Helen Rose viagem para a India - mulher negra viajante e pesquisadora

Afroturismo, turismo, viajantes e pesquisa acadêmica

Afroturismo, turismo, viajantes e pesquisa acadêmica – por Helen Rose

Olá, em primeiro lugar meu nome é Helen Rose, sou uma viajante Bitonga e o ano é 2023. Em 2021 meu texto foi publicado onde eu contava minha experiência de morar na Cidade do Cabo/Cape Town (África do Sul) durante o período da pandemia 10 coisas que re(descobri) em 2020 atravessando o Atlântico.

Afroturismo, turismo, viajantes e Pesquisa Acadêmica

Agora minha alegria em escrever para vocês é porque estou fazendo mestrado na USP e pesquisando sobre turismo e afroturismo. E o bacana de tudo isso é que também vou entrevistar viajantes que foram ao continente africano, a entrevista será com a metodologia de História Oral, que considero fundamental para que as nossas histórias possam ficar registradas em arquivos e na universidade. O desafio agora é descrever minhas experiências em viagens com a teoria acadêmica.

Viajando para a África do Sul

Em 2016 fiz a minha primeira viagem internacional, o que sempre achei que seria impossível aconteceu, no final de janeiro embarquei para a África do Sul, desembarquei em Joanesburgo e foi uma sensação incrível. Estava viajando com um grupo de dezoito pessoas e ficamos cinco dias em Joanesburgo, onde tive a oportunidade de visitar do Museu Nelson Mandela e conhecer um pouco mais sobre a triste história do regime de segregação racial do Apartheid (que vigorou na África do Sul de 1948 a 1994).

Pelo Mundo

Depois dessa pausa na África do Sul, embarcamos para a Índia, em direção a Nova Déli, mas antes fizemos uma conexão em Dubai, um dos aeroportos mais lindos do mundo e a vista área do deserto é uma das minhas imagens preferidas. (incluir foto do Taj Mahal).

Depois dessa primeira viagem consegui viajar pela América do Sul indo ao Deserto do Atacama, Patagônia e Ushuaia, Irlanda/Dublin, Inglaterra/Londres e Hungria/Budapeste.

Meu desejo/vontade era fazer mestrado e as viagens contribuíram para a definição do tema e foi durante a pandemia da Covid-19, morando em Cape Town, que consegui elaborar o mapa das minhas viagens que chamei de Cartografia Afetiva ou Viagens e Andanças. (incluir foto e referência das geógrafas).

O mapa auxiliou na elaboração do projeto de pesquisa sobre afroturismo, pois enquanto olhava o mapa lembrava de todos os desafios de organizar a viagem, planejar o custo e principalmente as lembranças dos lugares e das pessoas. Ah, sim, sou historiadora e sempre entendi que história e turismo são áreas do conhecimento interconectadas.

Turismo – Ponto de Partida da pesquisa

Afroturismo, turismo, viajantes e pesquisa acadêmica - por Helen Rose
Afroturismo, turismo, viajantes e pesquisa acadêmica – por Helen Rose

O turismo é meu ponto de partida onde posso pesquisar sobre diversos aspectos utilizando o conceito de interseccionalidade (raça, classe, gênero) e a história oral como um registro importante da/do viajante. Estamos vivendo um momento importante dentro das universidades brasileiras, onde nós mulheres pretas deixamos de ser apenas objeto de pesquisa e nos tornamos pesquisadoras.

No momento estou compartilhando as viagens internacionais em outro momento que partilhar sobre minhas viagens à Salvador/Bahia, Chapada Diamantina, Olinda/Pernambuco, Lençóis Maranhenses e Alcântara/Maranhão, Manaus/Amazônia, Pantanal/Mato Grosso, Curitiba/Paraná, sem esquecer do estado de Minas Gerais, onde conheço bem Ouro Preto, Mariana, Diamantina, São João Del Rei, Tiradentes, Belo Horizonte e a incrível região do Vale do Jequitinhonha/norte de MG.

Por fim…

A teoria feminista negra tem como um dos seus principais pilares a ideia de que a experiência de vida é uma forma de conhecimento que deve ser valorizada na produção científica. Assim, olhando para a minha história de vida e da minha família, sinto-me feliz por ter feito essas andanças pelo Brasil e pelo mundo. O passaporte e visto americano em ordem esperando o próximo check-in.

Tania Neres - Embratur Afroturismo

Tania Neres lidera a Coordenação de Diversidade, Afroturismo e Povos Originários da Embratur

A Embratur, Agência Brasileira de Promoção do Turismo, anunciou a nomeação de Tania Neres dos Santos para liderar a recém-criada Coordenação de Diversidade, Afroturismo e Povos Originários. Com uma trajetória brilhante no setor e eleita duas vezes entre as 100 pessoas mais influentes do Turismo pela Revista Panrotas, além disso, Tania Neres assume o desafio inédito de promover a diversidade no país.

Perfil e experiência de Tania Neres

Tania Neres - nomeada para Embratur Afroturismo
Tania Neres – nomeada para Embratur Afroturismo

Tania Neres é graduada em Administração de Empresas e possui pós-graduação em Planejamento, Marketing e Ensino da Cultura Afro. Com uma carreira de 30 anos no Turismo, ela se destacou como palestrante e facilitadora de cursos sobre Turismo Antirracista, Inclusão e Diversidade. Além disso, Tania fez parte do Comitê de Afroturismo de Salvador, participou do projeto de Destinos Turísticos Inteligentes (DTIs) e ocupou o cargo de Gerente Comercial da Bahiatravel.

A missão da Coordenação de Diversidade, Afroturismo e Povos Originários

Sob a supervisão da Gerência de Experiências e Competitividade Internacional da Embratur, Tania Neres liderará a valorização da diversidade nas ações promocionais. Além disso, a coordenação busca garantir atendimento inclusivo e, simultaneamente, promover o afroturismo como movimento antirracista, dando voz aos povos originários.

A importância da diversidade

A diversidade representa o respeito, a empatia e a inclusão em todos os espaços. É fundamental, portanto, criar um ambiente acolhedor, onde as pessoas se sintam bem-vindas e possam desfrutar de hotéis, aeroportos e demais locais turísticos sem sofrer qualquer forma de preconceito. Nesse sentido, a coordenação concentra-se na promoção da inclusão, da segurança e do respeito, abrangendo todas as dimensões da diversidade.

Afroturismo e seu significado

O afroturismo revela a história que muitas vezes é omitida. Trata-se de um movimento que combate o racismo e se destaca no cenário turístico mundial. Busca-se, portanto, promover um turismo inclusivo e antirracista, no qual todos os atores do setor reconheçam e valorizem a presença e a cultura negra. O afroturismo abrange aspectos como gastronomia, música, dança e manifestações culturais, convidando tanto pessoas negras quanto brancas a se engajarem nesse movimento.

Escute o episódio do Podcast Bitonga Travel com Tânia Neres e o Afroturismo

Povos originários e sua importância

Os povos originários fazem parte da nossa história e herança ancestral. Eles merecem não apenas respeito, mas também cuidado, e é fundamental.

