Por muitos anos tive sonhos frustrados, quando estava prestes a realizar um feito, conseguir finalmente algo que tanto almejei, tudo dava errado. Sempre planejei minha vida nos mínimos detalhes, pensando sempre em cada passo a ser dado, programando o dia de amanhã e traçando todo o meu futuro na minha imaginação… Mas quem disse que é assim que funciona? Não bastar querer para acontecer, você precisar fazer! Pelo menos comigo nunca funcionou assim.
Meus sonhos estavam sempre condicionados a outra pessoa, por mais que eu quisesse muito alguma coisa, nem o destino ia conseguir agir ao meu favor porque eu sempre esperava que alguém desse o ponto de partida por mim ou no mínimo junto comigo. Eu sempre optava por esperar o momento perfeito. Foi nesse ponto que eu errei, eu dei o poder de decisão sobre o meu destino à outra pessoa. Aquela história de só vou se ele for, só faço se ele fizer. Hoje tenho consciência do que eu mereço e que só eu posso dar a mim mesmo o que eu necessito. Quem deve dar o primeiro passo sou eu e somente assim o acaso irá fluir ao meu favor, a partir da minha decisão de ser feliz, de fazer e me empenhar em dar certo. Seja um pequeno ou um grande passo, faça-o por você. A sensação de realização é algo indescritível, você finalmente sente que tem controle sobre a sua vida e seu destino, isso irá renovar suas energias e no final já conseguirá visualizar concretizações que antes eram impossíveis aos seus olhos. Você entende que o poder vem de dentro de você, A CORAGEM.
Texto escrito dia 20/03/19 ao cruzar fronteira Moçambique com a África do Sul
Uma viajante nata e ainda tenho medo de passar pela imigração para carimbar meu passaporte.
Como assim Rebecca?
Não sei explicar, espera acho que sei explicar…
Não é comum negras e negros viajarem e obviamente uma brasileira negra ou uma mulher latina americana, causa estranheza ao encontrarem livre, leve e solta.
Tenho que contar que não tive muitas experiências agradáveis nas fronteiras como na saída da Bolívia 🇧🇴 em 2010 ao retornar ao Brasil. No aeroporto me pediram para que eu tirasse a roupa e ficasse de cócoras, oi? Eu falo muito bem espanhol, estava sozinha e me espantou quando pediram para eu entrar em uma sala sozinha…. fiquei assustada e entrei. Eu entendia quando as polícias me ordenaram: “tira a roupa!”. Eu relutei, e fingia não entender uma palavra, elas eram incisivas e ainda pediam para eu tirar a roupa e ficar de cócoras. Eu fingia ser muito tapada e não obedecia os comandos, me passando por desentendida. Perguntavam incisivamente o que eu fazia na Bolívia sozinha, quanto tempo eu tinha ficado e o que fazia esse tempo por lá. Eu tremia, tremia e respondia essas perguntas básicas. Estava sendo violentada na imigração, eu não era o tipo de viajante que eles costumavam ver, eu estava a sofrer racismo!
Sem muito prolongar, me deixaram partir viram que eu era apenas uma aventureira em mundo alheio, não precisei tirar a roupa e nem ficar de cócoras. É acho que depois disso, meu medo de fronteiras faz sentido, muito sentido.Mas não parou por aí, quando cehguei no Brasil depois de uma viagem pela Bolívia tive minha bolsa revistada por inteira. Oh céus, precisa disso?
Na entrada no Uzbequistão 🇺🇿 procedimentos “padrão” revistaram meu computador, malas, hd, fotos no celular… jura que precisa isso? Até ouvir uma gracinha do tipo, que foto linda… ele estava me assediando, na situação de uma viajante querendo entrar no país é como levar um soco e não poder revidar.
Entrar no Cazaquistão eu tive muito medo, eu não estava ilegal, não havia pq ter medo, mas chamarem 4 polícias para conversar entre si, olharem meu passaporte, olharem o meu rosto, não sei o que eles tanto me olhavam, era como se eu fosse uma criminalista. Eu tremia, sou muito expressiva e tentava pensar o que passava na cabeça deles e o que eu tinha feito de errado, após pouco mais de 5 minutos eles disseram: pode ir! Até hoje não sei o que houve, mas eu tinha medo de voltar do Quirquistão pelo Cazaquistão e tudo isso acontecer novamente, eu estava certa no retorno questionavam meu visto.
Saindo do Tadjiquistão, após 1 ano e meio, muitos me conheciam, já estava como figurinha pública e como a garota Tajiquistão versão afro brasileira que morava em Kulob. Falava algumas coisas em tadjiqui, até que 3 mulheres me abordaram e me levaram pra salinha, nesta hora que as pernas tremiam a barriga gelava, ahhh não, logo eu a famosinha do Tadjiquistão? eu compreendia algumas palavras em Tadjiqui, mas me fingi de louca de não entender nada, perguntavam quanto eu tinha na carteira, eu dizia que não entendia, até eu responder que não tinha nada. Eu tinha dinheiro aliás estava indo para uma eurotrip, elas pegaram minha carteira, isso mesmo tiraram a carteira da minha mão e revistaram. Tinha dinheiro, tinha uma quantia razoável, mas eu escondi tão bem na carteira que elas não acharam. Me mandaram embora e não quiseram nem revistar minha bolsa, imaginavam que eu era uma mera coitada.
