O Coronavírus no continente Africano

Quem vôs escreve este texto é Rebecca Alethéia, enfermeira, infectologista e mestre em ciências da saúde, mas não quero colocar o ponto de vista de uma especialista do coronavírus porque neste exato momento sou uma mulher negra viajante, sozinha pelo continente Africano e quero falar nesta perspectiva de viajante pelo mundo.

Após 1 ano de voluntariado em Moçambique e viajando por países da África Austral, decidi revisitar outros países (África do Sul) assim como conhecer novos (Malawi, Tanzânia, Ruanda, Uganda, Quênia e Etiópia).

Com tudo que tem acontecido no mundo, parece que estou fora dele neste exato momento, não há pânico, medo, quarentena. Vos escrevo diretamente da Tanzânia em Zanzibar, precisava procurar um lugar em paz e para definitivamente tirar minhas férias uma vez que provavelmente não tenho muito para onde correr.

Zanzibar - 25 de março. O Coronavírus -19 no continente Africano
Zanzibar – 25 de Março de 2020 O Coronavírus -19 no continente Africano

Falar de um continente e neste caso o africano e de uma pandemia denominado coronavírus em geral é delicado, pois como sabemos ou deveríamos saber a África possui 54 países e é dividida em África do Norte que é designada como a “África Branca” (Argélia, Egito, Libano, Marrócos, Saara Ocidental e Mauritânia) e África Negra ou subsaariana composta por 47 países África do Sul, Angola, Benin, Botsuana, Burkina Fasso, Burundi, Camarões, Cabo Verde, Chade, Congo, Costa do Marfim, Djibuti, Guiné Equatorial, Eritreia, Etiópia, Gabão, Gâmbia, Gana, Guiné, Guiné-Bissau, Ilhas Comores, Lesoto, Libéria, Madagascar, Malauí, Mali, Mauritânia, Maurício, Moçambique, Namíbia, Níger, Nigéria, Quênia, República Centro-Africana, Ruanda, República Democrática do Congo, São Tomé e Príncipe, Senegal, Seychelles, Serra Leoa, Somália, Sudão, Suazilândia, Tanzânia, Togo, Uganda, Zâmbia e Zimbábue.

Quero trazer algumas reflexões das minhas percepções de que como ainda possamos ter países onde os casos sejam Zero ou menores de 100 casos continente Africano? Quando pensamos em  números de óbitos esses números também são menores comparado a outros países ao redor do mundo?  E novamente nos remetemos essa disparidade aos países África Subsaariana, a África Negra.  (dados do dia 26/04/2020.)

A segunda reflexão é saber que na África do Norte (5 países), contabilizam mais de 12. 480 casos confirmados da doença e 918 óbitos, o que somando toda a África Subsaariana (47 países) arredondo para um montante de 382 casos, sendo 87 desses casos da África do Sul, e porque eu destaco a áfrica do Sul, pela população não negra vivendo no país. ( Dados do dia 19/03/2020), é uma discrepância quando se falar no mesmo continente, não acha? Mais uma vez estamos diante da questão racial.

Gosto de trazer a reflexão referente aos países do continente africano quando temos a grande circulação de Chineses, há quem diga que são os novos colonizadores da África, desde 1990 sua entrada tem tido uma ascensão e  2013 quando se tornou o parceiro econômico da África de países como Botsuana, Gana, Nigéria, Angola, Quênia, Madagascar, Namíbia, Tanzânia, África do Sul, Zâmbia Zimbábue e Djibuti, todos esses localizados na África Subsaariana, região que se concentra grande parte do investimento chinês. Acredito que não restam dúvidas da grande circulação, moradores e trabalhadores chineses em África, assim como turistas, viajantes de continente americano e europeus ao redor de África, o local onde o aumento do turismo foi mais de 40% nos últimos anos.

Outra questão que considero importante refletirmos sobre “casos ZERO”, é pensar que não há capacidade de diagnóstico em muito desses países, sabemos a escassez de recursos que existe em alguns países africanos e laboratórios de ponta. Não acredito que não sejam capazes de diagnosticar, não estou dizendo isso, mas sabemos a precariedade que os serviços públicos têm de acessarem tecnologias e neste caso laboratório para confirmação diagnóstica. São os serviços públicos que devem traçar resposta de emergência e atuar frente a uma epidemia. Existem serviços privados na África, porém quando eles não conseguem dar resposta a muitas doenças e são os serviços públicos que devem dar uma resposta rápida e eficaz. E os serviços muitas às vezes não são gratuitos.

Caso Zero pelo fato de as pessoas serem a sua maioria jovem? Boa parte da população africana é menor de 60 anos, o que é comum encontrarmos um maior número da população idosa no cenário asiático, europeu e americano, porém em África também tem as tais comorbidades o que não exclui tal acometimento severo à esta população assim como as vivendo com HIV/AIDS, tuberculose, malária.

 Atravessei 3 fronteiras de países do continente africano e estive em 4 países no período de incertezas sobre o novo coronavírus, porém a calma e tranquilidade comparada ao que vejo na televisão de outros países, é dizer que estamos em completa paz por aqui. Os supermercados não têm escassez de produtos, encontro dificuldade de achar álcool em gel que só é comercializado nas farmácias, não porque não tenha, mas pelo fato de realmente não trabalharem com estoque. Mas sempre dizem: volte amanhã que terá, ou seja, não há falta no país.

As rotinas diárias seguem como nada estivesse acontecendo, e fico perguntando como isso pode acontecer? Perguntar ao garçom, motoristas de táxi, ao recepcionista de hotel, médicos do país. Não há respostas, o que compreendo é que para muitos dos países do continente africano o viver é hoje, esses países sempre foram e são assolados com epidemias – cólera, ebola e a pandemia de HIV/AIDS, H1N1 e agora Coronavírus. Não precisamos dizer a resistência e existência quando o assunto é epidemias e pandemias não é mesmo?

O Coronavírus -19 no continente Africano - Alunos malawianos 15 de março quando a pandemia já tinha sido anunciada
O Coronavírus -19 no continente Africano – Alunos malawianos no restaurante na capital foto do dia 15 de março

Home-office e quarentena, como traduzir tais recomendações da Organização Mundial da Saúde para o continente africano? Quando a população vive da sua agricultura local e dos pequenos negócios? Como trabalhar de casa para não disseminar o vírus, como sustentar a família uma vez que a renda só dá para alguns dias? Onde está o dinheiro para fazer estoque de reserva e onde se estocar o mantimento é meio irônico tais recomendações como se pensar meios de adequação para tal?

Vendedor informal no Malawi - O Coronavírus -19 no continente Africano
Vendedor informal no Malawi – O Coronavírus -19 no continente Africano

Outro fato importante são os recursos de água e sabão para higiene das mãos, comunidades e grandes centros e serviços de saúde e espaços públicos onde temos a escassez de água?    

O que pensar enquanto estrangeira na África Subsaariana, confesso que fui bem tratada, quando não havia mais turistas nos países, não sofri qualquer discriminação por ser estrangeira ou proibida de entrar em hotel, Airbnb muito pelo contrário, eu era vista como a potencial consumidora e fonte de renda mesmo que fosse para auxiliar 1 família, cada compra era um lucro para aquela população. Por incrível que pareça mesmo as fronteiras sendo fechada eu recebia convites de uma comunidade de Uganda para trabalhar como voluntária.

Otimista que sou, a experiência em contenção de disseminação do ébola em países africanos me dão a grande certeza de que sim, é possível países africanos conseguirem ter estratégias de controle de disseminação, gosto de pensar sobre.

Aproveito este período para recomendar que assistam o filme nigeriano 93 Days, disponível no Netflix, que retrata a história de como a Nigéria atuou para salvar 21 milhões de vidas contra um surto de Ébola em 2014 com exemplo de sucesso, um filme que vale a pena ser visto ou revisto. Deixo o trailler do filme

Assim como um texto do que produzi sobre Coronavírus o que fazer durante a viagem e o aumento do dólar.

https://www.worldpackers.com/pt-BR/articles/coronavirus-aumento-dolar-viagem

Como ir para a Suazilândia de Maputo

https://rebeccaaletheia.wixsite.com/rebecca/post/como-ir-de-maputo-a-eswatini-de-machimbombo-ou-van-ou-%C3%B4nibus

Reserva Mantenga - Reino de Eswatini - Suazilandia
Reserva Mantenga – Reino de Eswatini – Suazilandia

Em minhas idas e vindas para Maputo, capital de Moçambique, sempre via no mapa o país Reino de Eswatini, antiga Suazilândia, buscava por informações entre conversas e panfletos, de como chegar e quando ir, não eram tão fáceis de encontrar… E sempre vinha na minha mente, devo me arriscar .

