Antes de mais nada, eu Bia Campos que além de viajante sou consultora de estilo, quero falar sobre o que levar e como arrumar a mala de viagem.
Aos amantes de aventuras por terras desconhecidas digo que: “Pouco há de melhor nesta vida do que viajar.”
Entre os que concordam 100%, e os que não, sei que teremos uma unanimidade em minha próxima afirmação: ” Em se tratando de viagem com qualquer propósito, um item essencial a se pensar e que requer Muito cuidado, está a Mala.”
Afinal, concorda?
Vejamos:
Em uma viagem, frequentemente, você precisará de roupas, calçados, protetores de pele, cabeça, corpo etc.
E onde a gente carrega tudo isto?
Uai, na mala, óbvio! Parafraseando aquele ‘simpático’ senhor do filme O Poço. (contém ironia, risos)
A digníssima mala ou mochila, pode tanto te salvar assim como ser sua penitência pesada durante a viagem.
Este poderoso acessório pode até comprometer seu passeio, caso seja desafiada…
Pois, é população! Esta danadinha tem o poder. Então recomendo fortemente que não negligencie a mesma. Aqui vão algumas dicas:
Escolha com cuidado e com intenção cada peça,
Crie looks antecipadamente;
Planeje seus dias, paradas e passeios.
Informe-se sobre a previsão do tempo no destino e paradas, quais as chances de esfriar, esquentar, chover, ter um furacão e etc. Pois, dependendo do destino, tudo pode acontecer principalmente mudanças climáticas bruscas.
Então, a partir de todas estas variáveis, faça escolhas estratégicas e não precisará carregar metade do seu armário na viagem.
Ao mesmo tempo, você poderá até fazer uma viagem internacional de 10 dias com 20 peças ou menos, e não pagar bagagem extra para a Companhia Aérea. Assim como, não irá repetir looks se você for uma pessoa que tem este tipo de preocupação. Sem ao menos rodar com uma mala ou mochila pesadíssima que compromete total a elegância (risos).
Loucura, loucura, loucura galera.
Descomplique a vida ao arrumar a sua mala
Como resultado, tudo isto você consegue seguindo conceitos de mala inteligente e arrumar mala sua de viagem.
Caso você queira viajar de forma descomplicada, da mesma forma, saiba que você pode contratar serviços personalizados que realizam essa atividade. Quer saber como?
Viajante, consultora de Imagem formada pela Escola Belas Artes, já atuei com clientes tradicionais e em projetos sociais, usando a moda como ferramenta.
Apresento uma proposta de mergulho interno, dedicado a quem busca auto conhecimento, auto estima e empoderamento. Convido homens e mulheres a se darem esta oportunidade, para então dedicar um olhar mais carinhoso e atento sobre si.
Com a consultoria de mala inteligente pretendo ajudar as pessoas a terem mais tempo e menos preocupação nos momentos de lazer ou trabalho, porque fazer a mala não é só pegar um monte de roupas e jogar lá dentro, mas pensar em sua apresentação de maneira assertiva.
Contrate este serviço que eu te mostro na prática e sua vida será outra, meu e-mail é anabeatriz.decampos@hotmail.com
Por fim, compartilho meu último texto sobre Moda e sustentabilidade.
Kelly Cristine – baianamochileira, compartilhar dicas incríveis de como fazer para escolher por tipo de hospedagem.
Ao escolher a minha hospedagem antes de mais nada, sempre priorizo café da manhã e wi-fi! Mas, dependendo do objetivo e da companhia da .osso tentar me arriscar a brigar com a minha preguiça matinal e encarar preparar algo na cozinha (risos).
✅ Hotel – Este tipo de estabelecimento para estadia oferece serviços, como, recepção, serviço de quarto, café da manhã, piscina, etc. Por outro lado, os valores podem variar, dependendo da categoria do hotel.
✅ Pousada – Apresenta um ambiente mais familiar, oferece serviços básicos de uma acomodação, como café da manhã, e serviço de quarto. Em contrapartida, alguns pacotes não possuem o café da manhã, é importante verificar no momento da reserva.
✅ Camping – Para quem ama estar em contato com a natureza, mas não dispensa um pouco de conforto. Existem campings que já oferecem uma infraestrutura com cozinha compartilhada, wi-fi e banheiros com chuveiro elétrico.
✅ Hostel – É um dos tipos de hospedagem mais em conta financeiramente, por oferecer estadia em quartos compartilhados. Ainda assim, é possível reservar quartos para casais com ótimos preços. Além disso, você pode ter a cozinha a disposição para preparar as suas refeições.
✅ Resort – Oferece um mundo de possibilidades que vão além da estadia, com a sua estrutura de lazer. Você pode encontrar academia, spa, piscina, salão de jogos, serviços all inclusive e outras atividades de recreação.
Me chamo Kelly Cristine Santos, @baianamochileira, tenho 24 anos, sou psicóloga e amo estar em contato com outras culturas, principalmente as latinas, viajar, desenvolver projetos voluntários em ONG’s e me engajar em aventuras que me desafiem. Desde pequena viajar era significado de elo e conexão.
Por último, faça como a Kelly envia seu texto por e-mail e apareça por aqui: bitongatravel@gmail.com
Antes de falar dos lugares para conhecer no Uruguai, a primeira coisa que você precisa saber é que o inverno é intenso. Então, se não está querendo sentir um frio congelante, minha indicação é que vá no verão. É uma época linda, as praias, o campo, a paisagem, tudo fica muito alegre e vivo, sendo assim deixo dicas e referência de 6 lugares para conhecer no Uruguai.
Para ir ao Uruguai é possível várias rotas, por terra entrando pelo Chuy ou por avião, chegando em Montevidéu. Fui pela segunda opção e cheguei em Montevidéu no meio de dezembro, ainda com chuvas e o verão começando. Conheci pouco da cidade e devido à chuva sai pouco também, mas fiquei na região histórica – Ciudad Vieja – o que me permitiu fazer alguns passeios à pé.
Lista de 7 lugares para conhecer em Montevidéu – Uruguai no eixo turístico ou no Centro Histórico:
Ciudad vieja
Mercado del Puerto
Caminhe pela rambla
Caminhe pela avenida 18 de julio
Teatro Solís
Palácio legislativo
Museus da Ciudad Vieja
Não fui nas praias de Montevidéu, e um uruguaio me recomendou não ir. Deixei para me banhar em outras cidades da costa, que serão nosso destino.
