Turista Responsável - Juh Oliveira - Bitonga Travel

Você sabe o que é ser um turista responsável?

Em primeiro lugar, você sabe qual é o seu papel como turista responsável nos destinos que visita? Ser um turista responsável é muito mais que escolher uma hospedagem “sustentável” que utiliza painéis solares para gerar energia elétrica, ou que utiliza torneiras com acionamento por tempo determinado pra economizar água. Depois que fiz o curso Curso ‘Turismo Responsável: Tirando seu Projeto do Papel’ tive muito o que pensar a respeito do que é de fato um turismo responsável. De acordo com a definição da Organização Mundial do Turismo:

“O turismo sustentável pode ser definido como o turismo que considera as repercussões atuais e futuras, econômicas, sociais e de meio ambiente para satisfazer as necessidades dos visitantes, da indústria, de todo entorno e as comunidades anfitriãs. ”

Organização Mundial do Turismo (UNWTO)

Com o afrouxamento das restrições para viagens em decorrência do Coronavírus, muitas pessoas estão aproveitando para voltar a viajar. Carnaval está aí, apesar de adiamento dos festejos, o feriado será mantido em grande parte do Brasil e muitos destinos vão receber viajantes.

Seria turismo responsável sinônimo de boas práticas sanitárias?

Em tempos de pandemia de Covid-19, turismo responsável virou sinônimo de seguir boas práticas sanitárias para evitar que o vírus se alastre e o turista possa viajar com segurança. Mas será que é só isso? O selo “Selo de Turismo Responsável, limpo e seguro” criado em 2020, pelo Ministério do Turismo, que estabelece práticas a serem seguidas pelos estabelecimentos, é apenas um selo simbólico, sem nenhum tipo de fiscalização por parte das autoridades sanitárias do país.

Seno assim, esse contexto é importante lembrar que nem sempre o que uma marca vende é real. Existe um termo chamado “greenwashing” (lavagem ou maquiagem, verde em português) que é quando uma empresa ou uma marca se vende como sustentável, praticando ações que na realidade não impactam em nada na sustentabilidade. Na verdade, elas não estão fazendo mais que sua obrigação.

Vale lembrar que impactos ambientais não são só aqueles ligados à natureza, mas também ao social, visto que o ser humano depende da natureza para moradia e alimentação.

Um meio ambiente ruim e degradado também causa impactos negativos para as pessoas que vivem naquele local. Alguns exemplos são a falta de saneamento básico (abastecimento de água e coleta e tratamento de esgoto), falta de coleta de lixo e reciclagem, preço abusivo dos itens básicos de subsistência por conta de alta demanda de visitação, especulação imobiliária que expulsa os nativos de suas terras em troca de baixas indenizações. Como dizia meu professor de Geografia Aplicada ao Turismo, no primeiro semestre de curso “um lugar só é bom para os turistas, se é bom para os moradores.”

Overtourism

O overtourism é um outro problema que sofrem alguns lugares turísticos. Destinos que estão saturados, pois recebem um turismo de massa e não respeitam a capacidade de carga local, impactando diretamente na qualidade de vida na população local, que acaba vendo o turismo como um problema e não uma solução. Isso acontece mais na Europa, lugares como Barcelona e Veneza que despontam no turismo mundial em termo de visitação. Aqui na América Latina também temos esse problema em alguns atrativos, como mostra a matéria De qual overturismo estamos falando na América Latina?

É um tema complicado e delicado, porém importante que deve ser olhado com cautela, principalmente no Brasil onde o turismo em sua maior parte é feito à base de exploração.

Cristo Redentor Rio de Janeiro foto Gab
Cristo Redentor Lotado Rio de Janeiro – Imagem Pixabay

Dessa forma, questione:

Em síntese, vamos pensar. Com relação aos destinos e serviços contratados numa viagem:

  • a empresa contratada no destino gera oportunidades de emprego para população local?
  • está realmente envolvida positivamente com na mitigação dos impactos ambientais locais?
  • tem no seu quadro de funcionários negros, mulheres, LGBTs e deficientes?
  • utiliza produtos produzidos localmente?
  • promove algum tipo de turismo que envolva de forma negativa fauna e flora local sem fins de preservação?
  • promove algum tipo de impacto positivo na comunidade? Oferece cursos de capacitação, oficinas de empoderamento econômico local?
  • evita o desperdício alimentar e utiliza materiais reutilizáveis?
  • contrata guias locais, assim se tem a certeza que a renda gerada está beneficiando economicamente a comunidade local.

Essas são apenas algumas perguntas que devemos fazer antes de viajar para um destino ou escolher um serviço turístico.

É importante termos essa consciência e entender que o turismo, apesar de um momento agradável para quem está viajando, pode sim ter consequências negativas. Muitas das quais nem imaginamos, ou seja, a responsabilidade também é nossa e devemos fazer a nossa parte.

Como ser um turista responsável?

Então aqui vão algumas dicas de como ser um turista responsável:

  • Apoie a economia local comprando principalmente de pequenos empreendedores;
  • Escolha agências de guias locais, que conhecem bem o lugar onde vivem;
  • Visite comunidades tradicionais (aldeias, quilombos)
  • Não realize turismo que promova a interação com animais ou que tenham como atrativos animais em cativeiros. Aqui neste post tem dicas de passeios com animais livres em seu habitat
  • Procure programar a visita aos atrativos de forma a evitar os horários mais cheios.
  • Busque atrativos fora dos tradicionais, pois estes costumam estar já saturados.
  • Se possível viaje fora da alta temporada. Além de evitar aglomeração, ainda ajuda a economia local a sobreviver em períodos fora da sazonalidade.

