Em primeiro lugar vou me apresentar, me chamo, Maíra Cândida e hoje vou falar sobre quanto custa viajar por Mar del Plata é uma cidade mais ao sul de Buenos Aires – Argentina, uma cidade litorânea. Peço licença para um parênteses, farei uma referência que qualquer mineira/o compreenderá: Mar del Plata está para Buenos Aires, como Guarapari está para Belo Horizonte! Brincadeiras à parte, Mar del Plata é a referência de litoral da população de Buenos Aires. É uma cidade média, e que no verão é a casa de muitas famílias que vivem na capital.
Eu viajei cerca de dois dias antes do ano novo, ou seja, enfrentei aquele engarrafamento de final de ano, com milhares de carros e familias tentando chegar ao litoral. Depois de 6 horas cheguei.
A cidade possui um tamanho médio, ao passo que te possibilita andar a pé pelos principais pontos turísticos/centro/praia. Contudo, tive a felicidade de conhecer pessoas locais, que me levaram para conhecer as praias mais distantes que são mais bonitas, abertas e agradáveis.
Muitas praias privadas…
Uma coisa que me surpreendeu é o fato de existirem muitas praias privadas. Sim, isso mesmo, seguindo sentido norte onde estão as melhores praias, boa parte do caminho são de praia privadas, que se paga para acessar pelo asfalto. E o que mais me surpreendeu é que estavam cheias de carros, as pessoas realmente pagam para acessar praia, em contrapartida, tem estrutura de barracas/tendas que as pessoas alugam.
Outra questão interessante é que próximo às praias há espaços verdes, onde as famílias acampam, fazem piqueniques, churrascos, é algo bem bonito, o uso dos espaços públicos nas imediações das praias. Diferente das praias que estou acostumada a frequentar no Brasil, as praias de Mar del Plata possuem areias escuras e grossas e o mar em contrapartida é extremamente gelado, mais gelado do que qualquer praia que já tenha frequentado antes.
Passei o ano novo com uma família que foi muito receptiva e me acolheu, me senti em casa. Não conheci muito da cidade de Mar del Plata, pelo período que fiquei na cidade, que era feriado e a maioria dos lugares/espaços turísticos estavam fechados. Mas foi uma experiência interessante no sentido de conhecer praias argentinas que são muito diferentes do que estamos ambientados no Brasil. Infelizmente, também foi um período de chuvas.
MEU ROTEIRO:
27, 28 de dezembro – Buenos Aires
29, 30, 31 de dezembro e 01 de janeiro– Mar del Plata
02, 03 e 04 de janeiro – Buenos Aires
DICAS IMPORTANTES:
Perdi muito tempo em trânsito, recomendo que opte pelas viagens de ônibus pela madrugada, eu não tive escolha, pois eram as últimas passagens que restavam nestas datas e eram durante o dia.
Acho que poderia ter ficado menos em Mar del Plata e ficado mais em Buenos Aires. Buenos Aires merece mais tempo.
Viajar de ônibus convencional não é caro, mas é bom pesquisar com antecedência.
RESUMO DESPESAS:
Por fim, gastei ao todo cerca de 1.000 reais (valores desatualizados), sem contar a passagem aérea, apenas com alimentação, hospedagem e deslocamentos internos no país.
Em suma, os maiores gasto foram as passagens de ida e volta para Mar del Plata, que me custaram entorno de 160,00 reais. Descontando elas no valor total de gastos, a minha média diária de consumos foi entorno de 93,00 reais (alimentação e hospedagem) (preço desatualizado).
É possível gastar menos, com hostel mais em conta e buscando lugares mais baratos para comer, mas avalio que essa média esta equilibrada, tive confortos, fiquei bem localizada e me alimentei bem.
Cotação da época (janeiro 2019): 1 real = 10 pesos argentinos (cotação desatualizada).
E aí gostou desta dica sobre quanto custa viajar para Mar de Plata?
Enfim, um pouco sobre a autora
Maíra Candida
Pesquisadora, arquiteta e urbanista, e viajante. Mineira de Belo Horizonte, 30 anos, viajei por várias regiões de Minas e do Brasil antes de lançar o voo internacional. Amo conhecer novas culinárias, mas a preferida é a comida mineira que tá no coração. Para mim, viajar é vivenciar experiências únicas, conhecer pessoas, ouvir histórias e preservar memórias. Em cada viagem aspiro por novos aprendizados, conhecimentos e amizades. Atualmente vivo no México, onde estou cursando o doutorado. Uni o interesse pela pesquisa com o desejo de viajar, conciliando a experiência de estudar no exterior assim como conhecer novos lugares. Já passei pela Argentina, Uruguai, Bolívia, Colômbia, Guatemala e México, minha atual casa. Em contrapartida, os planos futuros tem como destino o Caribe.
Antes de mais nada, você já ouviu falar de Igatu – a Machu Pichu baiana?
Então, caso não saiba, Igatu, é um povoado na região da Chapada Diamantina, mais conhecido como a Machu Picchu baiana!
Quando se fala na região da Chapada e lugares turísticos, rapidamente pensamos em Lençóis ou Vale do Capão. Mas hoje quero apresentar uma vila construída de pedra, carregada de história, natureza e gastronomia.
Assim é a pequena, mas linda e cheia de energias, vila de Igatu, distrito de Andaraí. A chegada até a vila já é a própria magia; a sensação é de estar voltando no tempo, a hora passa mais devagar.
A vila
Igatu Chapada Diamantina – Machu Pichu baiana por Diana Reis
Construída no alto de uma montanha, na época do garimpo de diamante no século XIX, foi formada por pequenas casas de pedras que hoje, com grande parte em ruinas, é um grande museu a céu aberto!
Tombada em 1980 pelo IPHAN – Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional), ainda hoje é possível conhecer antigas famílias que contam histórias de seus familiares que ali viviam. Sem dúvida, ir a Igatu é poder vivenciar a história, no passado e no presente.