Punta Del Este
Em PUNTA DEL ESTE fui contemplada com bons dias de sol e praia, fiquei no Hostel F&F que super recomendo. Bom preço (creio ser o mais barato da região, que, em geral é bem cara), piscina e o principal, cozinha equipada para fazer suas próprias refeições. A entrada de bebida alcoólicas de fora, é a única proibição, porque eles possuem bar próprio, o que é muito comum em hostel.
Em primeiro lugar, Punta del Este não é uma cidade muito grande, basicamente, os atrativos turísticos são a praia mansa, a praia brava, o centro comercial com cassinos e casas de festas, e a atração mais famosa que é a Casa Pueblo. Vou falar um pouquinho sobre esses pontos turísticos e minha experiência nessa cidade.
Sobre a Casa Pueblo: Já foi a residência do grande artista, pintor e escutor Uruguai Carlos Paéz Vilaró e, inclusive frequentada por artistas brasileiros como Vinicius de Morais. Hoje parte é um Museu e parte é um hotel, sendo assim é um dos lugares para conhecer no Uruguai.
É imperdível esse passeio, realmente é encantador. Para informações detalhadas:
Como chegar a partir do centro da cidade de Punta del Este: É possível alugar carro, ir de ônibus ou a terceira opção que foi a que fiz, ir de bicicleta. São 13 km da cidade, fizemos em cerca de 1h cada trecho. Uruguai é muito plano, então é um percurso quase reto, com poucas subidas e descidas, diria que só há dois pontos críticos em todo os percursos.
As bicicletas, estão disponíveis para locação no centro da cidade. Se você é cliente do Banco Itaú tem direito a 3 horas de uso grátis, se for de outros bancos é apenas 1 hora, basta apresentar o cartão de crédito e preencher uma ficha. Não é como as bicicletas do Itaú que estamos acostumados a liberar com aplicativo, é mais uma banca com alguns funcionários que disponibilizam as bicicletas.
Praias em Punta del Este
Praia Brava ou Praia Mansa? O nome fala por si, uma com ondas fortes e outra calma, quase sem ondas, simples assim! São apenas duas praias em Punta del Este. A primeira costuma ter mais jovens e surfistas, pessoas praticando esportes na areia e a segunda me pareceu serem mais frequentadas por família e crianças. Imagino que pela segurança do mar ser mais tranquilo.
Punta del Este recebe muitos estrangeiros, conheci gente de muitas partes do mundo viajando e mochilando pela América Latina. Fiquei 4 dias em Punta del Este e avalio como tempo suficiente para conhecer a cidade, se divertir, ir à praia e sair pela noite em boliches. Particularmente, não me interessam os cassinos, mas para quem goste esta também é uma opção na cidade.
Baladas em Punta del Este
Sobre os boliches em Punta del Este, creio que é importante contextualizar essa balada, não é meu tipo de diversão preferido mas decidi conhecer, principalmente, porque estava acompanhada com outras viajantes. São baladas caras, brancas e hétero, e que os funcionários passam horas antes nos hotéis e hostels distribuindo cortesia e vale drinks para as mulheres (aff). Mas o ambiente é bem dançante, tocam muito reggaeton, músicas bem animadas. Na primeira noite que fui, me diverti, dançamos muito e amanhecemos na praia vendo o nascer do sol. Na segunda noite, já não foi tão interessante, ao menos para mim. Para mim é o tipo de experiencia pra dose única. Em geral, Punta del Este vale a pena conhecer, mas não é um dos meus lugares preferidos no Uruguai, recomendo poucos dias.
PUNTA DEL DIABLO
Antes de mais nada, esse lugar é fantástico, muito receptivo e te faz não querer sai de lá mais. Diferente da badalação e dos grandes prédios luxuosos de Punta del Este, Punta del Diablo está mais para uma pequena vila, com ruas de terra e pouca iluminação pública. Uma espécie de vila de pescadores, super acolhedora. Meu lugar preferido no Uruguai. Praias lindas, povo alegre, sossego, lugar de paz e tranquilidade.
Além disso, é tão pequena a cidade que são poucos os mercadinhos, há uma quantidade boa de opções de restaurantes e bares, algumas poucas lanchonetes. As praias são extensas e se caminha por algumas poucas horas chega a reserva de Santa Teresa que tá coladinha, e é possível acampar.
Fiquei em um hostel chamado Vente al Diablo, o qual recomendo. Ao mesmo tempo, não é difícil encontrar boas opções de hostel e hotéis na região, e com bons preços. Como é basicamente uma pequena vila, diria que quase todas as localizações estão muito próximas da praia e do pequeno centro comercial que concentra os bares, restaurantes e mercadinhos.
O que esperar de Punta del Diablo
Punta del Diablo tem uma outra vibe, ou seja, é um lugar de muitos artistas, muito artesanatos e diria que tem uma proposta de ambiente mais alternativo e tranquilo. Diferente de Punta del Este, aqui as praias são mais abertas e amplas, excelentes para caminhas, passar o dia e desfrutar da paisagem.
É uma região que recebe muito argentinos nessa temporada, ao mesmo tempo que também encontra alguns mochileiros que estão percorrendo a América Latina e buscam um lugar pra trabalhar no verão. É um lugar interessante para conhecer pessoas, fazer amizades e ter bons encontros.
Como é uma região próxima à fronteira, é comum que quem tem transporte próprio vá fazer compras na fronteira, inclusive para adquiri produtos brasileiros. Também conheci brasileiros que vinha do Rio Grande do Sul e realizam essa viagem com frequência, me contaram que é preferencial fazer compras antes de entrar no Uruguai, para evitar a conversão e porque as coisas são mais caras no Uruguai.
Dicas de como Gastar pouco
Minha experiência foi de comprar comida nos mercadinho e sempre cozinhar no hostel, do café da manhã, almoço e lanche. Em geral, os preços dos restaurante me pareceram caros, mas esse é uma questão de todo o país, sendo que em algumas regiões como Punta del Este e Montevideo os valores são mais altos, ao mesmo tempo que pode sim encontrar escassas opções mais baratas.