Há agências de viagem que fazem day trip (bate e volta), mas não me adaptava ao roteiro e queria ir para a estrada, chegar como as pessoas que moram por lá chegavam.

Após a minha experiência eu quer compartilha tudinho com vocês, e são elas: existem duas opções para chegar ou de van ou de transporte público até a fronteira e depois é só pegar uma van até a capital.

Quanto custa atravessar a fronteira Suazilandia via Maputo?

A passagem de Van custou R$25,00, oi??? Isso mesmo para ir de uma capital à outra custava 90 Rands. A van só sai após encher o carro, isso significa que você poderá esperar uma eternidade 2 a 4 horas, considere que você irá esperar e muito comum e normal. Como as pessoas já sabem que só enche lá pras 11horas elas esperam 10:50 pra sair de casa com direito de pedir para motorista ligar quando estiver saindo.

Outra dica importante é que eles vão ficar segurando os passaportes para garantir o seu lugar. Talvez você terá receio de entregar, tive, mas depois compreendi como funcionava e fiquei mais tranquila e até ele já sabia que eu era uma estrangeira cheia de manias e mil recomendações de segurança.

Você também pode pegar uma van no terminal rodoviário Transfala, a oralidade é algo que você encontrará em Moçambique, ou seja, todas essas informações parecem uma escrita de pessoa maluca, que você não entenderá nada, mas fará muito sentido na pártica. Pergunte onde fica o terminal de ônibus de Maputo localizado na Baixa, as pessoas irão te ajudar.

Outro jeito de ir é de transporte público, viva eles existem!!! Porém saem por volta das 6 da manhã na frente do terminal de trem de Maputo, deixa em uma cidade e depois você deverá fazer baldeação, eu não lembro o nome das cidades porém em breve atualizo e o total foi R$4,00 até a fronteira e depois lá pega uma van de 70 Rands que deixa na capital.

Um mês depois fiz esse roteiro de transporte público e embarquei pela Baixa da cidade, quer dizer, fui até lá, cheguei 5:30 (tinha aprendido a lição de chegar cedo), porém o motorista da van me confirmou que só consegue encher às 11h da manhã ou no mínimo às 10 da manhã. Isso significa que há de esperar. Mas os rapazes que trabalham no terminal me deram outra alternativa de ir roots, ou seja, de transporte público (ônibus/auto carro) até a fronteira. Eles me deixaram dentro do ônibus municipal, a minha dica é vá lá e peça aos seguranças essa orientação de como ir até à fronteira Naamacha.

Quanto tempo de viagem?

A viagem pode demorar no mínimo 3 horas (depende de onde vai descer…) as vans vão direto e tem que passar pela fronteira.

De onde sai os Machibombo / Van?

Eu posso te garantir que essa foi uma das respostas mais difícil de encontrar mesmo eu estando em Maputo. Disseram que eu deveria ir para a Junta, um terminal de ônibus/vans que fica bem afastada da cidade, se informe porque a maioria dos ônibus/machibombo passam por lá e sai por 10 meticais o equivalente à R$0,60; se for de taxi vai ser o equivalente à R$36,00, ou seja, 600 meticais. Pasmem, é verdade o taxi para circular dentro da cidade é mais cara do que você viajar para outro país! Então vale a pena ir de ônibus/machibombo e as linhas locais passam a todo minuto. Foi aqui que eu paguei R$25,00 na van e demorou mais de horas para sair

Descobri apenas quando estava na eSwatini que tem vans que saem da Baixa da cidade, ou seja, dentro da cidade e não precisa dar essa volta toda pela cidade. Talvez o preço tenha uma diferença de 10 meticais da passagem, mas é mais perto.

Horário de partidas

Como dito anteriormente, as vans só saem se estiverem cheias, ou seja, você pode esperar muito, então a dica é chegue cedo aos pontos de partida, 5:30 da manhã é o melhor horário, porque assim você vai na primeiro carro. Mas se você chegar atrasada e estiver animada, tem rapazes que passam fazendo as unhas com desenhos e tudo e acompanha toda a vida no terminal da cidade. Eu esperei 5 horas, eu cheguei as 6:45; ainda paguei 2 passagens extra e fizemos vaquinha para que a van saísse mesmo sem o número total de passageiros, mas com o número de pagantes.

Fronteira e visto

Brasileiros não precisam de visto. Que ótima notícia #PARTIUeSWATINI!

Super Dica: você também pode ir de Johanesburgo para eSwatini, mas sinceramente não sei detalhes de preços, mas é muito comum, possível e fácil. E você pode ir de Eswatini até Moçambique ou Africa do Sul – Johanesburgo, tem transporte diários a saída e chegadas são de Manzini.

Espero que você arrisque e me conte, ou quem sabe eu faça essa rota!

O que fazer em eSwatini?

Bom, isso deixo para próxima postagens

Leia também:

Medo da Imigração – um texto de Rebecca Alethéia
Rebecca Alethéia fala de gastos e custos de um mochilão por 6 países da África Austral

https://www.site-antigo.bitongatravel.com.br/destaques/gastos-e-custos-de-um-mochilao-por-6-paises-da-africa-austral/

10 dicas imperdíveis para viajar pela África Austral

Se viajar pela África é o seu sonho, Rebecca Aletheia, compartilha 10 dicas que irão dar-lhe razões de sobra para te inspirar a realizar de uma forma que nem imagina. 

Em primeiro lugar, antes todas as dicas preciso dizer quais são os países que fazem parte da África Austral. São eles: África do Sul, Angola, Botsuana, ESwatini/Suazilândia, Lesoto, Madagáscar, Maláui, Moçambique, Namíbia, Zâmbia e Zimbabué.

1 — Visto 

Brasileiros dispensam de visto para entrar na África do Sul, Botsuana, Reino de ESwatini/Suazilândia e Namíbia, assim como podemos ficar até 90 dias.

Em relação aos demais países é possível tirar o visto na entrada do país, ou seja, nos aeroportos e fronteiras terrestres. 

2 — Viajar por 2/3 países na mesma viagem

Ao mesmo tempo, uma dica ouro, é possível viajar mais de 2 países da África Austral na mesma viagem. Não vou estender-me nos roteiros, mas deixo aqui uma leve ideia do que é poderá fazer, são eles:

África do Sul, Moçambique, Reino de Eswatini

Uma viagem por Joanesburgo, Kruger Park, Maputo, Mebabane e Lombaba; é um roteiro possível e magnífico.  Vivenciar as diferenças e similaridades perceptíveis pelas roupas tradicionais e línguas locais entre esses países traz a possibilidade de ver a migração dos povos zulu.

Rebecca ALethéia na ferroviária de Maputo - Viajar pela África Austral
Rebecca ALethéia na ferroviária de Maputo – Viajar pela África Austral

Essa viagem é possível via agências de turismo assim como de forma independente de ônibus, autocarro ou vans.

África do Sul e Namíbia

Um roteiro bem realizado nos últimos anos por carro saindo de Cape Town sendo possível visitar boa parte da Namíbia, ou seja, uma viagem pelo deserto africano regado de muita cultura e um país não muito explorado pelos turistas. É possível encontrar agências de viagem fazem esse passeio. 

 Rebecca ALethéia na Victória Falls Zambia - Viajar pela África Austral
Rebecca ALethéia na Victória Falls Zambia – Viajar pela África Austral

África do Sul e Lesoto

Joanesburgo, Pretoria e Lesoto — Um roteiro pouco realizado pelos viajantes, mas é possível ir para Lesoto e uma rota comum de carro pelos sul africanos.

Zimbabué, Botsuana e Zâmbia

Na região das Cataratas Vitórias é possível visitar os 3 países, pois são muito próximos, Zâmbia e Zimbabué dá para cruzar a fronteira caminhando, contemplando e sentindo toda a atmosfera da Victória Falls. 