Uma outra dica, é a possibilidade de visitar uma gruta utilizada no garimpo, inundada pelos mananciais hídricos (vale a pena um banho). Talvez possa parecer um cemitério, mas fique tranquiles: é uma homenagem aos garimpeiros em desenhos formados de cimento aos garimpeiros que ali além do trabalho, foram explorados. Estar dentro da gruta escura e silenciosa traz tantas sensações, que só indo para entender.
Igatu Chapada Diamantina – Machu Pichu baiana monumento homenagem por garimpeiros por Joice Santos
Ah, se tem dificuldade de locomoção, não vá; é necessário agachar bastante para ter acesso, mas se não tem, aproveite a oportunidade para experienciar uma das melhores coisas da vila.
Uma história sinistra e interessante da vila são os extraterrestres. Siimm, segundo moradores, é possível vê-los no auto de um morro, inclusive, existe um morador que acompanha visitantes para essa experiência. E aí, vai encarar? De antemão, a pessoa aqui foi, se aventurou, junto com amigues, e ouso dizer: vi algo que não sei explicar .
Gastronomia
Mas não só de historia vive esse povoado, a gastronomia também é algo que não se pode desconsiderar. O pastel de jaca, bastante conhecido na região, em Igatu é feito com o próprio fruto verde, diferente do Vale do Capão, que utiliza o palmito da fruta. Outra iguaria é o pastel de palma, dúvido que já tenha comido, vale experimentar.
Trilhas e Cachoeiras
Igatu Chapada Diamantina – Machu Pichu baiana por Joice Santos
Igatu Chapada Diamantina – Machu Pichu baiana por Joice Santos
E se estamos falando da Chapada, é óbvio que tem trilha e cachoeira. Cercada por 6 cachoeiras, é possível fazer algumas trilhas sem guiamento, mas para outras mais distantes, converse com os moradores e contrate um guia local.
Próximo a Igatu, é possível fazer o passeio para Marimbus (pantanal baiano), mas esse atrativo ficará para outro post.
Marimbus – Pantanal Baiano por Joice Santos – Chapada Diamantina
Quando Visitar
Sugiro visitar o vilarejo no São João. Mesmo sendo época de festa, não fica lotado e a festa acontece no meio da praça, entre os casarios de pedra. A interação com os moradores é o diferencial, comida típica e muito forró pé de serra.
Por fim, saiba que Igatu, a Machu Pichu baiana, a cidade das pedras te espera!
Em primeiro lugar me chamo Helen Rose e gostaria de compartilhar coisas que re(descobri) em 2020 atravessando o Atlântico.
Ao longo de meio século de vida tive muitos aprendizados, teóricos e práticos, mas morando sozinha em outro país tive a oportunidade de reavaliar alguns conceitos sobre o processo de autoconhecimento. Então, fiz uma lista com os 10 pontos que considero que foram importantes para superar as adversidades do turismo, intercâmbio e sabático durante a pandemia. São eles:
1º) Confiança
Em muitos momentos da minha vida ficava em dúvida sobre fazer ou não alguma coisa, com medo de errar ou do julgamento das pessoas. O ponto principal foi não desesperar, tomar todos os cuidados e sonhar com dias melhores.
2º) Superar o medo
Além disso, tive muito medo de não conseguir aprender inglês, porém, aos poucos fui relaxando e na segunda semana já estava mais tranquila, aceitando o meu tempo de aprendizado.
3º) Aceitar ajuda
Aprendi com a minha família a ser independente, não esperar ajuda de ninguém e a resolver os problemas sozinha. Mas quando se está sozinha em um país
4º) Alimentação
Não tenho restrição alimentar, adoro pimenta e não senti falta da comida brasileira.
5º) Inteligência emocional
O que fazer nas situações difíceis, equilibrar tristeza, dor e alegrias. Principais emoções durante a vivência na África do Sul.
6º) Flexibilidade
Precisei colocar de lado alguns conceitos que levei na bagagem para conviver melhor com as pessoas.
7º) Resiliência
Desespero com o lockdown durou apenas alguns dias, logo consegui superar a frustração de ficar três meses sem sair de casa.
8º) Pensamento sistêmico
É a base para aproveitar melhor as adversidades da vida. Meditava todos os dias e assim consegui ter calma para evitar o desespero.
9º) Diversão
Sorrir em situações de doença e restrições não é fácil, mas o autoconhecimento possibilita viver também com leveza.
10º) Não sentir culpa
A pandemia atingiu todos os países e milhões de pessoas, mas aprendi que não é necessário ostentar felicidade e respeitar a dor das pessoas. Ter cuidado ao postar fotos nas redes sociais, mas também não sentir-se culpada por estar bem.
Helen Rose
Helen Rose, viajante do tempo, praticante de yoga e meditação, historiadora, pesquisadora independente de estudos africanos e relações raciais no Brasil.
Por fim, se você gostou, gostou desses aprendizados? Compartilhe conosco o seu texto bitongatravel@gmail.com
Todo dia passo por vielas e de repente um pipoco soa o meu ouvido,
Então eu ouço gritos
Uma criança metralhada em minha frente, policial me xingando um monte de nomes, quando eu olho para trás, eu tomo soco, chute e outro pipoco
Corro para casa, achando estar salva, pé na porta arrombada ele disse Arma na cabeça, porque eu disse invasão?
Qual esperança, tiramos para alimentar a própria fé, para ficar de pé, Querem apagar, invisibilizar Tá faltando nomes, mais de trinta A Chacina Jacare …
Cadê? Como assim vocês não estão vendo? Olha pro lado, tá passando em sua timeline e você acha normal, sente, tem do, da notícia da vez, que passa logo quando será próxima vê-z?