Minha recomendação, se seu objetivo for não gastar muito, sempre cozinhar no hostel, por isso antes de reservar sempre confirmar se possuem cozinha equipada disponível. Eu passei o Natal no hostel com pessoas incríveis que conheci, foi uma excelente experiência, fizemos comidas de várias partes do mundo, onde cada um pode compartilhar um pouco sobre seu país. Sem dúvidas Punda del Diablo é um destino que recomendo muito, assim como, é um dos lugares que mais me encantou e gostaria de poder retornar no futuro.
Para seguir a viagem e na linha de ugares para conhecer no Uruguai, a minha parada seguinte foi Cabo Polonio. Eu planejei mal meus dias e os deslocamentos, então vai outra dica: sempre verifique a rota de transporte que pretende fazer e o funcionamento dos transportes nessa rota.
O meu caso foi que minha saída do hostel aconteceu no dia 25/12, feriado de Natal e a estação não funciona nessa data. Minha situação era que já não tinha diárias no hostel que sai, ao mesmo tempo que já tinha pago as diárias seguintes. A solução foi ir para estrada e buscar carona, por coincidência encontrei outra brasileira na mesma situação que eu e viajamos juntas.
Sobre carona no Uruguai
Me pareceu super tranquilo, eu já tinha experiencia de pegar carona no Brasil, por isso não tive dificuldades de tomar a decisão. Tive boas experiencias e a cada carona uma boa conversa e historias sobre a região. O elemento que dificultou, foi que a data que estávamos viajando era feriado, então havia pouca gente circulando, o que fez com que nossa viagem durasse mais tempo. Próxima parada Cabo Polonio.
CABO POLONIO
Antes de tudo, este é o Parque Nacional Cabo Polonio, uma extensa área de paisagens belíssimas, com praias e dunas lindas. É um Parque Nacional, logo é uma área protegida, o que impede que possa ser acessada por carro. Para acesso ao parque é necessário pagar entradas, que inclui o transporte por um caminhão adaptado para deslocar nas dunas até a região da vila, onde se encontram os hosteis, restaurantes, mercadinhos e poucas casas na região. Então, para informações detalhadas:
Essa é uma pequena vila onde todos os caminhos são de terra ou areia, não há carros e não há iluminação pública e a energia é produzida por geradores próprios de cada estabelecimento. Ao mesmo tempo que existem limitações, é possível conseguir energia para o básico como carregar o celular. A ausência de iluminação publica e poucas luzes na região como um todo possibilitam uma visão maravilhosa do céu.
Por suas praias amplas e com muitas dunas, tem-se a possibilidade de fazer boas caminhadas e desfrutar do mar. E o mais interessante desse parque são seus moradores ilustres, a colônia permanente de lobos marinhos que facilmente pode ser vista nas rochas próximas ao farol. Em outras palavras, são centenas de lobos marinhos o que torna a experiência única de poder se aproximar desses belíssimos animais.
Cabo Polonio é um belo lugar, um Parque Nacional com moradores muito especiais, onde é possível desfrutar muito da instancia e relaxar com toda a vibe alternativa da vila. Contudo, eu, particularmente, recomendo 2 dias para esse lugar, isso se você estiver realizando uma viagem de percorrer o litoral como foi o meu caso. Se você gosta de um ritmo mais lento e quer conhecer com calma e curtir o lugar, poderia desfrutar mais dias.
COLONIA DEL SACRAMENTO
Seguimos viagem a Colonia del Sacramento. Para este percurso, como tive a experiência anterior de pegar carona até Cabo Polonio resolvi tentar também para esse outro trecho, agora em uma data com a estrada mais movimentada. Esse trajeto é mais largo, contudo, é uma estrada de maior fluxo, já em direção a Montevideo, a capital.
Por fim, chegando a Montevideo, tomei o ônibus para Colonia del Sacramento, onde cheguei já pela noite.
Colonia del Sacramento foi minha despedida do Uruguai, ou seja, aqui tomei o barco para ir para Buenos Aires. Passei apenas um dia e uma noite na cidade, e o pouco que conheci foi caminhando pela região histórica, que é bem bonita e localizada junto a orla do mar.
As lindas ruas e edificações explicam porque a região do antigo centro histórico foi declarado Patrimonio de la Humanidad, em 1995, pela UNESCO. É de uma arquitetura única, com diversas influencias. Com suas ruas e casas de pedras, misturados as arvores e flores o contraste é exuberante.
Sem dúvidas é um lugar que merece mais dias, eu, infelizmente fiquei pouquíssimo tempo e recomendo ao menos dois para desfrutar com tranquilidade. Mas nossa viagem segue, rumo a Buenos Aires.
LUGARES PARA CONHECER NO URUGUAI DEIXO AQUI O MEU ROTEIRO:
Dessa forma, o meu roteiro foi: Brasil> Montevideo> Punta del Este> Punta del Diablo> Cabo Polonio> Montevideo> Colonia del Sacramento> Buenos Aires
DICA: Como fui de avião tive que começar por Montevidéu, mas acredito que se tiver a oportunidade de ir de carro para o Uruguai (alugue no Brasil na fronteira) é melhor! Recomendaria entrar pelo Chuy e seguir para Punta del Diablo (que merece mais dias que Punta del Este), depois Barra de Valizas, Cabo Polônio, Piriapólis, Punta del Este e, ai sim, Montevidéu. Vale a pena seguir até Colônia de sacramento, mas é um passeio de um dia, na minha opinião. Ir de carro é uma boa opção pra quem não vai seguir viagem para Argentina.
RESUMO DESPESAS:
O Uruguai é um país surpreendentemente CARO! Isso mesmo, CA-RO!
Enfim, gastei ao todo cerca de 1.300 reais, sem contar a passagem aérea, apenas com alimentação, hospedagem e deslocamentos internos no país, por cerca de 12 dias.
Então, o meu maior gasto foi em Cabo Polônio que é consideravelmente mais caro que as demais regiões. Tive que economizar bastante nesse país. Se quiser um pouco mais de conforto, hotel e refeições fora (comer em restaurantes e não estar cozinhando sempre), recomendo levar entorno de 2mil (para 10 a 12 dias).