Por fim, responda pra gente, você se considera um turista responsável? Assim como, leva em consideração algum desses fatores na hora de escolher um destino?

Juliana Oliveira Bitonga Travel Viajando pela Colombia

Juh Oliveira – Bora Descobrir

Turismóloga, Arquiteta e Urbanista e Guia de turismo. Habitante da Baixada Fluminense no Rio de Janeiro. Viajante pobre latinoamericana. Apaixonada por viagens, fotografia e conhecer novas culturas. Quero inspirar as pessoas a viajar e pensar no seu papel como viajante responsável, consciente de seus impactos nos locais que visita.

Leia também -6 lugares para conhecer pela Colômbia – Viajando sozinha
Livro EscreVIVER - Cartas de uma viajante negra ao redor do mundo

Livro EscreVIVER – Cartas de uma viajante negra ao redor do mundo

Rebecca Aletheia lança o seu primeiro livro EscreVIVER – Cartas de uma viajante negra ao redor do mundo. Um livro que tem dado o que falar! Antes de mais nada, vale lembrar que este livro foi mencionado por Dito como manual do viajante, um livro veio para inspirar, rir, se emocionar e acima de tudo te encorajar se jogar no mundo.

Como se deu a prática da escrita?

Sempre gostei de escrever, a prática do diário era algo que sempre levei da infância. Assim como, a escrita de cartas, de enviar para outras crianças que anunciavam seus endereços nos jornais ou nas revistas infantis.

Em 2017 na minha primeira viagem internacional como expatriada no Tadjiquistão para atuar como enfermeira humanitária, mantive a prática da escrita em formas de carta para mim mesma.

O ano de 2019 foi o ano que fui à Moçambique e também continuei escrevendo. Nesta jornada, se intensificou no momento em que vivi e sobrevivi à um ciclone no país.

A escrita sempre foi algo terapêutico pra mim! Pude diversas vezes me encontrar e reencontrar, ou seja, mergulhar na mulher que sou e presentear o meu futuro com o que tenho me formado.

Viajante e Escritora?

Rebecca Aletheia - Autora do Livro EscreVIVER cartas de uma viajante negra ao redor do mundo
Rebecca Aletheia – Autora do Livro EscreVIVER cartas de uma viajante negra ao redor do mundo

Nascemos “livre” e realmente parece que o mundo nos coloca essa tal barreira que mesmo invisível ela existe e de uma forma brutal através do racismo, machismo, sexismo e classe.

Costumo dizer que me permitir IR, ou seja, cruzar todas essas barreiras que nos são impostas já é um grande ato e não digo de formas apenas internacionais é romper com tudo aquilo que nos impõe de não sermos merecedoras.

Acredito também que sou a continuação da minha história familiar de rompimento, de percorrimento, compreendo que a o caminho se torna um pouco mais leve. Porém ainda continuo a olhar a minha volta e não ir sozinha! Pois onde passa 1, passam 2, 3, 4 e quantas preciso for para rompermos com todas essas formas de opressão.

Não pensava em publicar o livro e por diversas vezes eu fazia por mim e não pelos outros! Foi nesse momento em que ao reler as minhas cartas vi a necessiadae de compartilhar relatos nunca compartilhados antes para o mundo!

E foi através de mulheres negras, a sua metade nordestina que abraçaram o livro e me encorajaram a publicar assim como realizar todo o processo.

Atualmente o livro foi produzido 100% independente, assim como, produzido integralmente por mulheres negras.

Sobre o livro?

A autora brinca com os diversos formatos e formas sensoriais do livro e trouxe o livro em diversas formas, são elas:

O livro será lançado na forma física, e-book, áudiobook (- versão Youtube -), ou seja, com o intuito de democratizar o acesso à pessoas que não tem a prática de leitura, assim como poder entregar à Moçambicanos, Tadjiques, Malawianos suas histórias.

E por fim, não menos importante um livro em formato de  Scrapbook, onde os manuscritos estão em formato de cartas e os leitores terão que abrir uma à uma.

Sinopse do Livro – EscreViver Cartas de uma viajante negra ao redor do mundo:

A cidadã do mundo Rebecca Aletheia, ao percorrer por cidades estados e países como Tadjiquistão, Moçambique, Malawi e Tanzânia escreve cartas à si mesma com relatos ríquissimos de suas experiências e vivências. Em seu livro traz uma narrativa alegre, emocionante, comovente de forma bem comunicativa e agitada.

Com profunda sensibilidade e uma imensa gana pela vida, ela passeia pelas mais diversas culturas e países e vai nos trazendo sentira a força, a magia e o encantamento das cores. Se os seus dias estiverem cinzentos e embaçados, percorrer os relatos de “EscreVIVER – Cartas de uma viajante negra ao redor do mundo” vai te ajudar a resgatar o brilho e a vivacidade do cotidiano.

Adquira o seu livro EscreVIVER!

Sendo assim, te convidamos à adquirir o seu livro EscreVIVER – Cartas de uma viajante negra ao redor do mundo!