Brilhe muito Tânia Neres

A nomeação de Tania Neres para liderar a Coordenação de Diversidade, Afroturismo e Povos Originários da Embratur marca um avanço significativo no setor do turismo. Além disso, como uma mulher negra e experiente, Tania traz consigo uma bagagem única, possibilitando uma abordagem autêntica e sensível em relação à diversidade cultural e étnica do Brasil.

Ao reconhecer a importância dos povos originários e promover o afroturismo, a Embratur demonstra um compromisso real em valorizar e respeitar as raízes e a história do país. Nesse sentido, o turismo se revela como uma força transformadora, ao abraçar a diversidade e oferecer oportunidades para todas as comunidades.

O novo departamento beneficia tanto a população negra quanto os povos originários, amplificando suas vozes e valorizando suas culturas na indústria do turismo. Ademais, a representatividade de uma mulher negra em posição de liderança inspira outros a perseguirem seus sonhos, cientes de que há espaço e reconhecimento para suas contribuições.

Leia também:

Cali - Colômbia foto do arquivo pessoal de Natasha Gabrieli

Cali: dicas para desfrutar a cidade do sabor

Conheça as dicas para desfrutar a cidade do sabor – Cali por Natasha Gabrieli. Aqui você encontrará tudo que você precisa saber sobre a capital da salsa.

Quando você pensa na Colômbia tenho certeza que coisas como águas azuis do caribe, assim como o café delicioso, Shakira e Maluma devem vir à sua cabeça. Acontece que o país tem muito mais coisas para oferecer, não só em termos de música, mas de gastronomia, cultura e belezas naturais exuberantes. 

Cali es Cali lo demas es loma - Conheça Cali na Colômbia
Cali es Cali lo demas es loma – Conheça Cali na Colômbia

Tenho a sensação que a Colômbia ainda não é um destino muito explorado por brasileiras e brasileiros, fora do eixo Cartagena x San Andres. E é por isso que estou aqui para contar tudo para vocês sobre um dos meus lugares preferidos no país: Cali.

Cali é Cali

Em primeiro lugar, vale dizer que Cali está situada mais ao sul da Colômbia, em um departamento chamado Valle del Cauca. É a segunda cidade com a maior população negra da América Latina (só perde para a linda Salvador).

Cali é conhecida mundialmente como a capital da salsa, mas te garanto que há muito mais coisas que deve conhecer por lá. Por ter uma influência muito grande da costa do Pacífico, você vai poder se deliciar ao som dos tambores africanos, uma boa dose da bebida afrodisíaca Viche e sair para curtir uma noitada com muito dancehall.

E a melhor dica que eu posso te dar é: conheça as pessoas locais. Bata um papo com as pessoas que encontrar no mercado, nas festas, na fila do ônibus. As pessoas são a maior riqueza de Cali, elas são uma “chimba”!

O que fazer 

1. Walking Tour

Walking tour - Cali Colômbia por Natasha Gabrieli
Walking tour – Cali Colômbia por Natasha Gabrieli

Digo e repito sempre: fazer um walking tour é a melhor experiência para se inteirar sobre a história local, para conhecer pontos importantes e ter as principais dicas do que rola na cidade. O walking tour de Cali te levará para lugares como: Iglesia La Merced, El Boulevard del Río, Iglesia La Ermita Plazoleta San Francisco, Plaza Cayzedo e Jairo Varela.

Fiz o meu tour com o Mario e super recomendo o seu trabalho. @karlsperez1992 – custo do tour 40.000COP

2. Tour Gastronômico (Food Walking Tour)

Já parou para pensar que se você não fizer uma experiência gastronômica com uma pessoa local, as possibilidades de você se aventurar com comidas ou bebidas que você nunca ouviu falar são muito menores? O tour gastronômico vai te apresentar a mais de vinte tipos de comidas, bebidas e frutas regionais, dessa forma, além de te contar um pouco mais sobre a história de lugares como o bairro San Antonio e o Mercado Alameda. Eu também fiz esse tour com o Mario e reforço a minha indicação com @karlsperez1992 – custo do tour 70.000COP com tudo incluso. E se fechar o pacote com os dois tours ganha descontinho.

3. Aulas de Salsa

Aulas de salsa - Cali Colômbia  por Natasha Gabrieli
Aulas de salsa – Cali Colômbia por Natasha Gabrieli

Ir a Cali e não dançar salsa, quer dizer que você não esteve em Cali. Fazer aulas de salsa é super divertido e te preparada para as noites nas salsotecas. – Um pacote com 10 aulas custa em média 350.000COP – uma aula avulsa custa em média 60.000COP

4. Visite os Clubes de Salsa

Clubes de Salsa - Cali dicas desfrutar cidade po Natasha Gabrieli
Clubes de Salsa – Cali dicas desfrutar cidade po Natasha Gabrieli

Já que você se preparou para isso, visite os clubes de salsa e se permita dançar muito. A regra é: divirta-se! Não importa o quão avançada estão suas habilidades de salsa. 

Existem diversos lugares que você pode ir para dançar, os mais conhecidos e tradicionais são: La Topa Tolondra (@latopatolondraoficial) e Malamaña (@malamanasalsabar). – Entrada para as salsotecas custam em média 15.000COP

5. La Linterna @lalinternacali

La Linterna é responsável pela impressão de lindos pôsteres no estilo lambe-lambe e realiza o trabalho de maneira totalmente artesanal. Uma super dica para comprar uma lembrança para levar para amigos ou até para colocar em casa.

6. Parque de los Gatos

Os caleños têm uma relação muito íntima e mística com os gatos, não é para menos que tem um parque dedicado a eles. O famoso Gato do Rio e suas namoradas te esperam cheios de histórias para contar. Mas tranquilo que eles são esculturas! hihihihi

7. Cerro de Las Tres Cruces 

Tres Cruces - Cali - Colômbia
Tres Cruces – Cali – Colômbia

Segundo lendas populares de Cali, três cruzes foram colocadas no alto da colina para espantar uma maldição posta pelo diabo. Histórias à parte, para as pessoas que gostam de fazer trilha e de estar em contato com a natureza, a subida ao Cerro é uma ótima pedida. Além de se exercitar, vai garantir uma vista panorâmica da cidade.

Com duração de aproximadamente 1h30 de subida com nível de dificuldade moderado.
A dica aqui é roupas e calçados confortáveis, protetor solar e muita hidratação. Ah, no alto da colina há vendedores de sucos naturais para refrescar.

8. Parque San Antonio

San Antonio é um bairro colonial e super charmoso, com suas casas coloridas, grafites e histórias. Lá você vai encontrar restaurantes super legais, cafés deliciosos e o famoso Parque San Antonio. O parque fica no alto de uma ladeira o que dá uma visão super privilegiada de Cali e tem uma igrejinha que é patrimônio cultural e cartão postal da cidade. 

Minha dica aqui é tomar uma deliciosa limonada de café no Macondo por 12.000COP.

