Retomando o #PassagemPraUma, conversamos sobre: “Viajar sozinha na própria cidade” e o papo rendeu! E confesso, que ás vezes estou mais fora do que na minha própria cidade e aí tem lugares que acabo não conhecendo.
É interessante, além do “onde”, também observar o “como fazer” e assim as ideias vão aparecerendo. Acredito muito na personalização do rolet, o quanto podemos pegar ideias diferentes e transformar em algo próprio pra nossa caminhada.
Então, eu Pamela Rocha, compartilho algumas ideias, aí escreva aqui no comentários algumas das suas e vamos fazer uma bela troca?
Com a flexibilização e aumento de pessoas vacinadas, uma das muitas alternativas para retomar as saídas ou começar novas experiências de forma segura, é viajar pela própria cidade.
Antes de dizer que tô viajando (eita trocadilho), umas das ideas que mais defendo é:
E isso inclui viajar na própria cidade. E eu te explico por quê:
1 – (Re) conhecer o entorno
Muitas vezes, com a correria do dia a dia, acabamos por não conhecer o quem tem de interessante em nossa própria cidade. Mas só conhecer, mas valorizar.
2 – Fazer saídas de curta duração
É um bom recurso, porque se houver algum desconforto em ficar sozinha, não está longe para voltar para casa. Tentar ficar o tempo que der ou deixar a experiência para outra ocasião e chamar uma companhia Tudo ao seu tempo!
3 – Ajudar a ganhar mais confiança
Para muitas pessoas sair sozinha é um desafio e tanto, então vamos com calma! Pode começar com saídas curtas, (dica 1). Quanto mais saídas, mais a confiança cresce para fazer outras coisas, explorar outros lugares e muito mais!
4 – Perceber seus gostos
Museus, barzinho, show, parques, lugares calmos ou de movimento: O que você gosta mais?
Saídas em grupo podem influenciar nossos gostos. Tudo bem, sem problemas! Mas este momento solo permite saber o que você curte de verdade. E pode ser surpreendente!
5 – Testar sua organização
Esse é o momento de testar para perceber o que puder e quais suas preferencias: tipos de bagagem, peso de bagagem, se acostumar com app de mapas usando as ruas da cidade.
Experimentar errar e acertar faz parte da vida!
E aí bora experimentar viajar sozinha pela própria cidade? Ajudou, então já sabe compartilhe para ajudar mais pessoas.
Deixo aqui dicas de 3 passeios em Curitiba além do Jardim Botânico que eu tenho certeza que você irá gostar.
Parque Tanguá
Todo mundo sabe que Curitiba é uma cidade bem arborizada e cheia de parques, mas aí escolher o mais bonito, fica bem difíicil.
Mas uma coisa eu afirmo, na minha simples opinião de roletzeira, o Tanguá tá ali entre os primeiros. Que parte mais lindo!
Nesta foto, podem ver esta parte mais famosa, descendo a escada depois do castelinho tem lanchonete, um terraço lindão com uma altura de tirar o fôlego (pela beleza, não de pânico, ufa ) porém tem a parte mais abaixo do parque que te dá uma visão linda deste castelinho e poderá andar por um deck de frente ao lago. Sensacional!
Pena que não pude descer, a dona chuva resolveu participar do rolet, mas sem problemas, é mais um pretexto para eu voltar! Aliás, deixei nos destaques alguns registros do parque.
SERVIÇO: Parque Tanguá Rua Oswaldo Maciel, s/nº – Taboão – Curitiba Horário de funcionamento: diariamente, das 8h às 18h Entrada franca
Torre Panorâmica
O Retorno para a Torre – Poderia ser título de filme, né? De certa forma, foi o que passou na minha cabeça quando voltei à torre panorâmica.
Um dos ingredientes do roletdapam foi desejar conhecer esta cidade, que por uma felizcidencia, foi o local escolhido do meu primeiro encontro de viajantes e mochileiros. Passamos quase três meses conversando, sem se conhecer pessoalmente e trocando muitas ideas.
E lá foi, aquela moça mega inexperiente, recém solteira, sem noção alguma do que era ser viajante e cheia de alegria por realizar o próprio sonho.
Passados alguns anos, cá estou eu, com o olhar renovado, novas histórias e presenteada com este por do sol, no alto da torre.
Essa é a Torre Panorâmica, que te dá uma visual de 360 graus da cidade. Nos vidros há indicações dos pontos cardeais e próximo a eles tem painéis indicando a direção dos bairros e pontos importantes de Curitiba. Tem 100 metros de altura, (me senti segura, mesmo tendo medo de altura) e no térreo você pode conferir uma pequena exposição da história da telefonia.
Chamam de Torre Panorâmica, eu chamo de Torre do Começo.
SERVIÇO Torre Panorâmica de Curitiba Endereço:Rua Prof. Lycio Grein de Castro Vellozo, 191 – Mercês. Horário: Terça a domingo: das 10h às 19h. Quanto: Inteira R$ 6,00. Há condições de meia entrada e isenção.