E-book (Kindle) – https://www.amazon.com.br/dp/B09WZXNSL3/ref=mp_s_a_1_1

Livro Físico + Frete para todo o Brasil – https://pag.ae/7Y8xgzmCG

Livro e AudioBook – https://pag.ae/7YfTyJVju

Audio vídeo Book = https://pag.ae/7YfTB8hr8

Acesse a nossa Loka: https://rebeccaaletheiaribeirosantana4148.sualojaonline.app/

Por fim, escute mais sobre o livro com a autora

Encontro de Economia Periférica em SP

8 mulheres que abrilhantarão o Encontro de Economia Periférica – SP

O X da Questão – Consultoria em Diversidade, Educação e Desenvolvimento de Projetos, vem apresentar em 2022 o Encontro de Economia Periférica na zona Sul de SP, evento cujo objetivo é evidenciar as potencialidades da economia periférica, em princípios como a economia cooperativa, união, trabalho coletivo e responsabilidade.

Sobre o Encontro

Encontro este que proporcionará aos seus participantes rodas de bate-papo e painéis de debate sobre o jovem e o mercado de trabalho, o futuro das profissões, a importância da educação para a prosperidade econômica. Assim como, oficinas e workshops – empreendedorismo, na prática, ferramentas de produtividade, preparação para o mercado de trabalho com oficina de currículos e dinâmicas de processos seletivos, foco em diversidade, além de atividades culturais – música, dança, artes visuais, literatura.

Sendo assim, deixamos aqui a sugestão de dois paineis, dos quais mulheres pretas periféricas abrilhantaram o evento são eles:

Painel Finanças – 12h

Painel Finanças - Economia Periférica 2022
Painel Finanças – Economia Periférica 2022

Barbára Terra -Idealizadora da Rede Nois por Nnois, viajadeira, astrologa, anfitrião de experiências turiticas do Guia Negro, Produtora culutra Preta Periférica.

Marília de Oliviera – CEO da Ife Assessoria, Contabilista, administradora e mãe da Ashanti e da Mali.

Painel Turismo – 14h

Painel Turismo - Economia Periférica - SP 2022
Painel Turismo – Economia Periférica – SP 2022

Luanny Faustino – Internacionalista incomodada tentando transorar o mundo num lugar melhor. Consultora e Colunista – Diversidde e Inclusão

Economia Periférica: Painel Inovação – 17h

Painel Inovação - Economia Periférica - SP 2022
Painel Inovação – Economia Periférica – SP 2022

Acontecerá as 17h e a mesa conta com as painelistas

Keila Almeida – Mulher preta, lesbica, surda, periférica. Analista na Accenture do Brasil, Agilista, Palestrante, mentora e empreendedora

Priscila Cadette – Método Cadette para gestão de negócios, consultoria para empresas e mentoria para empreendedores e startups.

Marcelly Firmino – COO da Cadette, co-fundadora do núcleo de estudantes negros de relações internacionais e special advisor da Pan Africana Vision, uma plataforma de ativismo economico de fomento a cooperação e ao desenvolvimento da comunidade na Diáspora e África.

Adriana Vasconcellos – Mãe, educadora étnico-Racial, secretária de Relações internacionais, Idealizadora da 1ª Expo Internacional dia da Consciencia Negra.

Glauce Cristine Cacau – Mulher-menina, palhaça, uma amante da música, dança, artes. No ato de viver. Conectar trasmutar, sorrir (eu e o outro)

Venha participar deste dia de interatividade, atualização e colaboração para e com a economia periférica.

Programe-se e participe deste super encontro!

O Encontro de Economia Periférica SP 2022 acontecerá em 14/maio/2022, Sábado.
Horário: 10h00 às 19h00.
Local: Centro de Culturas Negras – Jabaquara – São Paulo – SP
Público-alvo: Jovens e Adultos moradores nas regiões periféricas de São Paulo.

3 enfermeiras negras abolicionistas que fizeram história no EUA - Bitonga Travel

3 Enfermeiras Negras Abolicionistas que fizeram história nos EUA

Em primeiro lugar antes de começarmos a falar das 3 enfermeiras negras abolicionistas que fizeram história nos EUA, gostaria de trazer a reflexão sobre essa profissão.

A enfermagem é a arte do cuidar e não seria diferente o cuidar quando o assunto é combater desigualdades e nesse caso a escravidão. Afinal de contas, ser livre, ter direitos, não sofrer racismo é gozar de saúde, não é mesmo?

Mas, frente a tanto racismo e apagamento histórico que a história colonial é capaz de nos omitir. Sendo assim, compartilho 3 enfermeiras negras abolicionistas que fizeram história nos EUA.

Harriet Tubman

Harriet Tubman - enfermeira negra abolicionista EUA
Harriet Tubman – enfermeira negra abolicionista EUA

Além de nascida sem sua liberdade, Tubman foi escravizada assim como, espancada e açoitada por seus vários senhores durante a infância. Ainda jovem, ela sofreu uma lesão craniana traumática quando um senhor de escravo jogou um pesado peso de metal num escravo fugitivo, mas acabou acertando-a. Diante de tanta injustiça, não deixou de lutar pela abolição, de pessoas escravizadas entre elas familiares e parentes.

Durante a Guerra Civil, ela se ofereceu como cozinheira e enfermeira para o Exército da União, e logo depois como batedora armada e espiã. Há registros em 1865, Harriet cuidou de pacientes negros feridos no Hospital Fortress Monroe, Virgínia. Ela fervia raízes e ervas e fazia uma tintura para ajudar os pacientes a se recuperarem de disenteria e outras doenças.

Foi a primeira mulher a liderar uma expedição armada na guerra, guiando o ataque no rio Combahee, que liberou mais de 700 escravos. Depois de sua morte em 1913, tornou-se um ícone de coragem e liberdade e atualmente.

