Morro dois irmãos Vidigal - foto arquivo pessoal de Rebecca Aletheia

Visite a favela mais famosa do RJ o Vidigal!

A Anfitriã e idealizadora dos melhores tours e de modo economico pela cidade do Rio de Janeiro – Natasha do Localiza 021- proporcionará uma visita incrível à favela mais famosa do RJ – Vidigal, e de tem maneiras inesquecível

Sobre a Favela do Vidigal

Queridinha dos turistas, a favela do Vidigal atrai gente do mundo todo pela energia do lugar e a vista de tirar o fôlego! 
Localizada na Zona Sul da cidade, além da vista incrível, segurança e ambiente de muitos artistas que se hospedam ou moram no local, existem muitas opções de lazer dentro dela além de bares famosos e mirantes que não tem como não parar pra tirar umas fotos. 
Vidigal dispensa apresentações né? É linda de todas as formas!! Assim como nesse roteiro é possível imergirn na beleza que é impossível ignorar até o passado da favela chegando aos dias atuais.  

Motivos para que você visite a favela mais famosa do RJ – Vidigal!

Pracinha da Favela do Vidigal - foto arquivo pessoal de Rebecca Aletheia
Pracinha da Favela do Vidigal – foto arquivo pessoal de Rebecca Aletheia

Se liga o que rola no local:

Historia, segurança e Nós do Morro

Falar do Vidigal e não falar da arte, da história local e da segurança atual é um grande equivoco. Existem alguns pontos de interesse que fazem parte da cultura local como o teatro Nós do Morro. Um projeto que além de incentivar a cultura dentro da favela, ajudar no desenvolvimento artistico de jovens da comunidade e proporcionar nova perspectiva de vida para os integrantes. Foi deles que saíram muitos nomes famosos da musica, cinema e televisão mostrando a potência que existe dentro das favelas do Rio.

Mirantes do Vidigal

É impossível caminhar pelo Vidigal – favela mais famosa do RJ e não parar pra tirar algumas fotos nos muitos mirantes com vista incrível para a praia. Então se você quer guardar recordações inesquecível desse rolé, esse vai ser um dos muitos pontos atrativos. Um dos mirantes mais famosos do trajeto é o Mirante da Casa do Jogador David Beckham. É isso mesmo ele comprou uma mansão no Vidigal depois de se apaixonar pelo local. 

Bares e restaurantes

Assim como os bares mais famosos da comunidade e que proporcionam também vista incrível. Aqui é possível além de comer e beber conhecer um pouco sobre a história de cada um deles. Assim como, alguns projetos que eles desenvolvem e muito mais! Além dos bares, becos cercados de arte urbana vão ilustrar o caminho mas isso é só um resumo de tudo que você vai ver.

Por fim, recomendamos:

  • Faça esse passeio com guias locais e agências de turismo local.
  • Feche com agências que realizem esse pacote e a nossa queridinha, favorita e com os melhores preços é a Agência – Localiza 021.

Chama elas no zap ou acesse o site e fique por dentro das datas de tour, não perca tempo e Visite a favela mais famosa do RJ o Vidigal

 

EXPLORAÇÃO DE ANIMAIS, ATÉ QUANDO VALE NO TURISMO?

Exploração de animais, até quando vale no Turismo? 

Sabe aquela famosa foto abraçado elefantes leões…. até quando vale no turismo essa exploração de animais? Recentemente me deparei com a matéria: Elefantes passam fome na Tailândia durante a pandemia do novo coronavírus. Respeitar e ajudar a cuidar do meio ambiente é muito mais do que não jogar lixo no chão.

Temos que ser responsáveis e críticos em tudo que é relativo ao planeta em que vivemos. Enquanto turistas e viajantes temos que repensar algumas atitudes e refletir sobre o que é sustentável no turismo e o que não é.

Aliás, o que a pandemia de Covid19 pode nos ensinar ou nos fazer refletir sobre nosso papel enquanto turistas ou viajantes responsáveis que cumprem seu papel na sustentabilidade?

Exploração de animais no turismo e suas polêmicas

em primeiro lugar vale lembrar que não é novidade que muitas atrações turísticas que envolvem interações com animais são um tanto polêmicas. Assim como, nadar com golfinhos, andar em elefantes, assistir show de baleias confinadas são apenas alguns dos exemplos de como os animais são explorados para atrair turistas.

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Macaco servindo de atração na India – imagem: Pixabay

Particularmente sou bem pé atrás com esse tipo de atrativo com expliração de animais no turismo. Assim como, quando visitei Buenos Aires não cogitei incluir na minha lista o zoo de Lujan, famoso por permitir que os visitantes posem ao lado de leões e tigres. Li vários relatos negativos em blogs, que não me animaram em nada a visitar o local. Por mais “domesticado” que um leão seja, ele não está no seu estado natural. Quem garante que eles não estão dopados? Quem garante que não são maltratados?