Meu passaporte atualmente tem 4 folhas sem carimbo, é comum eles perguntarem como eu consegui tudo isso? E o por que países tão estranhos e nada comum? Não me soa uma pergunta educada, não é mesmo?
Acho que tenho muitos relatos para ter medo dos guichês de imigração. Ser negra viajante não é algo muito comum, isso incomoda e sou, somos vítima de um racismo mundialmente institucional nesta sociedade.
Sonho no dia em que minhas pernas não tremam por medo da imigração. Que esse dia venha logo!
Como prometido no post anterior sobre a
Indonésia vou falar um pouco sobre minha experiência no Ashram 🙂
Pelo pouco que conheço da Ásia (cultura e países) sempre senti que eles são muito evoluídos espiritualmente. Sempre me passam a sensação do quanto eles prezam o conforto, bem estar e o respeito ao próximo. Em Bali há muitos spas, casas de massagens, escolas de ioga e ashrams.
Ashram é um espaço para autodesenvolvimento, é como um retiro espiritual. Geralmente situados em lugares um pouco mais tranquilos, afastados da loucura da cidade. O que eu fiquei era um centro de além de autodesenvolvimento, com exercícios físicos e espirituais. Cercado por campos de arroz, a 3 km de Ubud. Há algum tempo, antes da viagem ao país, eu havia começado um trabalho de autoconhecimento. Nada muito complexo, como ficar num ashram. E uma amiga que já tinha viajado à Indonésia me indicou o Ashram Anand Ubud (Fundado pelo humanista espiritual Swami Anand Krishna).
Acessei o site deles e as informações eram
muito claras sobre os objetivos do espaço, como funcionavam, a estrutura e o
que se poderia esperar. Troquei alguns e-mails com a equipe e acabei fechando
os meus 4 dias.
Eu até tinha a possibilidade de ficar mais,
mas como não sabia como seria a minha experiência, decidi ficar apenas esse
período.
Fiquei com aquele friozinho na barriga de como
seriam os meus dias no ashram. Tanto pelo fato de serem vegetarianos quanto com
o fato de eu ter que conviver com pessoas que eram mais evoluídas
espritualmente do que eu. Mas como na maioria das situações, minha experiência
fui muito melhor do que eu estava imaginando!!!! 🙂
Conheci pessoas que também estavam pela
primeira vez passando por aquela experiência. Que para elas também era tudo uma
novidade. E o mais engraçado, estavam tão perdidas quanto eu! rs
Cheguei no ashram no início da tarde. Fui super bem recebida. A equipe toda fala um inglês muito bem compreensível. E me mostraram o espaço inteiro. E esse foi o primeiro momento que notei que eram pessoas ‘normais’ rs. Não sei que mania que temos de fantasiar as coisas né? Sim.. eles sorriem, brincam, fazem piadas.. Tudo como qualquer outra pessoa!
Como em muitos estabelecimentos e casas, ficávamos descalços em nossos quartos ou locais sagrados. Antes de chegar na área dos dormitórios já havia um lugar para deixar nossos calçados. Uma curiosidade, cada quarto tinha o nome de um deus hindu. O meu quarto se chamava Bhavani (pela minhas pesquisas: doadora da vida; o poder da natureza ou fonte de energia criativa)! Bem inspirador! :)))
Nossa programação começava bem cedinho.
Das 6h00 até 6h30 tínhamos o chanting (canto de mantras). Começava pontualmente às 6h! A equipe tinha todo um cuidado de deixar disponível a letra dos mantras para que pudéssemos acompanhar.
Após o chanting tínhamos o agnihotra (cerimônia do fogo para limpeza do corpo, mente e emoções; também para a purificação da alma e do ambiente). Era uma cerimônia curta mas era um dos momentos que eu mais gostava. Achava muito lindo e me sentia super bem. E era o momento mais familiar que eu tinha. Porque eu conhecia um dos mantras que era cantado durante a cerimônia (Mantra Gayatri) 🙂
Ás 7h30 era o momento da ioga. A aula era
muito inclusiva. Não havia asanas (posições) complexas, difíceis de
fazer. E foi lá que eu aprendi posições super simples para trabalhar questões
super complexas em nosso interior. Ioga é uma filosofia de vida!
E por fim o café da manhã! Isso mesmo! Depois de todas essas atividades, por último vinha o café! E juro que ninguém caiu duro de fome.
Sobre o momento das refeições
Realmente não imaginava quantas opções de pratos havia no cardápio vegetariano. Tanto o café da manhã quanto o almoço eram muito variados. Com pratos indonésios e indianos. A melhor parte era a socialização. Era neste momento que todos se juntavam à mesa para comer. Todos mesmo. O cozinheiro, a professora de ioga, o ‘rapaz do chanting e da cerimônia do fogo’… sempre tínhamos longas conversas. Todos brincalhões, simpáticos e sorridentes. É engraçado pensar que só porque as pessoas seguem uma filosofia de vida você acha que elas não expressam sentimentos algum.. “não vivem”. Posso dizer que os momentos das refeições foram para eu quebrar vários preconceitos.
