou canalizadora do método de leitura akáshica através da Astrologia. Atualmente, faço leitura de mapa natal personalizada, intuitiva e canalizada com a guiança dos Mentores Espirtuais. E, ministro um curso online de Formação em Astrologia Akáshica (método autoral canalizado por mim).
Te convido a adentrar esse mundo fantástico da espiritualidade junto comigo! Você vai amar Vem!
Antes de tudo, quando descobri que meu cabelo afro milita e em uma perspectiva de gênero feminino, é de extrema importância começar esse texto com uma definição do que é ‘cabelo’. Afinal, é apenas um artifício de beleza? Me frustrei na pesquisa do Google, pois só apareceram imagens de cabelos longos e lisos de pessoas brancas. A pesquisa foi uma furada, mas descobri que meu cabelo afro milita.
É fato que por muitos anos fomos reféns de uma beleza padrão que não existe e muito menos se adequa aos diferentes tipos de identidade. Nos Estados Unidos, Madam C. J. Walker, lá pelos anos 1880, já empreendia técnicas e criava químicos que as mulheres negras pudessem usar pra ter um cabelo mais “bem apresentável” ou ao menos parecido com o de mulheres brancas. E ao longo dos anos essa ideia e tipo de empreendimento permaneceu. A indústria de cosméticos continuou criando produtos para alisamento dos cabelos crespos e cacheados. Os cabelos fora do padrão que precisavam ser domados.
A infância
Como muitas mulheres negras, eu já usei cabelos alisados. Aliás, da minha infância (12 anos) até a vida adulta (30 anos), eu não conhecia meu cabelo original, não sabia como era meu fio, meu tipo de cabelo. Morava no interior da Bahia, em Feira de Santana, e pouco discutimos raça e muito menos nos sentíamos à vontade pra usar o cabelo natural. Já não conhecia meu fio, morria de medo do que podia me esperar se abandonasse todos os artifícios possíveis para deixar meus cabelos lisos e ‘bonitos’ como o das pessoas brancas e como era esperado de mulheres negras.
Comecei usando um tipo de relaxamento que prometia deixar meus cabelos soltos, mesmo sendo um produto agressivo, que ardia meus olhos e às vezes feria minha cabeça, era melhor que ser natural e ‘feia’. Feia, foi assim que fomos descritos durante muito tempo, ser negro é feio. Levou muito tempo para descobrirmos nossa beleza e assumir nossa identidade.
Passei por vários produtos químicos nessa jornada pelo cabelo “perfeito”, inclusive, por muito tempo alisei como nossos ancestrais, no ferro aquecido no fogão. O problema do cabelo de ‘ferro’ era a chuva. Cheiro de cabelo queimado que deixava era terrível e ainda mais humilhante, então, permaneci na química.
Guanidina, amônia, relaxamento, alisa e tinge e tantos outros fizeram parte da minha vida até 2017, quando mesmo escovava meus cabelos. Já não usava química, mas escovar e pranchar era minha rotina de final de semana. Trabalhava nele até ficar lisinho no estilo Kardashians.
Processo de transição
Processo de transição
Processo de transição
Processo de transição
Meu cabelo minhas regras
Então, foi em 2017, que resolvi me conhecer, tomar conta do meu cabelo. Fiz um post na rede social com o cabelo natural, dizendo que usaria meu cabelo como quisesse, fosse alisado ou natural. O post era um recado aos amigos que não paravam de fazer pressão pra que eu naturalizasse o cabelo. Depois de muito tempo, após esses posts de ‘cala a boca’, como a gente diz por aqui, resolvi cortar o cabelo.
Cortei curtinho e adorei, mas sabia que ali ainda não era meu cabelo, ainda tinha química. Foram precisos mais três cortes pra realmente conhecer meu fio. Não foi difícil aceitar. Amava aquilo, fazer carinho na minha própria cabeça e reconhecer quem eu era ali e pensar porque me neguei por tanto tempo.
Cabelo afro feminino no mercado de trabalho
Já ouvi dizer que mulher de cabelo afro não consegue emprego, e a gente sabe que em muitos lugares isso é verdade. Assim como também é verdade sobre o preconceito com cabelos trançados, dreads e outros modelos de afro hair. Sim, estou na cidade com a maior quantidade de negros do Brasil – Salvador, conhecemos nossa história desde o Daomé. Conseguimos nossa libertação com armas na mão, e não com a pena da Princesa Isabel, mas ainda assim, a cor da pele e o cabelo ganham mais destaque que nossa inteligência e articulação.