Por outro lado, em Cartagena visitei um oceanário na Islas del Rosario e não curti muito o passeio. Qual o sentido de confinar animais marinhos em uma ilha? O ponto alto da atração era o momento do show com os golfinhos, onde no final algumas crianças desciam até o tanque, sob supervisão do treinador, para interagir e tirar fotos.

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Menina e golfinho no oceanário da Islas del Rosário – imagem acervo pessoal

Vale refletir…

Entendo a importância de zoológicos e que muitos animais que estão ali foram resgatados em situações precárias como estando em cativeiro e muitas vezes sofreram maus tratos. Mas até quando a interação direta desses animais com seres humanos é saudável e ética? Ninguém interagiria com um animal em seu estado selvagem e em seu habitat natural. Para que aconteça qualquer interação com esses animais, sua condição natural provavelmente ocorreu uma alteração, ou seja, foram dopados. Golfinhos, leões, elefantes, tigres…ninguém posaria  ao lado deles para tirar fotos caso se deparasse com eles no meio da selva.

Ao mesmo tempo, os animais utilizados como atrações turísticas geralmente são dopados ou sofrem maus tratos para estarem dóceis e aptos para interagirem com os seres humanos.

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Elefantes usados para passeios na Tailâdia – imagem Pixabay

Definitivamente ao meu ver o ser humano por vaidade e como forma de mostrar poder, usa dessas demonstrações exibicionistas que prejudicam os animais e muitas vezes não param para pensar as consequências de lugares assim existirem. Há outras formas de se aproximar de animais selvagens que não sejam em lugares do mesmo modo que alteram seu estado natural.

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Um monge e um tigre em cativeiro na Tailândia – Imagem Pixabay

Turismo Responsável

Dessa forma, opte sempre por um turismo responsável. Existem tours e passeios que permitem ver esses animais livres na natureza, geralmente dentro de espaços protegidos por lei, ou seja, que são criados especialmente para proteger a biodiversidade local.

Logo, aqui vão algumas opções:

Passeios de barco – geralmente um passeio marítimo permite observar muito da fauna marinha como tartarugas, golfinhos, botos e peixes. Aqui no Rio tive a oportunidade de avistar esses animais em passeios na Ilha Grande, Arraial do Cabo e até mesmo na Baía de Guanabara.

– Trilhas em Parques Naturais – é possível observar  micos, macacos, tucanos, lagartos e outros animais endêmicos e exóticos. Trilha do Morro Dois Irmãos, Parque Nacional da Tijuca, trilha pro Morro da Urca.

Mergulho – em passeios de barco é possível mergulhar em meio a peixes multicoloridos, geralmente as embarcações alugam snorckel para que o turista tenha a experiência de visualizar toda a fauna marinha do local.

– existe também a opção de fazer trabalhos voluntários em parques , reservas e ONGs. Além de estar ajudando na preservação do meio ambiente, você vai poder ver de perto muitos animais. Ao mesmo tempo, no Brasil temos projeto Tamar, que cuida das tartarugas marinhas; o SOS Mata Atlântica; ONGs de preservação no Pantanal e Amazônia. No exterior, ONGs na Costa Rica que cuidam de tartarugas na praia; ONGs na Ásia que cuidam da preservação de elefantes e outros animais.

Alguns Documentários

Por fim, caso ainda não esteja convencide o quaão danoso é a exploração de animais no turismo, seguem alguns documentários que contam histórias tristes e cruéis de como esses animais são separados das mães ainda filhotes, para serem treinados para shows e interação com humanos:

– A enseada (The Cove) – é um documentário norte-americano lançado no ano de 2009. O filme analisa e questiona a prática de caça aos golfinhos no Japão.

– Blackfish – O documentário centra-se no cativeiro da orca Tilikum, que foi responsável pela morte de três pessoas, e nas consequências de manter tais animais grandes e inteligentes em cativeiro.

– Gardeners of Eden – O filme tem como foco a crise da caça e do tráfico de partes de animais na África, documentando um berçário no Parque Nacional Tsavo no Quênia, onde se hospedam bebês elefantes cujos pais foram mortos

– Blood Lions – O filme traz importantes denúncias acerca da exploração comercial de leões e outros animais nas savanas sul-africanas, normalmente associadas a um suposto ecoturismo e a esforços de conservação dessas espécies.

– An Elephant Never Forgets– percorre o mesmo caminho que milhares de turistas britânicos fazem todos os anos quando visitam atrações que envolvem elefantes na Tailândia. Joe Keogh, um ator comediante de Manchester, oferece um grande insight sobre as condições de vida e de escravidão dos muitos elefantes usados e abusados na indústria de turismo.

