lagoa das araras águas cristalinas MT

Você conhece as águas cristalinas de Nobres -MT?

Já pensou em conhecer as águas cristalinas de Nobres no Mato Grosso – MT no Brasil? Pareço urbana, mas na verdade eu sou uma mulher do mato. A maioria das minhas viagens é pra lugares de mata. Quanto mais natureza e mais fraco for o sinal do celular e da internet, maior é minha vontade de ir.

Depois da Chapada dos Guimarães (MT), decidi ir para Nobres (há 174 km de Chapada) e logo após eu iria para Poconé para conhecer o Pantanal. E essa foi uma das viagens mais arriscadas que já fiz. 

Tive uma semana incrível em Chapada dos Guimarães e parti pra Nobres com o guia. Foram quase três horas de distância, mas a estrada é muito tranquila, com asfalto novo. Mas não tem sinal de celular e o fluxo de carros é pequeno.  

Me instalei num hotel super bacana na vila Bom Jardim, distrito de Nobres, que também funciona como agência. Lá mesmo decidi os passeios que faria, pois ficaria apenas dois dias em Nobres. Foi tempo suficiente pra conhecer bastante coisa, pelo menos aquilo que eu mais gostaria de fazer. E é incrível como toda água naquele lugar é cristalina. Eu disse “toda”, mesmo o menor córrego tem água cristalina. 

Reino Encantado

Decidi fazer três passeios no tempo que teria na região, pois estava muito animada pra ir ao Pantanal. Escolhi ir ao Reino Encantado, onde você pode fazer tirolesa, flutuação ou ficar apenas tomando banho no rio. Vale dizer que o rio tem centenas de piraputangas (peixes) nadando lado a lado com você. A tirolesa é bem pequena, tem 15 m, mas você pode fazer mais de uma volta. A entrada no Reino custa R$90 reais e a tirolesa custa R$30 reais. 

Incrivelmente, eu sempre viajo pra lugares com mar e rios, mas não sei nadar. Mas isso não tira minha diversão de maneira alguma, no entanto, reduz minhas possibilidades de passeio, algumas vezes por medo mesmo. Então, não fiz flutuação. Mas e aí, gostou de conhecer as águas cristalinas de Nobres MT?

reino encantado
Keyti Souza nas águas cristalinas de Nobres MT

Lagoa das Araras

Depois do Reino Encantado, seguimos para a Lagoa das Araras, e talvez esse seja um dos lugares mais lindos que já vi na vida. É um local para contemplação, é morada das araras e de vários outros pássaros como garças, maritacas, canarinhos, etc. A lagoa é cercada de buritis, que são árvores ideais para os pássaros fazerem seus ninhos, porque elas ficam ocas e possibilita espaço para eles se protegerem dos predadores, como cobras. O ideal é visitar no final do dia, a partir das 17h, pois além de contemplar o pôr do sol, é o horário em que os pássaros começam a retornar ao ninho. É tão lindo, que dá pra ver o reflexo do céu na água. A entrada custa R$25 reais e não precisa de guia turístico. 

A Pousada Bom Jardim tem vários atrativos, como piscina e uma área pra contemplar animais selvagens, mas não deu tempo de aproveitar muito. 

lagoa das araras águas cristalinas de nobres MT
A Lagoa das Araras é o recanto de diversas aves.

Cachoeira Serra Azul

No dia seguinte fomos para a Cachoeira Serra Azul, que fica na  Fazenda Refúgio Sesc Serra Azul, administrada pelo SESC. A entrada custa R$80 reais se for apenas para banho e R$130 se incluir a tirolesa. Como adoro tirolesa e essa era maior, 600 metros de descida e 50 metros de altura por cima das árvores, incluí no meu pacote. E tem arvorismo por mais R$50 reais.

Para acessar a cachoeira, que só pode entrar com colete, mesmo quem sabe nadar, percorri uma trilha de 700 metros, sendo uma subida de 460 degraus bem irregulares. Assim como no Reino Encantado, também há piraputangas (peixes) nas águas totalmente cristalinas da cachoeira. Esse é mais um lugar com belas águas cristalinas em Nobres no MT.

O limite de permanência na cachoeira é de 60 minutos, mas como cheguei num dia vazio, consegui ficar um pouco mais. Não havia ninguém além de mim e do guia.

cachoeira serra azul àguas cristalinas de nobres MT
A Cachoeira Serra Azul tem visitação diária e controlada pelo SESC.

Saindo da Cachoeira Serra Azul, o destino seria Poconé (há 225 km) para ver o Pantanal. Pegamos a estrada e no meio do caminho começou uma tempestade de raios, uma das poucas coisas que me dá um medo absurdo. Passada a tempestade, o carro quebrou a primeira vez e tudo bem, porque logo voltou a funcionar. Mas depois disso, o carro quebrou outras quatro vezes na estrada, que como eu disse, não tem fluxo de carros e nem sinal de celular.

Nem tudo são flores…

Quando chegamos numa estrada movimentada, resolvi descer do carro, abandonar o guia e pegar meu dinheiro de volta (claro que ele não tinha mais o valor integral). E acho que na verdade, não sei se eu o abandonei ou ele me abandonou na estrada. 

Fiquei num lugar totalmente desconhecido, mas tinha um posto policial perto. Sinceramente, um misto de proteção e perigo tomaram conta de mim. Fiquei no posto policial, mas estava mesmo era com medo, afinal, os casos sobre estupro cometidos por policiais era recente na epoca. Até pra usar o banheiro do local eu tive medo, mas fui. Como o posto ficava numa rodovia estadual, de um lado poderia ir pra Cuiabá e ficar num hotel até o dia do meu voo pra casa, do outro lado eu poderia retornar pra Chapada dos Guimarães, onde eu já conhecia pessoas. 

Aguardei por mais de 3 horas e nada de passar ônibus pra nenhum dos lados. Os primeiros policiais que estavam no posto trocaram de turno e tive que contar toda minha história novamente, mas falando ao telefone com pessoas conhecidas o tempo inteiro, pra demonstrar que sabiam onde eu estava.

Até que percebi que um policial estava dando em cima de mim, aí o medo aumentou, mas acabei dando meu telefone por receio que a rejeição o fizesse fazer algo comigo. Pouco antes do posto policial fechar, faltavam 20 minutos, eles pararam um carro numa blitz e o motorista estava indo para Chapada dos Guimarães e pediram pra o rapaz me dar carona. Nem pensei e entrei no carro sem nem saber o nome do motorista, mas parecia ser mais seguro que ficar ali.

Mesmo depois de toda essa aventura, valeu a pena conhecer as águas cristalinas de Nobres no MT.

Um pouco sobre mim

Keyti Souza

Keyti Souza

Formada em jornalismo, mas atuando na área de negócios em audiovisual, sou nascida no interior da Bahia, mas resido em Salvador. Um dia ouvi dizer que eu moro onde as pessoas tiram férias, e é a mais pura verdade. Viver em Salvador é ter sempre um ponto turístico na palma da mão, uma cultura pra celebrar e uma boa praia pra pegar um sol. Mas gosto de ir além, de conhecer novos lugares, novas culturas e novas identidades. Quando a gente viaja, sempre traz na mala e no coração um pedaço daquele lugar.

É por isso que viajo. Da Bahia pra conhecer o mundo.

Instagram @keytissouza

Twitter @keytisouza

Trilhar é preciso. Conheça a Chapada dos Guimarães no Mato Grosso – Brasil.
Marte em gêmeos

Marte em Gêmeos até 23/04/2021 – por Larissa Novaes

MARTE EM GÊMEOS ♊ (até 23/04) por Larissa Novaes.

Saiba qual área da sua vida vai ganhar movimento até 23/04, observando no seu mapa natal onde está o signo de Gêmeos ♊?

Marte é ação, movimento. É o guerreiro do zodíaco, que com sua coragem e força faz as coisas acontecem.

Gêmeos, que é o signo mais comunicativo, tem relação com a educação (ensinar, aprender).