Rebecca ALethéia na Victória Falls Zambia – Viajar pela África Austral

3 — Clima de inverno é possível

Engana-se quem pensa que na África só existe calor extremo, vou dizer-te que é possível passar frio por esses países, ou seja, é possivel encontrar neve em Lesoto devido a sua altitude, nos meses de maio a agosto tem mínima de -1 °C e máxima de 15 °C.

Nesta mesma época a temperatura não é diferente nos países ao redor, Zimbabué mínimo 8ºC e máxima de 22 ºC; ESwatini/Suazilândia o clima é entre 6 °C a 23ºC ; África do Sul de 2ºC a 26 °C.

4 — Festivais de música

Todos os países da África Austral contam com festivais musicais incríveis e muito bem organizados com infraestrutura de primeiro mundo, ocorrem em épocas diferentes e há uma movimentação enorme para estar presente e poder ouvir excelentes artistas. Deixo aqui alguns links do website desses festivais.

Rebecca Aletheia no Festival Bush Fire – Reino de Eswatini

Bush Fire

O maior festival de música da África ocorre todos os anos em ESwatini vem pessoas do mundo inteiro para apreciar e poder vivenciar a tradição do festival, vale muito a pena esse festival! https://www.bush-fire.com/

Azgo

Festival de arte e cultura com um forte enfoque em artistas de Moçambique e de todo o continente africano. Me surpeendeu do começo ao fim, ou seja, se programe para ir neste festival! https://www.azgofestival.com/

Deixo aqui um relato e um vídeo que pude produzir este ano no festival.

https://rebeccaaletheia.wixsite.com/rebecca/post/azgo-let-s-go-na-mafalala-2019

Rebecca Aletheia no 9º Festival Internacional de Arte e Cultura em Moçambique

Maletsuanyane Braai

Acontece em Lesoto mais especificamente próximo às cachoeiras Maletsunyane, sim na catarata que foi certificada pelo Guiness como o maior rappel de gota única, operado comercialmente pelo mundo.  https://www.maletsunyanebraaifest.co.ls/

Lake of Stars

Este festival ocorre no Malawi ao redor do lago Malawi, e não há melhor combinação para uma só festa entre música, lago e cultura africana. https://lakeofstars.org/

5 — É possível viajar sozinha

Tomar a decisão de viajar sozinha é sempre uma grande e corajosa decisão. E uma das primeiras perguntas ao escolher o local é, este local é seguro para viajar sozinha? Para realizar essa viagem a “sós”, vou dizer-lhe que essa palavra a sós não existe, porque o espírito de coletividade e ajuda mútua é vivo em África. Porém, cuidado e cautela cabem em todos os lugares. 

  Rebecca ALethéia em Vilankulos Moçambique - Viajar pela África Austral
Rebecca ALethéia em Vilankulos Moçambique – Viajar pela África Austral

Bem como, deixo aqui um relato do meu mochilão viajando sozinha por 6 países da África Austral

6 — Língua oficial Português ou Inglês

Países como Angola e Moçambique tem o português como língua oficial, ou seja, o que facilita muito aos não falantes de inglês. 

Os demais países da África Austral é o inglês. Assim como, em muitas cidades irão encontrar o idioma de cada província, região, vilarejos. Porém a língua predominante é o inglês ou o português dependendo do país (Angola e Moçambique). 

7 — Imersão cultural

De antemão, a imersão na cultura africana é algo que acontece naturalmente! Assim como, imergir na riqueza cultural gastronómica, danças, músicas, pinturas, cerimonias e rituais são momentos que precisam e devem ser vividos.

Rebecca ALethéia em Chikawa Malawi de grupo de apoio de Mulheres
Rebecca ALethéia em Chikawa Malawi de grupo de apoio de Mulheres – Viajar pela África Austral

Cada país tem a sua própria cultura e arte, vale ressaltar a importância do respeito, assim como pedir licença para participar, assistir, filmar, fotografar.

Muitos ritos têm muito significado aos ancestrais, espíritos e para as comunidades. Conhecer a história do berço da humanidade, assim como, compreender o processo de imigração, escravização dos povos africanos é poder está disposto a trocar e aprender lições para a vida que talvez nunca foram contadas na escola.  

8 — África é Rica 

A África além de riqueza cultura, de pessoas afetuosas, do espírito mútuo, da coletividade e obviamente das riquezas naturais. É possível encontrar um país rico em desenvolvimento em muitas áreas.

As capitais são muito desenvolvidas assim como as Províncias/Estados possuem poder possibilitando autonomia nas suas fontes de renda e desenvolvimento local.

É possível encontrar pessoas com ótimas condições de vida. Um exemplo prático que gosto de compartilhar, África do Sul, por exemplo, em algumas cidades são possíveis encontrar UBER assim como Moçambique, app de táxi.

Hotel Emerson Spice - em Zanzibar - Tanzania
Hotel Emerson Spice – em Zanzibar – Tanzania

Os países têm buscado acompanhar o desenvolvimento mundial. 

9 — Previna-se contra a Malária

Em primeiro lugar, é importante lembra malária é endémica na maioria desses países! Então, já anote, repelente nunca é D+, é aquele amigo para todas as horas e obviamente procure repelentes específicos para viagens.

Outra dica importante é beber a água tônica com quinina. Que nada mais é um alcaloide de gosto amargo que tem funções antitérmicas, antimaláricas e analgésicas, há estudos e relatos que a ingestão de uma lata diária previne malária, sendo assim, não custa acreditar. 

Outra dica importante, caso a sua viagem seja maior 30 dias, há quem arrisque o uso da profilaxia antimalária. Mas lembre-se é importante sempre conversar com o seu médico sobre essa opção. 

Ao mesmo tempo, se contrair malária é o seu maior medo para não viajar à África. Vou dizer-lhe que temos a Dengue no Brasil, que também mata se não tratada em imediato assim como a malária. Muitos desses países têm sistema de saúde excelente e com profissionais muito bem qualificados, África do Sul e Angola.

10 — Beleza Natural 

África e os seus encantos! Quando viajamos queremos lugares paradisíacos, lindos, certo? E se possível na sua maior diversidade que são montanhas, praias, lagos, savana, cachoeiras, cataratas e deserto.

Há atividades para todos os gostos assim como a junção destes no mesmo local. Fazer a combinação de beleza natural com os esportes radicais são muito comuns assim como o maior Bungee Jump de ponte do mundo na ponte Bloukrans. A Victoria Falls, maior catarata e atração turística da África Austral. 

Rebecca Alethéia e Sonia Regina (mãe) viajando por Moçambique na Ilha de Moçambique
Rebecca Alethéia e Sonia Regina (mãe) viajando por Moçambique na Ilha de Moçambique

O tal Safari e passeios marítimos

O safari sempre está entre as atividades mais famosas pelos seus belos animais da selva. Existe a possibilidade de ser feitos na maioria dos países citados, mas destaco 3 são eles: o Kruguer Park (África do Sul), Chope Nacional Park e/ou Okavango Delta, (Botsuana) Gorongosa (Moçambique) são alguns dos lugares desfrutar na África Austral.

Assim como, tem-se a possibilidade de ver pinguins, focas, tubarões e as baleias que no mês de julho encantam os mares do sul ao norte da costa do oceano índico.  Indico um mergulho na praia do Tofo em Moçambique é de tirar o folego.

Safari em Botsuana - Sinceramente um dos mais lindos que já vivenciei na vida
Safari em Botsuana – Sinceramente um dos mais lindos que já vivenciei na vida

Espero que essas dicas tenham sido importante para que possa realizar o seu sonho de viajar pela África e neste caso a Austral ou simplesmente entrar na sua lista dos sonhos. 

Por fim, te convido a acompanhar os destaques do instagram sobre esses países no meu instagram Rebecca Aletheia.

Mulheres negras viajantes e a sua (R)existência no mundo

Aqui quem vos escreve é Rebecca Alethéia, uma mulher negra viajante e cidadã do mundo que neste momento encontra-se na estação ferroviária de Caia, Província de Sofala — Moçambique e retrata mulheres negras viajantes.

Pensar em mulheres negras viajantes como forma de (R) existência é praticamente impossível não conseguir retratar este cenário do qual estou vivenciando, a ferroviária.

Estação de Caia – Moçambique

Talvez você não saiba que Moçambique tem caminhos de ferros que ligam boa parte do país  e que funcionam muito bem, seguros e confortáveis. Decidi encarar essa viagem de comboio para realmente poder ter essa experiência de trem (comboio, como eles chamam por aqui).