Enfim…

Assim, me despeço de vocês por hora e espero que essa discussão para o futuro sobre exploração de animais no turismo seja um assunto desnecessário. Assim como espero poder compartilhar mais reflexões com vocês por aqui! Me siga no Instagram – Bora Descobrir, e acessem o meu Website – www.boradescobrir.wordpress.com . Até a próxima!

Filme Soteropolitanas um filme de todas nós

Confira Agenda de Lançamento Filme em Salvador: Soteropolitanas

Filme – Soteropolitanas: Filhas de Salvador mostram a importância da mulher na construção do Brasil. Um retrato do olhar de mulheres negras sobre a Salvador Mulher. Essa é a principal abordagem do filme “Soteropolitanas”, um registro documental e poético de 25 minutos que apresenta, através de depoimentos, poemas, imagens e música, a importância da mulher na construção de Salvador, berço do Brasil.

Realização da Lima Comunicação em uma coprodução da Papa Jaca Filmes e Têm Dendê Produções. Soteropolitanas é um filme baseado em um poema escrito pelas mãos de várias mulheres de Salvador. Especialmente de mulheres pretas, que estão escrevendo sobre ontem, o hoje e o amanhã que está sendo construído por elas e por muitas outras mulheres.

Julho das Pretas

Julho das Pretas - Lançamento do FIlme Soteropolitanas em Salvador
Julho das Pretas – Lançamento do FIlme Soteropolitanas em Salvador

“Esse filme fala sobre a ideia dessa Salvador Mulher, que pariu tantos talentos e abriga tantos outros. Uma Salvador Mulher que atua e luta para a construção dessa sociedade igualitária e humanitária, sobretudo nesse mês, que é o Julho das Pretas. São temáticas importantes que nos atravessam e reverenciam nossa própria ancestralidade, fala sobre ser mulher nessa sociedade, ser uma mulher preta e a diversidade de existências dessas mulheres. Trata de como nós, mulheres, somos parte da criação e do desenvolvimento dessa de Salvador”.

explica Keyti Souza, Produtora Executiva da obra.

A produção é uma homenagem ao Dia Internacional da Mulher Negra, Latino Americana e Caribenha e ao Dia Nacional de Tereza de Benguela. Assim como, faz parte das comemorações pelo 25 de julho, evidenciando, nesta data, as potências das soteropolitanas.

“O filme conta com oito protagonistas com diferentes idades e trajetórias dentro dessa cidade e, em meio a representações diversas faz um chamado para falar sobre o ontem e mostrar como essas mulheres chegaram em Salvador e como chegaram nesse atual momento da história. A partir dessas referências, um poema gera uma reflexão sobre o ponto de vista ao fazer uma saudação às mulheres ancestrais que dão força para as mulheres contemporâneas falarem das suas lutas”.

completa a Diretora Vânia Lima

“Salvador é a grande matriarca negra brasileira. Do ventre fértil da Roma Negra é gerada a negritude em toda a sua riqueza e diversidade cultural. Soteropolitanas é uma justa homenagem às várias mulheres negras de Salvador”

Define o Gerente de Equipamentos Culturais da FGM, Chico Assis.

Soteropolitanas terá exibição nos Espaços Boca de Brasa e Casa do Benin, geridos pela Fundação Gregório de Mattos (FGM) apoiadores do projeto e ficará disponível nas redes sociais da FGM e do Grupo Têm Dendê.

Filme Soteropolitanas
Filme Soteropolitanas

Confira a programação:

Por fim deixamos aqui a programação para assistir o filme Soteropolitanas e suas exibições:

  • 27/07 QUA, 18h – Casa do Benin (Pelourinho)
  • 28/07 QUI, 19h – Espaço Boca de Brasa Cajazeiras
  • 29/07 SEX, 15h – Espaço Boca de Brasa Céu de Valéria
  • 29/07 SEX, 19h – Espaço Boca de Brasa Subúrbio 360
Serra do Espirito Santo - Jalapão - TO - Foto arquivo pessoal de Lurdinha Souza

20 lugares para se visitar em Palmas e Jalapão

Recebemos esse brilhante texto da Lurdinha Souza contando os 20 lugares para se visitar em Palmas e Jalapão no Tocantis.

Envie seu texto para faleconosco@www.site-antigo.bitongatravel.com.br

Em primeiro lugar, gostaria e dizer que Jalapão era um destino que já me atraia há muito tempo. Sendo assim, no início desse ano, resolvi me presentear, em razão do meu aniversário em fevereiro, com essa viagem.

Como sou mochileira e prefiro viajar no modo econômico, comecei a cogitar a ideia de alugar um carro e ir sozinha (sou dessas, aventureira). Mas pesquisei bastante, e vi que poderia ser arriscado e bem caro.

Leia também: Afroturismo no Brasil: 6 Agências e Roteiros Comandados por Mulheres Negras

Planejamento

Minha pesquisa iniciou imediamamente no google que me retornou várias agências que faziam pacotes. Entrei em contato via whatsapp com várias delas. Como era domingo, só na segunda comecei a receber os retornos.