Atuo com negócios e administração, trabalho como liderança. Lido com clientes do país inteiro, viajo e faço reuniões com pessoas de fora do país. Participo de eventos no Brasil inteiro, onde muitas vezes olho para o lado e não vejo um semelhante. Não tenho motivos pra me orgulhar disso, pelo contrário, queria ver mais gente preta ocupando esses espaços. Mas não me abato, seguro firme e penso que preciso guardar lugar pra que novos negros possam chegar ali.
Participação de eventos no Brasil
Participação de eventos no Brasil
Participação de eventos no Brasil
Participação de eventos no Brasil
Cabelo afro milita
Descobri que meu cabelo afro quem milita, especialmente quando vejo e ouço pessoas pretas querendo ocupar aquele lugar quando me veem ali com meu black ou minhas tranças.
Em Salvador, o cabelo das mulheres fala por elas e a riqueza de cortes, penteados, tranças e toda a infinidade de possibilidades é um encantamento. Mas não, nem toda mulher negra é obrigada a deixar o cabelo natural. Nem toda mulher negra de Salvador usa o cabelo afro. Mas entenda, nosso cabelo milita.
Recentemente resolvi experimentar usar tranças, as Box Braids, ou seja, ovamente me apaixonei por mim e pela cabeleira que tô carregando. Desde que descobri que meu cabelo afro milita, continuo deixando meu cabelo militar. Continuo mudando ele como um camaleão, ou seja, vou continuar tentando inspirar outros pretos e pretas a ocupar o espaço.
Agora me diz, o seu cabelo afro na versão feminino ou masculino, milita?
Formada em jornalismo, mas atuando na área de negócios em audiovisual, sou nascida no interior da Bahia, mas resido em Salvador. Um dia ouvi dizer que eu moro onde as pessoas tiram férias, e é a mais pura verdade. Viver em Salvador é ter sempre um ponto turístico na palma da mão, uma cultura pra celebrar e uma boa praia pra pegar um sol. Mas gosto de ir além, de conhecer novos lugares, novas culturas e novas identidades. Quando a gente viaja, sempre traz na mala e no coração um pedaço daquele lugar.
É por isso que viajo. Da Bahia pra conhecer o mundo.
Nem tudo parece o que é, e não seria diferente na Dinamarca algumas comidas que parecem com as do Brasil e não são, um texto por Cris Viriato.
Como muitas pessoas sabem a vida do expatriado em muitas vezes pode ser resumida a uma única palavra, saudade.
E não necessariamente só de pessoas, há também saudade de lugares e por último, mas não menos importante, a da comida. Então eu reuni neste post 3 comidas da Dinamarca que parecem ser idênticas as que nós temos no Brasil, porém, não são bem o que parecem ser.
Imagine a seguinte situação, você está há meses fora do seu país de origem onde tudo lhe era familiar, e se muda para um outro país onde tudo lhe parece novo, imaginou?
Ou talvez você já tenha vivido essa experiência. A sensação quando mudamos de país é que o nosso cérebro está sempre em alerta, buscando conexões para te manter viva e segura.
Neste momento, é bem normal você ver pessoas na rua que se parecem com alguém que você conhece, ouvir vozes (mesmo que em outra língua) que te soem familiar, e é claro, a ver objetos. Por exemplo, você está caminhando e no nada você encontra uma plantinha que parece com uma planta que a sua mãe tem em casa.
Com comida acontece exatamente a mesma coisa, e eu precisei reunir essas 3 comidas da Dinamarca que não são bem o que parecem ser para que você tente entender o tamanho da minha surpresa ao “vê-las” aqui, e também a minha frustação ao experimentá-las.
Romkugler – Em tradução livre, “Bolas de Rum”
Romkugler – “Bolas de Rum” – Comidas na Dinamarca que parecem do Brasil por Cris Viriato
Imagina a surpresa ao encontrar essas bolinhas de chocolate envoltas em confeito numa padaria aqui da Dinamarca, o seu cérebro diria imediatamente que é brigadeiro enquanto você se pergunta “como assim?”. Mas, infelizmente, isso não é o que parece ser. O Romkugler é um bolo feito com sobras de bolos, amassadas com essência de rum, e passadas em confeito. Com o meu cérebro esperando o docinho do brigadeiro na boca experimentar o Romkugler não foi para mim uma experiencia agradável.