A parte da tarde era basicamente livre. Podíamos fazer trabalho voluntário. Tinhamos acesso à pequena biblioteca; à healing pool (piscina de purificação – pensem numa água gelada!) ou podíamos dar uma voltinha pela região.
Há templos e belas plantações de arroz por todo o lado. Eu gostava muito de ir a um warung (café/restaurante) próximo ao ashram. Foi um outro lugar que percebi que o indonésio tinha senso de humor. Havia várias plaquinhas com dizeres bem engraçados.
Cada noite havia uma programação, todas sempre
iniciadas com o chating. Algumas atividades eram abertas aos
turistas e outras para os locais. Eu pude participar do Satsang
Spiritual Dialogue com o Swami Anand, esse era o momento que ele
abordava algum assunto e deixava aberto para discussões, era bem um bate papo
mesmo; e em outra noite tivemos o Inner Jorney Meditation (meditação).
É uma vivência que acredito que todos deveriam
passar em algum momento da vida. Claro que não precisa ir até a Indonésia e nem
seguir uma religião específica. De repente até fazer uma simples viagem
sozinha. O fato de ficar conectado consigo mesmo, longe da loucura do dia a dia
é realmente renovador!
Posso dizer que foi uma experiência que
levarei comigo em minha vida toda.
Você que tem entre 15 e 29 anos, já pensou
em viajar da Bahia para São Paulo por um preco que parece mentira
Nós Bitonga Travel temos o objetivo de
incentivar e apoiar mulheres negras à viajarem, acreditamos que viajar dentro
do proprio país é um ótimo início. E para a nossa juventude e de baixa renda
daremos uma dica valiosa. Viajar para outro ESTADO a baixíssimo custo é
possível!!! Você irá arcar com taxas administrativas que são bem pequenas, mas
para isso você precisa ser e/ou ter:
Ter entre 15 e 29 anos, sendo estudante ou não;
Estar inscritos no CadÚnico com NIS ativo e com
informações atualizadas há pelo menos 2 anos;
Possuir renda familiar de até 2 salários mínimos
(R$1874,00)
Fomos procurar todas as informacoes possíveis para deixar aqui em nosso
Blog e para não sermos redundates nas informações recomendamos que vocês
acessem o site https://idjovem.com/ para
sanar todas as dúvidas possíveis e imaginárias. Devo dizer que ficamos bem
satisfeitas e quão informativo é o site do ID Jovem.
Mas gostariamos de compartilhar algumas mulheres que temos com referências
que usam esse direito at’e para você possa se aproximar e quem sabe trocar
experiências reais.
Viajei pela Go Diáspora, empresa especializada em viagens e intercâmbios para o continente africano. Obtive todas as informações por meio da agente de turismo dessa empresa. Brindes e suporte no Brasil e no exterior, dicas de visitações tudo personalizado de acordo com o perfil do viajante.
Para viajar precisa de passaporte e não precisa de visto até 90 dias, vacina de febre amarela tomada e com certificado internacional ou pode ser barrado no aeroporto.
Comércio em rands o real é bem vlaorizado, A maioria dos estabelecimentos possuem wi-fi livre.
É possível se virar com inglês básico, pois é esse o que eu tenho, foi bom viajar para quebrar a barreira de “não poder viajar por não ter inglês avançado.”
As marcas do apartheid são bens visíveis no cotidiano da cidade, a história do pais é contado o tempo todo nos walking tours e museus. Senti segurança em relação a violência física e abordagem não acontece, porém há golpes bancários, que eu por exemplo sofri em relação ao cartão. Então muita atenção quando for fazer movimentação bancária, usar de preferência caixas em shoppings e não em bancos.
Encontrei muitos brasileiros na Cidade do Cabo, por ser um destino relativamente barato para turismo e estudos.
Visitei uma township com o apoio de um guia local , onde pedalei pelas ruas com uma bicicleta dupla , já que ainda não sei pedalar sozinha…
As townships foram criadas na época do apartheid, com o propósito de manter a população negra afastada dos brancos. A maioria dos seus moradores sofreu devido às más condições de habitação e dos sistema de água e com a super povoação dos locais. Mesmo com o fim do apartheid em 1994, antes da eleição de Nelson Mandela, as townships ainda continuaram existindo devido aos problemas econômicos da África do Sul, mas a atmosfera de união, força e amor ainda pode ser sentida nos locais.
A Tonwship que visitei foi Langa, cercada por cabanas por fora, Langa é uma comunidade que por dentro apresenta casas de tijolo, lojas e mercados movimentados. Um dos locais mais importantes é o Tsogo Environmental Resource Center, uma fábrica de reciclagem que ensina os residentes a transformarem coisas como fio de telefone e pedaços de plástico em objetos que podem ser vendidos como arte. Há ainda turmas para turistas nesse centro.
Outras atrações incluem o shebeen Tiger’s Place; o “sangoma” local, uma espécie de curandeiro; uma área nobre conhecida como “Beverly Hills”; e o centro educacional Chris Hani School, que funciona graças ao trabalho voluntário de seus funcionários.