9. Calle del Pecado

Calle del pecado - Cali Colômbia foto arquivo pessoal de Natasha Gabrieli
Calle del pecado – Cali Colômbia foto arquivo pessoal de Natasha Gabrieli

Todas as sextas-feiras a partir das 21h moradores e turistas se reúnem para uma festa na rua, ao som de muita salsa e muita diversão. A festa começou em meio a pandemia quando não se podia estar em locais fechados, os caleños não podiam ficar sem dançar sua sagrada salsa, então, começaram a fazer a festa ao ar livre. Hoje se tornou permanente e experiência cultural OBRIGATÓRIA para celebrar todo o sabor que a cidade tem a oferecer. – entrada 2.000COP

10. Mulato Cabaret

Mulato Cabaret - Cali Colômbia foto arquivo pessoal Natasha Gabrieli
Mulato Cabaret – Cali Colômbia foto arquivo pessoal Natasha Gabrieli

Por fim, e não menos importante o Mulato Cabaret é um espaço cultural que homenageia a salsa caleña com apresentações de pessoas dançarinas profissionais. Aqui você vai poder vivenciar o espetáculo de dança, terá a oportunidade de dançar com profissionais e ainda curtir um ambiente super descolado. Para ir ao cabaré é necessário se vestir bem, nada de chinelos ou bermuda para os homens. A entrada custa de 20.000 – 60.000 COP, depende do lugar que sentar com consumação mínima e o dia mais recomendado para visitar é aos domingos. 

11. O que comer ou beber

Aqui vai uma listinha com recomendações do que experimentar em Cali.

  1. Arepa
  2. Cholado
  3. Empanada
  4. Tamal (meu queridinho nº 1)
  5. Lulada
  6. Champu
  7. Papa Rellena
  8. Sancocho
  9. Chontaduro
  10. Pandebono
  11. Boñuelo
  12. Limonada de Coco (meu queridinho nº 2)
  13. Viche ou Curao
  14. Limonada de café

Onde se hospedar

Os bairros San Antonio, Miraflores, San Fernando e San Cayetano são os bairros que mais recomendo se hospedar na cidade. São bem localizados, próximos aos principais pontos turísticos e mais seguros.

Eu fiquei hospedada no La Palmera Hostel & Coffee Shop e de longe foi uma das melhores experiências da minha vida. (Talvez por isso fiquei 4 meses por lá o.O) @lapalmerahostel

Quando visitar

Qualquer época é época de visitar Cali, mas há algumas que são ainda mais especiais que outras. Se liga:

Entre os dias de Natal e Ano Novo acontece a Feria de Cali, são cinco dias que toda a cidade está celebrando a salsa e você pode curtir diversas festas com entrada franca ou paga.

Em outubro acontece o  Festival Mundial de Salsa, com competidores de diversos lugares do mundo, é possível assistir de maneira gratuita as competições de bailarines profissionais e escolher suas preferências para torcer

O mês de agosto é época de celebrar o Festival de Música del Pacífico Petronio Alvarez, o festival de cultura afro mais representativo da América Latina. Um espaço de resistência, protagonismo e celebração da cultura negra.

E aí, bora pra Cali?

Leia também…

6 Vantagens de viajar entre mulheres pretas

6 motivos para viajar entre mulheres pretas

Viajar com mulheres pretas pode ser uma experiência incrível e enriquecedora e aqui vamos compartilhar seis motivos pelos quais você deveria considerar viajar com mulheres pretas. Se você ainda não teve essa experiência, esperamos que esses motivos o encorajem a experimentá-la.

1. Espaço acolhedor

Motivos de viajar entre mulheres pretas - Acolhimento
Motivos de viajar entre mulheres pretas – Acolhimento

Viajar com mulheres pretas pode proporcionar um ambiente acolhedor e seguro para você. Mesmo que você não conheça as outras mulheres no grupo, você pode se sentir bem-vinda e à vontade para compartilhar suas histórias, potencialidades e fragilidades sem medo de ser julgada. As mulheres pretas são conhecidas por serem acolhedoras e por criarem uma sensação de aquilombamento, ou seja, um espaço onde é possível se sentir protegida e compreendida.

2. Sororidade 

Viajar entre mulheres pretas - Sororidade
Viajar entre mulheres pretas – Sororidade

A sororidade é a união e empatia entre mulheres, especialmente em meio a desafios e opressões compartilhadas. Viajar com outras mulheres negras é uma experiência única e transformadora, pois permite que você se conecte com outras mulheres negras de todo o mundo e crie laços duradouros. Além disso, a sororidade entre mulheres negras é uma forma de resistência contra as opressões que enfrentamos diariamente. Viajar juntas nos permite ocupar espaços que foram historicamente negados a nós e desafiar as narrativas limitantes que nos foram impostas.

3. Respeito às gerações, culturas, territórios, histórias e tradições

Respeito às gerações culturas e tradições - Viajar entre mulheres pretas
Respeito às gerações culturas e tradições – Viajar entre mulheres pretas

Viajar com mulheres pretas pode ajudá-lo a entender e respeitar as diferenças culturais, geracionais e territoriais. A diversidade étnica e cultural das mulheres pretas pode proporcionar uma riqueza de perspectivas e experiências diferentes, o que pode levar a uma maior compreensão e empatia. Além disso, pode ajudar a promover a preservação e valorização da história e cultura Africana e afro-diaspórica.

4. Risadas e gargalhadas a todo momento

Viajar entre mulheres negras é piada risadas e gargalhadas a todo momento
Viajar entre mulheres negras é piada risadas e gargalhadas a todo momento

Viajar com mulheres pretas pode ter momentos muito divertidos! As mulheres pretas carregam históricamente sua energia e entusiasmo, o que pode levar a muitas risadas e momentos divertidos durante a viagem. Você pode encontrar novas amigas que compartilham seus gostos e hobbies, e criar memórias que durarão por toda a vida.

5. Parece um evento artístico 

Evento artistico viagem entre mulheres pretas
Evento artistico viagem entre mulheres pretas

Viajar entre mulheres negras é uma experiência única e especial. Além de todas as vantagens e benefícios mencionados anteriormente, essa jornada também pode ser vista como um verdadeiro evento artístico.

Isso porque mulheres negras conhecidas por sua criatividade, expressão artística e amor pela cultura. Durante uma viagem entre mulheres negras, você pode esperar muita música, dança, poesia, teatro e outras manifestações artísticas.

As mulheres negras são muito criativas e usam sua arte como forma de expressar suas emoções e compartilhar suas histórias de vida. Além disso, elas também são muito respeitosas e valorizam a diversidade cultural. 

6. Imergem no Afroturismo

Mulheres negras imergem no Afroturismo
Mulheres negras imergem no Afroturismo

O afroturismo é uma forma de turismo que promove a cultura e o patrimônio afro-brasileiro. Sendo assim, uma viagem entre com mulheres pretas pode proporcionar uma oportunidade de imergir no afroturismo, visitando lugares históricos e culturais africanas e afro-diaspóricas e aprendendo mais sobre a história e as tradições afro. 

Você já viajou entre mulheres Pretas?
Você já viajou entre mulheres Pretas?