Uma curiosidade é que existem muitos trens funcionais por países na África assim como já falei num vídeo no YouTube: trem na África do Sul.

As Mulheres negras viajantes e a sua (R) existência no mundo é algo milenar, tentarei contextualizar melhor sobre. Neste exato momento são quase 3 horas da manhã e adivinha?  O trem que iria passar as 22horas atrasou, a previsão de chegada é as 5 da manhã.

A quantidade de mulheres me impressiona, mulheres de todas as idades, todas as religiões, solteiras, casadas, divorciadas e as viajantes com filhos. Engana-se quem pensa que as mulheres negras não viajam ou que apenas viajam as que tem dinheiro. Seguiremos viagem juntas por mais de 10 horas para a cidade de Tete – Moçambique. Esse é o meio mais barato e seguro.

As mulheres africanas trazem consigo particularidades, andam sozinhas, porém sempre juntas. Ela pode vir só, mas irá se juntar à la outras mulheres no intuito de serem mais fortes, de terem apoio, de uma proteger a outra.

Existem muitas mães com os seus filhos, a madrugada sempre é a hora da mamada das crianças, não me impressiona ver muitas delas despertando com uma leveza para dar de mamar aos seus filhos, com uma naturalidade que não há choro, gritos. O único som que ecoa é do bar próximo da estação de trem, que não abala a dormida coletiva na ferroviária.

Dormir no chão é um hábito africano, o sono vem e deitar no chão não tem sido problema, as mulheres para lá de prevenidas colocam a sua capulana no chão, assim como se enrolam com outra capulana para barrar a brisa da madrugada e se proteger dos insetos.

Trazem consigo as suas malas, cestas, trouxas e todos os itens necessários para a sua viagem. sinto-me em um cenário de filme de Hollywood ao ver na madrugada casais de jovens namorados a caminharem pelo trilho a se flertarem e esperarem o trem. Ela vai partir e ele irá ficar…

Existem 3 classes neste trem, 1ª, 2ª e 3ª. Infelizmente as pessoas só têm condições de comprar a terceira classe, mas te digo que a primeira já está cheia. O trem é o meio mais barato de locomoção e para  essas mulheres o que importa é chegar.

No mês em que fazemos alusivo ao dia  internacional da mulher, escrevo esse relato de  história real de mulheres negras viajantes que talvez não seja instagramavel ou ganhadora de milhões de likes, mas que elas estão a se mover, percorrer e pertencer. Não é de hoje, é milenar, mulheres negras viajantes  existem, resistem diariamente pelas estradas, rodoviárias, ferroviária e avião.

As nossas vidas são diferentes e precisam ser tratadas com diferenças, especificidades e cuidados, por esses e outros motivos por conhecer que a trajetória de uma mulheres negras tem o seu diferencial e trás consigo muita ancestralidade, os países  africanos e continentes nomearam datas específicas para as mulher negras, além do dia 8 de março, por reconhecerem suas particularidades são elas:

30 de Janeiro — Dia da Mulher Guineense em homenagem a Titina Sila, a mesma lutou ao lado de Amilcar Cabral pela Independência da Guiné-Bissau. Foi morta em uma emboscada em 1973. Em sua homenagem, e as outras mulheres que combateram pela independência do país, foi instituído no aniversário da sua morte pelo dia Nacional da Mulher Guineense.

2 de Março – Dia da Mulher Angolana, celebra-se o reconhecimento ao seu papel empenhado na luta de resistência do povo angolano contra a ocupação colonial portuguesa.

Negras viajantes angolanas

7 de Abril — Dia da Mulher Moçambicana, aniversário de Morte de Josina Machel, segunda esposa de Samora Machel primeiro presidente de Moçambique, Josina Machel se juntou à luta armada de libertação ainda jovem e considerada uma heroína de Moçambique.

25 de Julho — Dia da mulher negra latino americana e caribenha, uma data para rememorar a luta de mulheres negras latino-americanas e caribenhas para uma sociedade mais justa. É dia para se relembrar a história de Tereza Benguela, líder quilombola símbolo da resistência contra escravização.  

31 de Julho – Dia da Mulher Africana — este dia foi consagrado no ano de 1962 para a reflexão do papel da classe feminina de África na sociedade.

9 de Agosto — Dia da mulher Sul-Africana, essa data surgiu no ano de 1956 quando mais de 20 mil mulheres sul africanas de todos os pontos do país marcharam em direção ao Union Buildings (Palácio Presidencial em Pretória e Sede do Governo) em protesto contra a extensão das leis que restringia o movimento das mulheres.

Nesta ferroviária, são diversas histórias em um único cenário e consequentemente aqui está sendo escrita a minha história de vida, uma mulher negra viajante que (R) existe e que veio trabalhar como voluntaria em Moçambique, com uma mochila nas costas, vivenciando experiências em casas de família que sempre foram muito afetuosas e cuidados para comigo.

Agora eu preciso ir porque o trem acaba de chegar e irei embarcar, embarque você também nessa viagem.

Rebecca Aletheia embarcando na viagem de trem em Caia Moçambique

https://www.instagram.com/rebeccalethei/

Este texto teve a sua publicação no Jornal da Folha de São Paulo, deixo o link para que possa apreciar.

https://checkin.blogfolha.uol.com.br/2020/03/04/mulheres-negras-viajantes-existem-e-resistem-pelas-estradas-diz-enfermeira/

Sugestões de viagens para 2020 e 2021

O ano já começou e já planejou a sua viagem ou viagens para 2020 ou 2021, nós da Bitonga Travel daremos algumas sugestões de lugares para você se planejar e embarcar em vivências e experiências prá lá de especial, estão preparados?

Não vale arranjar desculpa de que não gosta de viajar sozinha/o as opções são grupos de viagens, assim você poderá viajar muito bem acompanhada/o. 

E uma dica, quando você fechar qualquer viagem, mencione que foi indicação da Bitonga Travel e você irá receber um brinde ou desconto, vamos? 

Março – Viagem para 2020

Plana Vivências – Vivência no Quilombo “Prosa & Farinhada”

Plana Vivências
Plana Vivências

Destino: Quilombo da Fazenda  

Data: 20 a 22 de março (chegada sexta a noite e retorno domingo a tarde)

Local: Quilombo da Fazenda, Picinguaba, Ubatuba/SP

Valor: R$ 450,00 à vista (consulte opções de parcelamento)

Inclui: Duas noites de hospedagem coletiva em casa familiar; refeições completas (café da manhã, almoço, lanche da tarde e jantar); atividades da programação com monitores locais; e acompanhamento da equipe da Plana.

Reservas: http://bit.ly/pre-reserva-viv

https://www.instagram.com/planavivencias/

BRAFRIKA – Viagens

Brafrika - Viagens
Brafrika – Viagens

Destino: Expedição Palmares – Maceió De 20/03/20 – 24/03/2020 Chegada em Maceió, encontro no Aeroporto de Guarulhos para embarcar com destino a Maceió. Oportunidade de nos conhecer, conversar sobre nossas histórias até esse momento, e construir laços de afeto! Chegando em Maceió, teremos traslado até o hotel.

Reservas: https://brafrika.com.br/

https://www.instagram.com/brafrika_viagens/

Rotas Viagens e experiência

Viagens Julho 2020

Rotas Viagens e Experiência 

Rotas Viagens e Experiências
Rotas Viagens e Experiências

08/07 a 12/07 Serra Gerais -TO

Camila da Silva França Souza

Redes sociais – Instagram – @rotasviagens_experiencia

WhatsApp – ‪(11)97958-7378‬ 

E-mail – rotasviagensetrilhas@gmail.com

Viagens Setembro 2020

Brafrika – Viagens

Pacote Saara – Marrocos

https://brafrika.com.br/f/pacote-saara-%E2%80%93-marrocos—6-dias

Duração: 6 dias e 5 noites – Valor Terrestre e Aéreo: R$ 4.670,00  

Incluso no valor: Passagens aéreas saindo de São Paulo, Hospedagens, passeios e refeições mencionadas.

Data: Saída dia 21 de Setembro e volta dia 27 de Setembro. 