Essa passagem de Marte pelo signo de Gêmeos pode nos trazer muita vontade de aprender algo novo. Fazer cursos, aprender uma nova língua. Ou até mesmo, o impulso pode ser para ensinar o que se sabe, e ganhar dinheiro com isso.

Pois, a energia geminiana também tem relação com vendas, negócios, comércio. Então, esteja atenta/o, podem surgir novas ideias para ganhar dinheiro, empreender (bem a vibe marciana)…

Na via desafiadora, peço que tenha atenção ao que se fala. Nossa comunicação vai está mais acelerada e impulsiva (Marte). Por isso, exercite a paciência. Respire fundo antes de sair falando tudo e qualquer coisa sem pensar.

Outro ponto importante, como gêmeos tem associação com vendas, no lado sombra dessa energia, podemos comprar coisas por impulso (Marte). Aqui cabe também o respirar fundo, pensar 2x antes de fechar um negócio, uma compra ou uma venda.

No mais, aproveite essa energia linda para aprender. É um período maravilhoso para os estudos. Incrível também para iniciar um negócio, principalmente, se for no ramo da comunicação/educação.

Por fim, fique atenta/o as novas ideias e possibilidades que surgirem pra você. Por q é como se o nosso raciocínio ganhasse mais gás nesse trânsito, sabe? E é daí que podem surgir insights.

Me conta nos comentários onde está Gêmeos no seu mapa natal e eu te digo como essa energia pode influenciar na sua vida ao longo desse período ❤️

No servir com amor, e pelo amor,

Larissa Novaes

Larissa Novaes 💫🧡✨

Estou Larissa Novaes. Intuitiva e sonhadora desde novinha, fui uma criança apaixonada pelo Céu. Hoje, minha criança permanece viva e apaixonada: traduzindo as mensagens do Céu. De maneira simples e acessível, através da interpretação da Astrologia e das canalizações que faço.

Sou canalizadora do método de leitura akáshica através da Astrologia. Atualmente, faço leitura de mapa natal personalizada, intuitiva e canalizada com a guiança dos Mentores Espirtuais. E, ministro um curso online de Formação em Astrologia Akáshica (método autoral canalizado por mim).

Te convido a adentrar esse mundo fantástico da espiritualidade junto comigo! Você vai amar ❤️ Vem!


Negras viajantes Presentes! Améfrica entre viagens e escrevivências

Améfrica entre viagens e escrevivências: como conhecer outros países latinoamericanos me ajudou a encontrar meu tema de pesquisa? por Geinne Moreira

No processo de escrita do meu trabalho de conclusão do curso de Geografia sobre as relações raciais na América Latina, eu fui atravessada por memórias que me levaram para bem antes de quando comecei a refletir sobre minha corporeidade negra diaspórica. Lembrei muito das mulheres negras e nordestinas que mais me dão forças: minha mãe, minha avó, minha irmã e minhas tias. Foram elas que, mesmo não tendo sinalizado sobre como enfrentar o racismo, me ensinaram a ser forte e a lutar, o que eu vejo como uma das maiores referências que tenho sobre (re)exisistência, já que em meio a condições tão duras, além de tudo, me ensinaram o que é o amor. São elas também, as minhas memórias ancestrais e raízes mais profundas, que me dão motivação e força para ocupar e lutar por espaços que historicamente sempre nos foram negados.

Não lembro a primeira vez que falei “eu sou negra”, porém recordo-me profundamente dos impactos do racismo não só na minha trajetória, mas também de outras pessoas negras a minha volta. Junto isso, refletir sobre os processos e os efeitos do racismo, dentre outras coisas, é o que as palavras de Beatriz Nascimento nos descreve:

[…] enfrentar uma história de quase quinhentos anos de resistência à dor, ao sofrimento físico e moral, à sensação de não existir, a prática de ainda não pertencer a uma  sociedade na qual consagrou tudo o que possuía,  oferecendo ainda hoje o resto de si mesmo.

(1974b: 76 apud RATTS, 2006, p. 39).

Nesse sentido, ser negra no contexto latino-americano é fazer parte de uma frente de batalha constante dentro de sociedades racistas que de todas as formas tenta nos negar e segregar, seja aqui no Brasil, ou na Argentina, Peru, Colômbia, etc.

Lembro que em uma das milhares de palestras que eu vi sobre a questão racial, o Professor Silvio Almeida disse que uma pessoa se torna negra através de duas formas de nascimento: um quando nasce e outro quando passa a se questionar sobre os impactos do racismo em sua vida.

Dentro disso, é dolorido perceber, como nos mostra Franz Fanon (2008), as máscaras brancas que somos obrigadas/os a usar para nos inserir na sociedade e do quanto dentro desse processo há uma autonegação da nossa própria existência, já que para que a inserção aconteça, passamos por diversas imposições e assimilações dos padrões da branquitude, que Neusa Souza Santos (1983. p. 23) nos descreve bem em seu livro “Torna-se Negro”.

Por outro lado, a desconstrução desse processo é um dos maiores atos de liberdade, ou seja, é como se fosse um segundo nascimento, já que a partir daí, passamos por um processo de diluição e desconstrução dos efeitos do racismo através da mudança da forma como nos enxergamos e vivenciamos o mundo, mesmo sabendo que a consciência negra não nos torna isentos do racismo estrutural.

Pensando nisso, lembro-me de cada livro, encontro, texto, poema, música, palestra, filme, teatro, dança, coletivo, atos, manifestações e vivências sobre as relações raciais que passaram por mim, principalmente, através da forma como eles continuam me atravessando e me fazendo refletir até hoje, assim como cada viagem, que ao ir de encontro a conhecer um novo lugar, pude conhecer também lugares dentro de mim mesma. Isso ficou ainda mais forte quando viajei para outros países na América do Sul, pois esse autoconhecimento ampliou ainda mais a forma como eu pude vivenciar a dimensão e diversidade cultural Peru, Colômbia e da Bolívia, que foi o país que eu tive a oportunidade de visitar duas vezes.

É por isso que acredito profundamente no que Conceição Evaristo chama de escrevivência(s), que significa “a escrita de um corpo, de uma condição, de uma experiência negra” (2007, p.20), mas que podemos levar para outro tipo de escala, ligada às experiências negras latino-americano, pois apesar de estarmos em múltiplas particularidades e territorialidades, existem fatores que nos unem, principalmente em relação às lutas contra o racismo.

Junto a isso, escolhi estudar o meu trabalho de conclusão de curso, assim como agora no mestrado, sobre a população negra na América Latina, pensando no que Evaristo nos ensina em relação a importância de romper com a passividade da leitura e buscar o movimento da escrita. Para ela, o ato de ler oferece a apreensão do mundo, já o de escrever ultrapassa os limites de uma percepção de vida: “(…) Em se tratando de um ato empreendido por mulheres negras, que historicamente transitam por espaços culturais diferenciados dos lugares ocupados pela cultura dominante, escrever adquire um sentido de insubordinação” (EVARISTO, 200. p. 20 e 21).

Pensando nas escrevivências, não foi diferente em relação a escolher estudar mais especificamente as relações raciais na Colômbia, pois teve ligação direta com uma viagem universitária que fiz em julho de 2013, em que através de um encontro de estudantes de todos os lugares da América Latina e de algumas outras partes do mundo, pude conhecer algumas comunidades indígenas e alguns dos mais importantes Parques Arqueológicos da Bolívia, Peru e Colômbia.

Foi nessa viagem que aprendi a olhar mais de perto e refletir sobre a minha corporeidade negra latino-americana, principalmente pelo fato de que uma das coisas mais marcantes que acontecia, muitas vezes sem que eu dissesse uma palavra, era a tentativa das pessoas de adivinhar de que país eu era e sempre perguntavam: “Você é brasileira ou colombiana?”. Depois de ter escutado isso algumas vezes, percebi o quanto eu não sabia praticamente nada da história da Colômbia, muito menos sobre a população negra de lá, da qual, eu como uma geógrafa em formação na época, ainda mais estudando dentro de uma das mais importantes universidades da América Latina, nunca tinha ouvido falar sobre tais assuntos nas aulas.

