Navio Naugrafado - Praia do Estoril Beira

Afroturismo – Confira 6 roteiros realizados por mulheres negras!

Com muito prazer irei apresentar 6 roteiros incríveis de afroturismo realizados por mulheres negras no Brasil. Aperte o sinto e vamos…

Em celebração ao Dia da Mulher Negra Latina Americana e Caribenha – 25 de julho – quero apresentar 6 roteiros que são comandados por mulheres negras que são imperdíveis e devem ser realizado no mínimo uma vez na vida.

25 de Julho – Dia da Mulher Negra Latina Americana e Caribenha

Em primeiro lugar, gostaria de falar um pouco sobre a importância dessa data e qual o motivo da sua celebração.

No dia 25 de julho celebra-se o dia da Mulher Negra Latina Americana e Carinhenha que surgiu no ano de 1992 com o intuito de dar visibilidade à luta das mulheres negras contra a opressão de raça, gênero e a exploração. Assim como, na mesma data se homenageia no Brasil Tereza Benguela, símbolo de luta e resistência da comunidade negra e indígena no Brasil.

O que é Afroturismo?

Antes de mais nada, precisamos falar que Afroturismo, ou turismo afrocentrado, é a valorização do turismo cultural através de patrimônio cultural e/ou imaterial de um determinado grupo étnico, neste caso a população negra.

Para ouvir sobre esse tema, o coletivo de mulheres negras viajantes Bitonga Travel convidou Tânia Neves, do Coletivo pelo Afroturismo, para um episódio de podcast sobre o tema. Disponível em todas as plataformas digitais.

Conhecido anteriormente como turismo étnico à partir de 2018 utilizamos o termo “Afroturismo”. Que nada mais é que englobar não só as Experiências Afrocentradas. Assim como também destacar a presença dos profissionais negros que comandam Agências de Viagens, Comunidades Quilombolas e Periféricas majoritariamente negras construindo roteiros, além de profissionais de Transporte e Guias Negros atuando na área.

Mulheres Negras no turismo

Muitas mulheres negras atuam no setor turismo, como empreendedoras, empresárias, guias de turismo … E não é à toa que dessa forma, recentemente 3 mulheres negras foram eleitas como a mais poderosas do Turismo no Brasil pela PANROTAS, são elas: Solange Barbosa, Bia Moretti e Tania Neres.

Leia mais sobre – Mulheres negras mais poderosas do Turismo Panrotas 2022.

Roteiros incríveis de afroturismo realizado por mulheres negras

Vamos para o assunto mais esperado desse post, que é sobre os roteiros incríveis de afortuismo realizado por mulheres negras.

Jalapão – TO – Rota Nativa

Jalapão - Foto arquivo Pessoal de Rebecca Aletheia
Jalapão – Foto arquivo Pessoal de Rebecca Aletheia

Já pensou imergir em um turismo de base comunitária em uma comunidade Quilombola, neste caso no Quilombo Mumbuca. Além de imergir na experiência todo mês de setembro tem a festa da colheita, onde fazem a colheita de Capim dourado. Uma celebração imperdível que vale cada minuto dessa experiência.

O quilombo Mumbuca está localizado em Mateiros – Jalapão – TO/Brasil e tem como responsável por este lindo passeio pela Rota Nativa comandado pela Illana, vale à pena. Aliás, convidamos você para imergir na festa da colheita que acontece em setembro – VENHA VIVER TURISMO DE BASE COMUNITÁRIA NO JALAPÃO TOCANTINS.

Quilombo dos Palmares – Alagoas – Dandara

Realizar turismo no Parque Memorial Quilombo dos Palmares juntamente com a guia de turismo Dandara –Visita Quilombo dos Palmares é obrigatório e fundamental! A sua expertise de Dandara do território regado de muito conhecimento, ancestralidade e vivência fazem desse tour mais que especial.

Assim como a importância de conhecer subir a Serra da Barriga, compreender a história de uma maneira única e muito além de Zumbi. Deixo aqui o filme Quilombo de 1984 como indicação de obrigatoriedade para compreender a história mais à fundo.