Essa é a estrutura, não me venha com “policiais presos ou dispensados” porque é a estrutura que precisa ser reparada. É máquina de matar gente, Sapatos juntos, sete palmos,
Que quem escuta já apavora Mas não pensa, como é voltar para casa, nas favelas desses cantos, de cada canto, nem tão de canto assim, central.
É necropolitica, pensado, arquitetado pelo estado. Acham que é só dizer “abolição da escravatura” como uma palavra mágica para desaparecer com toda a gestão, pseudo do sistema de então, que era a escravidão? Oh
Me poupe, isso já é cinismo Mas eu te digo, você só vem até aqui Não me fale de pessoas, Que eu digo que os nomes de quem mata é o racismo.
E aí? Julgue, criminalize e ressocialize se quiser continuar com “estrutura”.
Qual termômetro, qual parâmetro, quem te disse que não temos direito, Não somente com a saúde em tomar vacina Direito a vida, em plena pandemia Economia fodida Faltando comida na mesa, de favela Sentimentos e emoções para o dia das mães Em Jacarezinho e nas favelas, vocês operando uma chacina?
Nossa voz ecoa Não está só nos becos, mas também nas passarelas. Somos e estamos de ponta a ponta E essa conta não tá batendo.
Vamos falar de mulherismo africano? Um texto de Júlia Motta @poetajuliamotta
A história das mulheres pretas é marcada por muitos roubos, anulação e romantização de nossa cultura e vontade. Diante o cenário escravocrata, nossos corpos foram explorados tendo como resultado a ‘desafricanização’ de nossa história, liberdades tolhidas, pois foram consideradas propriedades de senhores.
Isto é, nossos ancestrais não obtiveram seu espaço e respeito devidamente por este período, e os resultados que ainda impactam na vida de muitos de nós.
Falar de mulheres pretas não é apenas falar sobre as últimas colocadas na pirâmide racial, não somos somente números de violência, abandono, mortes… É falar sobre diásporas, conhecimento ancestral e cultura sagrada.
O mulherismo
Quantas mulheres existem em uma só – por Julia Motta
Mulherismo vem de mulher, entre o gênero preto de milhares, africano vem do território ancestral do povo preto hoje. É retornar aos espaços, como identidade, revolução e mais ainda resgatar o que tiraram de nós. Por isso definimos, o mulherismo enquanto pensamento político e cultural.
A questão de classe e raça é fortemente apresentada, no livro mulheres, cultura e politica – marca a filósofa negra Angela Davis: ‘Como mulheres negras, temos diversas razões para celebrar a forte tradição de ativismo moldada por nossas ancestrais no curso de muitas gerações de luta’ a autora define a luta de milhares no contexto de protagonismo negro feminino.
Mulheres carregam consigo a responsabilidade de continuidade, não somos a oposição de nenhum conceito ou agrupamento, temos ações efetivas de sobrevivência, a nossa preocupação é nos mantermos vivas para assim afetuosamente cuidar de nosso povo.
O que difere do ‘feminismo’ é que não se pensa em combater somente a violência e opressão em gênero, antes disso vem a raça e logo após a classe social.
É PARA ONTEM!
Mulherismo Africano é retornar a nossa ancestralidade que nos foi roubada. por Poeta Julia Motta
Desejamos o comprometimento de líderes à frente de movimentos políticos e ou sociais, a atuação, construção de um diálogo que chegue até as nossas, é oportuno falar de um movimento onde os espaços para manifestar-se são abrangentes e acessíveis. Nenhuma dessas lutas é fácil, e não existe ainda qualquer vitória a ser aplaudida em paz.
Se uma de nós ainda convive com a violência, opressão e silenciamento sem qualquer apoio é porque ainda o domínio no poder é preenchido por vozes e forças tão retrógradas.
Isto é, o seu discurso contribui em ações, e o seu ativismo ele chega a espaços e pessoas que precisam? Certamente, se a resposta não houver é um problema, e se ainda não chega é uma urgência repensar nesse esquema.
É um ciclo contínuo, quando você diz ‘ele não’, quem das nossas sim? Nós queremos viver em cenas, foco e atuação. Com saúde mental tranquila, contas pagas, andar na rua sem ser a mira, direitos seguros e mais ainda queremos ser escutadas, vistas e compreendidas.
Poeta marginal, escritora do livro independente “resistir para existir”, monitora cultural pela associação de capoeira Motta e cultura afro e educadora pelo projeto de incentivo à leitura e escrita “sonhar com as mãos” e “versos de resistência”.
Nem tudo parece o que é, e não seria diferente na Dinamarca algumas comidas que parecem com as do Brasil e não são, um texto por Cris Viriato.
Como muitas pessoas sabem a vida do expatriado em muitas vezes pode ser resumida a uma única palavra, saudade.
E não necessariamente só de pessoas, há também saudade de lugares e por último, mas não menos importante, a da comida. Então eu reuni neste post 3 comidas da Dinamarca que parecem ser idênticas as que nós temos no Brasil, porém, não são bem o que parecem ser.
Imagine a seguinte situação, você está há meses fora do seu país de origem onde tudo lhe era familiar, e se muda para um outro país onde tudo lhe parece novo, imaginou?
Ou talvez você já tenha vivido essa experiência. A sensação quando mudamos de país é que o nosso cérebro está sempre em alerta, buscando conexões para te manter viva e segura.
Neste momento, é bem normal você ver pessoas na rua que se parecem com alguém que você conhece, ouvir vozes (mesmo que em outra língua) que te soem familiar, e é claro, a ver objetos. Por exemplo, você está caminhando e no nada você encontra uma plantinha que parece com uma planta que a sua mãe tem em casa.
Com comida acontece exatamente a mesma coisa, e eu precisei reunir essas 3 comidas da Dinamarca que não são bem o que parecem ser para que você tente entender o tamanho da minha surpresa ao “vê-las” aqui, e também a minha frustação ao experimentá-las.