Depois de conhecer todos esses motivos, você deve estar se perguntando onde pode experimentar tudo isso. Bem, aqui estão duas sugestões incríveis de viagens coletivas organizada por Rebecca Alethéia – Colômbia 15 a 22 de Agosto 2023  e África do Sul – março de 2024.

Permita-se viajar entre mulheres Pretas
Permita-se viajar entre mulheres Pretas

Em resumo, permita-se viajar entre mulheres pretas e vivenciar toda a beleza e riqueza cultural que essas jornadas têm a oferecer. Colômbia e África do Sul são apenas duas sugestões, mas há muitos outros destinos esperando por você. Então, junte-se a outras mulheres pretas e vamos viajar, assim como criar memórias incríveis e celebre a vida!

Museu da Inconfidência Mineira - Ouro Preto MG

Afroturismo Ouro Preto – MG roteiro de 3 dias

Se você está planejando conhecer Afroturismo em Ouro Preto – MG, nesse texto queremos te contar nos mínimos detalhes quanto custou essa viagem de 3 dias.

Em primeiro lugar, Ouro Preto é considerada Patrimonio Cultural da Humanidade pela UNESCO! Um outro ponto importante é que faz parte da rota do ouro. capitania de MG, cidade que faz parte da rota do ouro. compreender a formação do Brasil.

Essa viagem aconteceu em grupo com 5 mulheres no primeiro final de semana de 2023. E vale lembrar que foi uma viagem incrível regada de muitas emoções e imersão.

Quando ir?

Ouro preto é um destino para o ano todo e a única recomendação evite época de chuvas, dezembro e janeiro.

Portanto, todavia, entretanto… no primeiro final de semana de janeiro acontece a festa do Reinado da Guarda de Nossa Senhora do Rosário, Santa Efigência e São Benedito, ou seja, faça chuva ou faça sol tem celebração. Essa festividade faz parte das atividades de Afroturismo de Ouro Preto e sinceramente, é uma festa magnífica que vale cada minuto.

Bem como, rola alguns festivais imperdíveis como Carnaval de rua, Festival de Inverno, Festival de Cinema entre outros…

Como ir?

Saindo de Belo Horizonte é possível alugar carro, ônibus da rodoviária, ou buser à partir de R$27,00, menos de 2 horas de viagem!

Não recomendo ir de carro, motivo? Muita ladeiras, a cidade é bem estreita e é mais fácil fazer tudo andando mesmo que tenha muitas ladeiras mas é mais fácil se locomover.

Congado e Moçambiques 

De origem Africana celebra-se em diversos povos em favor do Rei Congo. Uma dança que começou com o nascimento de crianças em palácios e aldeias, com saudações à primavera e à colheita.

Congado, ou reinado, é uma importante festa afro-brasileira,  é abordado dentro de um contexto social, religioso e cultural, que por meio de dança, música e muitas cores, representa passagens históricas em homenagem a São Benedito, Santa Efigênia e especialmente à Nossa Senhora do Rosário. Exercendo um papel importante dentro do universo religioso, a função identitária dentro e fora das guardas, a importância da resistência e o empoderamento da cultura afro-brasileira.

Na festa de coroação tem também a guarda de Moçambique é considerada a mais importante nos festejos; sua presença é indispensável por fazerem a guarda da coroa da rainha.

Então já anote aí, 1º final de semana de janeiro acontece a festa do Reinado e é primordial participar!

O que fazer?

Afroturismo - Festa do Reinado Nossa senhora do Rosario, Santa Efigênia e São Benedito - Ouro Preto MG foto arquivo pessoal de Rebecca Aletheia
Afroturismo – Festa do Reinado Nossa senhora do Rosario, Santa Efigênia e São Benedito – Ouro Preto MG foto arquivo pessoal de Rebecca Aletheia

No Dia 1, conhecer a cidade e tenha o seu primeiro encontro, afinal de contas existe amor à primeira vista!

Dia 2 – Faça um tour de Afroturismo com Dim Neguinho, um dos melhores guias na minha opinião, tenha tempo pois ele irá andar e mostrar todos os pontos sem pressa.

Por fim, no dia 3, vá a cidade de Mariana – cidade que também faz parte do circuito do Ouro.

O que fazer em Mariana

Mas e aí, como chegar e o que fazer em Mariana? Bom cidades vizinhas com 20 minutos de distância em Mariana você poderá dar continuidade à rota do ouro. Uma outra super dica é possível ir com transporte público pagando R$6,75. Assim como, conhecer outras atividades, são elas:

O Museu da Música fundado em 1973, que tem um grande acervo de músicas sacras e músicos da cidade.

Após o museu da música visite a recém restaurada a catedral da Sé de Mariana local onde possui o orgão Arp Schinitger que foi instalado desde 1753. Dessa forma, irá fazer muito sentido entender o porque do orgão está na catefral da Sé de Mariana.

Dessa forma, não deixa de conhecer o centro histórico, suas igrejas, a arte e história.

Visite a dona Efigênia e receba uma bendição através de uma reza. Assim como, conhecer o artista e vizinho Mestre Paiva, grande artista referencia do Neo Barroco no Brasil.

Custo da viagem por pessoa

Roteiro 3 dias - Ouro Preto - MG Foto arquivo pessoal Rebecca Aletheia
Roteiro 3 dias – Ouro Preto – MG Foto arquivo pessoal Rebecca Aletheia

E aí, quanto que foi essa viagem?

A Hospedagem saiu R$300,00 por pessoa

Conhecer Mina Jeje – R$50,00

Muito interessante com uma proposta pós colonial com a sabedoria dos escravizados para a construção da mina e de como fazer a exploração do ouro com técnica de engenharia, geologia. Dando a dimensão do conhecimento das pessoas africanas escravizadas.

Tour com Dim Neguinho R$60,00 fez a apresentação da cidade com o olhar afroturismo, aliás tem muito à se aprender com as igrejas, assim como com a sua arquitetura barroca no seu rigor de detalhes. 

Turismo - Ouro Preto - Guia Dim Neguinnho
Turismo – Ouro Preto – Guia Dim Neguinnho

Colocando tudo na ponta do lápis, a viagem saindo de BH foi em torno de R$750,00 por pessoa com comida, passeios, hospedagem, transporte e bebidas.

Culinária Mineira

Falar de Minas Gerais – Ouro Preto, Afroturismo é impossível não falar sobre comidas. Deixo aqui 4 restaurantes para comer bem e preço justo.

Restaurante Vovó Chica – Rua Conde de Bobadela, 139 – Ouro Preto, MG – Restaurante com ótimo ambiente e com comida mineira para matar toda a vontade.

Quê cê Qué é um ótimo restaurante além de ter ótimos e lindos drinks para saborear.

Para noite em Ouro Preto indico Taberna Music Bar, é um bom restaurante gerido por uma quilombola de família Moçambicana, vale a ida, tem almoço também e pela noite é possível curtir o Espaço.