Planejadora que sou, logo selecionei as que tinham os roteiros mais completos e melhor preço ($$$ 😊). Finamente fiquei entre quatro, logo depois entre duas e finalmente resolvi tentar fechar.

Fechei com a agência Jalapoeiros. Combinei tudo via whatsapp, e agora era esperar…. ainda estava em fevereiro. Site Jalapoeiros.

No meio disso tudo, tive uma mudança em função do trabalho, de Manhuaçu (leste de Minas) para BH. Insegurança da mudança, se isso ia afetar minhas férias. A agência foi muito compreensiva na situação.

Enfim, junho chegou. Férias e a tão esperada viagem ao Jalapão.

3 dias em Palmas – TO

Minha viagem começou em Palmas, separei três dias para conhecer a caçulinha das capitais do país, com apenas 33 anos (mais nova que eu rsrs).

Uma cidade muito bonita, com comida muita farta. Essa é minha descrição de Palmas.

Dia 1 em Palmas – TO

No primeiro dia, saí cedo do hostel fui caminhando até o Parque Cesamar. Se você gosta de caminhar pelas cidades, como eu, se prepare: Palmas praticamente não tem pedestres. Dizem que pelo calor, sol quente e aquelas ruas muito planas 1 km parecem 5.rs

Depois visitei o Relógio de Flores. Vencida pelo sol do meio-dia, chamei um carro de aplicativo e fui almoçar no restaurante que me indicaram para experimentar o chambari, um prato típico, ou quase, do TO.

No fim da tarde, fui para Praia da Graciosa ver o pôr do sol, e que pôr do sol.

Lugares para se Visitar em Palmas - TO Por do sol na praia da Graciosa Palmas - TO foto arquivo pessoal de Lurdinha Souza
Lugares para se Visitar em Palmas – TO Por do sol na praia da Graciosa Palmas – TO foto arquivo pessoal de Lurdinha Souza

Dia 2 em Palmas

Dia seguinte, ou seja, o segundo dia, fui até a praia da Graciosa, tomei o barquinho e fui até a Ilha do Canela. Vale super a pena.

Descobri que tem umas telas de proteção, mas não são demarcação de profundidade e sim porque tem piranha do Rio Tocatins.

Junto com uma moça que conheci no hostel fiz uma tentativa frustrada de ir a pé da graciosa até a praia do Prata, como disse frustrada… muito frustrada no sol das 14h rsrs. Ah, outra coisa que não rola em Palmas é carona.

Dia seguinte, decidimos encarar a caminhada até o Prata, uns 50 min. Valeu muito a pena, mas o lance das piranhas ainda tava gritando na minha cabeça. 

Praia de rio, assim como a Graciosa, lindíssima.

Fui conhecer a maior praça da América Latina e segunda maior do mundo, Praça dos Girassóis.  Muita história e muitos monumentos pra visitar. Lá está localizado o centro geodésico, que marca o centro do Brasil.

Centro geodesio do Brasil Palácio Araguaia - Foto arquivo pessoal de Lurdinha Souza
Centro geodesio do Brasil Palácio Araguaia – Foto arquivo pessoal de Lurdinha Souza

Viagem em grupo

O lado ruim de comprar essas viagens de grupo é que, no meu caso, como estava sozinha não escolhi o grupo. Tive sorte de encontrar outra moça viajando sozinha e ficamos superamigas.  Sorte a minha, já que tinham outros dois casais. E a gente escapava das opiniões do lugar de branco privilegiado conversando entre nós sobre vários assuntos: livros, personalidades negras, nossas histórias de vida… enfim sorte a nossa nos encontramos.

O lugar é muito mais do que vemos em fotos, muito mais lindo. Energia surreal…. Minha experiência foi muito além de uma viagem, foi uma imersão terapêutica em mim mesma. Mas esse papo vai pra terapia, aqui falemos da viagem…

5 dias no Jalapão

Bom, após visitar esses lugares em Palmas, hora de partir para o Jalapão!

Jalapão é incrível! Os deslocamentos nos dois primeiros dias foram longos. E grande parte em estrada de chão. Como sou cria de interior, de roça, achei tranquilo, mas é uma opinião muito pessoal. Mas Jalapão é ecoturismo, então não vá esperando pavimentação.

O que fazer no Jalapão

O primeiro atrativo que visitamos foi a Pedra Furada. A formação rochosa de arenito é muito impressionante.

De lá seguimos para a Lagoa do Japonês, outro maravilhoso atrativo.

Visitamos o cânion Sususapara, o nome é por causa de um cervo nativo do cerrado.

O lugar é de uma energia maravilhosa, as raízes das arvores do cerrado se aprofundam pela terra em busca de água. O cânion mostra um pouco do quão longas são essas raízes. Momento reflexivo pra mim. Sobre minhas raízes….