Assim como, esse roteiro faz com que o visitante possa imergir na história de Ganga Zumba, Akotirene dentre outras e personalidades negras que fizeram e fazem parte da nossa história como Abdias Nascimento dentre outros.

O Parque Memorial Quilombo dos Palmares, fica no estado de Alagoas, à 80km de Maceió. Deixo aqui um vídeo da visita que realizei ao Memorial.

Rebecca Aletheia visita Memorial Quilombo dos Pamares

Pequena África – RJ – Conectando Territórios

Na cidade do Rio de Janeiro é possível encontrar a Pequena África. Assim como é possível realizar esse tour que conta mais sobre este lar histórico da comunidade afro-brasileira. Recentemente falamos sobre o samba na cidade do Rio de Janeiro e contamos minimamente sobre a pequena África e a Pedra do Sal. Se você não leu, corre aqui e leia – Samba – 8 rodas para curtir no Rio de Janeiro!  No tour da pequena África é possível passar pelo vestígios arqueológicos no Cais do Valongo, ou seja, vestigios que marcam o local onde se encontrava o mais ativo mercado de escravos do Rio de Janeiro. Durante sua operação entre 1774 e 1831, um número estimado de 500.000 a 700.000 africanos escravizados e capturados forçadamente à atravessar o oceano Atlântico e desembarcar no Cais do Valongo.

Infelizmente foi o maior porto do Brasil de recebimento de pessoas pretas escravizadas de África, você consegue imaginar isso?

Largo da Prainha Rio de Janeiro
Largo da prainha Rio de Janeiro

Indicamos a empresa Conectando Territórios, com os tours realizado pela Thaís Rosa, que tem uma vasta experiência no destino.

Tour Heroínas Negras – SP

Realizado pelo centro da cidade de São Paulo o tour heroínas negras conta a história de mulheres negras que fizeram e fazem parte do Brasil e da capital paulista.

O Guia Negro promove esse tour juntamente com a guia e idealizadora Débora Pinheiros desse roteiro.

Caminhada Boipeba Roots – Boipeba – BA – Quase Nativa

Quilombo em Boipeba - Foto arquivo pessoal de Rebecca Aletheia
Quilombo em Boipeba – Foto arquivo pessoal de Rebecca Aletheia

Quem conhece Boipeba sabe que esse lugar tem encanto, tem magia e é lindo de imergir nessa vivência, e nada mais justo que com locais, ou seja, uma imersão junto com a comunidade.

A caminhada é idealizada pela Manoela Ramos – Escritora viajante – que trás a imersão nessa vivência contagiando os viajantes a interagirem com a comunidade, assim como a divisão de renda entre os locais. Dessa forma bem descontraida, o tour Tour também é realizado em parceria com o Guia Negro.

Caminhada Ancestral Maria Firmina dos Reis – São Luís – MA

Por fim e não menos importante no nosso giro pelo Brasil, não podemos deixar de fora São Luís do Maranhão com o a caminhada Ancestral Maria Firmina dos Reis –Da cor ao Caso . A escritora considerada primeira romancista preta do Brasil tem muito a ser conhecida pelos viajantes.

Esse tour é passagem obrigatória, assim como é possível fazer este tour na modalidade on-line, e está disponível através do link . Dessa forma também indicamos essa caminhada que é realizada pelo Guia Negro, consulte a agenda do mês.

E aí gostou de conhecer esses 6 roteiros de afroturismo dirigidos por mulheres negras no Brasil? Conte pra gente e indique mais para que possamos proporcionar muitas outras possibilidades para mais viajantes. Assim como, promover e fomentar o black money!

Serra do Espirito Santo - Jalapão - TO - Foto arquivo pessoal de Lurdinha Souza

20 lugares para se visitar em Palmas e Jalapão

Recebemos esse brilhante texto da Lurdinha Souza contando os 20 lugares para se visitar em Palmas e Jalapão no Tocantis.

Envie seu texto para faleconosco@www.site-antigo.bitongatravel.com.br

Em primeiro lugar, gostaria e dizer que Jalapão era um destino que já me atraia há muito tempo. Sendo assim, no início desse ano, resolvi me presentear, em razão do meu aniversário em fevereiro, com essa viagem.