Risengrød “Mingau de arroz”, em tradução livre.
Risengrød “Mingau de arroz” – comidas Dinamarca parecem Brasil por Cris Viriato
Outra comida da Dinamarca que não é bem o que parece ser é o Risengrød. É visualmente idêntico ao nosso arroz doce, cheira igual o nosso arroz doce, mas não é bem isso. o Risengrød é salgado. Servido como uma refeição (no jantar) as vésperas do Natal, para se servir é praticamente um ritual, pelo menos é na família do meu marido. Com o Risengrød já no prato, você acrescenta um pedaço de manteiga, a canela, e finaliza com açúcar. Esse foi o pior choque cultural que eu já tive na Dinamarca até agora.
Berliner “Bolinho de Berlim”, em tradução livre
Berliner “Bolinho de Berlim” – Comidas na Dinamarca que parecem do Brasil por Cris Viriato
Das 3 comidas da Dinamarca que não são bem parecem ser, essa é a que mais me agrada, mas prova para mim mesma a capacidade que nós brasileiros temos de melhorar as comidas. Essa não é uma comida de origem dinamarquesa, mas é tão presente nas padarias daqui que você nem se dá conta apesar do nome.
Quando você ver uma Berliner na sua frente você vai pensar em sonho, e é. A diferença entre o sonho e a Berliner é que o recheio é geleia, na maioria das vezes de frutas vermelhas. E como a Berliner foi virar sonho no Brasil?
Através dos portugueses que substituíram a geleia do bolinho alemão por aquele creme branco de confeiteiro. Chegando no Brasil, provavelmente alguém pensou “Até que é bom, mas deixa eu melhorar isso daqui” e acrescentou o doce de leite e sinceramente, ficou muito melhor, eu acho.
moro em país considerado um dos mais felizes do mundo, a Dinamarca . Amo neste país que hoje chamo de casa, e mais ainda falar sobre ele, mostrar as suas peculiaridades, e o meu dia-a-dia aqui. Espero que a Dinamarca também te encante da mesma forma que ela me encanta todos os dias e “Vi ses” (vejo vocês, em dinamarquês).
Olá, antes de mais nada me chamo Joice dos Santos, sou turismóloga e moro em Salvador, quem me conhece sabe que amo a Chapada Diamantina, e vou compartilhar 3 dicas que você precisa saber antes de ir! Mas antes de mais nada quero que saiba que sempre que posso corro para lá, nos últimos 4 anos seguidos meus Réveillons foram lá, todas em cidades diferentes.
Minha última viagem foi no Réveillon de 2021 para o Vale do Capão e após receber mensagens de amigues com dúvida sobre a Chapada, perguntando sobre trilhas e passeios que ficam em outra cidade. Ao mesmo tempo, percebi que muita gente não sabe exatamente a magnitude do que é a Chapada Diamantina.
Então, antes de qualquer coisa é importante saber que a Chapada Diamantina é uma região extensa com mais de 40mil km² e dezenas de cidades. Como é isso Joice? Pois é menina, para conhecer a Chapada Diamantina todinha é necessário anos de visita.
Então, uma região tão grande como escolher o primeiro destino? Vamos lá…
Joice Santos Dicas Chapada Diamantina
Independente do seu estilo, sempre terá uma cidade na Chapada para te receber, ou seja, desde a aventureira que dorme no camping selvagem ou a preta patrícia que gosta de uma cama confortável.
Nesse sentido, sem mais conversas, se liga na dica:
Escolha a cidade!
Primeiro escolha a cidade, as principais com infraestrutura turística estão em Lençóis, Vale do Capão(palmeiras), Mucugê, Andaraí, Igatu( andaraí), Ibicoara, rio de contas.
Chapada Diamantina – foto arquivo pessoal de Joice Santos
*Vale do capão e Igatu, são duas vilas distritos das cidades em destaque.
Destaco meu amor por Igatu, apesar de fazer parte no circuito turístico é possível ainda sentir o ar bucólico da vila, casas construídas de pedra e muita história contada pelas senhorinhas e senhorzinhos nas portas da casa.