Romkugler – Em tradução livre, “Bolas de Rum”
Romkugler – “Bolas de Rum” – Comidas na Dinamarca que parecem do Brasil por Cris Viriato
Imagina a surpresa ao encontrar essas bolinhas de chocolate envoltas em confeito numa padaria aqui da Dinamarca, o seu cérebro diria imediatamente que é brigadeiro enquanto você se pergunta “como assim?”. Mas, infelizmente, isso não é o que parece ser. O Romkugler é um bolo feito com sobras de bolos, amassadas com essência de rum, e passadas em confeito. Com o meu cérebro esperando o docinho do brigadeiro na boca experimentar o Romkugler não foi para mim uma experiencia agradável.
Risengrød “Mingau de arroz”, em tradução livre.
Risengrød “Mingau de arroz” – comidas Dinamarca parecem Brasil por Cris Viriato
Outra comida da Dinamarca que não é bem o que parece ser é o Risengrød. É visualmente idêntico ao nosso arroz doce, cheira igual o nosso arroz doce, mas não é bem isso. o Risengrød é salgado. Servido como uma refeição (no jantar) as vésperas do Natal, para se servir é praticamente um ritual, pelo menos é na família do meu marido. Com o Risengrød já no prato, você acrescenta um pedaço de manteiga, a canela, e finaliza com açúcar. Esse foi o pior choque cultural que eu já tive na Dinamarca até agora.
Berliner “Bolinho de Berlim”, em tradução livre
Berliner “Bolinho de Berlim” – Comidas na Dinamarca que parecem do Brasil por Cris Viriato
Das 3 comidas da Dinamarca que não são bem parecem ser, essa é a que mais me agrada, mas prova para mim mesma a capacidade que nós brasileiros temos de melhorar as comidas. Essa não é uma comida de origem dinamarquesa, mas é tão presente nas padarias daqui que você nem se dá conta apesar do nome.
Quando você ver uma Berliner na sua frente você vai pensar em sonho, e é. A diferença entre o sonho e a Berliner é que o recheio é geleia, na maioria das vezes de frutas vermelhas. E como a Berliner foi virar sonho no Brasil?
Através dos portugueses que substituíram a geleia do bolinho alemão por aquele creme branco de confeiteiro. Chegando no Brasil, provavelmente alguém pensou “Até que é bom, mas deixa eu melhorar isso daqui” e acrescentou o doce de leite e sinceramente, ficou muito melhor, eu acho.
moro em país considerado um dos mais felizes do mundo, a Dinamarca . Amo neste país que hoje chamo de casa, e mais ainda falar sobre ele, mostrar as suas peculiaridades, e o meu dia-a-dia aqui. Espero que a Dinamarca também te encante da mesma forma que ela me encanta todos os dias e “Vi ses” (vejo vocês, em dinamarquês).
Olá, antes de mais nada me chamo Joice dos Santos, sou turismóloga e moro em Salvador, quem me conhece sabe que amo a Chapada Diamantina, e vou compartilhar 3 dicas que você precisa saber antes de ir! Mas antes de mais nada quero que saiba que sempre que posso corro para lá, nos últimos 4 anos seguidos meus Réveillons foram lá, todas em cidades diferentes.
Minha última viagem foi no Réveillon de 2021 para o Vale do Capão e após receber mensagens de amigues com dúvida sobre a Chapada, perguntando sobre trilhas e passeios que ficam em outra cidade. Ao mesmo tempo, percebi que muita gente não sabe exatamente a magnitude do que é a Chapada Diamantina.
Então, antes de qualquer coisa é importante saber que a Chapada Diamantina é uma região extensa com mais de 40mil km² e dezenas de cidades. Como é isso Joice? Pois é menina, para conhecer a Chapada Diamantina todinha é necessário anos de visita.
Então, uma região tão grande como escolher o primeiro destino? Vamos lá…
Joice Santos Dicas Chapada Diamantina
Independente do seu estilo, sempre terá uma cidade na Chapada para te receber, ou seja, desde a aventureira que dorme no camping selvagem ou a preta patrícia que gosta de uma cama confortável.
Nesse sentido, sem mais conversas, se liga na dica:
Escolha a cidade!
Primeiro escolha a cidade, as principais com infraestrutura turística estão em Lençóis, Vale do Capão(palmeiras), Mucugê, Andaraí, Igatu( andaraí), Ibicoara, rio de contas.
Chapada Diamantina – foto arquivo pessoal de Joice Santos
*Vale do capão e Igatu, são duas vilas distritos das cidades em destaque.
Destaco meu amor por Igatu, apesar de fazer parte no circuito turístico é possível ainda sentir o ar bucólico da vila, casas construídas de pedra e muita história contada pelas senhorinhas e senhorzinhos nas portas da casa.
Além das citadas, há outras que vale arriscar – Itaitê, Piatã e Catolés (Abaíra)
Hospedagem
Dessa forma, depois de escolhida a cidade, parta para o tipo de hospedagem: camping, hostel, pousada, aluguel uma casa, tem para todo mundo, garanto que sem abrigo não fica. Dependendo da época, rola chegar sem reserva e encontrar o lugar desejado.
Atrativos
Busque os atrativos que existem próximo a cidade, não adianta querer conhecer os pontos turísticos mais divulgados, a maioria deles ficam em cidades diferentes e não vale o deslocamento, vai perder muito tempo indo de norte ao sul da chapada. Por exemplo, não adianta estar na cidade de lençóis e querer conhecer a cachoeira do buracão em ibicoara, são quase 3 horas de distância.
E não é só de cachoeira que vive a chapada, além das mais de 30 que existe, há também trilhas que percorrem campos rupestres, cerrado e mata atlântica em meio a paisagens de tirar o fôlego, andar bike, escaladas, sítios históricos, cavernas e o marimbus (área chamada de pantanal da chapada diamantina).