Cultura
De um lado música européia e de outro e que mais me agrada, música dos povos originários sempre ao som de vozes potentes ao vivo , xilofones e djembes
Vale muito a pena reservar dois dias para visitar os museus
A África do Sul está bem dotada com uma variedade de museus. Incluem-se nessa ampla lista a Galeria de Arte da África do Sul na Cidade do Cabo, o Museu do Apartheid em Johannesburg, o Museu Nacional de Literatura Inglesa em Grahamstown, o Monumento Afrikaanse Taal (museu de línguas) em Paarl e o Robben Island, onde o ex-presidente Nelson Mandela foi aprisionado por 27 anos. Como resultado da pesquisa histórica e exibições, os museus são a principal fonte de evidência material da história, cultura e herança da nação.
• Museus Online da África do Sul
Próximo a Cape Town não há nenhum vilarejo rural para ter a experiência de visitação de povos com culturas sem interferência urbana…
Mandela é uma figura marcante em toda a África do Sul, o país também é conhecido como a nação arco-íris por conta da diversidade de raças,
Poesia escrita pela negra viajante Innocência Theodorica Sant’Anna Julia
São Paulo 01-10-2009 ao celebrar os seus 90 anos de idade
Para saudar a mãe Aparecida Eu fui buscar das flores a rainha Para depor aos pés da Mãe querida Rosas em flor e a poesia minha
Tu, que em tua imagem venerável Quiseste ter a cor da nossa gente, Que salvaste o escravo miserável Partindo com amor sua corrente.
Recebe, Mãe, o grito de noss’alma Que não é mais gemido de senzala, E sim, buque de rosas perfumadas Ornando sua imagem nesta sala
Que sejam rosas rubras todo sangue Derramando em tantos pelourinhos e em vez de ódio, revolta ou vingança Deste-nos gesto de amor e de carinho!
Que cada gota de sangue, cada lágrima derramadas em meio a tantas dores, Transforme-se em pétalas orvalhadas De mil e uma perfumadas flores. Diante de Deus de amor e de teu Filho Só é nobre quem tem do céu a graça! Por isso, Mãe, eu venho agradecer-te Por seres semelhante a minha raça!
SEMEADOR DE ÁGUAS O que é a Amazônia? O que a região Norte pode me oferecer? Novas culturas, comida, pessoas, especificidades do lugar, aprendizados? Tinha uma vaga noção por causa de alguns documentários e livros que engoli antes da viagem. Mas, para ser honesta, eu não sabia o que iria encontrar. Essa viagem foi um semeador de águas. Eu nunca mais fui a mesma. A viagem, a priori, seria conhecer algumas capitais e cidades mais turísticas da Amazônia. Imaginava permanecer por lá entre 2 e 3 meses. Porém, nada saiu como planejado. Consegui trabalhos voluntários e remunerados pelo caminho, além de abrir meu leque de opções em relação a lugares, como comunidades ribeirinhas, quilombolas e indígenas. Fiquei um ano viajando. Percorri três estados (Amazonas, Roraima e Pará) e dei um pulo na Venezuela
POR QUE VIAJAR? Na verdade, estava finalizando minha pós-graduação em Gestão Ambiental, quando decidi viajar. Estava desempregada na época, tinha uma pequena poupança, estava cansada mentalmente por conta da monografia e tinha terminado um relacionamento. Realmente, eu precisava ficar um tempo sozinha e longe daquela vidinha rotineira. Tomei todas as vacinas possíveis, entreguei meu TCC no sábado e, dois dias depois, peguei um avião com destino a Manaus. Dei um até breve para minha família, mas, na verdade, só fui reencontrá-los 12 meses depois.
POR QUE AMAZÔNIA? Queria conhecer a Amazônia. Apenas. Objetivos não estavam totalmente delineados, até porque saí de São Paulo com um esgotamento mental gigante. Confesso que cheguei bem avoada na capital amazonense. Quando tive meu primeiro contato com o Parque Nacional do Jaú (iria ficar 1 mês… acabei ficando 4), parecia uma criança num parque de diversões. Aos poucos, comecei a fincar meus pés na Terra, melhor, literalmente, nas águas mornas do rio Negro. Respirei fundo e percebi que não voltaria para a cidade cinza tão cedo. Eu me sentia livre, completamente livre das amarras capitalistas. A partir dali, percebi que as capitais seriam apenas uma base para as logísticas seguintes. Queria mesmo era ficar o mais próximo possível da floresta amazônica. Expectativa explodia a cada instante. Fui recompensada.
O ACOLHIMENTO Fui muito bem recebida em todos os lugares por onde passei. Eles não entendiam bem a minha motivação em deixar minha família e viajar sozinha pela região Norte. Alguns comentaram que eu estava fugindo de namorado (já perceberam como é difícil para as pessoas entenderem a nossa motivação por viagens sem macho nas costas). Outros ficaram absortos com a minha coragem. A grande maioria me felicitou e disse que quem bebe da água dos rios da Amazônia, nunca mais volta para casa e, se volta, apenas por um breve período. Eles acertaram. Estou em São Paulo nesse momento, mas penso todos os dias em voltar… e para morar!