Keep Travel Viagens

Keep Travel
Keep Travel

Pacote Cartagena

Pacote inclui: Passagens aérea saindo de São Paulo, 9 diárias de hospedagem com café da manhã no hotel Cartagena Plaza, Transfer In & Out + 3 passeios incríveis

Mais informações: (37)3402-0268

https://www.instagram.com/keeptravelviagens/

https://linktr.ee/Keeptravel

Viagem Outubro – 2020

Rotas Viagens e Experiência 

08/10 a 14/10 ou 22/10 a 28/10 Deserto do Atacama – Chile 

Camila da Silva França Souza

Redes sociais – Instagram – @rotasviagens_experiencia

WhatsApp – ‪(11)97958-7378‬ 

E-mail – rotasviagensetrilhas@gmail.com

Viagem Novembro 2020

Brafrika – Viagens

AFROPUNK Brasil

Festival dia 28 e 29 de Novembro de 2020 em Salvador – Bahia

https://brafrika.com.br/

Viagem – Janeiro 2021

Destino Afro

Destino Afro
Destino Afro

Viagem Afrocentrada – Maputo Moçambique  

09 a 17 de Janeiro de 2021

Quer saber todos os detalhes, descrição detalhada no link abaixo. 

https://shoutout.wix.com/so/cfMxI-2b6?cid=00000000-0000-0000-0000-000000000000#/main

Carina Santos

Fundadora da Black Travelers

Telefone: 21 95905-4077

Instagram: @destino.afro @blacktravelers

Email: destinoafro@gmail.com

https://www.blacktravelers.com/

Destino Afro

Bom por hora é só, acredito que se você estava precisando de uma inspiração para sua ou suas viagens 2020 e/ou 2021, espero que esse cronograma tenha valido a pena.

Essas empresas são geridas por mulheres negras e acreditamos que potencializar o trabalho de mulheres negras é importante para uma sociedade mais igualitária.

Leia também…

2 Dicas úteis para uma chegada harmoniosa e linda no Rio de Janeiro

Ir ao Rio de Janeiro e ter uma chegada harmoniosa já sabendo todas as dicas que talvez não encontrará em lugar nenhum e que irão fazer toda a diferença na sua viagem. Desde o melhor lugar para sentar no avião e desfrutar a cidade maravilhosa do topo até como conseguir pegar um Uber na região da rodoviária e aeroporto.

Por isso eu gostaria de contar o que ninguém nunca me contou e se eu pudesse dar duas dicas tanto de avião quanto de ônibus, seriam essas:

Dica 1 – Chegada de Avião Rio de Janeiro

Caso vá de avião a dica é: O melhor aeroporto para estar próximo de tudo é o Santos Dumont.

Se vc está vindo de SP, vá na janelinha do lado direito! Essa dica é infalível você irá ter uma vista privilegiadíssima dos pontos turísticos do RIO, tipo um BEM VINDO SUPER LUXO!

Foto do Cristo Redentor no Rio de Janeiro - Dica de chegada de avião
Rio de Janeiro – Cristo Redentor – Foto do Arquivo Pessoal de Rebecca Aletheia

Ao chegar no aeroporto o UBER não param na área de desembarque, a dica é: vá até o shopping Bossa Nova e solicite um Uber de lá, você não terá dor de cabeça.

Dicas 2 – Chegada de ônibus na Cidade Maravilhosa

Ao chegar na rodoviária e caso for pedir um UBER/99taxi, ao solicitar o carro todos param na área de embarque e não desembarque. você poderá ficar horas perdida procurando seu UBER assim como ter a sua viagem cancelada por diversas vezes a dica é: dirija-se ao posto de gasolina que encontra-se ao lado do VLT. É garantido que você irá conseguir pegar o seu UBER/99.

Ao chegar na cidade maravilhosa para uma chegada harmoniosa é possível se locomover através dos meios de transporte:

Tem um terminal de ônibus municipal assim como a possibilidade de pegar o VLT. Vale arriscar e curtir o Rio de Janeiro através dos meios de transporte público eles são seguros.

Foto do VLT no Rio de Janeiro - Dica de chegada de avião
Rio de Janeiro – VLT- Foto do Arquivo Pessoal de Rebecca Aletheia

Atente-se ao uso de celulares na região da rodoviária. Você estará muito vulnerável.

Após essas dicas de chegada harmoniosa, desfrute a cidade maravilhosa chamada Rio de Janeiro espero que seja uma viagem incrível, desfrute.

Vá viajar faça a sua cotação de seguro viagem com 5% de desconto pela #BitongaTravel

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Navio Naugrafado - Praia do Estoril Beira

21 lugares para visitar na Beira – Sofala Moçambique

Após viver 1 ano na Beira, Província de Sofala – Moçambique, deixo a minha singela contribuição de 21 lugares para visitar na Beira.

Leia também: Afroturismo: 5 Destinos Internacionais para Conhecer em 2023.

Talvez muitos moçambicanos e estrangeiros não consigam enxergar tanta beleza na Beira, portanto compartilho um pouco de lugares para se visitar na Beira.

1. Estação de comboio CFM (Caminhos de Ferro de Moçambique

Estação de Comboio CFM - Beira
Estação de comboio CFM (Caminhos de Ferro de Moçambique) Beira

As estações de ferro de Maputo não deixam a deseja, quem já visitou sabe muito bem do que estou falando e na Beira não é diferente.

Esta linha ferroviária liga os distritos de Sofala e as Províncias de Tete e Quelimane. Caso queira ir à outro distrito encontre informações completas site da CFM.

Em frente a estação de trem/comboio é cenário das manifestações e celebração de grandes datas festivas como dia do trabalhador, shows e eventos.


Ao lado esquerdo é possível encontrar o Porto da Beira onde faz todo o recebimento e envio de cargas e produtos vindo de boa parte do mundo.

2. Campo de futebol do Ferroviário da Beira

Bilheteria do Clube Ferroviário da Beira
Bilheteria do Clube Ferroviário da Beira


Aos amantes de futebol como eu, não podem deixar de ir ao Clube Ferroviário da Beira, cenário de grandes clássicos e ser movido pelo som dos batuques pela torcida organizada.

É lindo ver mulheres tocando assim como vibrando por cada passe de bola.

A entrada principal ao campo assim como a bilheteria e a loja de venda dos produtos esportivos dão mais charme ao Caldeirão do Chiveve.

3. Pavilhão de desportos do Ferroviário da Beira

Clube desportivo do ferroviário da Beira
Clube desportivo do ferroviário da Beira


Como parte do complexo esportivo, nem só de futebol vive o esporte, nesta área irás encontrar a quadra de futebol de salão, basquete, volei entre outros. Se calhar poderá desfrutar de shows neste espaço.

4. Praça do Município


A praça do Município é como ir à Cuba, nos finais de semana o local é marcado pelas fotos casamentos, noivas, noivos, madrinhas e padrinhos vestidos de capulana.

Dá para inspirar em looks magníficos assim como se animar para casar ou renovar os votos.

A praça conta com chafariz ligado e o melhor dia é ir nos finais de semana, durante a semana a praça é comercial.

5. Mercado Chaimite

Rebecca Alethéia e Fernando Marcelino no Mercado Chaimite
Rebecca Alethéia e Fernando Marcelino no Mercado Chaimite


Sabe aquele mercado municipal que são para as compras desde alimentícios, artesanatos e roupas? Aqui é o lugar, você poderá comparar artes esculpidas na madeira.

O Senhor David sempre me recebeu bem em sua loja assim como me mostrou muitas artes moçambicanas e fazer preços ótimos para aquelas lembranças de todos os lugares de Moçambique.

6. Banco de Moçambique


Ao sair do Mercado, passe em frente ao Banco de Moçambique um belo cenário de arquitetura do tempo da colonização por essa área ou zona como dizem os Moçambicanos,.

Atenção é proibido tirar foto do banco.

7. Casa dos Artistas

Casa do Artista - Beira
Casa do Artista – Beira


Antes de chegar na casa do artista na rua de trás, próximo da esquina você encontrará um mural de mostrar uma arte que tem na parede sobre a província de Sofala.


Na casa dos Artistas é possível encontrar exposições, eventos, filmes e feiras neste lugar. Um ótimo local para visitar na cidade e tem a possibilidade de fazer eventos por lá.

8. Muralha

Eu sempre digo que o meu lugar favorito para contemplar o por do sol é na Muralha, ver o sol inteiramente no mar e os navios entrando e saindo do porto tornam o cenário ser cena de filme.