Ao voltar da viagem e ao entrar em uma imersão sobre estudos ligados as questões históricas e geográficas dos negros na Colômbia e de outras localidades da América Latina, como por exemplo, no Chile, Venezuela, México, Peru, Argentina e etc.

Dentro disso, pude constatar que mesmo no Chile, houve um processo de branqueamento tão forte que praticamente apagou vestígios da presença africana, mas os dados demonstram que entre 1540 e 1620, havia muito mais negros que brancos (MELLAFE, 1959 apud NASCIMENTO, 2008, p. 143); na Venezuela a população africana chegou a quantidade de 406 mil habitantes e a europeia, de 200 mil; já o México recebeu, entre os períodos de 1519 a 1650, dois terços de todos os africanos que foram trazidos a força para as terras colonizadas pelos espanhóis, onde em 1570, a população africana do México chegou a 20.569, dos quais 2.000 moravam em comunidades livres chamadas cimarrones (BELTRÁN, 1946, p. 111-2 apud NASCIMENTO, 2008, p. 144); em Buenos Aires na Argentina, no século XIX, mais de um terço da população era negra (RAMA, 1967, p. 15 apud NASCIMENTO, 2008, p. 148); em Lima, capital do Peru, antigos censos mostram que em 1640 havia quinze mil negros, o que correspondia praticamente a metade da população (NASCIMENTO, 2008, p. 147) e nas décadas de 1970 havia mais ou menos sessenta mil negros no Peru (CRUZ, 1974 apud NASCIMENTO, 2008, p. 147); na Colômbia, por sua vez, a população negra chegou a somar 80% da população em 1901 (VELASCO, 1966 apud NASCIMENTO, 2008, p. 143). 

Através desses dados, venho pesquisando sobre o tanto de histórias, sociedades, culturas, conhecimentos, tecnologias e múltiplas formas de se organizar vieram junto com as populações africanas, e que por muitas (re)existências a todo tipo de genocídio, nos atravessam até os dias de hoje.

                É extremamente importante lutar pela visibilidade e não apagamento das produções de conhecimentos sobre o tema, não só no contexto da Colômbia, mas de toda a diáspora africana presente dentro do continente Americano, que podemos também chamar de Amefricano, como nos mostra Lélia Gonzalez (1988), ao escrever sobre a “categoria político-cultural Amefricanidade” e a experiência comum da população negra nas Américas, onde a autora destaca a ligação e a importância da nossa ancestralidade através das propostas que buscavam alternativas de organização social, como por exemplo, os quilombos no Brasil, que era muito similar ao que acontecia na Colômbia através dos palenques e em outras partes do continente Americano com os cimarrones, cumbes e maroon societies.

É importante enfatizar, que não se trata de trazer um olhar essencialista e fixa sobre a cultura, mas sim o que Gonzalez, como nos mostra Bairros (2000, p.11), aponta sobre reivindicar que essas experiências são patrimônios culturais históricos vindos da África, onde negras e negros deram continuidade até os dias de hoje em toda a diáspora africana.

Escolher estudar as relações raciais na Colômbia através de algumas experiências de viagens pela América Latina, vai de encontro com a importância de desconstruir/descolonizar a ideia da história e a geografia da exclusão da população negra ao reafirma “a produção de uma imagem de território que remete exclusivamente à colonização pela imigração europeia, oculta a presença negra, apaga a escravidão da história da região e assim autoriza violências diversas” (SANTOS, 2007, p. 15). Com isso, a importância do papel de estudos dentro desse tema, e como reforça Santos (Ibid) , no que diz respeito a novas construções críticas, releituras e representações da realidade, para não reforçar os padrões perversos e violentos impostos pelas estruturas de poder que sustentam o racismo.

Geinne Monteiro

Geinne Monteiro de Souza Guerra

Nordestina, nascida em Juazeiro na Bahia, migrante em São Paulo, viajante do mundo, educadora, mestranda em Geografia Humana (USP), membro-fundadora do Núcleo de Estudantes e Pesquisadoras Negra do Departamento de Geografia da Universidade de São Paulo (NEPEN GEO-USP). Atualmente realiza pesquisa ligada às relações raciais da população negra na América Latina.

Referências usadas neste texto

BAIRROS, Luiza. “Lembrando Lélia Gonzalez- 1935-1994”. Revista Afro-Ásia. N°23, 2000. Disponível em: https://portalseer.ufba.br/index.php/afroasia/article/view/20990/13591> Acesso: 15/12/2020.

EVARISTO, Conceição. Da grafia-desenho de minha mãe, um dos lugares de nascimento de minha escrita. Marcos Antônio Alexandre, org. Representações performáticas brasileiras:teorias, práticas e suas interfaces. Belo Horizonte: Mazza, 2007.

FANON, Frantz. Pele negra, máscaras brancas. Tradução de Renato da Silveira- Salvador:

EDUFBA, 2008. p. 194. Disponível em:

<https://www.geledes.org.br/frantz-fanon-pele-negra-mascaras-brancas-download/> Acesso:

15/10/2020.

GONZALEZ, Lélia. A categoria político-cultural de amefricanidade. In: Tempo brasileiro.

Rio de Janeiro, n°.92/93 (jan./jun.). 1988, p.69-82. Disponível em:

<https://negrasoulblog.files.wordpress.com/2016/04/a-categoria-polc3adtico-cultural-de-amefricanidade-lelia-gonzales1.pdf> Acesso: 15/12/2020.

NASCIMENTO, Elisa Larkin. Lutas Africanas no Mundo e nas Américas. A Matriz Africana no Mundo. Elisa Larkin Nascimento (org.). São Paulo: Selo Negro, 2008. Sankofa: Matrizes africanas da cultura brasileira. Disponível em:

<https://afrocentricidade.files.wordpress.com/2016/04/a-matriz-africana-no-mundo-colec3a7c3a3o-sankofa.pdf > Acesso: 10/ 12/2020

RATTS, Alex. Eu sou atlântica: sobre a trajetória de vida de Beatriz Nascimento. Imprensa Oficial, São Paulo, 2006. Disponível em: <https://www.imprensaoficial.com.br/

downloads/pdf/projetossociais/eusouatlantica.pdf> Acesso: 16/12/2020.

SANTOS, Renato Emerson dos. Diversidade, espaço e relações étnico-raciais: O negro na Geografia do Brasil. Apresentação. Org. por Renato Emerson dos Santos- Belo Horizonte: Autêntica, 2007.

SOUZA,   Neusa   Santos.   Torna-se  negro:   As   vicissutudes   da                 identidade         do  Negro

Brasileiro em Ascensão Social. Rio de Janeiro: Edições Graal, 1983. Coleção Tendências;v.4.

Gramado Rio Grande do Sul, vale a pena conhecer

Já pensou em conhecer Gramado e Canela no Rio Grande do Sul?

Situado no Rio Grande do Sul, Gramado é um destino muito procurado por casais, principalmente para comemorar a lua de mel. Além do famoso festival de cinema de Gramado, os chocolates artesanais e maravilhosos vinhos de fabricação regional. A cidade ainda proporciona o evento mais aguardado do ano por muitos: O NATAL LUZ!

Nessa época toda cidade é iluminada, enfeitada, e recebe várias atividades culturais como apresentação de luzes ao som de orquestra e coral natalino. Um ambiente perfeito para se sentir naquelas cenas bem clássicas de filme americano, com direito à bonecos de neve e tudo! (Sim, apesar de não ser comum, já houveram registros de anos que nevou na cidade, inclusive 2020 foi um deles).

Falando em neve, Gramado tem um parque temático de neve, isso mesmo: o Swonland! A temperatura lá chega até -5° e a diversão é garantida!