Ufa, é muita coisa pra se conhecer.
Chegue à cidade, faça amizade, converse com os moradores e deguste a iguaria local, aproveite os atrativos que estão nos entornos. Em alguns é possível fazer sozinha, outros contrate um guia local, sinta a brisa e a energia que a chapada proporciona e volte renovada.
Quantos dias?
Por último e não menos importante, sugiro ficar no mínimo 4 dias e no máximo a vida de toda
E aí gostou? Em síntese, espero que essas 4 dicas básicas para visitar a Chapada Diamantina sejam úteis! E se precisar de mais dicas, pode me procurar, amo falar dessa região.
Da série Negras Viajantes Presentes! Histórias que inspiram vamos compartilhar a história de Helen Rose em um ano Sabático pela África do Sul durante a pandemia de 2020.
O ano era 2019, quando finalmente resolvi realizar o sonho de morar fora do Brasil, unindo a experiência de moradora, estudante intercambista e turista. Morar na África e ainda aprender inglês? Maravilha! Uma mulher negra, pobre e aos 50 anos ir para um sabático, rompendo as barreiras do preconceito racial.
Mas antes de contar a viagem de 2020, quero dizer que a minha primeira viagem internacional ou o carimbo no passaporte, foi em 2016, para a África do Sul (Joanesburgo), Dubai e Índia (Nova Déli, Agra e Rishikesh). Foram 30 dias intensos e maravilhosos com um grupo de 18 pessoas. Como sou praticante de yoga e meditação há mais de 15 anos, ir para a Índia também era um sonho para conhecer as práticas de yoga disseminadas mundo afora.
Voltando para 2019/2020, foram alguns meses organizando, fazendo orçamentos, conversando com pessoas via web, busca em milhares de sites de viagens, renovar passaporte, cuidar de todas as burocracias e eis que chega o grande dia, fevereiro de 2020. Hora de partir, fazer o check in.
Lembro que em dezembro de 2019, tivemos as primeiras notícias sobre um vírus contaminado as pessoas na China, e que alguns turistas europeus também começavam a ter alguns sintomas. O tempo vai passando, até que em fevereiro a imprensa noticia o aumento de casos, mostrando pessoas em algumas cidades chinesas intensificando o uso de máscaras. Ainda não tínhamos muitos dados detalhados, até que um grupo de brasileiros que estavam na cidade de Wuhan, na China, são trazidos ao Brasil em um avião fretado pelo governo brasileiro e precisam ficar isolados, de quarentena para evitar a transmissão. Mas você que está lendo essa postagem deve também ter acompanhado o noticiário, a ideia era apenas contextualizar a organização da minha aventura.
Enfim, com as malas prontas cheguei ao aeroporto de Guarulhos, vi várias pessoas já usando máscaras, algumas até com luvas. Mas eu estava sem, apenas com álcool em gel na mala e bagagem de mão. Isso foi em um sábado, meu voo era via Angola com previsão de chegada na Cidade do Cabo no domingo à tarde.
A viagem foi tranquila, nenhum atraso, no aeroporto de Angola fui convidada para ir à “salinha”, fui revistada, questionada sobre o motivo da viagem e apresentei todos os documentos. Detalhe, em um voo lotado fui a única pessoa que a ir para a burocracia da imigração. Tudo pronto, liberado o voo para a África do Sul.
Ansiedade, alegria e expectativas, afinal seriam seis meses em uma cidade nova, morando com uma família sul-africana e depois moraria sozinha. Isso estava no planejamento.
Ano sabático na África do Sul
Trilha Table Mountain Africa do Sul por Helen Rose
Já era domingo, fui recebida por Rosie e Lionel no aeroporto, minha nova família na Cidade do Cabo, na segunda-feira, era a minha primeira aula na escola de inglês. Até agora tudo lindo, divino e maravilhoso.
Como fiz meu diário de bordo, sei que após duas semanas recebo a notícia de que a África do Sul começará um lockdown de vinte dias para evitar o avanço do Corona vírus, e as aulas de inglês que eram presenciais a partir de agora serão online. Todas as fronteiras fechadas, voos turísticos suspensos, permissão apenas para repatriação e comercial. Meu paraíso durou pouco, tive que recalcular a rota e me preparar emocionalmente para aproveitar a experiência dos meus sonhos.
E assim foi, fiquei quatro meses de lockdown morando com Rosie e Lionel, mais dois cachorros e com acesso limitado à internet porque na casa não tinha banda larga (fibra ótica), então eu colocava crédito no celular para acompanhar as aulas de inglês. O que era para ser um lockdown de vinte dias durou meses.
Quando foi em junho, na fase 3 do lockdown resolvi que era o momento de ampliar minha experiência indo morar sozinha e ter a possibilidade de conhecer outros bairros (mudei do Brooklin para Tamboerskloof) e outras pessoas. Através do Airbnb fui para um apartamento perto da Long Street, famosa rua turística em Cape Town.
Helen Rose em Waterfront – Cape Town – Africa do Sul
A partir desse momento minha rotina era estudar com as aulas online, agora tinha uma boa conexão, com a fase 3 do lockdown já podia sair para fazer caminhadas, ir ao supermercado, shopping, seguindo todos os protocolos de segurança (máscara, álcool em gel e distanciamento social).
Aproveitei também esse momento para ser voluntária em dois projetos, um de horta comunitária e outro para moradores de rua, e, assim praticar a fluência em inglês e ter mais contato com os sul-africanos. Aos poucos as coisas foram se ajeitando, consegui sozinha me adaptar a nova rotina, conheci alguns brasileiros e fazíamos os passeios que eram permitidos. Fiz também contato com pessoas do Congo, Zimbábue, Senegal, Moçambique, Angola, Alemanha, França, Arábia Saudita.