Para Almoço como à vontade e baixo preço indico o- Restaurante Tiradentes situado na R. Amália Bernhaus – Ouro Preto, MG. Não espere um restaurante sofisticado mas esse restaurante serve comidas populares e do dia à dia mineiro, com bom preço. Então se quer bater um bom prato para poder caminhar, aqui é o lugar.

Para um café recomendo – Café esquina da Realeza, com direito a vestir-se como rainha e rei e tomar um café.

Onde se hospedar?

Vista de Ouro Preto do topo com imagem da igreja Nossa Senhora do Carmo - Foto arquivo pessoal de Rebecca Aletheia
Vista de Ouro Preto do topo com imagem da igreja Nossa Senhora do Carmo – Foto arquivo pessoal de Rebecca Aletheia

Vou deixar aqui 3 indicações de lugares para se hospedar, mas deixo livre para que possa encontrar um lugar, são elas:

Viagem solo – Uai Hostel – O local é familiar, Rodney o done é muito gente boa e o espaço é bem acolhedor.

Viajando de casal – Kit Net Solar do Rosário, tem uma vista linda do Pico Itacolomi tanto ao amanhecer e ao entardecer.

Viajando em grupo indico a hospedagem do Sr. Rodolfo – Alquimia House – sua casa em Ouro Preto, que além de ser muito grande, também tem vista da rua do centro, assim como no quintal é só subir a escada sem medo até o fim tem uma vista inacreditável da cidade de Ouro Preto.

Curiosidades sobre Ouro Preto

O primeiro nome da cidade foi vila Rica por conta da grande quantidade de ouro que tinha na região.

A cidade não tem UBER, nem 99, ou seja, use os aplicativos locais como 2V, Ubiz Car Brasil e OP Expert.

Aleijadinho nasceu em Ouro Preto e é um dos artistas negros de grande nome no Brasil.

A igreja do Pilar tem 400kg de ouro. a segunda igreja do Brasil com mais quantidade de ouros.

No museu da Inconfidência é possível encontrar uma Santa do Pau Oco.

A rua Conde de Bobadela é considerada uma das mais bonitas do Brasil, na minha opinião sim, exceto se não tivesse carros.

Ouro Preto tem um parque lindíssimo e vale muito à pena visitar, sendo assim, não vá embora sem visitar o Parque Horto dos Contos.

A bebida tradicional do local é a Ouro Pretana, vale a pena experimentar.

A primeira faculdade de Farmácia foi em Ouro Preto.

Por fim, Afroturismo em Ouro Preto,

Conta pra gente se você gostou dessa matéria, você imergiu no Afroturismo em Ouro Preto? Já visitou a cidade, tem vountade? Espero que essas dicas tenha te ajudado muito a imergir no que há de melhor pela cidade.

Podcast Bitonga Travel destino Ouro Preto – Maria Teresa
Afroturismo - 5 Ilhas de obrigatórias para se conhecer em África - foto arquivo pessoal de Rebecca Aletheia

Afroturismo – 5 ilhas obrigatória para se conhecer em África

Se viajar para você é sinônimo de mergulhar na história, assim como dar possibilidades ao afroturismo, te convido a conhecer 5 ilhas importantíssimas para se conhecer em África.

Leia também: Afroturismo: 5 Destinos Internacionais para conhecer em 2023.

Me chamo Rebecca Aletheia, uma viajante, não sou historiadora mas percorrendo África é notório perceber e compreender como as ilhas e suas funções no período do tráfico de pessoas africanas, assim como pós abolição servirão de espaços para o tráfico ilegal.

Sendo assim, apresento à vocês algumas das ilhas em África que merece visitação, assim como reflexão além da diversão e curtição.

Robben Island – Cape Town – África do Sul

Robben Island - Cape Town - África do Sul
Robben Island – Cape Town – África do Sul

Conhecida popularmente por ter sido prisão de ativistas que lutaram contra o Apartheid, entre eles ex-presidente da África do Sul – Nelson Mandela. Assim como, já foi colônia de leprosos, hospital psiquiátrico e base de treinamento da defesa. As ilhas de afroturismo e nesse caso a de Robben, é parada obrigatória para quem visita Cape Town – África do Sul. Afinal de contas foram quase 2 séculos (18 anos), onde Nelson Mandela ficou preso e nunca deixou de lugar pela libertação do seu povo. Atualmente, o local é inclusive considerado Patrimônio Mundial pela UNESCO.

Ilha de Moçambique – Nampula – Moçambique

Ilha de Moçambique - Jardim da Memória - foto arquivo pessoal de Rebecca Aletheia
Ilha de Moçambique – Jardim da Memória – foto arquivo pessoal de Rebecca Aletheia

 A Ilha de Moçambique, que fica na província de Nampula. A ilha é pequena e é possível conhecê-la andando. 

De uma riqueza cultural indescritível, você encontrará mulheres moçambicanas, conhecidas como “macuas”, andando com “mussiro”, um pó como uma máscara de origem natural para cobrir todo o rosto, que além de ser uma espécie de ritual com conotação cultural e identitária, também tem efeito rejuvenescedor. 

Lá você poderá ver a dança das mulheres macuas, chamada de Tufu, a coisa mais linda de se ver. Aliás, nessa região a mulher é o centro da cultura. E também não se assuste se encontrar por lá mulheres muçulmanas, cristãs, hindus e até mesmo protestantes. Trata-se de uma fusão das religiões advinda do processo colonizador. 

Ao mesmo tempo, um lugar que vale a pena visitar na ilha é o Jardim da Memória, construído em homenagem às pessoas negras da região e arredores que foram retiradas de seu continente e enviadas como escravos para diferentes partes do mundo.]

Dessa forma, também vale à pena lembrar, que este espaço também é considerado Patrímonio Cultural de Moçambique.

Zanzibar – Old Town – Tanzânia

Old slavery Market - Ilhas Afroturismo - Zanzibar - foto arquvi pessoal de Rebecca Aletheia
Old slavery Market – Ilhas Afroturismo – Zanzibar – foto arquivo pessoal de Rebecca Aletheia

Além do Azul de Zanzibar que encanta os poetas, músicos e viajantes. Em primeiro lugar, vale lembrar que Zanzibar foi uma das ilhas com maior tráfico de pessoas africanas da África Oriental.

Hoje é possível descobrir um pouco dessa história de barbárie no Old Slave Market, museu localizado na catedral Anglicana que retrata o período e o processo de escravidão em Zanzibar.

Predominantemente muçumana, Zanzibar tem uma ligação forte com a cultura árabe, o que fica evidente na comida e na arquitetura, por exemplo.

Banana Island – Freetown – Serra Leoa

Banana Island - Freetown Serra Leoa
Afroturismo Ilha África- Banana Island – Freetown Serra Leoa

Por fim e não menos importante, indo mais para a África Ocidental, vamos falar da Ilha da Banana em Freetown – Serra Leoa, uma ilha de parada obrigatória por quem passa por este país.

Ilha da Banana foi uma das ilhas onde muitas pessoas africanas da região ocidental eram deixadas antes de atravessarem o Oceano Atlantico. A ilha além de ser paradísiaca tem moradores locais com amplo conhecimento da história que aconteceu, dando um show de afroturismo. Assim como, ressignificam o espaço de dor, lutas e sangue.