9. Casa de Cultura

A Casa de Cultura da Beira o polo cultural, logo na entrada você irá se deparar com o mural épico de Malangatana – Valente Ngwenya “Vovó Xipangara está Zangada” pintado em 1970 restaurado em 2016.


É neste lugar que você irá encontrar aulas de dança, capoeira, moda, canto, artesanatos, gastronomia.

10. Rua das árvores na Ponta Gea

Rua Eduardo Mondlane - Ponta Gea - Beira
Rua Eduardo Mondlane – Ponta Gea – Beira


Localizada na Rua Eduardo Mondlane, rua da catedral, você irá estar na rua mais linda da Beira na minha concepção onde as árvores tomam conta de uma ponta à outra, a arquitetura da rua também não deixam a desejar, vale à pena caminhar por essa rua.

11. Catedral

Catedral da Beira
Catedral da Beira


A charmosa catedral da Beira também é um ponto a ser visitado na cidade, paragem obrigatória.

12. Universidade Católica de Moçambique


A UCM como conhecida está situada na GEA deixando como um ponto a ser contemplado ou ver a agitação dos estudantes pela área. Uma bela arquitetura.

13. Colégio Acadêmico / Escola Portuguesa

Colégio Acadêmico da Beira
Colégio Acadêmico da Beira


Conhecido por um ou pelo outro nome estão todas na mesma praça e rotunda. Vale a pena dar uma passada por lá, alias é caminho

14. CUCA

Mural do CUCA - Beira
Mural do CUCA – Beira


Centro Universitário de Cultura e Arte – CUCA, é um prédio da universidade que como o próprio nome já diz tem uma belissima fachada

Teu convido para que vá admirar o mural que tem ao lado do prédio, você irá encontrar com essa arte da foto.

15. Grande Hotel

Grande Hotel
Grande Hotel


O Grande Hotel Beira foi um hotel de luxo localizado na cidade da Beira, em Moçambique, funcional entre os anos de 1955 e 1963.

Após esse período, continuou sendo utilizado durante a década de 1960 como um centro de conferências, bem como sua grande piscina. Durante a Guerra Civil de Moçambique (1977-1992), contudo, tornou-se um campo de refugiados.

Atualmente, o antigo hotel está ocupado por cerca de 3.500 pessoas[1] que vivem em condições precárias.


Recomendo o documentário Hospedes da Noite de Licínio Azevedo o cineasta moçambicano retratando essa história.

16. Orla Miramar – Rua do Miramar


No fim da tarde poder passear pelo Miramar e contemplar o belíssimo por do sol é um ótimo lugar para os dias quentes de verão. Você encontrará sempre movimentada aos finais de semana de dia e de noite

17. Praça da Independência


A praça da Independência com a estátua de Samora Machel fazem parte também da cidade trazendo lembranças de um passado recente.

18. Mesquitas


As religiões em Moçambique são algo que vivem em harmonia e dão lugar a fé e sincretismo à todos.

As mesquitas dão destaque para a cidade, assim como no percurso da praça da independência ao Estoril você irá encontrar duas belíssimas mesquitas.

19. Estoril – Farol

Farol do Macuti
Farol do Macuti


O Farol da cidade nas cores vermelha e branca é possível ser avistada pela rua principal sentido praça da independência ao Estorial, chama atenção por si só, porém tem que pedir autorização para subir à secretaria de turismo e é gratuita a entrada.


Este farol foi construído em 1920, atualmente não está em atividade devido ao ciclone IDAI, porém é possível subir e visitar.

São 108 degraus mas tem uma vista que como diriam os moçambicanos, ANIMA!

20. Navio naufragado

Navio Naugrafado - Praia do Estoril Beira
Navio Naugrafado – Praia do Estoril Beira


Logo à frente do Farol ou atrás depende do ponto de vista você irá encontrar um navio naufragado, que há quem diga que foi antes de 1956, mas a data exata não se tem…

Um ótimo cenário para belas fotografias.

21. Txilar no Estoril

Chegando no 21º lugar para se visitar na Beira, nada mais justo do que sentar em uma barraca e txilar, o Estoril é local mais famoso pela carne de porco, eé possível encontrar outras opções de comida na brasa e com o delicioso tempero moçambicano.

Provar as cervejas do país como Manica, 2M, Txilar e a Impala – o sabor das nossas machambas da Machamba – Impala de milho ou de Mandioca vale a pena experimentar.

Após escrever esse extenso roteiro, 21 lugares para se visitar na Beira, deixo o contato de 2 Xhopelistas que irão te auxiliar a realizar esse roteiro de um lado.

Assim como o meu vídeo no canal do Youtube percorrendo por esses pontos turísticos da cidade.

Rebecca Aletheia em um tour pela Beira

Gastos e custos de um mochilão por 6 países da África Austral

Rebecca Aletheia na Mafalala painel de arte Tufo da Mafalala

Me chamo Rebecca Alethéia e realizei um mochilão de 17 dias pela Africa Austral e compartilho aqui os meus custos de viagem.

O meus custos e roteiro pela África Austral começou por Maputo uma vez que vivo na Beira na região Central de Moçambique.

Primeira parada Maputo – Moçambique


O meu objetivo de viagem era curtir festivais e contato com a natureza. E nada de coincidência eu escolhi o final de semana que haveria o maior festival de música de Moçambique o AZGO.

Fiquei na casa de uma amiga no final de semana onde os gastos foram bem poucos apenas com alimentação.

Rebecca Aletheia com a cantora Moonchild Sanelly


Deixo aqui um vídeo do festival e 2 relatos que eu escrevi como foi estar e viver esse festival.

9° festival Azgo – Moçambique

Azgo 9° festival – festival internacional de música em Maputo/Moçambique

Azgo Let’s Go na Mafalala – 2019

Depois disso parti para a Swazilandia que eu também tenho um relato de viagem como é chegar até a Swazilandia atualmente conhecida como Eswatini de ônibus, eu ia de Van.

Preciso dizer que de van eu gastei R$25,00 até a capital do país e indo no modo roots que foi desta vez eu gastei R$4,65 pegando 2 ônibus, atravessando a fronteira, depois de lá eu deveria pegar uma van e pagar R$20,00.

Talvez você pense que foi o mesmo valor por conta disso de aquilo mas comparado com o tempo e com a facilidade a segunda opção me foi a melhor em relação a tempo.

Segunda parada Eswatini


Depois fiquei em Eswatini em couchsurfing o que também não tive gastos com hospedagem, no final de semana estive no maior festival de música da África que foi o BUSH FIRE que sinceramente um excelente festival do qual eu recomendo muito a ida.

Eu fiquei hospedada em camping do evento da qual eu já tinha pago transporte, alimentação, entrada do festival e acomodação que no total foram R$800,00 e eu já tinha adquirido à 3 meses, então esse gasto pode tirar da lista.

Rebecca Aletheia no festival Bush Fire em 2019


Terceira parada África do Sul

De Eswatini para a África do Sul eu fui de carona, ou seja, custo zero!

Chegando em Pretória fiquei hospedada na casa do pessoal que me deu carona e que no dia seguinte me levaram até o aeroporto, o que era muito próximo.


Eu sempre considero os custos de transporte o mais caro, então estou frisando bem os valores, assim como muitas pessoas me ajudavam e eu pegava carona até alguns lugares, mais uma vez custo ZERO!

Obviamente quando eu digo custo zero eu não me importo em pagar um almoço/jantar, ser cordial ou dar uma lembrança do meu país para essas pessoas, independentemente se elas me darão algo ou não.

Quarta parada Victoria’s Fall – Zimbabwe


Victoria’s Fall que era o meu próximo destino eu fui de avião e paguei na passagem USD110, ou seja, R$450,00 na época.


No Zimbabwe eu tive problemas de comunicação com meu couchsurfing o que resultou em eu não ter estadia e tive que procurar uma hospedagem pela cidade.

Fui em uma agência de viagem que indicava hotéis luxos e/ou pensões caríssimas, não era pra mim, até eu dizer que não tinha dinheiro para pagar mais de 15 dolares por dia, no final minha hospedagem saiu por USD13,00 por dia foi na Victoria Falls Backpackers Lodge.

Recebi um desconto, sem eu pedir mas que foi fantástico, acho que era porque não tinha quase nenhum hospede e dormi em um quarto sozinha e foi lá em que eu fiquei alguns dias, a localização era ótima e eu fazia tudo andando sem medo de ser feliz.

fui à Zambia andando e depois de lá eu peguei um carro, fiz uma day trip por lá porque eu realmente queria curtir mais o Zimbabue.