Largo da Ordem
No passeio pelo Largo da Ordem – Curitiba, em pleno Domingo abafado e com chuva, pude conhecer a feira, que tem muito artesanato incrível, aquelas barracas salvadoras com comidas e bebidas geladinhas pra amenizar a caminhada. Porque são muitas as barracas para apreciar pelo local. Oba!!!
Além da feira, rola todo um movimento de bares e restaurantes no entorno prontos para a fome apertar de verdade, aí tem pra todo gosto e bolso.
Já saindo do largo e partindo para o próximo destino, o largo fala comigo em forma de poesia do Paulo Leminski, “Amor bastante”. E eu entendi o recado.
Nas viagens, você fica atento ao que as ruas querem te falar?
SERVIÇO Feira do Largo da Ordem Endereço: Cavalo Babão – R. Kellers, s/n – São Francisco, Curitiba – PR, 80410-100 Todos os Domingos das 9h às 14h. Quanto: Gratis
Espero que após essa dica tenha 3 passeios em Curitiba além do Jardim Botânico para colocar na sua listinha de Viagem.
Após contar todas as dicas de como chegar até a Chapada dos Veadeiros, vou deixar o meu pitaco sobre as 5 cachoeiras imperdíveis para se visitar no Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros, vamos?
CACHOEIRA ALMÉCEGAS 1
Esta é uma das cachoeiras dentro da Fazenda São Bento (Almécegas I e II e São Bento).
Eu cheguei aqui pela carona de @blablacar Brasília x Vila de São Jorge (ver posts anteriores), os rapazes foram incríveis e paramos para curitr estes atrativos. Se vier de Alto Paraíso sentido SJ dá aproximadamente 10 km.
Para conhecer os atrativos paguei 30 reais e deu direito a conhecer todo o complexo ( Trilhas autoguiadas). Adentramos a propriedade por 4 km, estacionamos e andamos por uma trilha de 1,5 até chegar neste mirante fantástico.
Depois deste deleite, descemos em uma pequena trilha para um mergulho. Nada melhor depois de ficar um tempo na estrada! Mas confesso que não fiquei muito, o sol já não batia mais e a água estava mega gelada! (Sou a pessoa do banho de água pelando!hahaha)
ALMÉCEGAS 2
Esta mais é uma das cachoeiras dentro da Fazenda São Bento (Almécegas I e II e São Bento).
Para acessar esta beleza, voltamos no estacionamento para ir até a Almecegas II.
A trilha é bem tranquila, uns 300 metros e já está pode aproveitar o lugar. É uma cachoeira mais tranquila, tem poço pra nadar e é bem legal para curtir esta queda menor, mas bem bonita. Inclusive encontrei muitas famílias com crianças.
Aproveitei para relaxar e curtir a hidromassagem que foi uma beleza! Hahaha
CACHOEIRA CANDARU
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Uma das três cachoeiras que visitei em Engenho II, área que pertence a comunidade Kalunga, a maior comunidade quilombola existente no país.
Saí de carona bem cedinho de São Jorge e percorremos os 157 km até Cavalcante, aí chegamos no CAT para preencher cadastro, pagar a taxa e aproveitar os atrativos. Ah, pela alta temporada, o número de visitantes estava limitado,em 300 por dia, então precisava chegar o mais cedo possível. (Em nossa vez faltavam 75 pessoas para encerrar as entradas).
Não precisa fazer tudo no mesmo dia, você pode pagar a taxa de cada cachoeira separadamente, mas já que estávamos com disposição, bora né?
Paguei a taxa de 40 reais para visitar os três atrativos (10 Candaru, 20 Sta Barbara e 10 Capivara). E também 150 reais (divididos entre três pessoas) para o guia credenciado que nos acompanhou o dia todo. Aliás, para as visitações destas cachoeiras necessita de guia credenciado.
E tenho boas notícias: a Candaru não é tão conhecida justamente pela trilha íngreme e difícil que percorriam a pé. Pois bem, agora tem transporte que chega bem pertinho, custa 10 reais e vai poupar os pés né?
Aí me deparei com este espetáculo: 70 metros de altura, duas piscinas naturais para nadar e este visual incrível!
Bem sereiuda não?
Esta é uma das piscinas naturais para nadar nesta cachoeira. Como era rasa, fiquei ali, me banhando e curtindo o visual.
Mas preciso confessar, sei nadar, mas depois de um perrengue no mar, perdi a confiança, então decidi respeitar as águas e aproveitar dos atrativos com mais tranquilidade.
Então, tô bem afim de fazer natação para ver se saio deste desconforto em nadar nas cachus e mares.
E você, tem algo que gostaria de fazer para aproveitar mais os rolets?
CACHOEIRA SANTA BÁRBARA
Pois bem, considerado uns dos atrativos principais da Chapada dos Veadeiros, a cachoeira Santa Bárbara é tudo isso e mais um pouco do que você está vendo agora. Sim.