Sojourner Truth ou Isabela Baumfree

Soujourner Thuth - Isabella Baumfree - Enfermeiras negras abolicionistas fizeram história nos EUA
Soujourner Thuth – Isabella Baumfree – Enfermeira negra abolicionista fez história EUA

Isabella Baumfree, nascida como escrava renomeada como Soujourner Truth. O que não pouco conhecido sobre Truth é que ela foi uma pioneira na prática e educação de enfermagem.

Truth primeiro serviu como enfermeira enquanto era escrava da família de John Dumont em West Park, Nova York. Ela escapou para a liberdade antes do Ato de Emancipação de 1827 e inicialmente se estabeleceu em Michigan durante a Guerra Civil, onde coletou alimentos e roupas para os regimentos Negros.

Em 1863, Truth mudou-se para Washington, D.C., onde trabalhou nos hospitais da Union, cuidando de pacientes doentes e feridos, ensinando habilidades domésticas e se dedicando ao trabalho de ajuda humanitária para pessoas libertadas.

Como uma mulher livre, Truth defendeu programas formais de educação em enfermagem junto ao Congresso, embora ela própria nunca tivesse tido essa oportunidade. A insistência de Sojourner Truth em padrões mais elevados de cuidado e limpeza teve um impacto duradouro no campo da enfermagem.

Susie King Taylor

Enfermeira Susie Taylor - abolicionistas negras fizeram história EUA
Susie-King-Taylor Enfermeira abolicionista EUA

Assim como as demais Taylor também foi à guerra, porém, se destaca em ser primeira mulher a primeira enfermeira negra do exército na Guerra Civil. Foi libertada da escravidão em 1861, colocou suas habilidades em uso para o Exército da União.

A enfermeira Taylor cuidou de soldados feridos, chegando a se infiltrar nas tendas de soldados que foram colocados em quarentena com varíola para ajudá-los a se recuperarem. Ela finalmente começou uma escola para crianças e soldados negros e serviu por mais de três anos viajando com as 33ª Tropas de Cor dos EUA. Seu ativismo certamente preparou o terreno para que as enfermeiras sindicais fossem compensadas com salários justos.

Racismo, gênero e Classe

É importante lembrar que todas as enfermeiras abolicionistas descritas aqui não foram pagas pelos cuidados de enfermagem que prestaram. Aliás muitas delas e bem referenciado por Soujourner Thuth – “E eu não sou mulher?”. Embora seus trabalhos tenham sido subestimados, seus ativismos são guias para o compromisso contínuo das enfermeiras em acabar com a opressão e a desigualdade salarial, enquanto lutam por justiça racial e um mundo saudável para todas as pessoas.

E conte para nós, você conhecia a história dessas 3 Enfermeiras negras abolicionistas que fizeram história nos EUA? Lembra de mais alguém, compartilhe conosco.

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Perdi o Passaporte ou RG viagem internacional, o que fazer?

Perda do passaporte ou o RG na viagem internacional – O que fazer?

Me chamo Rebeccca  Aletheia, e hoje quero falar da falsa perda do passaporte ou o RG na viagem internacional, e aí, o  que fazer? Em primeiro lugar espero que este incidente nunca aconteça com você que está lendo este texto. Mas, caso esteja lendo por ter tido algum problema você está no lugar certo!

Tenha calma

Se você perdeu o seu passaporte ou o RG na viagem internacional, mantenha a calma! Não é nada complicado, não entre na neura e não perca a vibe, provavelmente será uma noite de festa ou em um passeio. Calma, respire fundo e procure o telefone, e-mail do consulado Brasileiro.

Contacte ao Consulado Brasileiro

A maioria dos países tem consulado do Brasileiro! Exceto 55 países não tem consulado no país mas tem consulado de referência que irá ou deverá resolver esse problema que agora é coletivo!

Como contactar o Consulado?

A primeira coisa é fazer a busca do telefone de plantão, sempre haverá alguém de plantão e que fala português. O mais legal é que se não atenderem o telefone, volta à informação anterior, mantenha a calma! Eles irão retornar a ligação se for um número de celular. Mas duas vezes me ligaram, assim como é possível encontrar WhatsApp ou e-mail para tentar a comunicar.

Para quem perdeu o RG

O consulado emitirá uma carta/ Documento de autorização de saída do país. O mesmo, organizará a melhor forma e todas as opções para que chegue até sua mão de forma segura. Alguns países tem Consulado honorário, ou seja, um na capital e outra em outro em um outro Estado/Província/Departamento.

Atenção, essa opção é válida, caso você tenha um voo direto ao Brasil do país onde perdeu o RG. Uma outra informação é que O documento de autorização de saída do país é aceito em conexões no Panamá.

O custo desse serviço é gratuito.

Para quem perdeu o passaporte

Bom, para quem perdeu o passaporte o procedimento é o mesmo acima. Porém, o consulado realizará todas as medidas para que seja emitido um novo passaporte. Vale lembrar que será necessário o pagamento de um novo passaporte, ou seja, um custo extra não programado para a sua viagem. 

Essa opção também é possível para quem perdeu o RG, mas o custo de um passaporte é um pouco alto por isso vale muito a pena a saída através da carta emitida pelo consulado.

Faça o Boletím de Ocorrência

É importante lembrar que se você perdeu, sofreu um furto ou roubada. Como em qualquer país do mundo é necessário fazer um boletim de ocorrência ou uma denúncia policial Todos esses procedimentos são possíveis através da internet. Mais caso não saiba como fazer ou realizar no país do qual você está a dica é procure a polícia do turismo ela pode te auxiliar.