Comunidade Quilombola

No segundo dia almoçamos em uma Comunidade Quilombola, há algumas pelo Jalapão. A aparência é de uma comunidade mais rural, assim como as casas são distantes uma das outras, não consegui conhecer muito. Uma pena….

A prainha do Rio Novo foi o único lugar de água fria que vi no Jalapão.

A serra do Espírito Santo foi apenas contemplação, mas a imponência chama atenção ema vários pontos do trajeto.

As Dunas são um capítulo à parte, exuberantes. Sempre me encanto com dunas. Uma nuvem encobriu o pôr do sol, mas não tirou a beleza daquele lugar e momento.

Cachoeira da Formiga é outro capítulo à parte, primeira cachoeira de água quente que já vi na vida. Minas tem cachoeiras maravilhosas, mas agora vai ficar difícil não comparar a temperatura gelada daqui com aquela temperatura incrível.

Os fervedouros eram o ponto alto pra mim. E não decepcionaram, na verdade superaram muito todas as minhas expectativas. Visitei 07 fervedouros: Buriti, Buritizinho, Ceiça, Jatobá, Rio do Sono, Macaúbas e Bela Vista. (Palmas pro guia que viabilizava tudo com muito carinho).

Todos têm água morna. Deliciosos e exuberantes. O que eu mais gostei foi o Macaúbas – o que tem maior pressão, a gente flutua mais. Foi o que me senti mais à vontade flutuando sem tocar os pés no solo. (já que não sei nadar).

Mas todos me impressionaram muito, a beleza que a gente vê nas fotos nem chega perto da beleza real daquele lugar.

Hospedagem, Guias e Valores

Esperava acomodações mais simples, na casa de moradores. Eu amo essa interação, mas não posso reclamar, pois as pousadas eram de alto padrão. O roteiro incluía transporte, acomodações, café, almoço e janta. Tudo muito farto e delicioso.

Os guias são da região e os restaurantes que almoçávamos eram dos próprios moradores, que já estavam ali antes da chegada do turismo. Achei isso fantástico. E, por mim, deveria ser proibido ir gente de fora montar negócios por lá.

Enfim, à primeira vista Jalapão parece um destino caro, mas achei acessível o valor que paguei em relação a tudo que disfrutei em 05 dias e 04 noites naquele paraíso.

Foi uma viagem da vida. A viagem!

 Aviso: Jalapão mexe em todos os seus sentidos. A imersão naquele paraíso teve um efeito terapêutico pra mim. Todas as viagens que já fiz me proporcionaram autoconhecimento, mas essa foi bem mais profunda, talvez por que foi a primeira depois de 02 anos de pandemia.

Enfim, esse paraíso é nosso e pra nós! Só vai pro Jalapão meninas. Espero que tenha gostado desses lugares para se visitar em Palmas e Jalapão. Assim como, te convidamos para escutar o Episódio da Bitonga Travel – Jalapão

Podcast Bitonga Travel – Jalação fala de Lugares para se visitar em Palmas e Jalapão – TO

Por fim, duas últimas grande sugestão: Pensando em viajar ao Jalapão – Vá participar da Festa da Colheita em Setembro – Agenda Bitonga Travel. Assim como, leia o texto – Venha viver Turismo de Base Comunitária no Jalapão – Tocantins.

Lurdinha Souza - Fervedouro do Jatobá -  TO

Lurdinha Souza

Mineira, nasceu no interior de Minas. Cresceu a zona rural e como boa aquariana sonhadora ( que não acredita em signo rs) ousou ir para vida e para o mundo.

Conheça a sua agência de viagem AFROCENTRADA!

Conheça a Afrotrip a sua agência de viagem AFROCENTRADA!

Olá Bitongas, em primeiro lugar, vamos falar da Afrotrip a sua agência de viagem AFROCENTRADA, e vamos te contar uma novidade que estamos muito felizes em compartilhar com vocês.

Nossa história…

Desde 2016 chamavamos Black Travelers, ou seja, uma agência de viagens que proporcionou aos viajantes negros de todo o mundo a chance de conhecer o Brasil de uma perspectiva afrocêntrica.


Logo depois, em 2019 passou a se chamar Destino Afro, criada para conectar viajantes brasileiros à África e países da diáspora.

É isso mesmo que vocês leram, eram duas agências, emissiva e receptiva com nomes diferentes. Dessa forma, ao longo desses anos, ambas as marcas fizeram sucesso, assim como sendo reconhecidas por proporcionarem experiências incríveis e momentos maravilhosos a todos os nossos clientes.

A fundadora

No entanto, ser duas marcas no mesmo segmento tem sido trabalhoso. Por isso, a fundadora Carina Santos, decidiu transformar duas marcas em uma! Enfim, um nome, uma marca, com os mesmos valores: conexões, experiências inesquecíveis e pertencimento.