A Cidade do Cabo (Cape Town) tem muitas praias, turismo de aventura, ecoturismo, então aproveitei para fazer muitas trilhas e caminhadas no principal ponto turístico, a Table Mountain (Montanha da Mesa). Uma formação rochosa linda, patrimônio natural da humanidade e é possível avistá-la de vários pontos da cidade. E com o coração acelerado, fui a Robben Island, ilha onde Madiba, Nelson Mandela, ficou preso por 27 anos, na luta contra o regime segregacionista do Apartheid.
Ainda não consegui ser fluente em inglês, mas já melhorei muito, tive algumas dificuldades em me adaptar as aulas online, pois confesso que prefiro presencial. Se não fosse a pandemia com certeza meu aproveitamento na aprendizagem da gramática teria sido muito melhor. Mas não posso reclamar, afinal, não fui a única a ser afetada pela Covid-19. Seri que fram os oitos meses mais importantes e incrveis da minha vida.
A resiliência faz parte da minha vida desde criança com a superação de muitos desafios, talvez essas características tenham sido fundamentais para que conseguisse aproveitar da melhor maneira possível o intercâmbio atravessado pela pandemia. Sou de uma família grande, meus pais não são alfabetizados, criaram oito filhos, minha mãe empregada doméstica e meu pai segurança de porta de fábrica (falecido há 30 anos). Comecei a trabalhar oficialmente aos 12 anos, como babá, empregada doméstica, balconista de padaria e cuidadora de idosos. Até que aos 18 anos fui aprovada em concurso público, para trabalhar como agente de saúde, a partir daí, pude começar a sonhar com um futuro melhor.
Atualmente pesquiso sobre história do continente africano, com destaque para o turismo na diáspora e países africanos de língua portuguesa.
Viajante do tempo, historiadora, pesquisadora independente da história e cultura afro-brasileira.
Podcast Bitonga Travel
Essa foi a história de Hellen Rose e seu ano sabático na África do Sul. E aí gostou? Compartilhe a sua história e textos conosco: bitongatravel@gmail.com
Antes de mais nada, Salvador é regada de lugares magníficos e não seria diferente no seu subúrbio, regada de muitas ilhas, a Ilha de Maré é um passeio imperdível para se fazer, Joice Santos compartilha a dica dessa viagem. Nesse sentido, não é novidade que a natureza foi generosa com a Bahia.
Eu particularmente sou suspeita, mas não há dúvida que na Bahia você encontra tudo de mais belo.
Já ouviu falar de Ilha de Maré? Uma pequena ilha cercada por águas cristalinas e vegetação de mata atlântica, manguezais e a calmaria de vilarejo.
O que pouca gente sabe é que não precisa ir muito longe para conhecer essa ilhota. Localizada na baía de todos os santos, ou seja, a segunda maior Baía do mundo e à 20km de Salvador.
Ilha de maré pertence a Salvador – BA
Ilha de Maré foto arquivo pessoal de Joice Santos
Como chegar:
Localizada no subúrbio ferroviário de Salvador, na cidade baixa, você pode ir de ônibus, uber ou carro.
Há ônibus que saem da rodoviária de salvador, no ponto em frente ao elevador Lacerda, tenha paciência porque será uma viagem, em média 1h:30 de busão.
Não há carros na ilha, então caso vá de carro, terá que estacionar nos arredores da praia de São Tomé de Paripe, próximo Base Naval.
o local que saem as embarcações, fica próximo a praia de Inema (praia particular onde se encontra a casa de férias do presidente do país), pequenos barquinhos saem a todo momento, valor atual R$7,00 com duração de 20min. Nem precisa procurar muito, os marinheiros irão até você.
Ilha de Maré – Foto arquivo pessoal de Joice Santos
As Praias:
Há diversas praias que você poderá ficar, praia de botelho, Santana, itamoabo e praia das neves
As mais procuras são praia das neves e itamoabo
Praias cristalinas, com pequenas poças e sem ondas, ótimo para crianças e para adultos que tem medo de onda (eu no caso) KKKKKK
É possível dar uma volta pela ilha em um dia, só não se perca nas horas a última embarcação para Salvador é às 17h, então esteja na praia antes do último barquinho.
Ilha de Maré – Foto arquivo pessoal de Joice Santos
Vou ser bem sincera com você, não crie expectativa, não há infraestrutura turística, com hospedagem e/ou serviço especial para turista. A ilha é simples, com pessoas simples. Uma pequena comunidade de doceiras, marisqueiras e pescadores, pessoas de idade que vivem no vilarejo a anos.
Conexão com moradores e com a natureza é o que você busca, então venha para ilha de maré.
Como os moradores dizem, a ilha é esquecida pelos governantes, se por um lado o acesso para alguns serviços são precários, por outro os moradores conseguem manter os costumes e tranquilidade do vilarejo sem interferência de tantos turistas.
Ilha de Maré – Foto arquivo pessoal de Joice Santos
Hospedagem:
Até o momento identifiquei apenas três pousadas conhecidas, duas ficam na Praia de Itamoabo e uma na Praia das Neves. Segundo os moradores é melhor alugar uma casa dentro do vilarejo e passar alguns dias.
Em época de férias (Natal, Réveillon) os moradores de salvador, alugam casas em pequenos grupos, ótima pedida para sair dos destinos tradicionais de festas.
Alimentação:
Antes de mais nada, as praias possuem barracas, algo que poucos anos, uns cinco, seis anos atrás, não se via.
Bebida e comida acessível, preço de povão. Adorooo!
Cerveja 10 reais, Pastel 6 reais, moqueca em média 60 Reais, atende duas pessoas confortavelmente.
Barracas de drinks com direito a dj, sim temos. Kkkkkk
Por fim, Salvador é outro sabor, já dizia O POETA: música, bebida e festa é nosso gás.
Não há dúvida que a ilha esta mudando e a frequência de visitantes aumenta a cada dia, acredito que daqui a 5 anos teremos mais opções de hospedagens, por enquanto, o bate volta funciona diariamente e vale super apena.