A denúncia policial é de extrema importância, pois assim como o passaporte o RG brasileiro são extremamente visado, devido a diversidade do povo brasileiro.

Antes de viajar

O que pouca gente lembra é que quando for viajar tenha uma cópia digital salva em seu e-mail do documento da viagem. Quando for se realizar a solicitação de um novo documento ou o documento de autorização de saída, será necessário apresentar uma cópia do documento(RG ou Passaporte), ou seja, Algo que prove que é você.

Parece bobagem, mas é nesse ponto que muitas das pessoas não tem nenhum outro documento ou nenhum backup de seus documentos salvo em qualquer planilha ou e-mail no celular.

Atente-se aos horários

A maioria dos consulados possuem horário de funcionamento, ou seja, atende-se aos horários! Funcionam de segunda à sexta caso o seu voo seja no final de semana ou em algumas horas antes do voo será importantíssimo voltar a opção 3, ou seja, obter essa informação junto ao consulado de como proceder. 

E aí, gostou dessa dica? Já aconteceu a perda do RG ou o passaporte na viagem? Conte-nos como procedeu, e se teve um bom atendimento junto ao consulado brasileiro fora do Brasil.

E por fim, assista também:

Prrdi o Passaporte ou RG na viagem Internacional

Brasil terra mãe! – Quem ganha com essa fake ?

Brasil terra mãe, assim escuto dos oriundos de África.

Todos querem conhecer esse país preto e acolhedor.
Brasil terra preta, em que os corpos que aqui ocupam, tem suas histórias ceifadas.

Brasil terra da democracia racial, que apaga as histórias de violência do povo preto e reescreve histórias de cumplicidades e relações amigáveis.

Entre enganos da dita e dura demo…cracia racial, o Brasil corta e açoita seus filhos e parentes de cor , enquanto adota filhos alheios.

A Quem interessa?
Quem ganha com essa fake ?

Terra mãe que engole seus filhos que aqui vivem e que mata aqueles que ousam visitá-la.
Terra mãe que decide a cor de quem morre e de quem mata.

Terra mãe desnaturada
Mãe? Como uma terra dita mãe, aborta seus filhos?
Ouso chamar de terra pai, terra de homens que gerem, criam e alimentam aqueles que convém.

Terra pai, sim. Que acolhe aqueles que tem a cor alva e cala os corpos de pele alvo.
Terra pai, que abandona os seus que não pediram para vir.
Terra pai que aborta diariamente seus filhos e somem sem registrar seu nome.

Brasil terra mãe! – Quem ganha com essa fake ?

Joice do Santos - Turismologa

Joice Santos

Joice é soteropolitana, turismologa, sagitariana. Agitada ao extremo, estar sempre procurando algo para se ocupar.
Ama falar sobre viagens, sobre música, dançar e fazer análises das relações sociais. E faz tudo isso entre choros e sorrisos.

Por fim…

Faça como Joice envie o seu texto para o blog da Bitonga Travel faleconosco@www.site-antigo.bitongatravel.com.br ou bitongatravel@gmail.com

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MONUMENTOS E SUA HISTÓRIA ÚNICA. O QUE O TURISMO TEM HAVER COM ISSO?

E todos são Pretos!
Sofri Racismo na Croácia - Por Joelma Imigrante viajante

Racismo na Croácia? Relato de uma viajante negra

Pela primeira na minha vida eu – Joelma Maciel, senti o que é sofrer um racismo, e aconteceu na Croácia. País que amo, na cidade de Rijeka, uma cidade encantadora de praias belíssimas. Vale lembrar que continuo gostando do país! Assim como, encontrei muitas pessoas boas e incríveis por lá, por isso esse fato não serve de julgamento para generalizar o lugar. 

Já tinha sofrido xenofobia no Brasil, ao sair da Paraíba e ir morar em São Paulo. Muitas brincadeirinhas com o meu sotaque, na universidade e no trabalho. Ser motivo de piada por ter um sotaque, foi uma sensação bem desconfortável e quando isso aconteceu há 15 anos atrás, não soube lidar, minha postura foi apenas me isolar. 

O ato de racismo sofrido na Croácia:

Aconteceu em uma loja de roupa e artigo de artesanato localizada em um shopping no centro da cidade. Estava vestida com roupa de praia, percebi que a loja era um pouco luxuosa mas, não tenho problema em entrar em nenhum lugar, mesmo que não esteja vestida “adequadamente”.

Na loja tinha apenas duas pessoas, um homem e uma mulher, que acredito que era o dono ou gerente e uma funcionária, no momento que comecei a olhar as peças de roupa o homem falou alguma coisa para mulher em Croata.

Então, ela então começou a me seguir, cada passo que eu dava, ela caminhava junto, quando pegava em alguma coisa, ela depois checava se eu coloca de volta no lugar. 

Peguei algumas roupas para provar ao sair do provador a funcionária estava lá na porta me esperando. Perguntou se gostei das roupas, falei que sim e que iria levar uma, nesse momento os dois se olharam e aguardaram eu efetuar o pagamento.

O desconforto…

Fiquei tão desconfortável com a situação que na hora do pagamento peguei o cartão errado e deu erro na compra. O homem começou a falar algo em Croata para ela bem irritado. Pedi desculpas, e efetuei o pagamento com o outro cartão e fui embora.