Cotação da época (dezembro 2018): 1 real = 8 pesos uruguaios (aproximado) (desatualizado).
Espero que você tenha gostado do roteiro assim como se inspirado para fazer roteiro e conhecer esses lugares no Uruguai.
Antes de compartilhar 5 Coisas para fazer em Santa Teresa – Rio de Janeiro. Primeiramente gostaria de saber se, TU CONHECE SANTA TERESA? Irei compartilhar 5 coisas para fazer em Santa Teresa – Rio de Janeiro.
Em segundo lugar, posso te garantir que não! Em outras palavras, se você não mora em Santa tu não conhece lá.
É igual o meu bairro, Méier/ Engenho de Dentro, se tu não for de lá tu não vai saber que perto da Escola Rio Grande do Sul, vendia o melhor joelho da vida!
E nem saber que na rua paralela do baixo Méier tem uns boteco legais e baratos.
Essas coisas só os cria sabe, mas vamos voltar ao assunto principal! Hoje eu vou falar da estilosa, boêmia e requintada SANTA TERESA!
SE LIGA E JÁ SALVA ESSA LISTA O QUE FAZER EM SANTA TERESA
COMER BOLINHO DE ABÓBORA COM CAMARÃO NO BAR DO MINEIRO!
Bar do Mineiro, é aquele restaurante tradicional, já que Santa mistura o moderno com o antigo e esse relacionamento funciona muito bem! Tá por santa e quer comer um pastel, bolinhos, uma feijoada? MINEIROO!
Rua: Paschoal Carlos Magno, 99 – Santa Teresa.
CURTIR UM SOM NO FAVELA HYPE
Sabe aqueles lugares diferentões, com uma puta vibe? É o Favela Hype. Aqui você compra roupa, toma umas bebidas bonitas ( dose dupla de gin quinta, sexta e sábado das 19h às 20h30 heinnnn), curte um som e dá aquele rolé em santa bem moderninho 🤙🏾. Rua Paschoal Carlos Magno, 103a – Santa Teresa.
TIRAR FOTO NAS PAREDES COLORIDAS
Se tem um lugar que em cada esquina serve de cenário pra foto, esse lugar é Santa! Tá com seu insta xoxado, sem movimentação? Corre pra Santa pra tirar umas fotoca!
COMPRAR MACACÃO, VESTIDOS, BLUSAS NA BAOBÁ BRASIL
Se você, assim como eu é apaixonade em estampas afro, você precisa conhecer essa Loja. Pertinho do Bar do Mineiro, vale muito a pena conferir as coleções disponíveis. É uma estampa mais bonita que a outra. Rua Paschoal Carlos Magno, 92 – Santa Teresa.
CONHECER A KOMBI DO SCOOBY DOO!
Finalmente, esse aqui é o plus de Santa e é uma Kombi iradaaaa, toda inspirada na The Mystery Machine, do SCOOBY DOO. A nostalgia rola solta mas ó, esse aqui eu não vou dizer onde fica, pra saber onde ela tá estacionada eu deixo pra Karina Procópio@viajareomotivo revelar o segredo.
E aí, já conhece Santa?
Por fim, convido vocês para me conhecer melhor assim como ler minhas dicas de lugares para ir.
Turismóloga, viajante independente e carioca orgulhosa com intuito de mostrar um pouco mais do RJ para todes, ex praticante de danças urbanas e apaixonada pela cultura das ruas e gastronomia também urbana. Atualmente vivendo e mostrando a ideia de que viajar barato é mais que possível!
Antes de tudo, não foi por acaso que eu, Belisa Andrade encontrei a Rota dos Quilombos. Há algum tempo busco me reconhecer nas raízes que me formam. Por isso voltar ao quilombo é minha forma física de demonstrar gratidão pela liberdade e saciar a ansiedade de me conectar com a tradição.
Ao entrar em contato pelo e-mail após ver o vídeo da Folha de São Paulo no YouTube e encontrar a página no Facebook. Nesse sentido, plantei aquela sementinha pro universo me ajudar a regar, e não é que deu flor?
Esperava encontrar uma paisagem bonita, o sol se pondo já no meio da serra, vermelho pra não destoar da paleta de cores que essa parte do Vale do Jequitinhonha assume na época de seca. Foi uma bela de uma surpresa de boas-vindas, acima de qualquer expectativa. Aguçou ainda mais minha vontade de chegar logo para me encontrar com partes da minha ancestralidade que eu já sabia que não ia conseguir acessar fora dali.
As comunidades Quilombolas na Rota dos Quilombos
Dá pra sentir o carinho enorme das pessoas desde o primeiro oi. Se em cidade grande o cumprimento mais carinhoso é jogar dois beijinhos pro ar. Em quilombo tem olhos brilhando e abraço apertado a moda da roça: tem que encostar coração com coração. E aí parece que alguma coisa já se conecta e faz a timidez dos dois lados ir desaparecendo e a conversa flui.
No meio dos assuntos, a sede de mostrar o quanto é bom viver ali, sem romantizar as dificuldades. As comunidades são de difícil acesso e o descaso do poder público é bem claro na falta de pavimentação de várias vias, inclusive estradas federais, e nos problemas recorrentes de abastecimento de água, não esquecendo de como o agronegócio tem sido nocivo para a manutenção dos biomas do cerrado, mata de transição e caatinga.
Além disso, boa parte dos quilombolas passa longo período do ano trabalhando nas plantações no sul de Minas e em São Paulo, o que é a principal causa da dificuldade de se manter a cultura viva.
Poucas vezes na vida vi e ouvi tanta realidade e eloqüência em cada fala. Os livros dizem que aqui é o Vale da Miséria, mas só é se você tiver uma idéia muito restrita do que é riqueza. O que eu vi foi senso de coletividade funcionando e valores muito acima do dinheiro. As trocas vão além dos olhares.
A essência das comunidades
Cada comunidade é especial por sua própria essência. Na sabedoria de mato a gente ganha em cada passo das caminhadas ecológicas, os pontos nas colchas e bolsas artesanais em alguns quilômetros se transformam em diferentes trançados em palha e couro. E “logo ali” ainda dá pra ver artesanato em argila e tambores feitos apenas de madeira já deitada. Tem piquenique em praia de rio, tem cheiro e sabor de feira livre e muitas festas, tudo isso envolto em uma teia de histórias e numa relação de pertencimento que só mesmo a força desse território explica.