Afrotrip é o nosso novo nome! 

Afrotrip - Agência de turismo afrocentrada
Afrotrip – Agência de turismo afrocentrada

Desde já, um novo começo de uma bela história, sem se preocupar com as diferenças de idiomas, apenas para unir as pessoas em prol da cultura, do entretenimento e do verdadeiro turismo.

Somos AfroTrip

Da mesma forma, falamos português, falamos inglês, pertencemos ao mundo, e queremos trazer o sentimento de pertencimento a vocês!

Conheça a sua nova agência de viagens:

  • Nosso símbolo foi cuidadosamente pensado para transmitir nossos valores, representando o sorriso que imprime uma jornada afetiva de conexões, que impulsionam movimentos em novos ângulos como o pin ao contrário, nas cores que simbolizam o legado pan-africano;
  • Somos uma agência legalizada e experiente;
  • Nossa equipe é composta por profissionais especializados, estamos sempre engajados na inclusão do povo preto em todas as vertentes do turismo, viajando e trabalhando conosco.
  • Nosso atendimento é afetivo, nós vemos você! Nos empenhamos em proporcionar o tipo de viagem que você quer viver! Não há roteiros padronizados, cada viagem é única!

💛Somos apaixonados por experiências!

E então, já sabe Afrotrip é a sua agência de viagem AFROCENTRADA, acesse o nosso SITE e vamos viajar?

Conheça as próximas viagem!

Egito um país surpreendente – 2023

Recife te chama – setembro de 2022

Vamos pra Maceió e Palmares – Outubro de 2022

Salvador – Afropunk – Novembro de 2022

Por fim, escute o episódio do podasta da Bitonga Travel falando do Egito!

Escute o episódio da Bitonga Travel – Egito
Turista Responsável - Juh Oliveira - Bitonga Travel

Você sabe o que é ser um turista responsável?

Em primeiro lugar, você sabe qual é o seu papel como turista responsável nos destinos que visita? Ser um turista responsável é muito mais que escolher uma hospedagem “sustentável” que utiliza painéis solares para gerar energia elétrica, ou que utiliza torneiras com acionamento por tempo determinado pra economizar água. Depois que fiz o curso Curso ‘Turismo Responsável: Tirando seu Projeto do Papel’ tive muito o que pensar a respeito do que é de fato um turismo responsável. De acordo com a definição da Organização Mundial do Turismo:

“O turismo sustentável pode ser definido como o turismo que considera as repercussões atuais e futuras, econômicas, sociais e de meio ambiente para satisfazer as necessidades dos visitantes, da indústria, de todo entorno e as comunidades anfitriãs. ”

Organização Mundial do Turismo (UNWTO)

Com o afrouxamento das restrições para viagens em decorrência do Coronavírus, muitas pessoas estão aproveitando para voltar a viajar. Carnaval está aí, apesar de adiamento dos festejos, o feriado será mantido em grande parte do Brasil e muitos destinos vão receber viajantes.

Seria turismo responsável sinônimo de boas práticas sanitárias?

Em tempos de pandemia de Covid-19, turismo responsável virou sinônimo de seguir boas práticas sanitárias para evitar que o vírus se alastre e o turista possa viajar com segurança. Mas será que é só isso? O selo “Selo de Turismo Responsável, limpo e seguro” criado em 2020, pelo Ministério do Turismo, que estabelece práticas a serem seguidas pelos estabelecimentos, é apenas um selo simbólico, sem nenhum tipo de fiscalização por parte das autoridades sanitárias do país.

Seno assim, esse contexto é importante lembrar que nem sempre o que uma marca vende é real. Existe um termo chamado “greenwashing” (lavagem ou maquiagem, verde em português) que é quando uma empresa ou uma marca se vende como sustentável, praticando ações que na realidade não impactam em nada na sustentabilidade. Na verdade, elas não estão fazendo mais que sua obrigação.

Vale lembrar que impactos ambientais não são só aqueles ligados à natureza, mas também ao social, visto que o ser humano depende da natureza para moradia e alimentação.

Um meio ambiente ruim e degradado também causa impactos negativos para as pessoas que vivem naquele local. Alguns exemplos são a falta de saneamento básico (abastecimento de água e coleta e tratamento de esgoto), falta de coleta de lixo e reciclagem, preço abusivo dos itens básicos de subsistência por conta de alta demanda de visitação, especulação imobiliária que expulsa os nativos de suas terras em troca de baixas indenizações. Como dizia meu professor de Geografia Aplicada ao Turismo, no primeiro semestre de curso “um lugar só é bom para os turistas, se é bom para os moradores.”