Sentimentos e pensamentos após ser vitima de racismo 

No caminho minha cabeça esta explodindo de pensamentos:

Será que eles agiram assim porque eu não estava bem vestida?

Porque eu sou imigrante?

Porque eu sou negra?

Sentir vontade de chorar! Lembrei que antes de viajar para Croácia uma amiga Croata, falou que isso poderia acontecer, que infelizmente as cidades pequenas que não recebem muitos turistas são racistas.

Não podemos nos calar

Não conseguia parar de pensar na cena, nessa noite não conseguir dormir, precisava fazer alguma coisa, busquei na internet algum contato ou email da loja mas, sem sucesso. Porém, encontrei o perfil do shopping e enviei uma mensagem relatando o ocorrido. Eles me responderam pedindo desculpas, que a administração do shopping desaprova este tipo conduta, que a loja seria notificada e que aproveitasse a minha viagem.

Depois disso, sentir que fiz a minha parte, ou seja, que não poderia ficar calada e simplesmente aceitar.

Hoje percebo que muita coisa mudou dentro de mim, que qualquer sinal de preconceito meus olhos conseguem captar e não importa onde esteja, não vou me calar. 

Por esse e outros motivos é necessário ter um Coletivo de mulheres negras viajantes, pois nosso choro, nossas frustrações e pensamentos devem e precisam ecoado e ouvidos. Obrigada Joelma por contar esse relato de dor, sinta-se abraçada e acolhida, pois Racistas não passarão! Faça como Joelma envie seu texto para nós e não se cale!

Racismo na Croácia, no mundo não passarão!

Por fim, nosso e-mail é: faleconosco@www.site-antigo.bitongatravel.com.br , será um prazer ter o seu texto publicado aqui conosco!

Foto Perfil Joelma - Imigrante viajante

Joelma

Me chamo Joelma, também conhecida como Viajante Imigrante, nordestina, negra e atualmente estou na Europa viajando sozinha e conhecendo lugares incríveis. Até o momento estive em 07 Países, fiquei hospedada como voluntária, recebendo alimentação e hospedagem em troca de algumas horas de trabalho, partilho em meu blog – A Imigrante – minhas vivências positivas e negativas com o intuito de incentivar e/ou alertar o leitor mas, o meu maior propósito é mostrar que somos capazes de chegar em qualquer lugar, enfrentando o preconceito e desafios.

https://aimigrante.blogspot.com/

E a Shakira ? - Texto de Valeria Lourenço

Cadê a Shakira? Um breve passeio pela música colombiana

Vamos fazer um passeio pela música colombiana? Este texto produzido por Valéria Lourenço.

A salsa nasceu oficialmente nos Estados Unidos da América. Oi? Você sabia dessa informação? Eu não! Confesso. Mas Juan, meu guia pelas ruas de Bogotá, me contou um pouco dessa história: migrantes de vários países latinos estavam nos Estados Unidos, Nova Iorque mais precisamente, “tentando” a vida (é no mínimo instigante o uso desse verbo para se referir a esse deslocamento que muitos fazem ao saírem de seus lugares de origem para trabalhar) e ali nasce esse ritmo que, em espanhol, significa tempero ou molho.

A capital da Salsa


Bem, dito isto, o que eu sabia até então sobre a música colombiana, é que Cali era a capital mundial da salsa. Eles conseguiram esse título e parecem, com razão, fazer questão de defendê-lo com todo carinho. Assim, em TODOS, sem exceção, TODOS os lugares de Cali, é possível ouvir salsa. Seja em uma lanchonete de esquina, em um espetinho na praça, nos táxis, nas festas de família, a cidade respira salsa. Para além disso, há várias escolas de salsa na região e, também, muitos hotéis que já incluem entre suas atividades o ensino do ritmo para seus hóspedes. Ou seja, há um turismo forte pautado no que a cidade tem de mais potente: a salsa.

Feria de Cali

Em Cali, anualmente acontece a “Feria de Cali”, de 25 a 30 de dezembro, e a cidade para, ou melhor, baila, todos os dias e em diferentes horários, e tem até um salsódromo em que os bailarinos das escolas de salsa se apresentam. Cali parece não dormir. Você pode rumbar (dançar, festejar) de segunda a segunda, sem intervalo já que os caleños dançam muito e todos os dias.

Entre as centenas de clubes de dança, a gente pode se deliciar no La Topa Tolondra e se imaginar em um filme dos anos 1920 com a decoração do Malamaña. Além destes bares, há a Calle 66 e as ruas ao redor do Parque Alameda, espaços que reúnem dezenas de discotecas de salsa para todos os gostos. Devido à mistura de influências musicais que criou o ritmo, incluindo os toques de tambores, para nossos ouvidos, a salsa soa a todo momento como um som familiar que parece já conhecíamos desde sempre.


Importante destacar que a salsa é dançada com uma sincronia quase perfeita dos pés do casal de dançarinos. Eles têm tanta agilidade que faz com que não consigamos desgrudar os olhos daquelas pernas e pés que se mexem freneticamente.

Mas e a Shakira?


Talvez essa seja aquela impressão estereotipada e superficial que temos de um determinado país: a tal história única a que Chimamanda Adichie se refere. A Colômbia tem diversos ritmos musicais, entre eles, a cumbia, o vallenato, o reggaeton, a bachata, o RAP e o currulao, para citarmos somente alguns. Também poderíamos fazer uma lista imensa de cantores e conjuntos de salsa que fazem a festa nos sons espalhados por toda Colômbia. Joe Arroyo, Jairo Varela, Orquestra Calibre, Orquestra Guaycán, são alguns desses artistas.