As lembranças…
Acima de tudo o que fica gravado nas lembranças é o sabor da simplicidade em cada receptivo familiar, em cada café-da-manhã com quitanda, em cada almoço e jantar, claro, os quilos a mais depois da Expedição mostram quanto carinho cada prato carrega. A comida é rebuscadamente simples. O gosto de casa do arroz com feijão, a couve cortada tão fininha que quase se perde no meio da salada, mamão verde refogado com bastante urucum, aquele cuidado todo com o feijão-andu, muita farinha e pimenta queimando do vermelho até o amarelo. E tudo isso só dentro do mundo vegetariano, porque também tem galinha caipira pra quem quiser algo mais carnívoro.
Já com saudades, a musicalidade do sotaque é a última sensação que não vai me deixar. É mineiro sim, uai, mas talvez os tambores do congado marquem ritmos para além das festanças.
Por fim, a Rota dos Quilombos acontece no Vale do Jequitinhonha, em Minas Gerais, passa por comunidades quilombolas nas cidades de Berilo, Chapada do Norte e Minas Novas.
Que tal conhecer o Afroturismo da Rota dos Quilombos?
Contato: Redetur – Rede de Apoio Integrado ao Turismo de Base Comunitária da Rota dos Quilombos
App de relacionamento, sabe aquela mina preta viajante, encontrei ela no aplicativo, dei Match, será que rola?
Primeiramente, saiba que você está diante de estórias secretas de amor de uma viajante preta, por isso mantenha o segredo. Qualquer semelhança é uma mera coincidência, quer dizer talvez seja a reprodução da história da mesma amiga que temos em comum que resolvi compartilhar de forma anônima…
Da era do Bate Papo Uol
Oi gata, quer tc?
De onde vc é?
Como você é?
Tem cam?
Pretinha dengosa: sai da sala…
Quem sobreviveu ao Bate Papo Uol, Terra e Bol, sabe muito bem do que eu estou falando… Os atuais aplicativos de relacionamento (Tinder, Happen, Bumble, Badoo…) são fichinhas para tudo o que a geração dos anos 80 viveu nesse planeta chamado Terra.
Ela desejou muito conhecer alguém que morava perto, meter um romance e por esse motivo entrava nos bate papo da cidade e pela idade, mas não encontrou ninguém.
Afinal de contas, ela era preta e naquela época e hoje, ela não era o padrão de beleza desejado virtualmente pelos: Moreno do Surf, Moreno.22, Moreno da Z.O…
App relacionamento e a viajante preta
Ela não é confiável, uma mulher preta viajante? – “Ela só quer curtir a vida.”
Que mal há nisso? Ela ia te convidar para poder encarar uma viagem à dois e mergulhar em um romance sem pensar em um futuro distante de eu você 2 filhos e um cachorro?
Muito além do app de relacionamento, a preta viajante quer apenas conhecer alguém, sentir o sabor do beijo, ter alguém que não sai da cabeça. Entenda que quando você diz que mora longe ela não está pedindo para ir morar na sua casa, podem se encontrar no meio do caminho.
Lembre-se ela já foi pra ROMA e você acha mesmo que ir pra Zona Oeste, Lesta da cidade é um bicho de 7 cabeças?
Poxa, você não ajuda, e ela pediu para que eu deixasse o seguinte recado. Lembre-se que é à partir de um LANCE que tudo vira um ROMANCE, permita ela mostrar o mundo dela, dê a oportunidade dela ser quem é, afinal de contas tudo precisa de um Match.
Por que você viaja? Já se perguntou isso? Viajar é ir. Por muito tempo me questionei se era correto o que eu pensava, pesquisei, ouvi outras viajantes e tive a certeza:
No dicionário- O mesmo que caminhar, movimentar. Sair de um lugar pro outro.
Na minha alma- Ir! Pode ser por 1 ano ou 3 dias. Pro outro lado do mundo ou pro bairro vizinho.
Vi uma reportagem que dizia que pós pandemia do COVID- 19, nada seria igual, assim como em todos os setores, isso incluía o turismo e as viagens… não sei dizer se ouvir isso foi bom ou ruim, só sei que foi preciso!
Sempre falo sobre como viagens me transformam, me inspiram, mas preciso falar também que não existe mágica! Uma viagem não é um remédio que pode ser usado como solução de todas as dores, porque algumas dores não se curam ao pegar um avião. E aí, o que poderia ser uma experiência renovadora vira auto cobrança e decepção, porque afinal, problemas não tiram férias e sua vida não é (e não precisa ser) igual à da blogueira famosa.
Então que a gente viaje também pra dentro de nós! Que todas as mudanças que estão por vir sirvam para mudar também nossa maneira de encarar a vida e por que não encarar uma viagem?
Viajo porque acredito que qualquer lugar pode render momentos incríveis. Me permito viajar em cada porta bonita que vejo, a cada fim de tarde que deixa o céu laranja. Viajo com rumo, com propósito, mas aberta ao inesperado… aos perrengues, às mudanças de planos, tempo e humor.
Sendo assim…
Se viajar é ir, que a gente vá! E encontre o que nos inspira e o que nos dá vontade de arrumar as malas e partir, que respeite o destino que visitar e tudo mais que encontrar pelo caminho. Seja em um ano sabático, em um bate volta de fim de semana, seja em um lugar dos sonhos ou em um passeio pela nossa cidade.
Que nossa jornada seja incrível!
Eu já falei de mim, agora me diz, POR QUE VOCÊ VIAJA?
Karina Procópio – Administradora de empresas frustrada que encontrou nas viagens o motivo para seguir em frente. Acredita que qualquer lugar pode render momentos incríveis e quer mostrar pra todes as viagens reais, que conectam e que são possíveis. Apaixonada pela natureza, por encontros e pelas surpresas da vida.
Joice Vasconcelos irá contar um pouco sobre a festa do Marambiré do Quilombo do Pacoval – Pará, uma festa negra na Amazônia.