E aí, gostou dessa dica de viagem ela Ilha de Maré? VENHA CONHECER O SUBÚRBIO FERROVIÁRIO DE SALVADOR
O Cineclube Palmares realizará a sua 7ª Mostra de cinema com 11 filmes Negro Contemporâneo Brasileiro do dia 19 a 27 de março de 2021. E vamos conhecer quais são os filmes que estão em cartaz.
Roberto Borges dá aula no mestrado em Relações Étnico-Raciais. A professora Heloise da Costa realiza, na favela da Vila Cruzeiro (RJ), um projeto que trabalha a construção da identidade de crianças negras. Aos 42 anos, Adelson Martins tenta terminar o ensino médio e gerir o seu próprio negócio, uma serralheria, com ajuda da esposa. O filme é um olhar sobre esses três personagens, além de levantar questões sobre o impacto do racismo estrutural na educação.
Ficha Técnica
Argumento, roteiro, direção, produção, fotografia e montagem: Davidson Davis Candanda. Direção de produção: Hugo Lima e Dandara Luanda Som direto: Hugo Lima Câmera: Pam Nogueira Elenco: Adelson Martins, Heloise da Costa e Roberto Borges
Filmografia
Reexistências – histórias de vida e resistência na Baixada Fluminense (2018); A Pedra (2019); Dias de Quarentena (2020)
Café com Canela (Ary Rosa e Glenda Nicácio, 2017, BA)
Filme – Café com Canela
Duração: 102 min
Sinopse
Recôncavo da Bahia. Margarida vive em São Félix, isolada pela dor da perda do filho. Violeta segue a vida em Cachoeira, entre adversidades do dia a dia e traumas do passado. Quando Violeta reencontra Margarida inicia-se um processo de transformação, marcado por visitas, faxinas e cafés com canela, capazes de despertar novos amigos e antigos amores.
FICHA TÉCNICA
Roteirista: Ary Rosa TRILHA SONORA Compositor: Mateus Aleluiau, PRODUÇÃO – Produtor Executivo: Ary Rosa, Produtora Executiva: Glenda Nicácio, Produtora Executiva: Ohana Sousa, EQUIPE TÉCNICA Montadora: Poliana Costa, Montador: Thacle de Souza, Diretora de Arte: Glenda Nicácio, Engenheiro de som: Ary Rosa
FILMOGRAFIA
Café com Canela (2017); A Ilha (2018), Até o Fim (2020)
A Vizinhança do Tigre (Affonso Uchôa, 2014, MG)
Filme – A vizinhança do Tigre
Duração: 95 min
Sinopse
Um grupo de jovens que mora na periferia de Contagem se divide entre o trabalho e o lazer, o crime e a esperança. Para conseguir sobreviver à luta de cada dia, eles terão que domar o tigre que mora dentro de cada um deles.
Ficha Técnica
Produção: Affonso Uchôa (VASTO MUNDO) ; Coprodução: Katásia Filmes e A Produtora; Direção: Affonso Uchoa; Direção assistente: João Dumans e Warley Desali; Roteiro e diálogos: Affonso Uchoa, João Dumans; Aristides de Sousa, Maurício Chagas, Wederson Patrício, Eldo Rodrigues, Adílson Cordeiro, Produção executiva: Thiago Macêdo Correia, Fotografia: Affonso Uchoa, Som direto: Warley Desali, Montagem: Luiz Pretti, João Dumans, Affonso Uchoa, Desenho de som: Pedro Durães, Bruno Vasconcellos, Mixagem: Pedro Durães
Filmografia
MULHER À TARDE (2010), A VIZINHANÇA DO TIGRE (2014), SETE ANOS EM MAIO (2019), ARÁBIA (2017) como codiretor.
Cavalo (Rafhael Barbosa e Werner Salles Bagetti, 2020, AL)
Filme O Cavalo
Duração: 84 min
Sinopse
Envolvidos num processo artístico, sete jovens dançarinos são provocados a um mergulho em suas ancestralidades.
Ficha Técnica
Roteiro e direção: Rafhael Barbosa e Werner Salles Bagetti; Preparação de elenco: Glauber Xavier e Flávio Rabelo; Direção de produção: Adriana Manolio, Produção executiva: Valeska Leão, Assistência de produção: Renah Roxo Berindelli, Som direto Simone Dourado, Direção de arte: Nina Magalhães e Weber Salles Bagetti, Montagem: Werner Salles Bagetti e João Paulo Procópio, Direção de fotografia: Roberto Iuri, Assistência de câmera: Chapola Silva, Edição e mixagem de som: Lucas Coelho, Finalização: Gabriel Çarungaua, Assistência de direção: Guilherme César, Iluminador: Moab de Oliveira Santos, Trilha sonora original: Luciano Txu
Filmografia Werner Salles Bagetti: – Interiores ou 400 Anos de Solidão, (2012); – Imagem Peninsular de Lêdo Ivo, – História Brasileira da Infâmia – Parte 1.
Rafhael Barbosa: – KM 58, – O Que Lembro, – Tenho.
A Morte Branca do feiticeiro Negro (Rodrigo Ribeiro, SC, 2020, Classificação 16 anos)
Filme – A Morte Branca do feiticeiro Negro
Duração: 10 min 20 segundos
Sinopse: Memórias do passado escravista brasileiro transbordam em paisagens etéreas e ruídos angustiantes. Através de um poético ensaio visual, uma reflexão sobre silenciamento e invisibilização do povo preto em diáspora, numa jornada íntima e sensorial.