Em Victoria’s Falls eu também me dei o luxo de andar de helicóptero, que eu também tinha feito economias para sobrevoar pelas cataratas e foi um dos minutos mais caro da minha vida, mas foi lindo, eu via manada de elefantes, bufalos, hipopótamos do céu.

Eu considerei como um safari áereo, ahh foi de mais. Paguei USD150 dolares para o voo de helicoptero de 13 minutos.

Rebecca Alethéia passeio de Helicóptero pela Victoria’s Fall 2019

Quinta parada – Livingston Zambia

Ao atravessar a fronteira você terá os gastos se quiser ir pra Livinstong terá que pegar um taxi que sinceramente são caros, mas vou te dizer se o taxista for gente boa ele vai parando e mostrando tudo, foi o que eu fiz!

A passagem do taxi custou 20 dolares cada trecho, ou seja, cara para o meu orçamento, mas eu fui, e realmente a cidade é linda, vale a visita.

Sexta parada Chope – Botswana


Eu também fui pra Botswana que foi uma day trip em Chope naqueles valores que tem tudo incluso, sinceramente ouvi muitas recomendações sobre esse safari que era no barco e depois em uma 4×4.

Muito bonito, era minha quinta vez em um safari e eu jão não estava mais tão animada mas mediante as recomendações eu fiz, é foi incrivel! Recomendo.

Esses passeios são “caros” onde iremos ter o maior gasto mas que eu sinceramente acho que vale a pena, tive um almoço delicioso e um passeio bem organizado.

O passeio em si foi USD150 dolares. (Sou contraditória nos valores não quero pagar 40 dólares no táxi mas pago 150 em um passeio, mas contando que tenho tudo incluso, vale o passeio)

Rebecca Alethéia no Safári de barco em Chope – Botswana

Bom depois disso foram os gastos com a entrada dos parques do lado do Zimbabue e do lado da Zambia, sim eu entrei nos dois.

Eu tive um guia no lado da Zambia, eu não queria/podia pagar relutei muito mas o senhor Leonardo foi muito gentil, uma graça, ele não me cobrou nada e quando eu fui pagar ele não aceitou, mas mesmo assim eu paguei.

Rebecca Alethéia se banhando na cataratas da Victoria’s Fall lado Zâmbia.

Sétima parada Harare – Zimbabwe


Fui a capital Harare de ônibus, viajei pela noite toda ou seja uma estadia gratuita, em harare fiquei em um hotel por conta do problemas com o cartão que eu contei em postagens ateriores, mas que tinha hosteis por 25 dolares.

Fiz a minha volta de onibus até Mutare uma região montanhosa do Zimbabue na fronteira com Moçambique da qual eu atravessei.

Oitava parada Mutare – Zimbabwe

Rebecca Alethéia em Mutare

Nona parada Chimoio – Moçambique

Conseguir uma carona até Manica – Moçambique e uns amigos que estavam em Chimoio – Moçambique vieram me buscar e assim desfrutamos chimoio e depois partimos viagem ao meu destino de origem. Beira- Moçambique.

Rebecca Aletheia subindo cabeça de velho em Chimoio


O custo da alimentação saia em média R$30,00/R$50,00 lembrando que muitas/algumas vezes eu pagava a minha e a da outra pessoa. Eu não sou regada ao álcool o que também facilita poupar alguns gastos e considero 2 refeições muito importante o café da manhã e um almojanta no final de tarde.


Essa foi a aventura e os meus custos de viagem pela África Austral. Os maiores gastos estão com o alojamento e transporte e como eu me dei alguns luxos à minha viagem, paguei antes, durante a viagem tudo custou 1000 dólares.

13 coisas imperdíveis para fazer na Bélgica

Preciso dizer que eu nunca pensei em visitar a Bélgica e quando recebi o convite para visitar a Bruxelas eu tinha em mente queria conhecer algo que fosse além do monumento Atumium.

Como expert em viagem a primeira o meu obviamente foi : não pesquisar nada sobre o país e sobre o que fazer. Ahh gente, eu sou dessas, gosto da realidade nua e crua! Bom na minha concepção a Bélgica é linda, maravilhosa, charmosa… Talvez eu esteja exagerando ou que estou anestesiada por ser a última viagem e mude minha opinião daqui alguns meses/anos, mas tenho várias amigas e amigos que compartilham da mesma opinião que a minha.

Isso não quer dizer que eu vou me mudar pra lá ou que eu queira morar, a diferença é que eu AMEI e isso é o mais importante.

Rebecca, chega de blá, blá, blá e conte pra gente o que realmente te fez AMAR tanto a Bélgica, segura a emoção que eu já conto para vocês.

1. Royal Museum of Central Africa – Recém reaberto o museu africano da África Central localizado em Teruven, um museu fantástico e muio bonito. Preciso dizer que foi o primeiro lugar que eu fui em Bruxelas, quer dizer o primeiro lugar oficial, porque vida de viajante tem passeios de rodinhas logo na chegada e eu bonita estava lá pelas ruas principais da cidade já enamorada. Mas vamos falar do museu que tem uma arquitetura magnifica, fica em um jardim explendido e uma exposiçào e obras ao ar livre e dentro que valem muito a pena conhecer, se tiver um tempinho vale a ida.

Encontro de negras viajantes em Bruxelas com Katia, Rebecca Aletheia,

2. Comer e beber tenha como lema nessa viagem e não vai precisar de muito se você for pelas comidas de rua então bora saborear Batata frita Belga, o país de origem das idolatradas batatas fritas.

3. Aos amantes e não amantes de waffles minha nossa, você vai ficar hipnotizado só com os cheiros, com as vitrines de waffles, eu queria comer toda hora.

4. País dos chocolates, ahhhh vc come, bebê, respira e vê chocolate a todo momento. Parece um mantra chocolatico.

5. Comer o prato típico da Bélgica que vale a pena comer é o Carbonnade Flamande sinceramente delicioso, carne vermelha cozinhado na cerveja, é isso, cerveja até na comida.

6. As cervejeiras e cervejeiros, aqui é a sua praia, o local onde cerveja é o que não falta. Preciso dizer que eu não sou uma pessoa regada à bebida álcoolica, cheguei no dia em que tinha um festival de cervejas na cidade e era quase um convite à degustação das famosas cervejas belgas. Sinceramente são ótimas, acho que o que faz ficar mais gostosa ainda são os copos super refinados para a bebedeira.

Vou deixar aqui o roteiro de cervejas que eu recebi do Gnomo – #VAICORINTHIANS – de um amigo que a esposa pediu para ele fazer para que eu tivesse o roteiro cervejeiro, e que foi muito bom e vale a pedida. Eu iniciei meus trabalhos com as cervejas com frutas vermelhas, eram deliciosas. Mas agora já posso dizer que eu bebo cerveja porém preciso dizer que fiquei enjoada, só bebo cervejas Belgas e na Bélgica.
https://rebeccaaletheia.wixsite.com/rebecca/post/roteiro-cerveijeiro-b%C3%A9lgica-especial-para-rebecca-aleth%C3%A9ia


7. Caminhar pelas ruas – foi o que houve de mais surpreendente pra mim, porque a cada caminhar era um encontro com uma arte de rua, o jardim botânico magnífico, igrejas, monumentos, residências, bares, restaurantes, biblioteca, lojas, pessoas e por do sol magnífico.

Rebecca Aletheia pelas ruas de Bruxelas

8. O por do sol na praça da Justiça – Ahhh que incrivel, foi tão lindo, eu fiquei hipnotizada e escolhi como meu ponto secreto, para ficar por horas admirando o nada e pensando na vida. Tive sorte de ter uma roda gigante para poder admirar a cidade e poder contemplar o por do sol e a vista da cidade. Sem palavras.



9. O Bairro Matonguê – A Bélgica colonizou a República Democrática do Congo e cerca de 100 mil pessoas com raízes africanas vivem em Bruxelas, o que é quase 10% da população da capital da Bélgica. A maioria veio das ex-colónias belgas – República Democrática do Congo e Ruanda. Outros, de países do Oeste Africano – como Senegal, os Camarões e Burkina Faso. Todos eles encontram um pedaço de casa em Matonge, que é também o nome de um bairro da capital do Congo, Kinshasa. Esse é o bairro que você se sente imerso na vida e comunidade africana, encontrará ótimos restaurantes africano, pessoas fantasticas, música ao vivo, bares com uma boa conversa que certeza se falará sobre África, roupas, tecidos.