Então, sinto muito em decepcioná-lo (a) caro (a) amigo (a), mas durante tantos dias em que estive na Colômbia, só ouvi uma música da Shakira e uma única vez. Lembro-me exatamente o dia e a hora. Estava em Santa Marta conversando com um grupo de jovens de Medellín e, depois de descobrirem que eu era brasileira, decidiram colocar alguma música para dançarmos todos juntos. Naquele momento, iniciou-se uma disputa entre ouvir J. Balvin ou Calle 13 (aquele grupo de Porto Rico que tem uma música bonita chamada “Latinoamérica”. Se você não conhece, dá um Google rapidim). Mas, não sei como a Shakira se meteu ali no meio, e também não me lembro qual foi a música tocada.


Tarde da noite, a caminho do hotel, me lembrei daquela menina tímida que tentava pronunciar as palavras que o professor de espanhol nos ensinava durante as aulas do Ensino Médio no Colégio Estadual Círculo Operário, lá em Xerém. Aprendíamos com músicas diversas. Mas me lembro bem de Shakira: “Perteniceste a uma raza antigua de pies descalços y de sueños blancos. Fuiste polvo, polvo eres que el hierro siempre al calor es blando”. Quase 30 anos depois, percebi que não me esqueci de algumas palavras daquela época e que o rebolado… Ah! Seria capaz de fazer Shakira morrer de inveja.

Por fim…

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Crônica – ” Aonde meus pés me levarem”
Valéria Lourenço

Valéria Lourenço

Escritora poeta e professora de língua portuguesa e literaturas no IFCE – Campus Crateús.

A quem é concedido o direito de conhecer o mundo - Giselle Christina

A quem é concedido o direito a conhecer o mundo?

Escrito por Giselle Cristina vem-se a pergunta: A quem é concedido o direito a conhecer o mundo?

Viajante inveterada, a preta é muito bem humorada, bem disposta e acima de tudo generosa. Não demorou muito e as peripécias de viagem dela viraram meu melhor entretenimento no final do dia, não tinha novela das 9h que batia.

Não era só ver por onde ela passou, era sentir o que ela sentia, era saborear cada comida de rua, gargalhar com as dancinhas nos monumentos e até se aperrear com os perrengues que ela passava e ainda compartilhava com a gente, afinal a vida da mulher negra viajante, NÃO É FÁCIL rs.

Rodar com ela por esse mundo sempre curiosa pra saber o próximo destino foi a minha grande diversão em 2021, mas ainda assim a mente e o coração já estavam conformados que só assistir já estava bom.

Vem comigo, no caminho eu explico

No meio do segundo semestre de 2021 Rebecca Aletheia “lançou a braba”, quem quer viajar comigo põe o dedo aqui que já vai fechar o abacaxi. Mas Rebe, vamos pra onde? E essa era a grande sacada, literalmente Rebecca Aletheia estava propondo um VEM COMIGO, NO CAMINHO EU EXPLICO. E qual foi a minha surpresa quando disse sim sem nem pensar, sem fazer contas, sem escolher destino, sem controlar a minha própria vida.

Quando me dei conta estava fazendo várias coisas pela primeira vez, trabalhando insanamente em um emprego na minha área, me programando pra viajar “sozinha” me arriscando a conhecer pessoas absolutamente novas e ainda não.controlando nada (sou leonina com ascendente em touro, controlo tudo o tempo todo).

Estava apreensiva, mas em nenhum momento senti medo. Eu fui acolhida e muito bem amparada, principalmente depois do choque de saber que a viagem era internacional e eu não tinha nem passaporte. Fui conduzida e até ciceroneada pelas burocracias que cercam um evento desses e acima de tudo fui inspirada por todas as mulheres que toparam essa jornada gloriosa e cheia de perrengues.

6 mulheres negras viajando juntas

Viagem Afroturismo na Colômbia por mulheres negras
Viagem Afroturismo na Colômbia por mulheres negras

Nós viajamos ao todo em 6 mulheres, e eu era a única virgem de trip, mas as trocas entre a gente foram tão genuínas e intensas que parecia que aquilo era comum pra mim também.

Cada uma de nós era muito boa em alguma coisa e isso facilitou a nossa longa estadia de 20 dias perambulando para lá e para cá, tinha dia que uma tava rica e outra tava pobre (problemas de câmbio) mas nenhuma de nós passou vontade de nada, as finanças eram do grupo e todas nós nós responsabilizamos por todas as contas conjuntas. E tudo isso ainda com uma liberdade nunca experimentada antes.

Por mais que fosse uma viagem em grupo, não foi uma viagem engessada, cada uma fez o seu roteiro e assim teve gente que chegou antes, que chegou no meio que ficou mais em determinada cidade e menos em outra. Mas mesmo assim nós.estavamos juntas tomando conta uma da outra.

Voltando ao Brasil da Colômbia por terra

Acompanhar o ritmo da blogueira de viagem não é fácil e voltamos da Colômbia por terra, passando dois dias dentro de um barco até Manaus, uma das experiências mais incríveis da minha vida.

Resumindo conhecemos 6 cidades na Colômbia e duas no norte do Brasil, Rebecca ainda emendou Rondônia e Acre, mas a estreante aqui já estava sem forças e só pensava na própria cama.