Além das citadas, há outras que vale arriscar – Itaitê, Piatã e Catolés (Abaíra)
Hospedagem
Dessa forma, depois de escolhida a cidade, parta para o tipo de hospedagem: camping, hostel, pousada, aluguel uma casa, tem para todo mundo, garanto que sem abrigo não fica. Dependendo da época, rola chegar sem reserva e encontrar o lugar desejado.
Atrativos
Busque os atrativos que existem próximo a cidade, não adianta querer conhecer os pontos turísticos mais divulgados, a maioria deles ficam em cidades diferentes e não vale o deslocamento, vai perder muito tempo indo de norte ao sul da chapada. Por exemplo, não adianta estar na cidade de lençóis e querer conhecer a cachoeira do buracão em ibicoara, são quase 3 horas de distância.
E não é só de cachoeira que vive a chapada, além das mais de 30 que existe, há também trilhas que percorrem campos rupestres, cerrado e mata atlântica em meio a paisagens de tirar o fôlego, andar bike, escaladas, sítios históricos, cavernas e o marimbus (área chamada de pantanal da chapada diamantina).
Ufa, é muita coisa pra se conhecer.
Chegue à cidade, faça amizade, converse com os moradores e deguste a iguaria local, aproveite os atrativos que estão nos entornos. Em alguns é possível fazer sozinha, outros contrate um guia local, sinta a brisa e a energia que a chapada proporciona e volte renovada.
Quantos dias?
Por último e não menos importante, sugiro ficar no mínimo 4 dias e no máximo a vida de toda
E aí gostou? Em síntese, espero que essas 4 dicas básicas para visitar a Chapada Diamantina sejam úteis! E se precisar de mais dicas, pode me procurar, amo falar dessa região.
Da série Negras Viajantes Presentes! Histórias que inspiram vamos compartilhar a história de Helen Rose em um ano Sabático pela África do Sul durante a pandemia de 2020.
O ano era 2019, quando finalmente resolvi realizar o sonho de morar fora do Brasil, unindo a experiência de moradora, estudante intercambista e turista. Morar na África e ainda aprender inglês? Maravilha! Uma mulher negra, pobre e aos 50 anos ir para um sabático, rompendo as barreiras do preconceito racial.
Mas antes de contar a viagem de 2020, quero dizer que a minha primeira viagem internacional ou o carimbo no passaporte, foi em 2016, para a África do Sul (Joanesburgo), Dubai e Índia (Nova Déli, Agra e Rishikesh). Foram 30 dias intensos e maravilhosos com um grupo de 18 pessoas. Como sou praticante de yoga e meditação há mais de 15 anos, ir para a Índia também era um sonho para conhecer as práticas de yoga disseminadas mundo afora.
Voltando para 2019/2020, foram alguns meses organizando, fazendo orçamentos, conversando com pessoas via web, busca em milhares de sites de viagens, renovar passaporte, cuidar de todas as burocracias e eis que chega o grande dia, fevereiro de 2020. Hora de partir, fazer o check in.
Lembro que em dezembro de 2019, tivemos as primeiras notícias sobre um vírus contaminado as pessoas na China, e que alguns turistas europeus também começavam a ter alguns sintomas. O tempo vai passando, até que em fevereiro a imprensa noticia o aumento de casos, mostrando pessoas em algumas cidades chinesas intensificando o uso de máscaras. Ainda não tínhamos muitos dados detalhados, até que um grupo de brasileiros que estavam na cidade de Wuhan, na China, são trazidos ao Brasil em um avião fretado pelo governo brasileiro e precisam ficar isolados, de quarentena para evitar a transmissão. Mas você que está lendo essa postagem deve também ter acompanhado o noticiário, a ideia era apenas contextualizar a organização da minha aventura.
Enfim, com as malas prontas cheguei ao aeroporto de Guarulhos, vi várias pessoas já usando máscaras, algumas até com luvas. Mas eu estava sem, apenas com álcool em gel na mala e bagagem de mão. Isso foi em um sábado, meu voo era via Angola com previsão de chegada na Cidade do Cabo no domingo à tarde.
A viagem foi tranquila, nenhum atraso, no aeroporto de Angola fui convidada para ir à “salinha”, fui revistada, questionada sobre o motivo da viagem e apresentei todos os documentos. Detalhe, em um voo lotado fui a única pessoa que a ir para a burocracia da imigração. Tudo pronto, liberado o voo para a África do Sul.
Ansiedade, alegria e expectativas, afinal seriam seis meses em uma cidade nova, morando com uma família sul-africana e depois moraria sozinha. Isso estava no planejamento.