Como sou mochileira e prefiro viajar no modo econômico, comecei a cogitar a ideia de alugar um carro e ir sozinha (sou dessas, aventureira). Mas pesquisei bastante, e vi que poderia ser arriscado e bem caro.

Leia também: Afroturismo no Brasil: 6 Agências e Roteiros Comandados por Mulheres Negras

Planejamento

Minha pesquisa iniciou imediamamente no google que me retornou várias agências que faziam pacotes. Entrei em contato via whatsapp com várias delas. Como era domingo, só na segunda comecei a receber os retornos.

Planejadora que sou, logo selecionei as que tinham os roteiros mais completos e melhor preço ($$$ 😊). Finamente fiquei entre quatro, logo depois entre duas e finalmente resolvi tentar fechar.

Fechei com a agência Jalapoeiros. Combinei tudo via whatsapp, e agora era esperar…. ainda estava em fevereiro. Site Jalapoeiros.

No meio disso tudo, tive uma mudança em função do trabalho, de Manhuaçu (leste de Minas) para BH. Insegurança da mudança, se isso ia afetar minhas férias. A agência foi muito compreensiva na situação.

Enfim, junho chegou. Férias e a tão esperada viagem ao Jalapão.

3 dias em Palmas – TO

Minha viagem começou em Palmas, separei três dias para conhecer a caçulinha das capitais do país, com apenas 33 anos (mais nova que eu rsrs).

Uma cidade muito bonita, com comida muita farta. Essa é minha descrição de Palmas.

Dia 1 em Palmas – TO

No primeiro dia, saí cedo do hostel fui caminhando até o Parque Cesamar. Se você gosta de caminhar pelas cidades, como eu, se prepare: Palmas praticamente não tem pedestres. Dizem que pelo calor, sol quente e aquelas ruas muito planas 1 km parecem 5.rs

Depois visitei o Relógio de Flores. Vencida pelo sol do meio-dia, chamei um carro de aplicativo e fui almoçar no restaurante que me indicaram para experimentar o chambari, um prato típico, ou quase, do TO.

No fim da tarde, fui para Praia da Graciosa ver o pôr do sol, e que pôr do sol.

Lugares para se Visitar em Palmas - TO Por do sol na praia da Graciosa Palmas - TO foto arquivo pessoal de Lurdinha Souza
Lugares para se Visitar em Palmas – TO Por do sol na praia da Graciosa Palmas – TO foto arquivo pessoal de Lurdinha Souza

Dia 2 em Palmas

Dia seguinte, ou seja, o segundo dia, fui até a praia da Graciosa, tomei o barquinho e fui até a Ilha do Canela. Vale super a pena.

Descobri que tem umas telas de proteção, mas não são demarcação de profundidade e sim porque tem piranha do Rio Tocatins.

Junto com uma moça que conheci no hostel fiz uma tentativa frustrada de ir a pé da graciosa até a praia do Prata, como disse frustrada… muito frustrada no sol das 14h rsrs. Ah, outra coisa que não rola em Palmas é carona.

Dia seguinte, decidimos encarar a caminhada até o Prata, uns 50 min. Valeu muito a pena, mas o lance das piranhas ainda tava gritando na minha cabeça. 

Praia de rio, assim como a Graciosa, lindíssima.

Fui conhecer a maior praça da América Latina e segunda maior do mundo, Praça dos Girassóis.  Muita história e muitos monumentos pra visitar. Lá está localizado o centro geodésico, que marca o centro do Brasil.

Centro geodesio do Brasil Palácio Araguaia - Foto arquivo pessoal de Lurdinha Souza
Centro geodesio do Brasil Palácio Araguaia – Foto arquivo pessoal de Lurdinha Souza

Viagem em grupo

O lado ruim de comprar essas viagens de grupo é que, no meu caso, como estava sozinha não escolhi o grupo. Tive sorte de encontrar outra moça viajando sozinha e ficamos superamigas.  Sorte a minha, já que tinham outros dois casais. E a gente escapava das opiniões do lugar de branco privilegiado conversando entre nós sobre vários assuntos: livros, personalidades negras, nossas histórias de vida… enfim sorte a nossa nos encontramos.