Snowland - Gramado - Rio Grande do Sul foto de arquivo pessoal Aline Montenegro
Snowland – Gramado – Rio Grande do Sul foto de arquivo pessoal Aline Montenegro

O parque tem pista de patinação no gelo, castelinho de neve, descida em tobogãs. Assim como todo, ou quase todo lugar da cidade, tem um chocolate quente maravilhoso que não se encontra em nenhum outro lugar.

Como se todos esses argumentos não fossem suficientes para te incentivar nessa viagem, Gramado ainda tem uma vizinha muito carismática: Canela. Diferente de Gramado que tem um clima bem urbano, canela possui uma personalidade mais voltada para contemplação da natureza.

A cidade conta com váaaaarios parques temáticos, e parques de diversões com arborismo.

Canela

Mas a dica que não pode faltar é: a visita ao Parque Estadual do Caracol! O parque tem diversas trilhas ecológicas de dificuldade leve, e em diversos pontos ao longo da trilha você encontra mirantes onde é possível contemplar a queda da cachoeira.

Canela - Cachoeira Caracol - Rio Grande do Sul foto de arquivo pessoal Aline Montenegro
Canela – Cachoeira Caracol- Rio Grande do Sul foto de arquivo pessoal Aline Montenegro

http://www.parquedocaracol.com/

Logo ao lado do parque são oferecidos passeios de bondinho (Entrada paga), o trajeto por cima da floresta e com visita para cachoeira é simplesmente encantador! Para os mais corajosos e aventureiros, também tem um brinquedo parecido com um teleférico, mas muito, muito rápido mesmo!

Espero que tenha te convencido a ir conhecer Gramado e Canela no Rio Grande do Sul depois dessa resenha, fiquem de olho porque sempre rola umas promoções com preços bem bacana, no mais, boa viagem!

Alene Montenegro @afro.ntosa

Aline Montenegro – @afro.ntosa

26 anos, Biomédica e pesquisadora. Apaixonada por viajar!

Maíra Candida 4 dias em Buenos Aires - Dicas de uma viajante negra

4 DIAS EM BUENOS AIRES – DICAS DE UMA VIAJANTE NEGRA

Antes de mais nada, me chamo Maíra Candida, e compartilho o que fazer em 4 dias em Buenos Aires. Dicas de uma mulher negra viajante, já te explico o porquê desse viés racial.

Buenos Aires é uma cidade fantástica que é impossível conhecer e vivenciar tudo em apenas uma viagem, é preciso voltar e voltar para conseguir viver tudo que essa cidade proporciona, ou mesmo morar uma temporada nesse lugar. E para nós viajantes, em contrapartida, temos poucos dias para tentar aproveitar o máximo desse encanto, vai um relato breve sobre minha experiência 4 dias em Buenos Aires e algumas dicas, e informações que podem ajudar no rolê.

Passagem Aérea para Buenos Aires

Antes de tudo, a primeira coisa que precisamos ficar de olho é a passagem aérea, eu paguei um pouco mais caro por desatenção. Para esse destino rola muitas promoções, inclusive viagens 2 em 1, ou seja, pode ser uma junção de Argentina + Chile ou Argentina + Uruguai.

Dessa forma, recomendo o site passagens imperdíveis, que costuma mostrar sempre as promoções para esse destino.

https://www.passagensimperdiveis.com.br/passagens-aereas/

Hospedagem

Buenos Aires oferece uma infinidade de hotéis, hosteis, pousadas, Airbnb, couchsurfing logo tem para todos os gostos. Desse modo, bom pesquisar sempre a localização do local que escolheu, os preços variam muito, mas é possível encontrar ótimas hospedagens bem localizadas, cômodas e num bom preço.

Fiquei em dois lugares diferentes, os primeiros dias fiquei em Montserrat e os outros dois no Recoleta. Eu fui em janeiro, no alto verão e a cidade estava bem quente, dessa forma, antes de viajar é bom dar aquela conferida na previsão do tempo para ajudar a organizar a mala.

4 Dias em Buenos Aires – Argentina

Maíra Candida 4 dias em Buenos Aires - Dicas de uma viajante negra
Maíra Candida 4 dias em Buenos Aires – Dicas de uma viajante negra

Em 4 dias em Buenos Aires foi possível conhecer bastante da cidade e andar muito pelos bairros mais centrais, então vai a lista de lugares que recomendo e que ficam no eixo turístico da cidade:

Tours por Buenos Aires

Maíra Candida 4 dias em Buenos Aires - Dicas de uma viajante negra
Maíra Candida 4 dias em Buenos Aires – Dicas de uma viajante negra

Existem tours para quase todas essas indicações. Realizei dois tours guiados que me possibilitaram conhecer muito da cidade e saber um pouco da história. Os tours que realizei não tem preço fixo, ou seja, são colaborativos onde ao final do tour você define o valor que irá pagar,  chama-se Free Walks Buenos Aires. https://www.facebook.com/BuenosAiresFreeWalks/

São tours diários que tem horário e local de saída pré estabelecidos, além disso, tem guias em dois idiomas (espanhol e inglês). Realizei o tour na Recoleta e o tour do Centro, são tours a pé de cerca de 3 horas, muito informativos e interessantes para quem quer saber mais sobre a cidade. Não realizei o tour da Boca, que muitas pessoas recomendaram e é realizado pelo mesmo pessoal, custa cerca de 40 reais. Então, fui na Boca de forma independente.

Alimentação

Sobre a alimentação, se encontra de tudo em Buenos Aires, mas uma coisa que me marcou muito é a presença do açúcar na alimentação. Eu já sabia sobre a fama da carne assim como, do vinho na Argentina, mas os doces me surpreenderam.

Para além dos alfajores fantásticos, se encontra muitas confeitarias que tem uma diversidade de doces e medias lunas, extremamente açucaradas. Assim como, as empanadas são maravilhosas (melhor que as empanadas uruguaias, desculpa, falei)

TOP 4 Alfajor

Após provar muitos alfajores, então, não hesitei e fiz o meu próprio ranking de recomendação:

  1. Havana Tradicional (encontra nas lojas da Havana)
  2. Jorgelín 3 tapas (encontra em qualquer banca)
  3. Entre dos (encontra no mercado de San Telmo)
  4. Cachafaz tradicional (encontra nas lojas da Cachafaz)

Custos da viagem – 4 dias em Buenos Aires

Maíra Candida 4 dias em Buenos Aires - Dicas de uma viajante negra
Maíra Candida 4 dias em Buenos Aires – Dicas de uma viajante negra

Sobre custos da viagem, Buenos Aires tem um custo de vida similar as capitais brasileiras, não achei a alimentação cara, os preços são muito similares aos praticados no Brasil. É possível comer bem a um preço muito em conta no centro, mas se quiser algo mais sofisticado, opções não faltaram!

Transporte Público

O transporte público é bem barato, seria na conversão para o real cerca de R$1,50 (preço desatualizado) e o metro tem várias linhas que conectam a cidade. Dessa forma, recomendo muito que para os passeios e para conhecer a cidade se utilize o transporte público.

Vida Noturna

Sobre a vida noturno, sai pouco na noite Argentina, em contrapartida, tive muitas recomendações sobre os bares e boliches (baladas) em Palermo, acabei indo apenas em um boliche em Palermo e um bar no centro. Na Argentina as festas começam muito tarde, ou seja, é preciso ter muito ânimo. Umas das recomendações é provem o tal Fernet (bebida alcoólica) com Coca-Cola, é muito comum nos boliches e festas.

Buenos Aires possui muitas casas de cervejas artesanais, ou birras como verá escrito nas portas, bem como, considerei relativamente barato e recomendo que conheça uma dessas cervejarias.

Mulher Negra em Buenos Aires

Sobre a experiência em si, ser uma mulher negar em Buenos Aires é chamar a atenção! Buenos Aires é uma cidade com população majoritariamente branca, então corpos negros se destacam facilmente. E há situações em que as pessoas te abordam na rua para saber de onde você é, na maioria das vezes com muito respeito, mas de fato, há um grande estranhamento. Não passei qualquer situação de constrangimento, mas por onde andei era rapidamente notada.