MEUS QUARTOS ITINERANTES Quando trabalhava nas unidades de conservação, eu pernoitava nos alojamentos para voluntários. Em grandes capitais, solicitava hospedagens pelo Couchsurfing. Na medida em que queria privacidade, ia para um hostel (bacana que os hostels que visitei, estavam sempre vazios, consequentemente, dormia sozinha!). Em algumas vilas, os moradores, gentilmente, me cediam uma pequena área que eles não usavam, até dormi no relento mesmo. Armava minha rede e capotava olhando as estrelas.
PS: 70% dos locais por onde passei, dormi em rede. Os primeiros dias foram bem difíceis, fiquei com muita dor nas costas e na região do pescoço. Mas, depois, acabei me acostumando. Confesso que sinto até falta.
LUGARES POR ONDE MOREI Na verdade, determinei alguns lugares base. No caminho, fui alterando conforme orientações de mochileiros e pesquisadores (sim, encontrei muitos que me deram dicas supimpas) e, claro, em relação a grana também. Se algo ficasse dispendioso, eu eliminava e mudava os planos. Viajar sem saber para onde ir no outro dia, foi uma escolha certeira.
Tive a oportunidade de conhecer Novo Airão, São Gabriel da Cachoeira e Manaus (cidades do Amazonas). Em Roraima, visitei a capital Boa Vista e Tepequém. Tive um affair venezuelano nessa última vila e decidi partir para a Venezuela com ele (foi onde eu conheci a massagem tântrica – loucura, loucura, loucura!). Fiquei uns quinze dias por lá (nas montanhas e de frente para o Monte Roraima) e, tempos depois, resolvi voltar para o Brasil, especificamente o Pará (Alter do Chão, Ilha do Algodoal e Belém). Poucos lugares para muito tempo… devem estar pensando… Todavia, meu foco é qualidade e não quantidade!
A GRANA Eu tinha uma poupança de 5 mil reais. Certo que, se o dinheiro acabasse, eu teria que voltar para casa. No caminho, trabalhei e ganhei um pouco mais. Com hospedagens, não gastei muita coisa. Os gastos giravam mesmo em torno de comida, deslocamentos e alguns produtos de higiene. O único dinheiro oneroso que me arrependi profundamente em ter gastado, foi com o notebook. Ele apresentou defeito por duas vezes e tive que ir até Manaus para consertá-lo (utilizava para trabalhar, escrever e editar fotos). Uns dois meses depois, ele morreu. Aí, tive que andar com esse trambolho horroroso a viagem inteira, porque as despesas de envio para casa, faria falta futuramente.
O QUE EU AMEI CONHECER? Foram tantas coisas, impossível numerar todas. Tudo, na verdade. Foi mais que um aprendizado… Mas, conhecer um dos maiores rios do mundo, pernoitar na floresta amazônica com aquele barulho ensurdecedor que ocorre a noite (a floresta ganha vida), compartilhar momentos com indígenas em São Gabriel da Cachoeira, ou mesmo, conhecer pessoas interessantes pelo caminho, não tem preço. Nem consigo explicar detalhadamente toda a minha alegria. Fico emocionada só de relembrar. Só sei que: meu objetivo a médio prazo é voltar de mala e cuia para lá! Ainda não defini o estado, só questão de tempo e oportunidade. São Paulo não faz mais parte dos meus planos no futuro.
O QUE EU TROUXE DA AMAZÔNIA PARA SÃO PAULO Meu desprendimento e o minimalismo. Viajei com pouca roupa/grana e vivi muito melhor do que se tivesse em SP. Levo uma vida confortável no sudeste e, sinceramente, não senti falta de absolutamente nada nesse período. Só saudade da minha família e do meu cachorro.
Hoje, eu abraço mais as pessoas. No decorrer da viagem, também diminuí o consumo de carne vermelha. Ao voltar para a realidade, doei roupas, comecei a vender objetos que não uso mais, quero praticar o desapego. Além, claro, de erguer a bandeira da libertação das mulheres com mais afinco e responsabilidade, visto que, na minha caminhada, sofri um bocado com o machismo…
POR QUE TODOS OS BRASILEIROS PRECISAM CONHECER A AMAZÔNIA ? Muitos brasileiros não tem ideia dos povos que moram na Amazônia e muito menos da sua importância! Antes de ir para lá, nenhum dos meus amigos conhecia essa região. Vivo numa bolha onde a grande maioria prefere conhecer América do Norte/Europa e nem ao menos avalia visitar alguns lugares do seu próprio país. Fui na contramão. O bacana é que, na viagem, através das minhas postagens numa rede social, algumas pessoas mudaram de rota e deram oportunidade para a região norte. Pessoas que não imaginava estarem ali. Até minhas irmãs e meu cunhado foram me visitar. Ahhh, como fiquei feliz.