O lugar é muito mais do que vemos em fotos, muito mais lindo. Energia surreal…. Minha experiência foi muito além de uma viagem, foi uma imersão terapêutica em mim mesma. Mas esse papo vai pra terapia, aqui falemos da viagem…

5 dias no Jalapão

Bom, após visitar esses lugares em Palmas, hora de partir para o Jalapão!

Jalapão é incrível! Os deslocamentos nos dois primeiros dias foram longos. E grande parte em estrada de chão. Como sou cria de interior, de roça, achei tranquilo, mas é uma opinião muito pessoal. Mas Jalapão é ecoturismo, então não vá esperando pavimentação.

O que fazer no Jalapão

O primeiro atrativo que visitamos foi a Pedra Furada. A formação rochosa de arenito é muito impressionante.

De lá seguimos para a Lagoa do Japonês, outro maravilhoso atrativo.

Visitamos o cânion Sususapara, o nome é por causa de um cervo nativo do cerrado.

O lugar é de uma energia maravilhosa, as raízes das arvores do cerrado se aprofundam pela terra em busca de água. O cânion mostra um pouco do quão longas são essas raízes. Momento reflexivo pra mim. Sobre minhas raízes….

Comunidade Quilombola

No segundo dia almoçamos em uma Comunidade Quilombola, há algumas pelo Jalapão. A aparência é de uma comunidade mais rural, assim como as casas são distantes uma das outras, não consegui conhecer muito. Uma pena….

A prainha do Rio Novo foi o único lugar de água fria que vi no Jalapão.

A serra do Espírito Santo foi apenas contemplação, mas a imponência chama atenção ema vários pontos do trajeto.

As Dunas são um capítulo à parte, exuberantes. Sempre me encanto com dunas. Uma nuvem encobriu o pôr do sol, mas não tirou a beleza daquele lugar e momento.

Cachoeira da Formiga é outro capítulo à parte, primeira cachoeira de água quente que já vi na vida. Minas tem cachoeiras maravilhosas, mas agora vai ficar difícil não comparar a temperatura gelada daqui com aquela temperatura incrível.

Os fervedouros eram o ponto alto pra mim. E não decepcionaram, na verdade superaram muito todas as minhas expectativas. Visitei 07 fervedouros: Buriti, Buritizinho, Ceiça, Jatobá, Rio do Sono, Macaúbas e Bela Vista. (Palmas pro guia que viabilizava tudo com muito carinho).

Todos têm água morna. Deliciosos e exuberantes. O que eu mais gostei foi o Macaúbas – o que tem maior pressão, a gente flutua mais. Foi o que me senti mais à vontade flutuando sem tocar os pés no solo. (já que não sei nadar).

Mas todos me impressionaram muito, a beleza que a gente vê nas fotos nem chega perto da beleza real daquele lugar.

Hospedagem, Guias e Valores

Esperava acomodações mais simples, na casa de moradores. Eu amo essa interação, mas não posso reclamar, pois as pousadas eram de alto padrão. O roteiro incluía transporte, acomodações, café, almoço e janta. Tudo muito farto e delicioso.

Os guias são da região e os restaurantes que almoçávamos eram dos próprios moradores, que já estavam ali antes da chegada do turismo. Achei isso fantástico. E, por mim, deveria ser proibido ir gente de fora montar negócios por lá.

Enfim, à primeira vista Jalapão parece um destino caro, mas achei acessível o valor que paguei em relação a tudo que disfrutei em 05 dias e 04 noites naquele paraíso.

Foi uma viagem da vida. A viagem!

 Aviso: Jalapão mexe em todos os seus sentidos. A imersão naquele paraíso teve um efeito terapêutico pra mim. Todas as viagens que já fiz me proporcionaram autoconhecimento, mas essa foi bem mais profunda, talvez por que foi a primeira depois de 02 anos de pandemia.