          Não cheguei a pesquisar sobre a história da Argentina, nesse sentido, o que sei sobre a história de Buenos Aires foi a partir dos tours e conversando com argentiness e moradores da capital. Evidentemente, a ausência de pessoas negras e indígenas, fala muito sobre a colonização desse território, seja pelo extermínio ou expulsão.

           Buenos Aires proporciona uma experiência fantástica, de uma cidade extremamente viva e alegre, mas, ao mesmo tempo, minha experiência pessoal de mulher negra foi também de estranhamento, no sentido de não me ver nesse espaço e do mesmo modo, ser rapidamente ser identificada como alguém externa a esse lugar.

E aí, gostou das dicas?

Por fim, espero que tenha gostado dessas dicas. Não hesite em me contacte para quaisquer dúvidas.

Maíra Candido - Correspondente BItonga Travel

Maíra A. Cândida
Pesquisadora, arquiteta e urbanista, e viajante. Mineira de Belo Horizonte, 30 anos, viajei por várias regiões de Minas e do Brasil antes de lançar o voo internacional. Amo conhecer novas culinárias, mas a preferida é a comida mineira que tá no coração. Para mim, viajar é vivenciar experiências únicas, conhecer pessoas, ouvir histórias e preservar memórias. Em cada viagem aspiro por novos aprendizados, conhecimentos e amizades.
Atualmente vivo no México, onde estou cursando o doutorado. Uni o interesse pela pesquisa com o desejo de viajar, conciliando a experiência de estudar no exterior assim como conhecer novos lugares.
Já passei pela Argentina, Uruguai, Bolívia, Colômbia, Guatemala e México, minha atual casa. Em contrapartida, os planos futuros tem como destino o Caribe.

Camping - o que levar por Natasha Francisco @localiza021

Dicas sobre camping e 18 itens obrigatórios para levar

⁣Trouxe um resumo de 18 itens que são obrigatórios levar num acampamento/camping + dica bônus para você se jogar nas trips de baixo custo.

O que levar para camping:

  • Barraca ⁣
  • Isolante térmico⁣
  • Toldo pra proteger do sol e outro pra colocar no chão.⁣
  • colchão inflável ou saco de dormir.⁣
  • Travesseiro e cobertor. ⁣
  • Botijão de gás ou fogareiro ( caso fique em lugares onde não tem estrutura pra cozinhar)⁣
  • Prato, copo, talher e panela. 🍛⁣
  • Fósforo ⁣
  • Abridor de latas⁣
  • Filtro e coador de café⁣
  • Bolsa térmica (vai precisar comprar gelo né?) ⁣
  • Água ⁣
  • Sabão e esponja pra lavar a louça. ⁣
  • Itens de higiene pessoal ( sabonete, toalha, pasta de dente, papel higiênico, etc)
  • Repelente⁣
  • Protetor solar ⁣
  • Extensão com bocal pra lâmpada.⁣
  • Lanternas
  • Carregador portátil. ⁣

DICAS BÔNUS: ⁣

  • APP para encontrar seu camping ideal: MaCamp.⁣
  • Muitos campings não aceitam pagamento em cartão então é bom levar dinheiro. ⁣
  • Quer saber mais sobre camping? Segue a @rupenatrip , várias dicas brabas!⁣
  • ⁣Os valores em média pra ficar num camping varia, mas dá para achar umas instalações ótimas por 30, 40 reais com banheiro e cozinha. Sim, consegue achar até por 10, mas geralmente fica nessa faixa de valores que ainda assim, são super baratos né? ⁣

Então se você quer viajar e pegar pesado na economia, se joga nos campings que é sucesso! ⁣😍

Por fim, deixo aqui um pouco sobre mim!

Natasha Francisco – localiza021

Turismóloga, viajante independente e carioca orgulhosa com intuito de mostrar um pouco mais do RJ para todes, ex praticante de danças urbanas e apaixonada pela cultura das ruas e gastronomia também urbana. Atualmente vivendo e mostrando a ideia de que viajar barato é mais que possível!

Couchfucking! Estória secreta de amor de uma viajante preta

Das estórias secretas de amor de uma viajante preta, ela se permitiu AMAR em Paris e dessa forma, foi certeira na escolha do couchfucking!

Primeiramente, é necessário saber o que é o Couchfucking – Sofá da foda! – Uma junção do famoso couchsurfing – hospedagem gratuita no sofá de moradores locais e fucking – foder/transar. Uma junção dessa só pode dar, PRAZER!

Destino novo, homem bonito e escolha de um possível sexo consensual!

O Destino

Escolheu o destino: PARIS! Afinal de contas, quem é a pessoa em sã consciência que não sonha com noites de amor em Paris? Ela também é sonhadora e ama realizar seus sonhos com a pitada de desejo.

A escolha do Sofá

Em seguida, procurou com calma pelo aplicativo do Couchsurfing, ativou os filtros: à 3km de Paris, possuir referências, quer conhecer pessoas, ser homem e a idade próxima à dela. Partiu para o quesito visual, ela só queria que ele fosse negro após todos os outros filtros acima! Seria pedir muito para a fada viajante em Paris?

Não tardou na busca e no radar dela foram 6 preciosidades que apareceram, oh dúvida cruel, quem escolher? Focou em 3, aliás já trabalhava com as impossibilidades e as possíveis ausência de respostas.

A escolha do homem

Por fim, se apaixonou por 1, foi amor à primeira vista em Paris sem nunca ter pisado lá! Era o número dela no quesito visual, porém ele não entrava muito no site. Malandra ela, incorporou Sherlck Holmes e descobriu suas redes sociais, na época em que não existia Instagram. Malandro ele, era bloqueado o perfil, para não ter azaração. Malandra ela, solicitou amizade e já causou a inquietação.

De besta ele não tinha nada e ela muito menos. Ele aceitou, ela perguntou: – Te vi no Couchsurfing, será que ainda abriga uma viajante louca para se apaixonar POR Paris? Mal sabia ele, que ele seria o PARIS dela.

Couchfucking

Em uma das conversas ambos jogaram a real, ele disse ter só uma cama e um sofá individual e se ela não se importasse em dormir juntos….  

Não deu outra, convite aceito! Bienveu PARIS! Lá estava ela, chegou sorrateira e o encontro foi o que as redes sociais mostrava, primeiro encontro olho no olho, apresentação da casa e realmente um sofá(couch) vermelho, 1 cama e Paris….   

Era muito cedo no dia, ela chegando e ele indo trabalhar eram apenas olhares, pois ela chegava e ele saia. Ele tinha medo, pois o olhar de uma mulher decidida por um homem é como bala de carabina, que veneno estricnina e peixeira de malandro.

Ela curtia a cidade de Paris enquanto ele trabalhava, um bombeiro da cidade, a escolha foi perfeita! Ela tinha o fogo, ele tinha a água. Ele é mulçumano e ela recitava trechos do alcorão, ele estava louco para se deliciar de algo do Brasil e ela era a própria receita brasileira em pessoa.

Uma noite foi pouca para Paris estremecer, à ponto da cidade das luzes ter um Blackout e o bombeiro ter que entrar em ação, a cidade parou e o AMOR e o TESÃO reinou.

Foram 7 noites em Paris, ou seja, sete noites de couchfucking, uma sintonia entre duas pessoas que sabiam o que queriam, se AMAR e saciar o desejo em PARIS. Ele viajado por vários lugares do mundo ela apenas uma ouvinte de estórias fabulantes um sotaque de inglês com francês.

É hora de partir – Au revoir!

Ela ouviu o Je t’aime, ela falou o mesmo, ele sorriu ela deu o beijo e partiu…. Nunca mais se encontraram, porém ela é certa que além de um amor ela tem um Couchfucking em Paris.