Overtourism

O overtourism é um outro problema que sofrem alguns lugares turísticos. Destinos que estão saturados, pois recebem um turismo de massa e não respeitam a capacidade de carga local, impactando diretamente na qualidade de vida na população local, que acaba vendo o turismo como um problema e não uma solução. Isso acontece mais na Europa, lugares como Barcelona e Veneza que despontam no turismo mundial em termo de visitação. Aqui na América Latina também temos esse problema em alguns atrativos, como mostra a matéria De qual overturismo estamos falando na América Latina?

É um tema complicado e delicado, porém importante que deve ser olhado com cautela, principalmente no Brasil onde o turismo em sua maior parte é feito à base de exploração.

Cristo Redentor Rio de Janeiro foto Gab
Cristo Redentor Lotado Rio de Janeiro – Imagem Pixabay

Dessa forma, questione:

Em síntese, vamos pensar. Com relação aos destinos e serviços contratados numa viagem:

  • a empresa contratada no destino gera oportunidades de emprego para população local?
  • está realmente envolvida positivamente com na mitigação dos impactos ambientais locais?
  • tem no seu quadro de funcionários negros, mulheres, LGBTs e deficientes?
  • utiliza produtos produzidos localmente?
  • promove algum tipo de turismo que envolva de forma negativa fauna e flora local sem fins de preservação?
  • promove algum tipo de impacto positivo na comunidade? Oferece cursos de capacitação, oficinas de empoderamento econômico local?
  • evita o desperdício alimentar e utiliza materiais reutilizáveis?
  • contrata guias locais, assim se tem a certeza que a renda gerada está beneficiando economicamente a comunidade local.

Essas são apenas algumas perguntas que devemos fazer antes de viajar para um destino ou escolher um serviço turístico.

É importante termos essa consciência e entender que o turismo, apesar de um momento agradável para quem está viajando, pode sim ter consequências negativas. Muitas das quais nem imaginamos, ou seja, a responsabilidade também é nossa e devemos fazer a nossa parte.

Como ser um turista responsável?

Então aqui vão algumas dicas de como ser um turista responsável:

  • Apoie a economia local comprando principalmente de pequenos empreendedores;
  • Escolha agências de guias locais, que conhecem bem o lugar onde vivem;
  • Visite comunidades tradicionais (aldeias, quilombos)
  • Não realize turismo que promova a interação com animais ou que tenham como atrativos animais em cativeiros. Aqui neste post tem dicas de passeios com animais livres em seu habitat
  • Procure programar a visita aos atrativos de forma a evitar os horários mais cheios.
  • Busque atrativos fora dos tradicionais, pois estes costumam estar já saturados.
  • Se possível viaje fora da alta temporada. Além de evitar aglomeração, ainda ajuda a economia local a sobreviver em períodos fora da sazonalidade.

Por fim, responda pra gente, você se considera um turista responsável? Assim como, leva em consideração algum desses fatores na hora de escolher um destino?

Juliana Oliveira Bitonga Travel Viajando pela Colombia

Juh Oliveira – Bora Descobrir

Turismóloga, Arquiteta e Urbanista e Guia de turismo. Habitante da Baixada Fluminense no Rio de Janeiro. Viajante pobre latinoamericana. Apaixonada por viagens, fotografia e conhecer novas culturas. Quero inspirar as pessoas a viajar e pensar no seu papel como viajante responsável, consciente de seus impactos nos locais que visita.

Leia também -6 lugares para conhecer pela Colômbia – Viajando sozinha
Livro EscreVIVER - Cartas de uma viajante negra ao redor do mundo

Livro EscreVIVER – Cartas de uma viajante negra ao redor do mundo

Rebecca Aletheia lança o seu primeiro livro EscreVIVER – Cartas de uma viajante negra ao redor do mundo. Um livro que tem dado o que falar! Antes de mais nada, vale lembrar que este livro foi mencionado por Dito como manual do viajante, um livro veio para inspirar, rir, se emocionar e acima de tudo te encorajar se jogar no mundo.

Como se deu a prática da escrita?

Sempre gostei de escrever, a prática do diário era algo que sempre levei da infância. Assim como, a escrita de cartas, de enviar para outras crianças que anunciavam seus endereços nos jornais ou nas revistas infantis.

Em 2017 na minha primeira viagem internacional como expatriada no Tadjiquistão para atuar como enfermeira humanitária, mantive a prática da escrita em formas de carta para mim mesma.

O ano de 2019 foi o ano que fui à Moçambique e também continuei escrevendo. Nesta jornada, se intensificou no momento em que vivi e sobrevivi à um ciclone no país.

A escrita sempre foi algo terapêutico pra mim! Pude diversas vezes me encontrar e reencontrar, ou seja, mergulhar na mulher que sou e presentear o meu futuro com o que tenho me formado.

Viajante e Escritora?

Rebecca Aletheia - Autora do Livro EscreVIVER cartas de uma viajante negra ao redor do mundo
Rebecca Aletheia – Autora do Livro EscreVIVER cartas de uma viajante negra ao redor do mundo

Nascemos “livre” e realmente parece que o mundo nos coloca essa tal barreira que mesmo invisível ela existe e de uma forma brutal através do racismo, machismo, sexismo e classe.