Enfim, esse paraíso é nosso e pra nós! Só vai pro Jalapão meninas. Espero que tenha gostado desses lugares para se visitar em Palmas e Jalapão. Assim como, te convidamos para escutar o Episódio da Bitonga Travel – Jalapão

Podcast Bitonga Travel – Jalação fala de Lugares para se visitar em Palmas e Jalapão – TO

Por fim, duas últimas grande sugestão: Pensando em viajar ao Jalapão – Vá participar da Festa da Colheita em Setembro – Agenda Bitonga Travel. Assim como, leia o texto – Venha viver Turismo de Base Comunitária no Jalapão – Tocantins.

Lurdinha Souza - Fervedouro do Jatobá -  TO

Lurdinha Souza

Mineira, nasceu no interior de Minas. Cresceu a zona rural e como boa aquariana sonhadora ( que não acredita em signo rs) ousou ir para vida e para o mundo.

Jalapão - Foto arquivo Pessoal de Rebecca Aletheia

Venha viver Turismo de Base Comunitária no Jalapão Tocantins

Pensando em viajar para o Jalapão e ter uma imersão cultural através do turismo de base comunitária, você está no lugar certo! Neste post iremos compartilhar um pouco sobre esse paraíso.

Em primeiro lugar vale lembrar que Jalapão é o meu destino número 1 de lugares mais lindo do Brasil, pasmem! E obviamente quero que o mundo inteiro conheça o lugar, mas com moderação respeito e muito cuidado. Pois é através desse forma de turismo que o local terá sua beleza preservada.

Antes de darmos continuidade, vamos falar um pouco sobre o que é turismo de base comunitária?

O que é Turismo de Base Comunitária – TBC?

Turismo de Base Comunitária – TBC, são iniciativas e atividades protoganizadas pelas comunitária locais. O TBC tem como objetivo valorizar o modo de ser, assim como, amplia a autonomia e promove o protagonismo dos povos e comunidades tradicionais.

Em suma, é um modelo de turismo onde o protagonista é a comunidade, ou seja, gerando benefícios coletivos, assim como promovendo a vivências intercultural, preservando a qualidade de vida, valorização da história e da cultura local dessas populações. Bem como, a utilização sustentável para fins recreativos educativos. O TBC juntamente com a comunidade organiza e presta serviço para os visitantes tais como a valorização de guias locais entre outras atividades imersivas.

Deixaremos aqui um vídeo e o texto – Mulheres Negras viajantes que inspiram, com a produtora de conteúdo, viajante e Turismóloga Camila Franca caso queria saber mais sobre TBC.

Camila Franca fala sobre o que é Turismo de Base Comunitária

Turismo de Base Comunitária no Jalapão?

Sim, é possível realizar TBC no Jalapão! Mas antes, de falar dessa imersão nos Quilombos da região, vamos falar um pouco sobre o que é quilombo.

O que é Quilombo?

Anteriormente Laynara – Imersões Cultural produziu um brilhante texto – Você sabe o que é Mucambo, Quilombo e Remanescentes, se você não leu vale a leitura.

Mas enfim, o que é Quilombo? Quilombo é genericamente o local para onde pessoas escravizadas (pretas e não pretas, indígenas também) tinham como refugio e forma de sobrevivência, resistência e fuga dos “seus” senhores.

Enquanto durou a escravidão no Brasil, desde a colonização até o final do Império, existiram os quilombos.

O que é Mocambo Quilombo remanescentes de Quilombo
O que é Mocambo Quilombo remanescentes de Quilombo – por Laynara Imersões Cultural

Quilombo Mumbuca – Turismo de base comunitária no Jalapão

Localizada na região de Mateiros – Jalapão – TO, o Quilombo abriga atividades de TBC, ou seja, turismo de Base Comunitária.

Comunidade Mumbuca – A comunidade se tornou conhecida por ser a pioneira no extrativismo do capim dourado e sua inovação em costura-lo, dessa forma, deu origem a lindas peças de artesanato.

A designação “Capim Dourado” foi criada no ano 2000, ou seja, época da fundação da Associação da Comunidade Mumbuca, tendo sido este nome escolhido devido ao brilho do capim típico encontrado somente na região do Jalapão, que lembra o ouro amarelo. Antigamente este tipo de capim era denominado capim de vereda.