Por diversos momentos pensei estar na Jamaica, pois os habitos e práticas são muito comum, ou seria a Jamaica a Ilha da Banana. Ligando os fatos foi dessa região onde muitas pessoas africanos foram involuntariamente sequestrados ao Caribe.

Tive a oportunidade de produzir um conteúdo sobre no canal do Youtube onde é possível ver e conhecer a ilha mais de perto.

Aforturismo Ilhas em África – Ilha da Banana

Dessa forma,

Diz aí, você conhece algumas dessas ilhas em África voltada ao Afroturismo? Se sim, compartilha sua opinião. Se ainda não conhece, conta pra gente qual dessas ilhas você quer visitar?

Motivos para ir ao Afropunk 2023

Saiba 8 Motivos para ir ao Afropunk Bahia 2023

Se você precisa de alguns motivos para ir ao Afropunk Bahia em 2023 eu, Rebecca Aletheia gostaria de te mostrar alguns.

1. Maior festival de música preta organizada por pessoas pretas – Afropunk 

O Afropunk o maior evento de cultura preta organizado por pessoas pretas já tem data e local marcado, 18 e 19 de novembro de 2023 em Salvador na Bahia.

2. Salvador da Bahia – Capital Afro

Recém eleita a capital Afro, Salvador da Bahia, como dizem os estrangeiros, é a cidade onde se concentra a maior população negra fora do continente Africano. Não é à toa que que se vive a verdadeira Africanidade desde sabores, aromas, cultura, território, pessoas, gingados e muita musicalidade. 

3. Uma junção Barril Dobrado 

Como dizem as/os baianos quando a coisa é boa mencionam ser barril e dobrado é mais que bom, ou seja, Afropunk em Salvador é Barril Dobrado! Imperdível de se viver no mínimo uma vez na vida.

4. Se vc não tenho com quem ir

Então, Rebecca Aletheia, reune mulheres pretas de todo o Brasil para que possar ir juntas, então se você não quer ir sozinha  preparem-se para se juntar ao grupo de mulheres e ir ao festival preto mais esperado do ano e como vocês sabem, não falha nada!

5. Se planejar bem, não sai caro!

Pré Afropunk Salvador Bahia 2022
Pré Afropunk Salvador Bahia 2022

Isso mesmo que você leu acima, se planejar bem não sai caro, como o festival só acontece em novembro, comece desde janeiro juntando seu dinheirinho, ou seja, guarde no mínimo R$250,00 por mês que vai dar bom. Fique de olhos nas passagens, se você quiser se juntar ao grupo de Rebecca Aletheia – assine a lista da viagem. Caso queira fazer por fora, já fica essa super dica. Compre o ingresso antecipado, ou seja, fique atenta ao primeiro lote e já vai salvando o seu precioso dinheiro, que novembro está logo aí. 

Sendo assim, se você planejar bem essa viagem pode custar à partir de R$1500,00 com tudo incluso. Comece agora ou se inscreva nesse grupo de viagem que podemos fazer acontecer juntes. 

6. Seja você no seu look

Ah já vai preparando o seu look de afropunk, mas lembre-se aqui a criatividade, originalidade, naturalidade e a ousadia AFRO futurista são bem vindas, ouse pois aqui é o espaço onde pessoas pretas sentem-se mais que confortáveis de serem elas mesmas.

7. Contato com afrocelebridades 

Se é o maior festival de música preta organizado por pessoas pretas, é isso mesmo aquela sua afrocelebridade que você vê na TV, Instagram ou YouTube poderá estar por lá. Se você estiver no lounge provavelmente eles estarão por lá, se você estiver na pista, eles terão que passar pela pista e você poderá dizer um oi, pedir uma foto e até mesmo tietar. 

8. É Seguro!

Já pensou viver a experiência de um festival seguro, sem brigas, sem relatos de roubo? Foi o que pude vivenciar e presenciar no festival, aliás é nós por nós e nós de novo! Então, que possamos preservar esse movimento e fazer nosso espaço esse ambiente. 

Por fim,

Pra sentir o gostinho do que é essa viagem deixo aqui o vídeo do Youtube para já sentir essa viagem – Afropunk Bahia 2022.

Assista e encontro motivos para ir ao Afropunk Bahia

E aí, partiu Salvador?

Assine a lista Afropunk Bahia 2023 e vamos juntes nessa viagem com Rebecca Aletheia.

Museu da África Central - Bélgica

11 motivos para conhecer se apaixonar pela Bélgica

E aí indo viajar para a Belgica e precisa de motivos para se apaixonar, então te darei apenas 11, só para começar.

Em primeiro lugar, preciso dizer que nunca pensei em visitar a Bélgica e quando recebi o convite para visitar a Bruxelas. Tinha em mente queria conhecer algo que fosse além do monumento Atumium. Como expert em viagem a primeira coisa e obviamente o que fiz foi: não pesquisar nada sobre o país e sobre o que fazer. Ah gente, sou dessas, gosto da realidade nua e crua!

Bom na minha concepção a Bélgica é linda, maravilhosa, charmosa… Talvez esteja exagerando ou que estou anestesiada por ser a última viagem e mude minha opinião daqui alguns meses/anos. Mas tenho várias amigas e amigos que compartilham da mesma opinião que a minha. Isso não quer dizer que vou me mudar pra lá ou que queira morar, a diferença é que AMEI e isso é o mais importante!

Rebecca, chega de blá, blá, blá e conte pra gente o que realmente te fez AMAR tanto a Bélgica! Sendo assim, segura a emoção que já conto para vocês.

Comer e Beber na Bélgica

Primeiro lugar, Comer e beber tenha como lema nessa viagem e não vai precisar de muito se você for pelas comidas de rua, então bora saborear Batata frita Belga. O país de origem das idolatradas batatas fritas. Aos amantes e não amantes de waffles minha nossa, você vai ficar hipnotizado só com os cheiros, com as vitrines de waffles, eu queria comer toda hora.

A cervejeiras e cervejeiros, aqui é a sua praia, o local onde cerveja é o que não falta. Preciso dizer que não sou uma pessoa regada à bebida álcoolica.Porém, cheguei no dia em que tinha um festival de cervejas na cidade e era quase um convite à degustação das famosas cervejas belgas. Sinceramente são ótimas, acho que o que faz ficar mais gostosa ainda são os copos super refinados para a bebedeira.

Vou deixar aqui o roteiro de cervejas que recebi do Gnomo – #VAICORINTHIANS – um amigo que a esposa pediu para ele fazer um roteiro cervejeiro, e que foi muito bom e vale a pedida. Iniciei meus trabalhos com as cervejas com frutas vermelhas, eram deliciosas. Mas agora já posso dizer que eu bebo cerveja porém preciso dizer que fiquei enjoada, só bebo cervejas Belgas e na Bélgica.

https://rebeccaaletheia.wixsite.com/rebecca/post/roteiro-cerveijeiro-b%C3%A9lgica-especial-para-rebecca-aleth%C3%A9ia

Pratos típicos da Bélgica que vale a pena comer é o Carbonnade Flamande sinceramente delicioso, carne vermelha cozinhado na cerveja, é isso, cerveja até na comida.