Ah, qualquer semelhança é mera coincidência e por favor, continue mantendo segredo!

Crônica escrita por Rebecca Aletheia

App de relacionamento – Estória secreta de amor de uma viajante preta

Priscila Cardoso @pretanaitalia - 4 roteiros em Atenas

4 Roteiros em Atenas, para se fazer pelo menos 1 vez na vida!

Quero compartilhar com vocês 4 roteiros em Atenas, para se fazer pelo menos 1 vez na vida!

Antes de mais nada, irei me apresentar! Me chamo Priscila, sou paulistana, troquei o interior paulista pela cidade enigmática de Turim na Itália. Isso mesmo, a cidade das artes e do segundo maior museu egípcio do mundo. Além disso, sou criadora do perfil @pretanaitalia onde compartilho minha paixão por viagens, através da minha visão de mulher preta e latina.

Sou apaixonada por história, artes e uma curiosa pela filosofia grega, e fiquei sabendo que os gregos beberam da filosofia egípcia para construir suas narrativas. Definitivamente, é fascinante pensar o legado que a África tem deixado em todo o mundo.

Confesso que uma viagem em 2020 com a pandemia não estava nos meus planos. Minha filha completou 15 anos em outubro e escolheu de presente de aniversário a viagem para a Grécia. Em síntese, filha de mãe viajante, viajante é!

 Mas… opa, perai, Pri! E a pandemia? Pois é, essa pandemia atrapalhou nosso cotidiano, mas neste período de julho a setembro as fronteiras estavam livres entre Itália e Grécia. Imaginem só a minha felicidade de poder comemorar essa data tão importante viajando com ela!

Enfim, com todos os cuidados necessários e a ajuda das deusas gregas, fizemos uma viagem de 15 dias pela Grécia e assim saiu os 4 Roteiros em Atenas, para se fazer pelo menos 1 vez na vida!

Neste roteiro de 3 dias em uma cidade como Atenas, com tamanha concentração de arte e cultura não foi tarefa fácil. Porém, separei 4 ideias para visitar em Atenas que considero imperdíveis! Vem comigo?

Primeira parada: Atenas e os seus 4 roteiros!

Quando pisei naquela terra eu senti que a viagem seria maravilhosa e minha intuição estava certa, fiquei apaixonada por Atenas, uma cidade linda, charmosa, com uma simplicidade deliciosa e uma energia inexplicável. Os atenienses são muito gentis, simpáticos e essas características fizeram a nossa viagem ser ainda mais prazerosa.

Se estiverem em dúvida de quantos dias ficar em Atenas, meu conselho é: separem 3 dias inteiros do seu roteiro Grego para Atenas, camaradas, ela merece!

1-Museu da Acrópole

Foto de Acropole do arquivo pessoal de Priscila Cardoso @pretanaitalia - Atenas - Grécia
Foto do Museu de Acropole do arquivo pessoal de Priscila Cardoso – Atenas – Grécia

Sabe aquele museu lindo por dentro, por fora, moderno, bem iluminado, a casa das relíquias mais preciosas da Grécia antiga? Então, é o museu da Acrópole.

Os achados arqueológicos da Acrópole estão bem conservados no museu, que está localizado ao lado da Acrópole. Em alguns pontos do museu você visualiza o emponente Partenon.

As novas instalações inauguradas em 2009 têm cerca de 25.000 m² e foram feitas para resistirem a terremotos. Depois de tanto sofrimento causado pelo tempo e pelos homens, achei merecida toda essa proteção.

Se você compartilha comigo a paixão por museus e gosta de olhar tudo com calma, apreciar sem pressa, recomendo separar de 4 a 5 horas para essa visita. Se você for dar uma olhada rápida, ele é dividido por seções, anote as que mais te interessa e foque no seu objetivo. Além da parte interna do museu, quando terminar a visita, pelo lado de fora há o acesso à parte arqueológica do museu, que foi descoberta durante a sua construção. São ruínas de casas de civilizações antigas. Achei muito interessante a visita e a maneira que construíram o museu suspenso para preservar esse achado.

Dica preta: Se você pretende ir no verão, reserve esse passeio para o período da tarde, assim você fica protegida do sol, deixe sua manhã livre para os passeios a céu aberto.

Preço: 10 euros (2020).

2- Acrópole

Priscila Cardoso - @pretanaitalia - 4 roteiros em Atenas - Acrópoles
Priscila Cardoso – @pretanaitalia – 4 roteiros em Atenas – Acrópoles

Acrópole em grego significa cidade alta e é o nome que os arqueólogos dão para designar centros de cidades, civilizações antigas ou sítios arqueológicos. Onde a Acrópole de Atenas está localizada, encontram-se vestígios de civilizações Micênicas de 6.000 anos, por isso ela é tão importante para os gregos e para a humanidade. Nela encontramos diversas construções marcantes, o mais famoso dele é o Partenon que é dedicado à deusa Atenas, protetora da cidade. A construção levou cerca de 9 anos, iniciou em 480 a.c.

Outro belissímo monumento é o Erectheion, ele é considerado um templo dedicado à Atenas e Poseidon, acho que é um dos mais lindos monumentos que já vi de perto. No estilo jônico e com colunas em formatos femininos de túnicas como se estivessem segurando o teto com a cabeça, porém fique atento, pois ali estão as réplicas dessas esculturas, as originais estão no Museu da Acrópole.

Logo no início do passeio pela Acrópole você já vê o Teatro de Dionísio, o teatro mais antigo do mundo. É um passeio que exige que você esteja sem pressa, para se deliciar com os monumentos, a beleza e a visão de quase 360° de Atenas. É de tirar o fôlego!

Dica preta: Se vier no verão, comece seu passeio pela manhã, passe muito protetor solar, coloque roupas e sapatos confortáveis e traga água, na Acrópole, se não me engano, tem apenas dois bebedouros.

Preço: 20 euros (2020).

3-Cabo de Sounion-Templo de Poseidon

Poisedon - Foto arquivo pessoal de Priscila Cardoso @pretanaitalia - Atenas - Grécia
Poisedon – Foto arquivo pessoal de Priscila Cardoso @pretanaitalia – Atenas – Grécia

O templo foi construído em 440 a 400 a.c. para o deus grego Poseidon. Apesar de não estar localizado em Atenas, incluí a visita porque ele fica apenas 73 km de Atenas. De carro é uma hora, a estrada é muito boa e tranquila com um pedágio de 2,80 euros. Tem também a opção de ir de ônibus a saída é próxima ao metrô Victoria, a empresa de ônibus se chama Ktel com horários de 1 em 1 hora.

Considero esse um passeio essencial, a natureza incrível, o pôr do sol dos mais lindos que já presenciei, e dizem que é um dos monumentos mais legais para tirar uma fotona!

Curiosidade: A mitologia nos conta que neste local o Rei Egeu se suicidou, ele pensou que seu filho Teseu estava morto. Eles haviam combinado de se comunicarem no período em que Teseu estivesse em confronto, todo dia ele acenderia uma vela branca para sinalizar ao pai que estaria tudo bem com ele. Um dia, porém, Teseu esqueceu de acender a vela e seu pai desesperado se jogou no mar pensando que o filho havia morrido no confronto. Dessa mitologia nasceu o Mar Egeu.

Dica preta: Visite esse local próximo ao pôr do sol, a dica é chegar 1 hora antes do evento solar, assim você aprecia um pouco, lê os cartazes sobre a história do local e escolhe um bom lugar para acompanhar a mudança das cores do céu e a transformação que vai acontecendo no local, é mágico!

Preço: 8 euros (2020).

4-Passeio por Atenas, bairros Plakas e Monastiraki

Foto Grécia- Vista de Atenas - foto arquivo pessoal de Priscila Cardoso - @pretanaitalia
Foto Grécia- Vista de Atenas – Priscila Cardoso – @pretanaitalia

Conhecer a vida real dos trabalhadores sempre é algo que gosto de incluir em meus roteiros. Em Atenas, incluí uma tarde para sair um pouco do centro turístico, ou seja, aproveitei para fazer um giro pelos bairros, visitei uma feira de rua (amo feiras!) E que só de lembrar, me vem à memória o perfume delicioso das azeitonas, as cores vivas das verduras, dos legumes e das frutas, além das muitas barracas com antiguidades.