O nome Mumbuca

O nome Mumbuca se origina de uma abelha da região, cujo mel é usado para fins medicinais. Bem como, os fundadores do povoado Mumbuca eram pessoas negras escravizadas que fugiram da Bahia e Piauí durante a seca. Foi na região do Jalapão onde encontraram abrigo e alimento, adotando esse local para viver. Dessa forma, esse povo em busca de uma vida de liberdade em um lugar rico em água, e com uma beleza cênica impar, no final do século 18.

Comunidades no Quilombo Mumbuca

Antes de mais nada, vale lembrar que dentro do Quilombo Mumbuca pela sua grande extensão territorial no Jalapão o território é dividido em Comunidades, são elas:

  • Mumbuca
  • Rio Novo
  • Quintais do Prata
  • Rio da Prata

Quais são as atividades de TBC no Quilombo Mumbuca – Jalapão?

  1. Oficina de Costura em Capim Dourado – Nesta vivência, tem a oportunidade de conhecer melhor os processos de costura das artesãs que transformam o capim dourado em lindas biojóias e acessórios. 
  2. Trilha Nativa saindo da Comunidade Mumbuca – Prainha do Mumbuca – Encontro das Águas Trilha de nível fácil percorrido em 2 horas.
  3.  Cantiga de Roda com  o músico Arnon Tavares, artesão de peças em talo de buriti, vivencia como se constrói a viola de buriti que embala as cantigas cantadas e tocadas por este jalapoeiro.
  4. Roda de Conversa com Dona Doutora, a matriarca da comunidade. Conversa sobre saberes tradicionais bem como sobre os recursos naturais do cerrado. Momento com doutora em sua casa, toma-se o famoso cafezinho da região, juntamente com Dona Doutora que conta como foi nascer e se criar ali na comunidade. Dessa forma, compartilha sua grande experiencia com os recursos ali disponíveis, principalmente as plantas medicinais que já lhe permitiu salvar vidas de mumbucenses.
  5. Vivência com a Nativa Cleusa – Realizada na comunidade Rio Novo. Nesta vivencia tem-se a demonstração do modo de produzir  Farofa do “Boi Curraleiro” que antigamente se alimentavam durante os longos percursos de viagens  pelo Jalapão. Degustação da faropa pronta.
  6. Roda de Conversa com jovens nativos da comunidade Rio Novo sobre suas vivências e expectativas com inserção do turismo de base comunitaria na região.
  7. Bate-papo com Sr. Doutor e sua esposa Maria,  os anciãos da Comunidade do Prata com o famoso “café com rapadura” , cultivado e produzidos ali mesmo.
  8.  Visitação ao cultivos  orgânicos que os nativos produzem. Assim como de onde tiram suas fontes de subsistência através de alimentos que sustentam a comunidade (Mel, Buriti,Café e Rapadura, hortaliças).
  9. Trilha Nativa para o pôr do Sol  no Mirante do Prata com parada no fervedouro, trilha nível fácil duração de 30 minutos.

Festa Tradicional no Quilombo Mumbuca Jalapão

Festa da Colheita Capim Dourado Jalapão - TO - Turismo de Base Comunitária
Festa da Colheita Capim Dourado Jalapão – TO – Turismo de Base Comunitária

Além de toda essa variedade de atividades de Turismo de Base Comunitária que o Quilombo Mumbuca tem a oferecer eles ainda promovem no mês de setembro a festa da colheita.

Já pensou participar da colheita do capim dourado? Com direito à algumas das atividades descritas acima. Assim como participar da grande colheita. A festa acontece do dia 07 à 11 de setembro e possui vagas limitadas. Consulte os valores e garanta a sua vaga e venha participar dessa imersão.

Instagram Rota Nativa Br

Por fim, leia também…

20 lugares para se visitar em Palmas e Jalapão – Lurdinha Souza.

E aí gostou desse conteúdo? Deixe aqui nos comentários, você já fez TBC? Tem vontade? Assim como, será um prazer poder fazer parte em te ajudar a visitar esse e outros lugares incríveis de TBC.