“As festas de Santos são eventos muito comuns e tradicionais em comunidades indígenas e quilombolas da Amazônia. Através dessas festas é possível identificar e vivenciar de perto a influência da cultura africana, indígena e portuguesa nesses territórios tradicionais. Festas como essas são repletas de valores ancestrais, sincretismos e rituais que dizem muito sobre a identidade da região e, principalmente, dessas comunidades que manifestam sua ancestralidade por meio da cultura”
Todos os anos no quilombo do Pacoval, localizado no município de Alenquer, Oeste do Pará, interior da Amazônia, acontece a apresentação da Dança do Marambiré, uma tradição africana que simboliza a identidade e resistência da comunidade, pois a tradição remete a ancestralidade desse povo e as conquistas que eles obtiveram com o Marambiré, como por exemplo, a titulação do território.
Bem, antes de mais nada, vamos entender o que é o Marambiré!
O Marambiré é uma tradição religiosa e sagrada de origem africana, considerado uma festa negra de um ritual africano mais autêntico do interior da Amazônia, uma vez que essa tradição deixada pelos antepassados do quilombo do Pacoval reconta a saga de luta por liberdade dos africanos escravizados na Amazônia. A dança segundo a memória dos mais velhos, era uma forma de agradecer o sucesso obtido com as fugas das fazendas de engenho, por isso é possível encontrar no ritual cânticos que expressem acolhimento, agradecimento e despedida.
Para mais, o Marambiré representa a formação de um reinado africano na figura de seus principais personagens, o Rei e a Rainha de Congo. Além desses, tem-se as Rainhas Auxiliares, os Valsares que representam os Vassalos do Rei, um violonista e o um caixeiro, que acompanham o ritmo marcado dos pandeiros tocados pelos valsares. Ao total são 36 componentes que fazem parte do Marambiré que é apresentado em datas específicas no quilombo do Pacoval, dia 6 e 20 de janeiro.
Segundo manda a tradição, o Marambiré é apresentado todos os anos na comunidade nos dias 6 de janeiro, dia de São Benedito, padroeiro do Marambiré, pois é o santo que atende e realiza as promessas feitas pelos quilombolas do Pacoval que sempre tiveram muita fé no santo, uma vez que São Benedito é tido pela comunidade negra católica como o santo dos pretos. Além desse dia, o Marambiré também é apresentado na festa de São Sebastião, 20 de janeiro, dia em que o ciclo de apresentações do Marambiré se encerra com o ritual do Mar-a-baixo, ritual onde os dançantes do Marambiré vão para beira do rio, sobem em um barco e fazem o percurso de subir e descer o rio dançando e cantando, pois esse trajeto foi feito pelos seus antepassados que na busca por liberdade em encontrar um lugar seguro para se viver, muitas vezes se perdiam pelo caminho e subiam e desciam o rio.
Todos os rituais realizados na dança do Marambiré são lindos, emocionantes e cheios de simbolismo e significados. Presenciar essa tradição é uma experiência única, algo difícil de se traduzir pois vivenciar o Marambiré é vivenciar um mar de sentimentos e emoções, principalmente para quem é negro (a) e tem suas raízes em África.
Em 2020, em virtude da minha pesquisa de TCC que corresponde em investigar a contribuição das mulheres do Pacoval para preservação identitária do quilombo através do Marambiré, tive o privilégio de presenciar esse momento especial e compartilho com vocês um pouco desse momento único.
A comunidade do Pacoval, no dia 6 de janeiro de 2020, realizou o II Festival do Marambiré, um evento cultural, festa de cultura negra, que traz não só a apresentação do Marambiré, mas também outras manifestações culturais do quilombo na Amazônia. Pela parte da manhã, o Marambiré foi apresentado seguindo seu ritual de origem, começando dentro da igreja, depois saindo pelas ruas da comunidade e entrando nas casas das pessoas que estiverem com suas portas abertas para receber o Marambiré. Depois de entrar em algumas casas e dançar, os dançantes do Marambiré sempre vão até as casas dos promesseiros, as pessoas que fizeram promessas a São Benedito e oferecem um almoço ao grupo com objetivo de agradecer a graça alcançada.
Depois de visitar todas as casas dos promesseiros, o Marambiré retorna para o barracão (sede) da comunidade onde será servido um almoço comunitário aos comunitários e visitantes presentes, que acompanharam e participaram desse momento de alegria. Pela parte da tarde o Festival continua sua programação, trazendo as apresentações das demais manifestações culturais da comunidade, que concorrem a premiações. Esse dia foi lindo, especial, cheio de emoções e muita alegria, pois os quilombolas do Pacoval carregam consigo muito felicidade, energia positiva e sorriso no rosto.
Já na festa de São Sebastião, no dia 20 de janeiro, o Marambiré é dançado durante todo o dia para festejar o santinho e celebrar a vida, a liberdade e resistência dos quilombolas que ali vivem. Nesse dia o Marambiré também sai pelas ruas da comunidade, entra nas casas das pessoas para dançar e cantar, mas não há promesseiros, pois, o dia pagações de promessas é na Festa de São Benedito, o santo padroeiro da tradição. Porém, o almoço comunitário é ofertado aos comunitários e ao cordão do Marambiré, que celebram com festa e muita alegria mais um ano de apresentação da tradição.
Para os quilombolas do Pacoval, o Marambiré vai além de uma manifestação cultural, o Marambiré é sinônimo de identidade, resistência e conquistas, pois, por intermédio do Marambiré, a comunidade do Pacoval conquistou a titulação do seu território em 1996, se tornando o segundo quilombo a ser titulado no Brasil depois do território de Boa Vista, em Oriximiná, também no Pará. Ademais, por sua relevância na cultura paraense e amazônica, o Marambiré foi considerado em 19 de março de 2008, Patrimônio Cultural e Artístico do Pará, sendo uma expressão cultural e artística do município de Alenquer, de acordo com a Lei nº 7.113.
Destaco que conhecer o quilombo do Pacoval e vivenciar essa experiência com os comunitários muito me mostrou como é o “viver em comunidade” através dos detalhes e dos valores que a comunidade carrega. Todos no quilombo são muito atenciosos, receptivos, gentis e alegres, com uma alegria que contagia. Também não posso deixar de relatar que presenciar o Marambiré foi muito importante no meu processo de conhecimento sobre a minha identidade enquanto quilombola, pois vivenciar essa tradição me fez sentir em muitos momentos no próprio continente africano mesmo nunca ter conhecido o lugar, mas como os quilombos são a própria África fora do continente, já que são nesses territórios de resistência que estão os frutos de África, vivencia um pouco dos saberes, conhecimentos, costumes e tradições que remetem ao continente.