E por isso, é beeem concorrida, então, é muito importante chegar cedo para garantir a entrada, já que os ingressos acabam rápido. (Para saber como cheguei aqui, veja os posts anteriores.).
Depois de pegar um transporte adaptado por alguns minutos, vencemos os 1,8 km na caminhada em meio a uma pequena e linda trilha bem característica do cerrado, vale dar umas paradinhas para fotografar.
Recomendo uso de filtro solar, óculos ou chapéu pois a maior parte da trilha é aberta e o sol pega sem dó, a claridade da terra reflete a luz solar, então já viu! A trilha em si não é tão difícil, dá pra ir com calma e então chegará neste espetáculo.
A cachoeira em si não é muito grande e nem sua queda, são 30 metros, tem um poço muito bom para nadar e quem não se sente seguro para nadar, como eu, tem um tronco de árvore salvador para aproveitar o atrativo com mais tranquilidade.
Para pegar o brilho da água em seu ápice, um bom horário é entre meio dia e uma hora, pois o sol estará bem em cima dela. Não tive este privilégio, cheguei depois e por ter bastante sombra, senti frio também. Aí, o lugar ao sol para se esquentar foi igualmente bem disputado.
A água realmente é bem gelada, mas quem liga? Eu quis era entrar mesmo e curtir o lugar, foto então nem se fala, dá para fazer um book! Inclusive, me perdoem, porque verão mais desta maravilha turquesa passando por aqui. Hahaha⠀
CACHOEIRA DA CAPIVARA
A terceira do passeio em Cavalcante. Para chegar nela, fomos de carro, saindo do CAT (Centro de Atendimento ao Turista) em Cavalcante, na hora de ir embora.
No acesso, preciso descer uma trilha com escadas improvisadas com troncos, mas bem segura, acredito que tem dificuldade de locomoção precisa de ser atencioso.
Antes disso, pausa para este horizonte.
Depois da descida toda, de 800 metros, eu estava cansada, (no post anterior) mas olha aí: Plantas do cerrado, som delicioso e calmante da água caindo e esta vista incrível.
Ao contrário da Santa Barbara, aqui o tempo de permanência é livre, então pode aproveitar um bom e longo banho!
Para o fim do dia e da viagem, foi incrível curtir este lugar!
Uma das viagens que eu mais queria fazer e de repente tá lá o lugar dos meus sonhos na minha frente.
Quando eu achei que teria que adiar outra vez, o universo moveu a meu favor e tudo foi se encaixando. Me presenteou com tempo bom, tempo, condições e principalmente: pessoas escolhidas a dedo para trazer ensinamentos para o resto minha da vida.
Ainda tô suspirando, tô chapada da Chapada. Calma, vou contar como vim parar aqui e SO-ZI-NHA, porém depende! Hahaha
Prontos para me acompanharem neste rolet?
COMO CHEGUEI AQUI:
A princípio nem ia, mas como já disse, o universo juntou as condições certas e esses paranauês ajudaram muito também.
Lembrando que fui sozinha, sem carro e apertando o cinto:
1. BUSER: A @buser é um app de ônibus compartilhado, que você baixa, marca sua viagem, recebe a confirmação com as informações e paga mega barato (boleto e cartão, amém!) Seguro, prático e morri de amor. Usei na etapa São Paulo x Brasília (ida e volta).
2. COUCHSURFING: Basicamente, @couchsurfing é uma plataforma de hospedagem de viajantes em que você se cadastra e utiliza se hospedando na casa de alguém ou recebendo alguém de qualquer parte do mundo. Uma forma solidária e rica de conhecer pessoas e aprender sobre a cultura do local e fazer grandes amigos para a vida. Amoooo! Usei na etapa Brasília (queria conhecer a capital também né?)
3. FACEBOOK: Existem grupos de caronas, dicas e hospedagens para vários lugares da chapada. Inclusive encontrei a minha por lá (lugar incrível) e uma carona salvadora também. Claro que é legal dar aquela pesquisada para ver se está tudo certo. Ajuda e muito! Usei na Vila de São Jorge, que amor!
4. BLABLACAR: A @blablacar é uma plataforma de caronas que ajuda e muito. Você se cadastra, pesquisa para seu destino e com preço mais barato.
Obs: Os horários de ônibus Brasília x Vila de São Jorge são bem poucos, então a carona é uma ótima opção. Uso horrores para vários lugares e salva mesmo! Usei nas etapas Sorocaba x São Paulo (ida e volta) – Brasília x Vila de São Jorge (ida e volta)
5. CARA E A CORAGEM: Cara sorridente para fazer amigos, me encaixar nos passeios alheios, dividir as despesas e compartilhar histórias lindas que vou levar no coração. Coragem que é Cor=coração + Agem=agir Fui lá e botei o coração pra agir! Eita que tô toda amorzinho! Hahahah
Espero que tenham gostado, na próxima contaremos mais aventuras de como foi visitar as cachoeiras incríveis da chapada dos veadeiros.