Ano sabático na África do Sul
Trilha Table Mountain Africa do Sul por Helen Rose
Já era domingo, fui recebida por Rosie e Lionel no aeroporto, minha nova família na Cidade do Cabo, na segunda-feira, era a minha primeira aula na escola de inglês. Até agora tudo lindo, divino e maravilhoso.
Como fiz meu diário de bordo, sei que após duas semanas recebo a notícia de que a África do Sul começará um lockdown de vinte dias para evitar o avanço do Corona vírus, e as aulas de inglês que eram presenciais a partir de agora serão online. Todas as fronteiras fechadas, voos turísticos suspensos, permissão apenas para repatriação e comercial. Meu paraíso durou pouco, tive que recalcular a rota e me preparar emocionalmente para aproveitar a experiência dos meus sonhos.
E assim foi, fiquei quatro meses de lockdown morando com Rosie e Lionel, mais dois cachorros e com acesso limitado à internet porque na casa não tinha banda larga (fibra ótica), então eu colocava crédito no celular para acompanhar as aulas de inglês. O que era para ser um lockdown de vinte dias durou meses.
Quando foi em junho, na fase 3 do lockdown resolvi que era o momento de ampliar minha experiência indo morar sozinha e ter a possibilidade de conhecer outros bairros (mudei do Brooklin para Tamboerskloof) e outras pessoas. Através do Airbnb fui para um apartamento perto da Long Street, famosa rua turística em Cape Town.
Helen Rose em Waterfront – Cape Town – Africa do Sul
A partir desse momento minha rotina era estudar com as aulas online, agora tinha uma boa conexão, com a fase 3 do lockdown já podia sair para fazer caminhadas, ir ao supermercado, shopping, seguindo todos os protocolos de segurança (máscara, álcool em gel e distanciamento social).
Aproveitei também esse momento para ser voluntária em dois projetos, um de horta comunitária e outro para moradores de rua, e, assim praticar a fluência em inglês e ter mais contato com os sul-africanos. Aos poucos as coisas foram se ajeitando, consegui sozinha me adaptar a nova rotina, conheci alguns brasileiros e fazíamos os passeios que eram permitidos. Fiz também contato com pessoas do Congo, Zimbábue, Senegal, Moçambique, Angola, Alemanha, França, Arábia Saudita.
A Cidade do Cabo (Cape Town) tem muitas praias, turismo de aventura, ecoturismo, então aproveitei para fazer muitas trilhas e caminhadas no principal ponto turístico, a Table Mountain (Montanha da Mesa). Uma formação rochosa linda, patrimônio natural da humanidade e é possível avistá-la de vários pontos da cidade. E com o coração acelerado, fui a Robben Island, ilha onde Madiba, Nelson Mandela, ficou preso por 27 anos, na luta contra o regime segregacionista do Apartheid.
Ainda não consegui ser fluente em inglês, mas já melhorei muito, tive algumas dificuldades em me adaptar as aulas online, pois confesso que prefiro presencial. Se não fosse a pandemia com certeza meu aproveitamento na aprendizagem da gramática teria sido muito melhor. Mas não posso reclamar, afinal, não fui a única a ser afetada pela Covid-19. Seri que fram os oitos meses mais importantes e incrveis da minha vida.
A resiliência faz parte da minha vida desde criança com a superação de muitos desafios, talvez essas características tenham sido fundamentais para que conseguisse aproveitar da melhor maneira possível o intercâmbio atravessado pela pandemia. Sou de uma família grande, meus pais não são alfabetizados, criaram oito filhos, minha mãe empregada doméstica e meu pai segurança de porta de fábrica (falecido há 30 anos). Comecei a trabalhar oficialmente aos 12 anos, como babá, empregada doméstica, balconista de padaria e cuidadora de idosos. Até que aos 18 anos fui aprovada em concurso público, para trabalhar como agente de saúde, a partir daí, pude começar a sonhar com um futuro melhor.
Atualmente pesquiso sobre história do continente africano, com destaque para o turismo na diáspora e países africanos de língua portuguesa.
Viajante do tempo, historiadora, pesquisadora independente da história e cultura afro-brasileira.
Podcast Bitonga Travel
Essa foi a história de Hellen Rose e seu ano sabático na África do Sul. E aí gostou? Compartilhe a sua história e textos conosco: bitongatravel@gmail.com