E por último e não menos importante, prove os deliciosos chocolates Belgas, impossível não se apaixonar!

Chocolate Belga - se apaixonar pela Bélgica

Pelas ruas Belgas

Caminhar pelas ruas – foi o que houve de mais surpreendente pra mim, porque a cada caminhar era um encontro com uma arte de rua, o jardim botânico magnífico, igrejas, monumentos, residências, bares, restaurantes, biblioteca, lojas, pessoas e por do sol magnífico.

Contemplar o Pôr do Sol

O pôr do sol na praça da Justiça – Ahhh que incrivel, foi tão lindo, eu fiquei hipnotizada e escolhi como meu ponto secreto, para ficar por horas admirando o nada e pensando na vida. Tive sorte de ter uma roda gigante para poder admirar a cidade e poder contemplar o por do sol e a vista da cidade. Sem palavras.

Pôr do Sol na praça da Justiça – Bruxelas – Bélgica

Pelo céu de Bruxelas

Ao mesmo tempo, contemplar a vista panorâmica da Basílica – não teve preço! Para ser sincera eu fui andando coisa de 3km do hotel até chegar por lá após ler um blog de viagem o que fazer. Assim como relatavam ser gratuito entrar na igreja e que era linda, quando cheguei tinha indicações da visita panoramica e fui bem pomposa ver tudinho de cima, e é lindo, comecei a gritar horrores de tão lindo ver a cidade de 360 graus. Mais um dos motivos que me apaixonei pela Bélgica.

Brugge e Gant

Rebecca Aletheia em Brugge

Visitar Brugge e Gant – Ah e quem acha que Bélgica se resume em Bruxelas se enganou, também nem sabia desses paranauê. Preciso dizer que essas cidades tinha um charme e um glamour que falava por si só. Amei tudo e pra ficar melhor fiz o passeio da cidade de Brugge com a melhor guia de viagem Graça da Luz uma guia brasileira, baiana, negra, inteligentíssima contando todos os detalhes da cidade e do país. Super recomendo essa visita com essa joia rara que existe em Bruxelas, aliás teria que ter um tópico só para ela. Uma dica ouro, aos sábados as passagens são metade do preço, ou seja, paguei como 10 euros ida e volta em uma viagem de trem. Ah essa é a outra recomendação vá de trem. Nesses lugares você irá se apaixonar pela Bélgica.

Rebecca Aletheia em Gant

Conheça Matonguê – Bairro africano em Bruxellas

Bairro Matonguê – Vale lembrar que a Bélgica colonizou a República Democrática do Congo, ou seja, cerca de 100 mil pessoas com raízes africanas vivem em Bruxelas, o que é quase 10% da população da capital da Bélgica. A maioria veio das ex-colónias belgas – República Democrática do Congo e Ruanda. Outros, de países do Oeste Africano – como Senegal, os Camarões e Burkina Faso. Todos eles encontram um pedaço de casa em Matonge, que é também o nome de um bairro da capital do Congo, Kinshasa. Esse é o bairro que você se sente imerso na vida e comunidade africana, assim como encontrará ótimos restaurantes africano, pessoas fantasticas, música ao vivo, bares com uma boa conversa que certeza se falará sobre África, roupas, tecidos.

Rebecca Aletheia em Matongé

Museu da África Central

Royal Museum of Central Africa – Recém reaberto o museu africano da África Central localizado em Teruven, um museu fantástico e muio bonito. Preciso dizer que foi o primeiro lugar que eu fui em Bruxelas, quer dizer o primeiro lugar oficial, porque vida de viajante tem passeios de rodinhas logo na chegada e eu bonita estava lá pelas ruas principais da cidade já enamorada. Mas vamos falar do museu que tem uma arquitetura magnifica, fica em um jardim explendido e uma exposiçào e obras ao ar livre e dentro que valem muito a pena conhecer, se tiver um tempinho vale a ida.

Por outro lado, não dá para se apaixonar pela Bélgica ao conhecer essa história no período colonial, porém ocupar esses espaços e apreender como africanos tem resignificado lugares e espaços. Por esse e outros motivos devemos ocupar, resistir e IR.

Língua Francesa dominante no país

Falar francês pelas ruas da Belgica – Je ne parle pas francais mas eu me sentia falando as palavras básica Bonjour, Merci, Pardon …, ou seja, aquele glamour do francês que nós sabemos o básico do básico e básico.

Happy Hour na Praça Luxemburgo e se apaixonar pela Bélgica

Praça Luxemburgo

Ir à Happy Hour na Praça Luxemburgo e ficar bebendo, dançando, assim como, conhecendo pessoas até o dia raiar em plena quinta-feira, faça chuva ou faça sol o point da galera.

Por fim…

Ao mesmo tempo, para não dizer que não falei das flores, deixo aqui os monumentos imperdíveis e cliches que tem que ir! Tenho certeza que você vai ler ou ao dar uma busca em Bruxelas e vai encontrar e a dica de ir ao Atomium, Grand Place que todos os dias estará sempre movimentado e no final de semana uma atração para se deliciar, Catedral,Galeries Royales, Jardin du Mont des Arts, Palácio Real de Bruxelas.

Sendo assim, espero que tenham gostado e que você possa curtir essa dica! Compartilhe, comenta e deixe também a sua dica do que fazer e se apaixonar pela Bélgica.

Mulheres Negras viajantes - Bitonga Travel - Imersão Cultural Quilombo Cafundó - foto do arquivo pessoal

Dia da Consciência Negra 2022 – Viagem Quilombo Cafundó

Vocês pediram e após o grande sucesso da primeira visita, aqui vamos nós mais uma vez para o Quilombo Cafundó celebrar o dia da Consciência Negra no dia 20 de novembro 2022. Em primeiro lugar, vamos lembrar que a viagem acontecerá em um domingo e a programação está para lá de especial, vamos?

Leia também: Afroturismo no Brasil: 6 Agências e Roteiros Comandados por Mulheres Negras.

Venha celebrar o Dia 20 de Novembro, ou seja, o Dia da Consciência Negra com o povo do Quilombo Cafundó, um pedacinho de África no Brasil.

O Quilombo do Cafundó fica na cidade de Salto de Pirapora e é formada por negros descendentes principalmente dos povos do norte de Angola. Em seu território desenvolveram uma linguagem própria, a chamada Cupópia, mistura de línguas como Kimbundo, Kikongo e Umbundo.

No Quilombo Cafundó também é possível encontrar uma grande plantação de produtos orgânicos, ou seja, um dos maiores do estado de São Paulo.

Com o objetivo de democratizar o acesso ao turismo, ou seja, devolver às pessoas negras o direito de ir e vir essa viagem propõe-se a possibilitar que pessoas negras volte às suas origens. Assim como possa imergir nessa atividade que vai além de cultura é realmente uma troca de experiência.