Como reflexão, preciso deixar bem claro: precisamos da floresta em pé e necessitamos de mais pessoas engajadas na conservação e/ou proteção daquele bioma. O agro não é pop. Saibam disso. Eu, como ambientalista, lutarei até o fim dos meus dias pela Amazônia
E AGORA? Bom, voltei para São Paulo e estou em busca de trabalho. Ficarei um tempo por aqui pela minha família e, principalmente, minha mãe que não estava bem de saúde. Nesses últimos dias, estava voluntariando num parque nacional em Minas Gerais – uma unidade de conservação que abriga o Pico da Bandeira. Fiquei 1 mês por lá. Agora, novamente em Sampa, estou colocando minha vida em ordem e batalhando por um trampo.
Olá seguidores, meu nome é Daniela, conhecida nas redes como “Danickela” e estou colaborando com injeção de coragem e curiosidades para mais e mais pretas viajarem por aí.
Bom no começo deste ano, decidi presentear meu irmão com uma viagem. Ele fotografo, não tinha vivido ainda a experiência de viajar de avião, então, como somos de São Paulo, escolhi uma trip curta porém cheia de cultura: Curitiba. A cidade é um charme, organizada, limpa, e os Curitibanos, muito receptivos (se eu pudesse colocava em um potinho sabe? Todos nos ajudaram muito o tempo todo, amei!).
Bom viajamos em uma sexta feira pela manhã, e voltamos domingo a noite. Logo 3 dias para explorar. Sim dá pra fazer bastante coisa (se você for daquelas pessoas que adoram andar claro). Nosso hotel ficava perto do centro e de Batel, então gastamos 30 reais de Uber do Aeroporto até o Hotel. Chegando lá, primeiro fomos resolver uma confusão que fizemos na compra do passeio de trem (conto já já) e depois passear pela cidade, pelos principais pontos.
A melhor forma de conhecer a cidade sem perder tempo é comprando o bilhete do ônibus Turístico de Curitiba que custa R$50,00 10 viagens. Dica, esse bilhete não é individual, então se você estiver em duas pessoas por exemplo, pode dividir 5 viagens para cada um.
Paramos nos principais pontos como Jardim Botânico, Opera de Arame, Bosque do Alemão, Museu Oscar Niemeyer.
No Museu realizamos a visita, em aproximadamente 2 horas, mas pra ver tudo sem correria creio que o ideal seriam 4 horas. Como não tínhamos todo esse tempo, passamos somente nas exposições do nosso interesse (no caso as de fotografia em especial pelo meu brother).
A Opera de Arame achei um espetáculo aparte. Um lugar lindo, com um jardim em volta muito bacana, além das apresentações flutuantes que acontecem durante o dia. Fiquei lá dentro imaginando uma apresentação de música naquele lugar. Fica pra próxima visita.
Finalizamos nossas paradas de ônibus no parque Tanguá. Um parque lindo, bem alto, com uma vista da cidade muito bacana, com cliques certos de fotos lindas!
No dia seguinte realizamos o famoso passeio de Trem, pela Serra. Este passeio é imperdível, e essa estrada de trem foi eleita uma das mais lindas do mundo pelo The Guardian.
Os valores vão de R$65,00 á R$297,00. Agora vamos as dicas desse trem: O valor mais em conta, só pode ser comprado diretamente na bilheteria da Serra Verde Express em Curitiba. O valor de R$297,00 inclui a descida de trem, subida de Van, passeio em Antonina e almoço típico. Meu irmão e eu escolhemos este pacote. Uma outra dica, se for aniversariante, tem um desconto considerável viu, mas também apenas comprando diretamente na bilheteria. É daqueles passeios para ficar de olho na janela do trem, respirar o ar puro, e ter 4 horas de descida em meio a paisagens lindíssimas.
Chegando em Morretes, ponto final do trem, você pode almoçar o famoso Barreado, visitar lojinhas e feirinha de artesanato. A cidade é um charme, vale fazer cliques lindos por lá.
Bem próximo fica a cidade litorânea Antonina, famosa por ter batido o record de sensação térmica em dezembro de 2018, beirando os 80°C. Como fiz esse passeio no pacote, passei rapidinho por lá, mas super vale a visita. Neste dia jantamos no Hard Rock de Curitiba, foi bem legal porque rolou um show de Rock ao vivo, além do lanche que vale muito a pena!
No domingo nosso último dia, decidimos passear a pé pela cidade. Então visitamos os pontos turísticos do Centro, como a Universidade, Passeio Público, Feirinha de Artesanato. Tudo a pé, de um lugar ao outro.
Uma dica que não constava nos blogs que visitei antes de viajar, montando meu roteiro, foi a visita sem querer ao Museu da Fotografia. O lugar é gratuito, muito lindo, e com exposições muito bacanas. Vale a visita, fica no caminho da feirinha.
E não podia faltar para primeira visita, almoçar no famoso restaurante Gigante Madalosso. Fomos de Uber do hotel até lá. Esperava mais em relação a comida, não achei nada espetacular, mas se existe um lugar que você comerá até morrer é este kkkk! Como o espaço é bem grande, existem salões diferentes para atender a todos sem ficar bagunçado. Achei bem organizados. Para primeira visita vale a pena, é o famoso: Eu fui!