Não poder participar do Marambiré esse ano é triste, pois assim como os quilombolas do Pacoval passei a respeitar muito a tradição e colocá-la na minha lista de prioridades, uma vez que o sentimento de vínculo e união com a comunidade foi selado e a vontade de contribuir com a perpetuação da tradição também, pois é responsabilidade de pesquisador(a) trazer retornos positivos ao seu público. Espero que esse momento de pandemia possa passar para que possamos novamente dançar, cantar e festejar muitos Marambiré.
Deixo como referência o artigo que eu, minhas professoras e colega construímos nas primeiras pesquisas sobre o Marambiré do Quilombo do Pacoval, no âmbito do Projeto FORMAZ – Formação Socioeconômica da Amazônia, da Universidade Federal do Oeste do Pará.
LEÃO, Andréa Simone Rente; SOUSA, Girlian Silva; QUARESMA, Edilmar Santana; OLIVEIRA, Joice Eliane Vasconcelos de. Marambiré como Patrimônio Cultural e Instrumento de Resistência do Quilombo do Pacoval/Pará.RELACult, Paraná, v. 05, ed. especial, nº 3, mai., 2019. Disponível em: http://periodicos.claec.org/index.php/relacult/article/view/1517/989.
Espero que tenha gostado e que possa se permitir vivenciar o Marambiré – A Festa Negra na Amazônia do Quilombo do Pavocal Pará.
Joice Vasconcelos é cria da Amazônia, nascida e criada no pirão de farinha e banho de rio na pérola do Tapajós – Santarém/PA. É acadêmica quilombola do curso de Gestão Pública e Desenvolvimento Regional, na Univerdade Federal do Oeste do Pará (UFOPA). Apaixonada por ouvir e contar e histórias e pelos estudos sobre território e territorialidades, Joice é pesquisadora daquelas desbravadoras e atualmente segue pesquisando sobre resistência negra na Amazônia, Quilombo do Pacoval, Marambiré e Mulheres quilombolas da Amazônia.
Olá! Antes de mais nada, meu nome é Juliana Oliveira e esse é meu primeiro texto como correspondente Bitonga Travel e vou compartilhar dicas de 6 lugares para conhecer na Colômbia viajando sozinha, através da minha experiência.
Tenho 33 anos e sou estudante de turismo, além de já ser guia de turismo. Sou formada em arquitetura e urbanismo, mas abandonei a profissão em 2016.
Como cheguei até lá
Em 2019 tive a oportunidade de fazer um semestre de intercâmbio na Colômbia. Fui selecionada pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), assim como beneficiada com uma bolsa para estudar na Universidad Industrial de Santander. Eu estava muito empolgada, apesar de com um pouco de medo.
Além disso, quando abriu o edital pro intercâmbio eram dois países: México e Colômbia. Pesquisei bastante sobre os 2 e me decidi pela Colômbia por conta da distância, do custo e da segurança. Sim, é isso mesmo que você leu: segurança. Apesar de todo estigma e imagem negativa, a guerra com as Farcs terminou em 2016 e isso abriu as portas para o turismo.
Apesar do destino mais conhecido ser Cartagena, o país tem lugares incríveis a serem descobertos. Basta dizer que ele foi eleito um dos principais destinos turísticos da América do Sul pelo World Travel Awards, que é considerado o Oscar do mundo do turismo, em 2018, sendo assim deixarei a dica de 6 lugares para conhecer na Colômbia.
Por onde comecei
Minha viagem começou primeiramente pela capital Bogotá, que é uma cidade grande bem estilo São Paulo. Muitas opções de passeios culturais e naturais também, já que a cidade está bem no meio da Cordilheira dos Andes. Meu destino final era a cidadezinha de Socorro, no departamento de Santander, bem no interior da Colômbia. Um contraste enorme .
Aliás, a Colômbia é um país de contrastes paisagísticos. Você tem praia e sol do Caribe e do Pacífico, a cordilheira dos Andes que divide o país ao meio, montanhas com mais de 4.000m de altitude onde você pode se aventurar e ver neve, cidadezinhas históricas preservadas da época colonial espanhola, Amazônia colombiana e uma gastronomia muito rica.
6 Cidades para conhecer na Colômbia
Como resultado do intercâmbio, tive a oportunidade conhecer alguns lugares nos 4 meses que passei lá e ainda faltou muito lugar para conhecer. Sobre viajar sozinha por lá foi bem tranquilo. As distâncias às vezes são longas por conta do relevo que tornam as pistas cheias de curvas e muito sobe e desce.
Os ônibus são bem confortáveis, tem tomada, wifi, achei bem melhores do que os que já viajei aqui no Brasil. E o melhor: as passagens costumam ser bem em conta. Às vezes várias empresas fazem o mesmo trajeto e o preço entre elas varia muito pouco.
Bogotá – dpto. Cundinamarca
A capital que apesar de caótica e com um trânsito que não deixaria Rio e nem Sampa com inveja, oferece muitas atrações culturais. É fácil se locomover pela cidade. A parte histórica é a região da La Candelária, onde estão os principais museus como o Museo del Oro, Museo Bottero, Plaza Simon Bolívar e Centro Cultural Gabriel Garcia Marques.
Dessa forma, super indico fazer o tour do grafitte, que conta a história de como a arte marginal e proibida passou a ser valorizada e fazer parte dos roteiros da cidade. É um desenho mais lindo que o outro. E por último, se quiser ter uma vista panorâmica da city, é só subir de trenzinho ou teleférico o Cerro Monserrate.
2. Buacaramanga – depto. Santander
A capital do departamento de Santander está a 10h de viagem de Bogotá. É a terceira cidade universitária do país ficando atrás de Manizales e Medellín, contando com mais de 20 universidades entre públicas e privadas.