Nosso roteiro Dia da Consciência Negra 2022 – Viagem Quilombo Cafundó:

Saída de SP as 7:00 – Metrô Vergueiro defronte ao Centro Cultural São Paulo

8:00 -Parada para café

9:30 – Chegada no Quilombo

10:00 – Visita monitorada

12:00 – Almoço

13:00 – Atividades Culturais em comemoração ao Dia da Consciência Negra:

Tributo a Vó Ifigênia: Madrinha da Comunidade;

Apresentação do Samba de Roda Turi Vimba;

Oficina sobre autocuidado  por meio das plantas e flores;

Apresentação do grupo de samba;

Apresentação do percursionista Manu Neto e

Encerramento com a Banda Voz do Morro.

17:30 – Café de despedida

18:00 – Retorno para São Paulo

Roteiro inclui:

Transporte ida e volta SP

Atividades Culturais

Almoço e café da tarde

Guia Cadastur

Seguro passeio

Valor por pessoa: 330,00 (trezentos e vinte reais) – pagamento:

À vista 5% de desconto (via pix) Parcelamos no cartão de crédito em até 3x sem juros

Por fim, acompanhe o que aconteceu na última viagem ao Quilombo e foi Incrível!

Essa viagem é realizada pela Rota da Liberdade em parce Bitonga Travel em parceria com a Rota da Liberdade.

Sendo assim, vamos viajar! Venha embarcar nessa e outra viagens.

Mulheres Negras viajantes - Bitonga Travel - Imersão Cultural Quilombo Cafundó - foto do arquivo pessoal

Mulheres Negras viajantes visitam Quilombo Cafundó – SP

Em celebração ao Dia das Mulher Negra Latino Americana e Caribenha celebrado em todo 25 de julho o coletivo Bitonga Travel – de mulheres negras viajantes – juntamente com a Agência de viagens – Rota da Liberdade realizou no dia 30 de Julho de 2022 uma viagem de imersão no Quilombo Cafundó em Salto de Pirapora, durante todo o dia.

Dia Internacional da Mulher Negra Latina Americana e Caribenha

Entenda a data – No dia 25 de julho é celebrado o dia da Mulher Negra Latina Americana e Caribenha que surgiu no ano de 1992 com o intuito de dar visibilidade à luta das mulheres negras contra a opressão de raça, gênero e a exploração. Assim como, na mesma data se homenageia no Brasil Tereza Benguela, símbolo de luta e resistência da comunidade negra e indígena no Brasil.

A importância do Afroturismo

Considerando a importância do afroturismo como protagonista de retorno às raízes, assim como democratização do acesso ao lazer/turismo. A viagem teve como intuito deixar viva a história de nossos ancestrais.

Hoje, o afroturismo também coloca os negros como protagonistas de sua própria história e não mais apenas como objetos de pesquisa ou do local visitado. E isso pôde ser sentido através de cada vivência, troca de olhares, experiências e principalmente do sentimento mútuo de que aquela história é de quem está contando e também de quem está ouvindo.

A viagem

Deu-se inicio à viagem com partida da cidade de São Paulo e contou com uma programação incrível, mas que superou as expectativas das participantes.

Ao chegar no Quilombo, as viajantes receberam as boas vindas com um delicioso café da manhã e uma roda de prosa.

A vivência foi de forma imersiva, com vivências através de oficinas de bonecas Abayomi, Jongo e Ervas. O Quilombo possui uma extensa plantação orgânica da qual pudemos adentrar, adquirir e experimentar diversas leguminosas e ervas lá plantadas.

Logo no início da apresentação do Quilombo fomos surpreendidas por uma troca extensa de possíveis parentescos entre as participantes e os locais.


“Quilombos são sagrados como o templo, o nosso corpo é o que restou de muitos quilombos, por isso são sagrados, já que essa terra que pisamos é “deles” mas ao mesmo tempo é “nossa”

Viajante regina

Acompanhe todos os detalhes dessa viagem com mulheres negras ao Quilombo Cafundó, através do Podcast da Bitonga Travel.

Negras Viajantes visitam Quilombo Cafundó


Sobre o Quilombo Cafundó


Localizado em Salto de Pirapora – SP, situada a 12 quilômetros dessa cidade, a 30 de Sorocaba e a não mais de 150 quilômetros da capital de Paulista.


O Quilombo do Cafundó foi originado no século 19. Com a história de Joaquim congo e Ricarda que se casaram em 8 de julho de 1855. Com muita luta contra invasões de fazendeiros e resistência o Quilombo tem 219,45 hectares, onde residem 24 famílias. Pudemos ver a casa da Dona Ricarda e sua capela e sentir toda sua força ali enpregada.

Como já dissemos, o Quilombo Cafundó é destaque em produção de alimentos orgânicos. Dessa forma, tudo ali é cultivado sem uso de agrotóxicos, adubos químicos, aditivos sintéticos, antibióticos, hormônios, nem técnicas de engenharia alimentar. Ao passo que, antes de entrar nas plantações fizemos uma oração para sentir e pedir permissão para pisar naquele solo


Um outro destaque ao território é a preservação da língua africana de tronco bantu – Quibundo ( língua falada no noroeste da Angola). Dessa forma, esta língua é nomeada como cupópia, pudemos repetir e assim e aprender a dizer “ta mukanda” (está escrito) e turi vimba (terra do povo negro)

As viajantes

Mulheres Negras viajantes – Bitonga Travel Quilombo Cafundó – SP

O grupo de viagem que saiu da capital paulista com destino ao Quilombo Cafundó, contou com 26 mulheres negras para a imersão, mulheres pretas de 18 a 74 anos, ou seja, a sua maioria participando de uma viagem à primeira vez em um território quilombola em seu próprio país/Estado.

Como disse a viajante Rute:

“Um povo forte amedronta o sistema, tentaram e tentam nos ridicularizar, podando nossa cultura, tentaram podar nosso poder, mas não vão conseguir, porque sempre fomos e sempre seremos resistência, estar num quilombo é resgatar nossa cultura”

Viajante rute

Desse modo, mulheres negras viajantes existem, resistem, trocam, transformam e encorajam outras mulheres à pertencerem ao mundo e reintegrar-se ao direito de ir e vir por essa sociedade.

E essa foi mais uma experiência de negras viajantes no Quilombo Cafundó! Realizada e organizada com muito amor por Rota da Liberdade, Quilombolas do Cafundó e Bitonga Travel.

Por fim,

Assista ao nosso vídeo no Canal do Youtube, venha sentir um pouquinho do que foi essa viagem! Afinal, tudo que é bom precisa ser registrado, não é mesmo?

Negras Viajantes visitam Quilombo Cafundó – SP

Para saber mais das atividades realizada pelo coletivo, assim como apoiar essas iniciativas entre em contato através do nosso email – faleconosco@bitongatravel.com ou através do nosso SITE.

Ah e é possível chamar a gente pelo WhatsApp, assim como mostrar o seu interesse em alguns das nossas viagens. Esperamos sua mensagem com muito carinho.