Depois passeamos mais pela cidade e finalizamos no Lucca Cafés Especiais. Sério, se você ama café, não deixe de visitar este lugar. Possuem cafés de diversos lugares do Brasil, e o preço é bem justo. Como eu não sou fã de café, acabei tomando o café do dia, e provando um macarron delicioso. Meu irmão tomou um café com toques de laranja, ele adorou.
Curitiba é daquelas cidades que você é bem recebido, e consegue aproveitar com poucos dias. Um final de semana sem dúvidas seria bem interessante. Três dias, lindo demais, uma semana, creio que seria o ideal para aproveitar tudo com mais calma, e visitar cidades vizinhas. Eu amei, e criei um carinho e tanto pela cidade por ter sido a primeira trip de avião com meu irmão. Então sem dúvidas voltarei um dia!
Somos o Sarau das Pretas e queremos falar para você do nosso projeto de intercâmbio cultural, chamado Pretas rumo a Moçambique.
Esse projeto tem por objetivo a participação das nossas integrantes Débora Garcia e Jô Freitas no Festival Internacional de Poesia que ocorrerá de 25 a 28 de julho de 2019 em Maputo – Moçambique.
Débora Garcia e Jô Freitas irão nos representar nesse importante evento, e para, além disso, farão uma pesquisa com o objetivo de conectar os coletivos de mulheres negras, que trabalham com literatura em Moçambique, e fazer um paralelo com trabalhos desenvolvidos por coletivos literários no Brasil. Assim, poderão observar as semelhanças, diferenças e dificuldades que mulheres negras enfrentam na produção literária e artística em suas respectivas realidades. Ficando ao total de 15 dias para participar do Festival e fazer a pesquisa com as mulheres.
Clique aqui e apoie o projeto para o Festival Internacional de Poesia. “A mulher preta traz na voz a multidão. A mulher preta é resistência e tradição”
Minha trip para Indonésia foi em setembro de
2017. Período de estiagem. Ponto muito importante a ser analisado antes de
visitar o país. Em época de monções (chuvas), que pode depender de cada região,
você pode acabar passando por alguns transtornos e não aproveitando a viagem
como gostaria. Então na hora do planejamento sempre tenha muita atenção em
relação ao período da viagem e de monções.
Em relação à documentação, brasileiros que
ficam no máximo 30 dias não precisam solicitar o visto com antecedência, é
obtido somente na hora da entrada do país. E o passaporte tem que ter no mínimo
6 meses de válidade e uma página em branco.
Denpasar, que está na ilha de Bali, foi
meu aeroporto de entrada no país, e de lá fui para a cidade de Ubud. Do
aeroporto até a cidade levei uma média de 1h.
Ubud é uma cidade tranquila, com muita cultura local, culinária, ioga,
templos e spas. Como fica no centro da ilha, o acesso para outras áreas fica
mais fácil.
Geralmente quando viajo me viro para ir do
aeroporto à hospedagem mas como não sabia como seria a minha comunicação por
lá, acabei combinado o transfer com o pessoal do hostel. O que achei super
válido por conta da quantidade de pessoas que ficam oferecendo transporte.
Fiquei até meio tonta de tanta gente rs. O motorista foi bem simpático e falava
inglês. Na realidade uma boa parte das pessoas que tive contato tinham um
inglês muito bem compreensível.
Fui super bem recebida por todos no hostel. Um
hábito asiático comum é retirar os sapatos antes de entrar em estabelecimentos,
casas e principalmente em templos sagrados. Então logo que cheguei já fui
tirando os sapatinhos.
No dia seguinte pela manhã encontrei, a Carol,
uma brasileira que mora em Bali. Como ela trabalha com turismo ela me levou
para um tour.
Caminhar por Ubud é muito fácil, agora se
locomover para lugares um pouco mais distantes o ideal é procurar por tours na
cidade, já que o transporte público é bem limitado. Alguns turistas alugam
scooters, meio de transporte comum na cidade, inclusive foi o nosso nesse dia.
Nossa primeria parada foi em uma das
principais plantações de arroz chamada Cekingan Rice Terrace (Ubud é
cheio de plantações de arroz e vilas agrícolas. A coisa mais linda!). Ao lado
da plantação fiz uma degustação de chás e experimentei o famoso kopi luwak,
que é considerado o café mais raro e caro do mundo, mas nem tudo é o glamour…
ele é feito de fezes de um animalzinho chamado civeta.
Outra parada obrigatória é o Tirta Empul
Temple e o Gunung Kawi, são bem próximos um do outro e também estão
pertinhos de Ubud.
Quando os visitei seria a primeira noite de
lua cheia, data sagrada para os balinêses, todos os templos estavam em festa.
Os dois lugares são complexos de templos. E o Tirta
Empul Temple tem todo um toque especial por conta de suas fontes sagradas.
O principal espaço conta com 13 fontes, onde cada uma tem uma intenção e os balinêses
passam de uma em uma molhando o topo de suas cabeças, seguindo um ritual.
E eu não podia perder a oportunidade de fazer
parte e entrei também.
Para quem tem a inteção de entrar não esqueçam
de levar uma mudinha de roupas, e sempre, por sinal de respeito, usar o sarong,
que é espécie de uma canga amarrada na cintura.