Filmografia: Quadro Negro (2019)
Nove Águas (Gabriel Martins e Quilombo dos Marques, MG, 2019, Classificação livre)
Nove Águas-Gabriel Martins
Duração: 25 minutos
Sinopse: Em 1930, Marcos e seu grupo de descendentes de escravizados saíram do Vale do Jequitinhonha rumo ao Vale do Mucuri. Fugindo da seca, da fome e da violência no campo, os quilombolas buscavam um novo território para construir sua comunidade. Dos tempos do desbravamento aos atuais, a história de luta por água e terra protagonizada pelos moradores do Quilombo Marques, no Vale do Mucuri, em Minas Gerais
Filmografia (roteiro e/ou direção)
Filme de Sábado (curta 2009)
No final do mundo (curta 2009)
Contagem (curta 2010) codireção
Estado de Sítio (longa 2011) codireção,
Dona Sônia pediu uma arma para seu vizinho Alcides (curta 2011),
Meu Amigo Mineiro (curta 2012) codireção
Mundo Incrível Remix (curta 2014)
Aliança (longa 2014) – codireção
Alemão (longa 2014) – roteiro; direção de José Eduardo Belmonte
Rapsódia para o Homem Negro (curta 2015), Nada (curta 2017)
O Nó do Diabo (série 2017) – roteirista e diretor do episódio 02,
Sinopse: Duas pessoas guiadas pela fé, ressignificam suas vidas no amor e na arte.
Filmografia:
Letra B (2017),
SAPATÃO – Uma Rachadura No Sistema (2020),
Que Bixo é Esse (2020)
Coração do Mar (Rafael Nascimento, SP, 2018, Classificação livre)
Filme Coração do mar-Rafael Nascimento
Duração: 20 minutos
Sinopse: Cercado pela violência da região metropolitana, onde no Brasil a cada 23
minutos um jovem negro é assassinado, Cadu, filho de Teresa, aos 10 anos sonha
conhecer o mar.
Filmografia:
Sangue – Batalhas Racionais (2014) – Documentário
O Subterrâneo na Superfície (2015) – Experimental em Super8
No Ritmo das Obás (2016) – Documentário
Coração do Mar (2018) , Ficção Banzo (2019) – Vídeo-dança
Eu sou a Destruição (Eduardo Camargo, PR, 2020, Classificação 12 anos)
Filme Eu Sou a Destuição – Eduardo Camargo
Duração: 5 min. 40 seg
Sinopse: No dia 16 de janeiro de 2020 o ex-secretário da Cultura e co fundador do Club Noir de São Paulo, Roberto Alvim, divulga um registro em vídeo de seu discurso que apresenta um prêmio direcionado a artistas plásticos; e plagia Joseph Goebbels enquanto é acompanhado ao fundo pela música Lohengrin de Richard Wagner. Alvim afirma que a arte brasileira será
romântica, nacional, heroica e dotada de grande envolvimento nacional, ou não será nada. Optamos pelo nada e a anunciação da destruição. A cultura não pode ficar alheia.
Filmografia:
Malícia (2021)
Tanya II (2020)
EU SOU A DESTRUIÇÃO (2020),
Brasa (2019)
Céfalo (2019),
TML (2017)
Aos estudantes ocupantes do Pedro Macedo (2016)
O Choro de Piranha (2016)
Paz no mundo camará – Capoeira de Angola e a volta que o mundo dá (Carem Abreu, MG, 2012, Classificação livre)
Filme Eu Sou a Destuição – Eduardo Camargo
Duração: 55 minutos
Sinopse: A história da resistência cultural afro-brasileira impulsionada pela natureza libertária frente à intolerância. Conversamos com mais de 40 mestres e pesquisadores populares do Rio de Janeiro, Salvador, Pernambuco, Alagoas e Minas Gerais para compreender, via a perspectiva da capoeira angola, qual foi a contribuição afro para formação da identidade cultural e histórica dos brasileiros. Como em menos de um século a capoeira angola, a primeira prática cultural institucionalizada como crime na República, tornou-se “um instrumento de inclusão social e de paz no mundo”? Pesquisamos mais de 600 anos da trajetória da raiz cultural da Capoeira Angola no Brasil e no mundo e comprovamos o seu efeito transformador: suas raízes estão tão ligadas a origem do samba, do frevo, das religiosidades afros, como também influenciaram na libertação dos povos escravizados e na configuração das atuais ocupações urbanas brasileiras.
Filmografia:
Conexão Brasil Senegal (2019/2020)
É golpe! (2017)
O partido do evento (2014), Paz no mundo camará (2012)
Angola Capoeira Ancestral (2011), Praia da Estação(2010), Encontro de Raiz (2007)
Mestre da Lição (2007)
Trajetória – Julgamento, 20 Anos de Rap (Carlos Machado, 2018, MG, 33 min)
Filme TRAJETORIA – JULGAMENTO 20 ANOS DE RAP de Cred Marco Aurélio Prates 2016
Duração: 33 min
Sinopse
Com mais de 20 anos de estrada o Julgamento é o mais longevo trabalho de rap da capital mineira e parte desta história está registrada no documentário “Trajetória – Julgamento, 20 anos de rap” no qual os integrantes falam sobre a caminhada ao longo dessas duas décadas, contando sobre o desenvolvimento do gênero, os avanços e dificuldades do cenário, bem como a forma como as mudanças sociais e políticas influenciaram na abordagem do rap brasileiro e belo-horizontino.
Ficha Técnica
Roteiro e Direção: Carlos Machado; Produção e Som Direto: Ana Luiza Siqueira; Direção de Fotografia e Montagem: Daniel Ferreira; Direção de Arte e Finalização: André Oliveira; Mixagem: Helder Araújo e Sérgio Giffoni
Filmografia
Trajetória: Julgamento, 20 anos de rap (2018)
Dublê de Eletricista (2015)
O migrante (2008)
Salve a Coroa (2007)
E aí, se interessou pelos Filmes Cinema Negro Brasileiro? Qual você irá assistir? Compartilhe e nos conte como foi assistir e participar deste festival.