O famoso bairro de Plaka é o mais antigo de Atenas e super turístico, lá você encontrará muitas lojas com souvenirs, arquitetura belíssima e muita opções de restaurantes. Como é um local mega turístico, a alimentação por ali é mais cara.

Se o seu nome é agito, o seu bairro é Monastiraki, o bairro boêmio de Atenas! Ele reúne um comércio vasto e diversificado, muitos bares e restaurantes. Você poderá degustar a maravilhosa culinária grega em uma atmosfera muito animada. Além de toda a beleza dessa cidade e a simpatia grega, eu ressalto a culinária, muito saborosa, deliciosa! A comida mediterrânea é considerada uma das mais saudáveis do mundo.

Além dos 4 Roteiros em Atenas, vamos falar de comida?

Foto Atenas - Grécia- Moussaka - Arquivo Pessoal Priscila Cardoso
Foto Atenas – Grécia- Moussaka – Arquivo Pessoal Priscila Cardoso @pretanaitalia

Por último vamos falar de Culinária?

Culinária: Destaco aqui alguns pratos típicos que você encontrará por lá:

  • Salada Grega (queijo feta, pepino, pimentão, tomate, cebola roxa, azeitonas e muito tempero);
  • Moussaca (berinjela, batata, carne moída, molho branco e de tomate e muito tempero);
  • Souvlaki e Gyros (os famosos lanches gregos, com diversos sabores). Espero que estas dicas sejam úteis e tenham te inspirado a conhecer essa cidade maravilhosa.

E aí, me diz, gostou dos 4 Roteiros em Atenas, para se fazer pelo menos 1 vez na vida?

Priscila Cardoso - Preta na Itália

Priscila, sou paulistana, troquei o interior paulista pela cidade enigmática de Turim na Itália. Isso mesmo, a cidade das artes e do segundo maior museu egípcio do mundo. Além disso, sou criadora do perfil @pretanaitalia onde compartilho minha paixão por viagens, através da minha visão de mulher preta e latina.

Trilhar é preciso! Chapada dos Guimarães por Keyti Souza

Venha trilhar pela Chapada dos Guimarães com Keyti Souza.

Li algumas vezes que coragem não é a ausência de medo, mas enfrentar o seu medo. Essa frase de Nelson Mandela me guia toda vez que escolho meu próximo destino e toda vez que alguém me chama de corajosa (ou de louca) por viajar sozinha. E quantas de nós já não foi chamada de louca por escolher seu próprio destino? 

A primeira vez que viajei sozinha foi em 2013, e não foi uma decisão fácil, nem era algo que tivesse sido planejado ou desejado, mas viver essa experiência foi uma das melhores coisas da minha vida e de lá pra cá, passou a ser opção.

De acordo com o Ministério do Turismo, mais de 17% das mulheres brasileiras desejam e planejam viajar sozinhas, enquanto apenas 11% dos homens têm a mesma intenção. O número ainda é baixo, se comparado com outros lugares no mundo, onde o percentual pode chegar a 50%. O medo da violência, do assédio e até da solidão são entraves para que mais mulheres possam viajar sozinhas. São medos que eu mesma já compartilhei e compartilho ainda, afinal, muitas vezes, ser mulher não é seguro. Mas sempre penso que esse perigo pode nos alcançar em qualquer lugar, até mesmo dentro de casa.

Chapada dos Guimarães (MT)

Em 2019 vivi uma das experiências mais incríveis da vida. Decidi conhecer todas as Chapadas do Brasil e estava em viagem pela terceira da minha lista, Chapada dos Guimarães, no Mato Grosso. O Parque Nacional tem o mesmo nome da cidade que o abriga, Chapada dos Guimarães, e fica há 69 km da capital Cuiabá. Não há voo direto de Salvador para o Mato Grosso, então, foram algumas longas horas até chegar lá. De Salvador para Recife (PE), de Recife para o Aeroporto Internacional Marechal Rondon, em Várzea Grande, região metropolitana de Cuiabá. 

Bem, como não dirijo, peguei um ônibus da rodoviária de Cuiabá e em uma hora eu estava na Chapada. Lembrando que no Mato Grosso o fuso horário é diferente do horário de Brasília. Lá, tem uma hora a menos.

Ainda no caminho até lá, fiquei encantada com os paredões de arenito do entorno da cidade. Fiquei hospedada no hostel de uma pessoa preta, o que foi muito bom. Uma pena o hostel ter fechado as portas por conta da pandemia. Também faço votos pra que volte a se reerguer.

Viajar sozinha não significa estar sozinha, a não ser que você opte por isso e não tem problema nenhum. Mas chegando lá eu conheci tanta gente que hoje está no meu coração e faço votos pra sempre ter notícias sobre eles. Pessoas amigas, divertidas, animadíssimas, preocupadas com a natureza, preocupadas com as pessoas.

Mas viajar sozinha nos dá oportunidade para estar aberto a conhecer novas pessoas, novos lugares e a buscar mais sobre a cultura do lugar. Conheci pessoas tão diversas, identidades realmente distintas. Sim, quando a gente viaja, a gente carrega um pouco do lugar, da cultura e das pessoas conosco e deixa um pouco de nós nos que ficaram.

Foram dias incríveis na Chapada dos Guimarães e ainda assim foi pouco pra conhecer tudo de bacana que tem por lá, mas aqui seguem algumas dicas de passeios.

Circuito de Cavernas

São três cavernas para visitação e uma gruta, que ficam dentro de uma fazenda. A visitação custou R$100 (cem reais por pessoa) e só é permitida a entrada com a presença de um guia. Na verdade, na maioria dos locais só é possível visitar com guia, então, pesquise muito seu guia antes de contratar. Veja referências, modelo do carro, se ele tem instagram ou alguma rede social que você possa ver outras viagens feitas por ele. É preciso confiar no guia. 

Para acessar as cavernas é preciso fazer uma trilha de mais ou menos 10 km, mas no retorno é possível voltar de trator pagando a diferença. Independente do valor, achei a trilha tão curta e como gosto de caminhar, optei por voltar andando pela trilha.

A primeira caverna é Aroe Jari que tem mais de 1.500 metros de extensão. Dependendo da época, é possível fazer a travessia entre as duas bocas da caverna, mas quando fui, estava cheia de água e não deu pra atravessar. Não dá pra enxergar nada lá dentro, apenas com uso de lanternas. 

Logo após fica a Gruta Lagoa Azul, que é apenas para contemplação, o que acho super correto. É preciso preservar o local, que tem a água totalmente azul. A próxima caverna é a Kiogo Brado, seguida pela Pobe Jari. 

Depois do passeio, tem um almoço delicioso no restaurante do local. Comida totalmente regional.

Importante: É preciso usar a perneira anti picada de cobras, pois tem muitas na região. 

Circuito Águas do Cerrado

O circuito Águas do Cerrado fica na Fazenda Buriti e paguei R$75 reais pra entrar. São oito cachoeiras, sendo permitido banho em cinco delas. E ainda tem o Poço do Amor, que tem formato de coração. 

Na Cachoeira Almas Gêmeas, Pedra Encantada e Mistério não é permitido banho. Mas você pode se encantar na Cachoeira das Orquídeas, que tem várias quedas (e dá pra fazer um book de fotos),  Sossego, Coração, Cambará e Escadarias.

Circuito Cachoeiras

  • Cachoeira das Orquídeas - Keyti Souza
  • Cachoeira Almas Gemeas

Apesar de também ter cachoeiras, o Circuito Águas do Cerrado e o Circuito Cachoeiras são totalmente diferentes e ficam em lados opostos. 