Já no Gunung Kawi estavam se preparando
para a cerimônia que aconteceria mais tarde.
De lá fomos para outro complexo, também em
meio a natureza, chamado Goa Gajah. A principal atração é a Caverna do
Elefante, que tem esculpida em sua entrada a imagem de um demônio.
E para finalizar o dia fomos para Tegenungan
Waterfall. Uma cachoeira que está em meio a natureza. Um lugar que você
pode andar e relaxar facilmente.
No dia seguinte fui para um ashram, que
é como um retiro, fiquei por 4 dias. Futuramente farei um post sobre o assunto.
Foi uma experiência única, como todas em Bali!
Ilhas Gili
Depois de meus 4 dias no ashram, fui para a
ilha Gili Air, a 2 horas da costa. Ela faz parte de um grupo de 3
ilhotas: Gili Air, Gili Meno e Gili Trawangan (Gili T).
Das 3, a Gili T é a maior, sendo também a mais
famosa e a mais badalada. Procurada por muitos jovens. A Gili Meno é a que tem
menos estrutura e um ar mais rústico. Na época optei em ir apenas para a Gili
Air, que é uma ilha menor e mais simples porém com uma estrutura turística
muito boa; na época tinha ouvido falar que era a mais limpa e a mais bonita. E
olha.. tem o pôr do sol que quase todos da ilha param para assistir. Ela é tão
pequenininha que dá para conhecê-la em 1 hora a pé. Então a única preocupação é
descansar e curtir o visual.
Voltei para Ubud de Gili Air um dia
antes do meu voo de partida. É um pouco arriscado voltar de lá e viajar no
mesmo dia. Quem me deu a dica (entre muitas outras) foi o dono do hostel e
depois entendi o porquê. É meio desorganizada esta travessia. Você tem que
realmente se desapegar de horário. O barco saiu quase umas 2h depois do horário
que estava no meu ticket. E dependendo de condições climáticas o tempo de
viagem pode variar.
Na região central de Ubud tem muitos lugares
que consegui ir a pé do hostel. Visitei o templo Pura Taman Saraswati,
que pela manhã se destaca pela sua beleza e a noite tem apresentação de dança
balinesa (Imperdivel!)
A cidade tem um mercado a céu aberto, Ubud
Market, algo que sempre amo visitar em qualquer cidade!
E não podia deixar o país sem experimentar uma
massagem balinesa… Que foi muito barata, algo como R$ 50.. 1 horinha nos
céus!
Uma das coisas que me encantaram é a devoção
do povo balinês. A religião predominante na ilha é o hinduísmo. E nas entradas
de casas e estabelecimentos sempre têm imagens de deuses. No hostel que fiquei
havia a imagem de Ganesha. E toda manhã e final de tarde eles acendiam
incensos, colocavam oferendas e faziam orações.
Antes de finalizar esse post queria comentar
sobre a comida. Essa é a última coisa a se preocupar. Em todos os lugares que
tive qualquer refeição a comida estava sempre fresquinha. Muitas frutas, bolos
de banana, sucos naturais, omeletes… Além de frescos super leves. E tudo
feito com muito carinho.
Fiquei apaixonada por esse canudo e prato de
madeira!
Esse foi o roteiro que decidi seguir mas a
Indonésia oferece muito mais do que isso. Na época que estava definindo o que
fazer pesquisei sobre Uluwato, que além dos templos é uma das regiões
prediletas de surfistas. Muitos turistas vão ao Mount Batur. Tem o Monkey
Forest em Ubud. Tem uma lista infinita de lugares para se conhecer. Atende
todos os gostos.
Uma coisa que me surpreendeu foi encontrar
muitas mulheres viajando sozinhas. Vi mais
mulheres do que homens. Fiquei bem feliz e até me deu um gáz! Porque
confesso que no ínicio estava um pouco apreensiva. Não vou negar que alguns
balineses se espantavam um pouco de me ver sozinha. Me perguntavam por que eu
não estava viajando com mais alguém. Mas levava de boa o questionamento. Já que
isso como em outras culturas e sociedades é algo um pouco diferente
(infelizmente). Outra coisa que de vez enquando as balinesas me perguntavam era
sobre o meu cabelo, se era meu mesmo, se era natural.. e quando eu dizia que
sim ficavam curiosas e algumas começavam a conversar sobre cabelo comigo(rs).
Mas em nenhum momento foram questionamentos ofensivos. Respondia na maior
naturalidade e sorrindo.
Manas britânicas que conheci em Gili Air:
Em relação a custos, a Indonésia é um destino
barato. O Real (R$) é super valorizado comparado com a Rupia Indonésia (Rp). Eu
optei em ficar em hostel (que era perfeito, me senti até meio mimada rs) mas é
possível ficar em hotéis maravilhosos pagando muito barato.
Conclusão sobre a Indonésia? Para mim foi uma
das melhores viagens da minha vida!
Me senti mega acolhida por todos que cruzaram
meu caminho. Lá eu pude trabalhar muito o meu lado espiritual, físico, mental e
especialmente a minha autoestima (por ter ido tão longe sozinha).
A Indonésia realmente ocupa um cantinho no meu
coração.