É conhecida como a cidade dos parques pela quantidade de áreas verdes em sua zona urbana. Uma das opções de passeio por lá é fazer um walking tour pra conhecer a história da cidade que foi fundada em 1622. Outro lugar incrível a ser visitado é o Parque del Agua, que é a sede do Acueducto Metropolitano e que utilizou a estrutura dos antigos tanques que abasteciam a cidade para criar uma espécie de jardim aquático.
3. Socorro – depto Santander
Apesar de não ser muito turística, porém é um lugar muito acolhedor e cheio de história. Foi minha casa durante o intercâmbio. Está a 6h de viagem de Bogotá. O pueblo foi fundado em 1683 e, ao passo que, é considerado o berço da independência colombiana, devido a diversos fatos históricos ocorridos por lá.
O cartão postal é a basílica de Nuestra Señora del Socorro. Suas ladeiras e ruas de pedra lembram um pouco nossa Ouro Preto. Por fim, o destaque fica por conta da estátua de Antonia Santos no parque principal em frente a igreja. Ela juntamente com Manuela Beltrán são personagens que participaram diretamente no processo de independência do país.
4. Barichara – depto Santander
Dos lugares para conhecer na Colômbia, gostaria e falar desse pueblo que fica a meia hora de Socorro é bem mais turístico. Percebe-se isso logo que se chega a praça principal e o que mais se vê são gringos e guias oferecendo passeios pela cidade. Suas ruas e arquiteturas são o charme principal. Além disse um dos grandes atrativos é o Salto del Mico, um mirante com uma vista incrível da cadeia montanhosa da serrania dos Yariguies.
5. Villa de Leyva – depto Boyacá
Ao mesmo tempo, outra cidade patrimônio histórico fica no departamento vizinho de Boyacá. Também tem forte apelo para o turismo internacional. Diferente de Barichara, as temperaturas aqui caem devido a altitude, a cidade está 2.149m acima do nível do mar.
De antemão, aqui fica uma das maiores praças da América Latina. Os principais atrativos aqui são a Casa Museo Nariño, o Museo El Fossil com fósseis encontrados na região, Pozos Azules e Laguna de Iguaque.
6. San Basílio de Palenque – depto Bolívar
Por fim e não menos importante, indico Palenque fica a 1h de Cartagena. Considerada a primeira comunidade de negros livres das Américas, patrimônio imaterial cultural da humanidade. Benkos Biohó, escravizado que se revoltou com as condições com que eram tratados pela coroa espanhola, fugiu e fundou a comunidade no séc. XVI.
Daqui são originárias as palenqueras, as coloridas vendedoras de doces que ficam no centro de Cartagena. Palenque é protagonista não só de sua própria história, como também de seu turismo. Ali são os moradores que contam sua história e mostram sua cultura.
Últimas informações…
Antes de mais nada, eu me apaixonei pela Colômbia. Quero voltar um dia para visitar tantos outros lugares maravilhosos que existem por lá. Espero que vocês tenham se sentido animades com esses lugares para conhecer na Colômbia e incarar essa viagem por esse país incrível.
E por fim, ligue o som e escute os Podcasts falando da Colômbia, disponível em todas as plataformas digitais.
Deixo aqui o meu Instagram @boradescobrir caso tenha alguma dúvida pode me contactar. Assim também, será um prazer poder compartilhar dicas dessa viagem e experiências.
Em primeiro lugar, feliz Ano Novo! Seja bem vinda, bem vindo e bem vindes de volta para o nosso último dia de celebração da Kwanzaa. Na data de hoje iremos refletir sobre princípio da Kwanzaa, IMANI que significa fé.
Antes de mais nada, caso ainda não saiba o que é a Kwanzaa. É uma celebração criada pelo Professor Dr. Maulana Karenga, realizada por algumas comunidades afro-americanas da Diáspora Africana desde 1966. Sem nenhuma ligação religiosa e muito menos vem como substituição ao Natal.
“Kwanzaa oferece um novo diálogo sobre a cultura negra, sobre nossas contribuições positivas para o mundo, e não apenas o estigma negativo da raça“
Dr. Adam Clark
No dia anterior da nossa celebração da Kwanzaa, falamos sobre a KUUMBA, que é sobre a criatividade. Caso não tenha lido, deixo o link para que possa fazer essa leitura.
Sétimo princípio da Kwanzaa – IMANI – fé
No contexto da espiritualidade africana, ela começa com uma crença no Criador, ou seja, na positividade da criação e logicamente leva a uma crença na bondade e possibilidade essenciais da personalidade humana.
Pois, em todas as tradições espirituais africanas do Egito em diante, é ensinado que somos a imagem do Criador, portanto capazes de retidão e criatividade através de autodomínio e desenvolvimento. Portanto, a fé em nós mesmos é a chave aqui: fé em nossa capacidade como humanos de viver em retidão, autocorreção, apoiar, cuidar e ser responsáveis uns pelos outros e, eventualmente, criar uma sociedade justa e boa.
Frantz Fanon disse que devemos inventar, inovar, chegar dentro de nós mesmos e ousar “pôr em marcha um novo homem e mulher”. O mundo e nosso povo estão esperando por algo novo, mais belo e benéfico de nós do que o que um passado de opressão ofereceu.
É neste contexto que podemos certamente falar nossa própria verdade especial ao mundo e dar nossa contribuição única para o avanço da história humana.
Então entenda IMANI: “Para acreditar, de todo o coração, em nosso Criador, nosso povo, nossos pais, nossos professores, nossos líderes e na justiça e vitória de nossa luta.”
Exercício e reflexão do dia
Por fim, chegamos ao último princípio, FÉ! Não é sobre religião é sobre acreditar! A fé move montanhas não será possível praticar a Unidade, Autodeterminação Trabalho Coletivo e Responsabilidade, Economia Cooperativa, Propósito, Criatividade sem a Fé.
A Fé, também é luta! Sendo assim, 365 dias para colocar em ação todos os princípios e acreditar em você e que todas as forças desse universo culminam para o seu, o nosso sucesso. Como dizem: acredite no seu Asé, todos os dias são novos recomeços.
Deixo a música do dia para vocês:
Enfim, terminamos quer dizer, iniciamos aqui um ano imersos nos princípios da Kwanzaa que 2021 possa ser um ano em que todos os princípios possam ser vividos.
Agradeço e me despeço na certeza que foi transformador para mim, assim como para você.