De toda essa experiência eu só tenho duas certezas, mulheres pretas podem fazer qualquer coisa nesse mundo todo e que eu vou usar esse mundo todo pra fazer todas as coisas.

Escute e imagine a quem é o direito de conhecer o mundo:

Escute o Podcaste com Giselle Christina – contando a sua viagem em San Basilio de Palenque – Colômbia
Giselle Christina

Giselle Christina

Consultora em diversidade e inclusão (D&I corporativa) é Mestranda em Humanidades, Direitos e Outras Legitimidades pela Universidade de São Paulo – USP e Bacharel em Sociologia e Política pela Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo – FESPSP.

Entusiasta em Data Science, Fundamentos de Estatística e Processos de Decisão, possuí vasta experiência na execução de pesquisas qualitativas, quantitativas, mercadológicas e desenvolvimento de projetos de inteligência de mercado e consumer insights.

Destacam-se os projetos realizados para clientes como Afrobras, Faculdade Zumbi dos Palmares, Feira Preta, EmpregueAfro (censo da diversidade Médicos Sem Fronteiras), Campari (censo da diversidade) no desenvolvimento de análise de dados, produção de relatórios, pesquisas e planejamento estratégico.

E aí, a quem é concedido o direito de conhecer o mundo? Assim como a Giselle, envie o seu texto para nós e tenha o seu texto divulgado por aqui: faleconosco@www.site-antigo.bitongatravel.com.br ! Será um prazer ter o seu texto aqui conosco.

LEia também: Rio Amazonas: Tabatinga a Manaus percorrendo o maior rio do mundo texto de Luciene Silva

Primeira Santa Africana - Conheça a históra da Santa Bakhita

Primeira Santa Africana – Conheça a história da Santa Bakhita!

Você conhece a Santa Bakhita, a primeira Santa Africana e a Santa protetora dos imigrantes, refugiados e dos negros? Antes de mais nada, te convido a conhecer essa Santa que se faz muito presente no Estado de São Paulo mais especificamente na cidade de Santos.

Mediante a tanta brutalidade e crueldade contra refugiados e imigrantes, assim como Moïse Kabse Kabamgabe, será que existe uma Santa que zela por essas pessoas? Essa foi a pergunta feita por Rebecca Aletheia sem ao menos ser religiosa. E para sua surpresa conheceu através da oralidade a primeira Santa Africana, e sua grande importância e milagre na cidade de Santos-SP.

Sua história

De origem Sudanesa, nasceu em 1869 em Darfur Sudão e faleceu em Schio Vicenza-Itália em 1947. Ao longo dos seus 78 anos, de vida teve em sua história de vida o rapto e escravidão presentes em sua jornada.

Além disso, mediante a tanta brutalidade a sua verdadeira identidade assim como, o seu nome foram apagados em decorrência dos traumas e agressões. Sendo assim, o seu nome ficou como Josefina Bahkita – sendo Bahkita o significado de afortunada.

Cronologia resumida da primeira Santa Africana – JOSEFINA BAKHITA

1869 (aproximadamente): nasceu na região de Dafur, Sudão;

– 1876/1877: raptada por mercadores de escravos;

– 1883: comprada por um Cônsul Italiano:

1885: chega à Itália e é “cedida” à Maria Turina Michieli;

– 1889: recusa-se a retornar à Africa e permanece no Catecumenato de Veneza, dirigido pelas Irmãs Canossianas;

– 1890: recebe os Sacramentos do Batismo, Eucaristia e Crisma:

1893: entra no noviciado das Filhas da Caridade Canossiana:

– 1896: emite votos temporários em Veneza;

– 1947: encerra sua vida terrena em Schio;

– 1978: é promulgado o decreto de Heroicidade;

– 1991: é promulgado o decreto de Beatificação;

– 1992: é proclamada Beata pelo Papa João Paulo II e dez dias após a Beatificação, ocorre o milagre na Catedral de Santos, qual foi acolhido para a sua Canonização:

1995: Dom David Picão constitui o Tribunal Diocesano para estudar o milagre;

-2000 (1º de outubro) Canonização em Roma

O seu milagre  

Ao mesmo tempo, Josefina Bahkita precisava de um milagre comprovado para ser Santa. Sendo assim, a Santa Bakhita fez a cura de Eva da Costa Onishi que tinha diabetes e com o diagnóstico grave prevendo a amputação da perna direita, pdevido aos primeiros sinais de gangrena.

]No dia 27/05/1992 em uma quarta-feira Eva vai à igreja e roga por Santa Bahkita para que cure as suas pernas por caridade e em 24 horas após invocar a Santa e esfregar a imagem santinho nas feridas que tinha na perna elas voltaram ao normal e curadas.

A igreja da Santa Bakhita

Localizada na cidade de Santos, é possível visitar e conhecer um pouco de sua história. Assim como, nos dias 8 de fevereiro a festividade da santa em forma de missas são realizadas.

Igreja Santa Bahkita - Santos - SP
Igreja Santa Bahkita – Santos – SP

Rua República Portuguesa, 20 Vila Nova Santos – SP, CEP: 11013-450

E uma outra coisa é que é possível encontrar a imagem da Santa Bahkita na catedral de Santos – SP.

Neste dia 8 de Fevereiro que a Santa Bakhita possa dar proteção aos povos pretos africanos que buscam refugio no Brasil e em qualquer lugar do mundo, assim como promulgar justiça à esses povos.

E por fim, me conte, você reconhecia a história da Santa Bakhita a primeira Santa africana, assim como a  Santa das refugiados e das pessoas pretas?

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