Conheça mais sobre a Islândia

A Islândia é um país localizado no Atlântico Norte com uma população de mais ou menos 350 mil habitantes. A capital e a maior cidade é Reykjavík, e a língua falada é o Islandês.

Viver aqui em Oslo, na Noruega, tem muitas facilidades quando se trata de viajar pela Europa. A maior parte dos voos para as capitais europeias tem duração de 2 a 3 horas, além dos preços serem bem acessíveis e portanto pra Reykjavík não é diferente.

Sempre ficava imaginando como deveria ser a Islândia, um país tão pequeno no norte da Europa, e enfim, na Páscoa de 2018 resolvi ir até lá para averiguar.

Fui sozinha mesmo. Marquei as passagens e o hostel, fiz a reserva do carro, sim porque entre os meus planos de visita estava rodar de carro por dois dias no Golden Circle (Círculo Dourado).

No primeiro dia me programei pra fazer o walking tour (Turismo a pé). Sempre quando chego em algum lugar que não conheço gosto de primeiro fazer o walking tour por diversos motivos, entre eles: conhecer a cidade andando com um grupo e com um guia torna o passeio mais pessoal e também nesses casos acho que você consegue mais informação do que num pacote turístico comum. Por exemplo, neste tour específico, aprendi que a Islândia não têm nativos, que o povo foi constituído por vikings (piratas) noruegueses que depois de roubarem a Escócia, mataram os homens escoceses, levaram suas mulheres e assim se estabeleceram na Islândia.

Nos dois dias seguintes fiz o roteiro do Golden Circle, peguei estrada com o carro econômico que aluguei, marquei os lugares que queria visitar no Google e peguei a estrada para estes destinos desconhecidos. Comento sobre o carro econômico, porque ao pegar a estrada, percebi que a maioria dos carros que cruzaram meu caminho, eram 4×4 com aqueles pneus enormes que até parecia estar em um desenho animado. Compreendi quando me deparei com uma parede de neve de mais ou menos 4 metros de altura no meio da estrada. Bem, tive que retornar uma hora de estrada e pegar outro caminho. Minha primeira parada foi no Kerið, um lago de cratera vulcânica localizado na área de Grímsnes, no sul da Islândia, ao longo do Círculo Dourado.

Em seguida parei pra almoçar em uma fazenda de tomates. Que coisa linda! Todos os pratos e bebidas feitos do tomate que eles próprios plantam. Tomei uma sopa deliciosa acompanhada de um Bloody Mary.

Segui viagem e terminei meu dia neste alojamento em uma fazenda de cavalos no meio do nada, super aconchegante por sinal! Como estava morrendo de fome, fui até o restaurante/bar que ficava há uns 500 metros da onde eu estava hospedada, fui de carro mesmo, estava muito frio pra andar. Foi engraçado, porque eu, uma estrangeira, negra e gorda, chegando sozinha de carro num bar. Entro, só tinha homens, senhores, provavelmente islandeses, sento e peço uma cerveja. Via claramente no semblante deles a seguinte pergunta: “O que está acontecendo?”. Bebi minha cerveja, pedi uma pizza, paguei a conta e fui embora.

No dia seguinte, fui direto para um dos pontos que eu mais esperava, o géiseres. Geysir é uma nascente eruptiva no vale de Haukadalur, no sudoeste da Islândia, cujo nome deriva do verbo gjósa, “jorrar”, e deu origem ao termo géiser em português. É impressionante! Ví de perto aquele jato quente jorrando de dentro da terra, naturalmente!.  Cheguei de volta a Reykjavík em segurança.

Em geral, o que tinha conhecido do país até então, já tinha superado minhas expectativas. Mas deixei para o fim a “cereja do bolo”. No penúltimo dia marquei de visitar a Blue Lagoon (Lagoa Azul). Na verdade eu achava que era natural e isso me frustrou um pouco. Mas o lugar continua sendo lindo, são piscinas termais, com minerais que fazem bem pro corpo em geral. Na época a temperatura do ar estava por volta de 2 graus celsius positivos, então só me restou tomar uns bons drinks ao longo daquele dia, dentro daquelas piscinas que tinham temperaturas entre 30 e 40 graus celsius, com minha mais nova amiga “de infância” que conheci no hostel em que estava hospedada.

Firmamento

Saiu sabendo sua saga. Era tudo, além disso não fazia ideia.

Não andou muito até o primeiro tropeço: olhos embaralhados, mãos nadando no ar, chão, pelo menos agora tudo faz sentido. Seguiu com os joelhos ralados de lembrança e preto (não muito) velho deu a lição: ocê cai porque ocê não pisa firme. Coragem, menina! Ocê já tá longe…

Sarou. Não esqueceu.

Andava pelo fim do mundo procurando o tal firmamento pra guardar na mochila e usar quando precisasse. Passou a caminhar mais devagar, que a noção de tempo, a própria noção do que era ganhar tempo foi ficando lenta e cheia de pequenas paradas pra observar. Trançava as pernas para se sintonizar ao ritmo dos encontros. Falava pausadamente e ouvia prestando atenção ao sotaque e à sabedoria de cada oração que a ela se dirigia. Respondia amem, quanto mais plural, melhor.

Correr mesmo só em beira de água que a pressa sempre era grande pra ser mar ou rio. Era água-viva quando cansava de ser borboleta.

Se percebeu nas outras. Enquanto fosse possível, permanecia junto dos pedaços de alma espalhados em outras pessoas. E ia costurando constelações.

Em fim de jornada emendou outra e outra e outra. Na verdade, era tudo uma só.

Não sabia que tava dentro do globo espelhado, mas não parou mais quando começou a se balançar sobre ele.

A legenda da foto:

Mais uma das pequenas filósofas que eu encontro por aí: Eu gosto do pôr-do-sol daqui porque parece que o céu tá assim pegando fogo!

Em Boipeba – BA