Nesse circuito está a famosa Cachoeira Véu de Noiva, que é cartão-postal da Chapada dos Guimarães. A cachoeira também é apenas pra contemplação, mas vale a pena, porque é muito linda.

Depois do Mirante da Cachoeira Véu de Noiva, seguimos uma caminhada de aproximadamente 6km pra conhecer outras seis cachoeiras, nenhuma com a mesma magnitude da primeira.

Cachoeiras Sorrisal, Pulo, Prainha (parece uma prainha mesmo, com um banco de areia pra tomar sol), Degraus, Piscinas Naturais e Andorinhas. 

Cidade da Pedras e Vale Rio Claro

Chapada Dos Guimarães – Cidade da Pedra por Keyti Souza

De antemão, a Cidade das Pedras é outro cartão-postal da Chapada e descanso  de tela do Windows. É um dos lugares mais incríveis e belos de se ver, porque realmente parece uma cidade de pedras. Grandes paredões de arenito e ao longe dá pra ver Cuiabá.

Depois um passeio pelo Vale do Rio Claro pra ver a Crista do Galo que é uma das formações rochosas mais lindas que já vi.

Trekking no Morro São Jerônimo

Morro São Jerônimo

Amo um trekking. O Morro do São Jerônimo é um dos picos mais altos da região e tem 850 metros de altura e o melhor, dá pra ter uma vista 360º de lá do alto. Pra chegar no pé do morro tem uma trilha e depois inicia a subida. É preciso ter preparo físico, porque a caminhada é longa e a subida é íngreme. 

A vista é linda, é perfeita. Acabou começando a chover enquanto estava lá no alto, e na Chapada tem muitas chuvas e raios, então tivemos que descer logo. O alto do morro é um campo aberto e não tem como se proteger da chuva e dos raios lá.

Noite na Chapada dos Guimarães

A cidade é pequena, mas se você fizer os amigos certos, vai ter noites super animadas. 

No Centro da cidade você pode conhecer o Bar Santos, que fica na praça e geralmente tem música ao vivo. Minha amiga Queilinha toca lá. No Chapada Hostel geralmente tem um luau à noite. O Restaurante Osteria tem vinhos e chopes artesanais muito bons.

Keyti Souza

Keyti Souza

Formada em jornalismo, mas atuando na área de negócios em audiovisual, sou nascida no interior da Bahia, mas resido em Salvador. Um dia ouvi dizer que eu moro onde as pessoas tiram férias, e é a mais pura verdade. Viver em Salvador é ter sempre um ponto turístico na palma da mão, uma cultura pra celebrar e uma boa praia pra pegar um sol. Mas gosto de ir além, de conhecer novos lugares, novas culturas e novas identidades. Quando a gente viaja, sempre traz na mala e no coração um pedaço daquele lugar.

É por isso que viajo. Da Bahia pra conhecer o mundo.

Instagram @keytissouza

Twitter @keytisouza

Negras viajantes PRESENTES! – Nossas histórias precisam ser contadas

Em primeiro lugar, saiba que mensamente temos relatos de mulheres negras viajantes que merecem sler lidas e compartilhadas, e a história de hoje será da Thais Silveira.

Sou gaúcha (meu DD é de Porto Alegre), mas nasci no Interior do Rio Grande do Sul (Santa Cruz do Sul). Uma cidade em que a cultura germânica se faz tão presente e é extremamente valorizada. Em festas, eventos, e até mesmo nas escolas, com o ensino da língua alemã.

Estudei em colégio particular e geralmente era a única em vários ambientes. Essa falta de representação me estimulou a buscar maneiras de encontrar minha identidade. Assim como valorizar mais pessoas que se pareciam comigo, com a minha família, pessoas importantes para mim.

Negras viajantes – Carreira profissional


Desde o início da minha carreira, no ambiente acadêmico e também no profissional. Minha motivação é guiada por aproximar as pessoas, no caso conectá-las de alguma maneira, ampliar as narrativas – de raça, gênero e inclusão social.

Tanto na redação de textos, por conta de ser jornalista e priorizar fontes diversificadas. Assim como na curadoria de eventos relacionados às questões étnico-raciais, busco apresentar novas histórias e incluir outros protagonistas – pessoas negras, em diferentes áreas.

Neste contexto fundei a revista Pretas (2017-2019), que teve o objetivo de ampliar a representação positiva das mulheres negras, suas histórias de vida, e evitar estereótipos influenciados pelo racismo inconsciente ou mesmo intencional.

Esse projeto e tantos outros me permitem transformar em prática o meu real propósito: potencializar ações que tragam benefícios às pessoas negras, promover oportunidades e manter a nossa história viva para as futuras gerações.

Minhas experiências envolvem: aulas, coordenação e organização de eventos, assessoria de comunicação e de imprensa, produção de conteúdo, projetos de consultoria, pesquisas e palestras sobre afroempreendedorismo, comunicação na diáspora, história e cultura afro-brasileira, mulheres negras na comunicação e temas afins.

Ainda em 2020 atuei como professora do MBA em Diversidade nas Organizações e Desenvolvimento de Práticas Inclusivas, da Universidade La Salle – RS – o primeiro sobre a temática no Brasil, na disciplina de racismo e questões ético-raciais nas organizações.

Atualmente, sou mestranda em Ciências Sociais. O meu projeto de pesquisa buscará abordar debates identitários a partir das mídias de língua portuguesa, com foco em Cabo Verde.

Como pode perceber, eu gosto de alinhar o discurso à prática naquilo que me envolvo. Bom, mas um importante fato que potencializou minha percepção do impacto positivo que novas narrativas e imaginários trazem na vida das pessoas foi a viagem que fiz à África do Sul, em 2019.

Ida à África do Sul

Integrei uma press trip, a convite do Escritório de Turismo do país aqui no Brasil. Assim como, escrevi uma matéria sobre isso para um jornal específico daqui:

https://www.jornaldocomercio.com/_conteudo/ge2/noticias/2019/11/713856-turismo-e-identidade-inspiram-novos-negocios-na-africa-do-sul.html

Mas tem muuuita coisa ainda para falar (em breve meu site/ blog está ON e vc encontrará mais materiais). É difícil explicar esse sentimento de pertencimento em palavras, mas eu realmente, me senti em casa na África do Sul.

Uma conexão muito grande com a minha identidade, ancestralidade foi gerada, assim como a certeza de que lá sempre serei acolhida. Pois, isso se manifestou de diversas formas. Desde ver pessoas negras em diversos espaços, trabalhando nos locais, mas também consumindo, se divertindo, liderando negócios, órgãos políticos, sem barreiras.

Também tive a oportunidade de conhecer a história de outras mulheres negras empreendedoras e de perceber que nossos desafios são muito similares. Ainda mais impactante foi conhecer mais sobre a história de Nelson Mandela, a casa em que ele morou e hoje é atração turística. O Museu do Apartheid, além do legado que o país ainda carrega, em diferentes perspectivas.

  • Mulheres negras viajantes que inspiram por Thais Silveira

Voltei ainda mais inspirada em promover essa mensagem de empoderamento pelo Brasil inteiro. Essa foi minha primeira viagem internacional. Parece que virou uma “chave” mesmo, em busca de minha ancestralidade e de um resgate de autoestima, força, inspiração, coragem.

Retornei reabastecida de sentimentos bons. Pisar em África foi impactante demais e tinha planos de retornar a cada ano, conhecendo mais do continente, mas veio pandemia e ferrou tudo).

Compartilhe a sua história – Negras Viajantes

É muito inspirador e motivador integrar, se sentir parte desse espaço que Bitonga proporciona pra nós, pretas brasileiras. Nosso país é imenso, assim como nossas vivências que ganham diferentes significados em cada parte do Brasil e, pelo mundo, nossa presença é única.

Assim como a Thais Silveira. Compartilhe sua história conosco, envie para o nosso e-mail: bitongatravel@gmail.com

Thais Silveira
Thais Silveira