Rebecca Aletheia no bairro Matonge

10. Vista panorâmica da Basílica – não teve preço, para ser sincera eu fui andando coisa de 3km do hotel até chegar por lá após ler um blog de viagem o que fazer, relatavam ser gratuito entrar na igreja e que era linda, quando eu cheguei tinha indicações da visita panoramica e eu fui bem pomposa ver tudinho de cima, e é lindo, eu comecei a gritar horrores de tão lindo ver a cidade de 360 graus.

Rebecca Aletheia na vista panorâmica da basílica


11. Visitar Brugge e Gant – Ahhh e quem acha que Bélgica se resume em Bruxelas se enganou, eu também nem sabia desses paranauê. Preciso dizer que essas cidades tinha um charme e um glamour que falava por si só. Eu amei tudo e pra ficar melhor eu fiz o passeio da cidade de Brugge com a melhor guia de viagem Graça da Luz glntourisme@gmail.com uma guia brasileira, baiana, negra, inteligentíssima contando todos os detalhes da cidade e do país. Super recomendo essa visita com essa joia rara que existe em Bruxelas, aliás teria que ter um tópico só para ela. Uma dica ouro, aos sábados as passagens são metade do preço!! Paguei como 10 euros ida e volta em uma viagem de trem. Ahhh essa é a outra recomendação vá de trem.

A belíssima Brugge e Rebecca Aletheia



12. Falar francês pelas ruas da Belgica – Je ne parle pas francais mas eu me sentia falando as palavras básica Bonjour, Merci, Pardon … Aquele glamour do francês que nós sabemos o básico do básico e básico.

13. Ir à Happy Hour na Praça Luxemburgo um ótimo lugar para se encontrar bebendo, dançando e conhecendo pessoas até o dia raiar em plena quinta-feira, faça chuva ou faça sol é o point da galera.

Para não dizer que não falei das flores, deixo aqui os monumentos imperdíveis e clichês que tem que ir e eu tenho certeza que você vai ler ou ao dar uma busca em Bruxelas e vai encontrar e a dica de ir ao Atomium, Grand Place que todos os dias estará sempre movimentado e no final de semana uma atração para se deliciar, Catedral, Galeries Royales, Jardin du Mont des Arts, jardim botânico, Palácio Real de Bruxelas…

Rebecca Aletheia sarrando no atomium em Bruxelas

Espero que tenham gostado e que você possa curtir essa dica.

7 Caminhadas Negras no Brasil que você não pode perder em 2020


Conhecer a nossa história, aquelas muitas às vezes nunca contada nos livros e muito menos nas escolas, tomam espaços pelas ruas da cidade e viram além de um museu à céu aberto viraram viagens, dentro da nossa cidade, estado e país. Deixamos aqui sugestão de 7 caminhadas Negras pelo Brasil que você não deve ficar de fora.

Caminhada Salvador Negra — janeiro 2020


A Caminhada Salvador Negra vai te levar para conhecer melhor a história e cultura da primeira capital do Brasil, que tem o maior percentual de pessoas negras. A narrativa começa pelo período da escravização, passando por pontos como capoeira, religiões de matriz africana, irmandade dos homens pretos, carnaval, blocos afros e afro empreendedorismo, além de personagens negros importantes da cidade.

O local de saída será em frente ao Palácio do Governo, percorrendo pontos do Pelourinho, principais pontos turístico da cidade, passando por locais como Museu Afro, Igreja Nossa Senhora Rosário dos Pretos, blocos afros, entre outros. O percurso é conduzido pelo jornalista Guilherme Soares Dias, pelo fotógrafo e produtor cultural Heitor Salatiel, além de participações especiais a cada saída.

A primeira saída vai ocorrer dia 11 de janeiro, sábado, às 10h, saindo do Palácio do governo. Praça Tomé de Souza, S/N – Centro (em frente ao elevador Lacerda)

Duração 3h e custa R$ 50.

Reserva online pelo:
https://diaspora.black/produto/caminhada-salvador-negra/

Caminhada São Paulo Negra

Caminhada São Paulo Negra edição só para mulheres novembro de 2019

A caminhada relembra pontos importantes da história da população negra na cidade de São Paulo, como é o caso da Igreja Nossa Senhora Rosário dos Pretos, a estátua da mãe preta, a Igreja Nossa Senhora dos Enforcados, Igreja dos Aflitos, do antigo Pelourinho e do antigo Morro da Forca, no bairro da Liberdade.
A caminhada sempre traz surpresas e pontos diferentes de locais de saída, assim como conta a história de referências negras importantes, que foram e são  invisibilizadas na História de São Paulo e Brasil, como é o caso da escritora Carolina Maria de Jesus, do jornalista, advogado, poeta e patrono da abolição Luiz Gama e o arquiteto Joaquim Pinto de Oliveira, o Tebas.
Na caminhada você irá encontrar parte da história da migração africana atual, a ritmos musicais e movimentos negros. A caminhada é realizada pela Black Bird e os ingressos são disponíveis pelo site https://diaspora.black/

Fique de olho nas datas de saída

Tour Raízes do Samba – SP

Tour raizes do samba – após a aula prática de samba no pé com professores especializados


O Tour Raízes do Samba é um passeio realizado no centro de São Paulo que conta um pouco sobre a história do samba paulista!

Um rico aprendizado teórico e prático sobre a história deste estilo musical na cidade de São Paulo e Brasil, resgatando as raízes negras, através de uma caminhada turística pelo centro da cidade, o berço do samba Paulista, e ao final os participantes têm direito a uma descontraída aula de samba no pé!


https://www.instagram.com/_touraizesdosamba/

Fique de olho em https://diaspora.black/

Pequena África – RJ

Rebecca Alethéia na Pedra do Sal, reduto de história e samba em um só lugar


Conhecer alguns dos locais da cidade do Rio de Janeiro denominada de Pequena África pelo artista e sambista Heitor dos Prazeres no início do século XX. Estes locais fazem parte do Circuito Histórico e Arqueológico de Celebração da Herança Africana. Divulgada em livros, letras de música e enredos de escolas de samba, a expressão “Pequena África” passou a identificar parte significativa da zona portuária da cidade, onde a presença africana e o patrimônio cultural negro marcaram para sempre a história não apenas do Rio de Janeiro, mas de todo o Brasil.

@Pamela Rocha em sua visita pela pequena África no tour @soumaiscarioca

Informações: Telefone: (21) 99409-7054 (whats app) E-mail: contato@soumaiscarioca.com.br Instagram: @soumaiscarioca
Facebook www.facebook.com/soumaiscarioca /
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Rota Negra Piracicaba – SP


Após uma ampla pesquisa e conhecimento histórico do Professor Noedi Monteiro e a expertise do turismo de Julia Madeira, surge o Tour Rota Negra Piracicaba ressaltando a importância da história da população negra na cidade de Piracicaba. A caminhada tem oito pontos, entre eles o Pelourinho, esse roteiro tem como objetivo ressignificar territórios negros históricos, que foram espaços e lugares de resistência utilizados para torturas, moradias, exercícios de pessoas escravizadas e que atualmente têm outros significados. Os personagens como o Dr. Preto, André Ferreira Santos (1881-1942), que atendeu inúmeros pacientes da cidade na primeira metade do século 20, também são ressaltados, assim como os patrimônios imateriais da cidade ligados à cultura negra, como é o caso do batuque de umbigada e do samba de lenço.
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Heroínas Negras do Brasil

Mulheres negras conhecendo a história e fazendo história. Bitonga travel


Idealizado por Débora Pinheiros, a caminhada realizada por guias mulheres (Juliana Souza e Débora Pinheiros), as mesmas conduzirão o grupo por 10 pontos históricos retratando a história de algumas heroínas negras como Luísa Mahin, ex-escrava e quitandeira envolvida nas revoltas, Carolina de Jesus, escritora, conhecida por seu livro Quarto de despejo, Dandara dos Palmares, guerreira do período colonial, assim como a história de outras mulheres negras, serão cenários desta caminhada. Este tour ainda não teve nenhuma saída, mas promete deixar história.


Aguardem mais informações pelo site www.bitongatravel.com