Costumo dizer que me permitir IR, ou seja, cruzar todas essas barreiras que nos são impostas já é um grande ato e não digo de formas apenas internacionais é romper com tudo aquilo que nos impõe de não sermos merecedoras.

Acredito também que sou a continuação da minha história familiar de rompimento, de percorrimento, compreendo que a o caminho se torna um pouco mais leve. Porém ainda continuo a olhar a minha volta e não ir sozinha! Pois onde passa 1, passam 2, 3, 4 e quantas preciso for para rompermos com todas essas formas de opressão.

Não pensava em publicar o livro e por diversas vezes eu fazia por mim e não pelos outros! Foi nesse momento em que ao reler as minhas cartas vi a necessiadae de compartilhar relatos nunca compartilhados antes para o mundo!

E foi através de mulheres negras, a sua metade nordestina que abraçaram o livro e me encorajaram a publicar assim como realizar todo o processo.

Atualmente o livro foi produzido 100% independente, assim como, produzido integralmente por mulheres negras.

Sobre o livro?

A autora brinca com os diversos formatos e formas sensoriais do livro e trouxe o livro em diversas formas, são elas:

O livro será lançado na forma física, e-book, áudiobook (- versão Youtube -), ou seja, com o intuito de democratizar o acesso à pessoas que não tem a prática de leitura, assim como poder entregar à Moçambicanos, Tadjiques, Malawianos suas histórias.

E por fim, não menos importante um livro em formato de  Scrapbook, onde os manuscritos estão em formato de cartas e os leitores terão que abrir uma à uma.

Sinopse do Livro – EscreViver Cartas de uma viajante negra ao redor do mundo:

A cidadã do mundo Rebecca Aletheia, ao percorrer por cidades estados e países como Tadjiquistão, Moçambique, Malawi e Tanzânia escreve cartas à si mesma com relatos ríquissimos de suas experiências e vivências. Em seu livro traz uma narrativa alegre, emocionante, comovente de forma bem comunicativa e agitada.

Com profunda sensibilidade e uma imensa gana pela vida, ela passeia pelas mais diversas culturas e países e vai nos trazendo sentira a força, a magia e o encantamento das cores. Se os seus dias estiverem cinzentos e embaçados, percorrer os relatos de “EscreVIVER – Cartas de uma viajante negra ao redor do mundo” vai te ajudar a resgatar o brilho e a vivacidade do cotidiano.

Adquira o seu livro EscreVIVER!

Sendo assim, te convidamos à adquirir o seu livro EscreVIVER – Cartas de uma viajante negra ao redor do mundo!

E-book (Kindle) – https://www.amazon.com.br/dp/B09WZXNSL3/ref=mp_s_a_1_1

Livro Físico + Frete para todo o Brasil – https://pag.ae/7Y8xgzmCG

Livro e AudioBook – https://pag.ae/7YfTyJVju

Audio vídeo Book = https://pag.ae/7YfTB8hr8

Acesse a nossa Loka: https://rebeccaaletheiaribeirosantana4148.sualojaonline.app/

Por fim, escute mais sobre o livro com a autora

Brasil terra mãe! – Quem ganha com essa fake ?

Brasil terra mãe, assim escuto dos oriundos de África.

Todos querem conhecer esse país preto e acolhedor.
Brasil terra preta, em que os corpos que aqui ocupam, tem suas histórias ceifadas.

Brasil terra da democracia racial, que apaga as histórias de violência do povo preto e reescreve histórias de cumplicidades e relações amigáveis.

Entre enganos da dita e dura demo…cracia racial, o Brasil corta e açoita seus filhos e parentes de cor , enquanto adota filhos alheios.

A Quem interessa?
Quem ganha com essa fake ?

Terra mãe que engole seus filhos que aqui vivem e que mata aqueles que ousam visitá-la.
Terra mãe que decide a cor de quem morre e de quem mata.

Terra mãe desnaturada
Mãe? Como uma terra dita mãe, aborta seus filhos?
Ouso chamar de terra pai, terra de homens que gerem, criam e alimentam aqueles que convém.

Terra pai, sim. Que acolhe aqueles que tem a cor alva e cala os corpos de pele alvo.
Terra pai, que abandona os seus que não pediram para vir.
Terra pai que aborta diariamente seus filhos e somem sem registrar seu nome.

Brasil terra mãe! – Quem ganha com essa fake ?

Joice do Santos - Turismologa

Joice Santos

Joice é soteropolitana, turismologa, sagitariana. Agitada ao extremo, estar sempre procurando algo para se ocupar.
Ama falar sobre viagens, sobre música, dançar e fazer análises das relações sociais. E faz tudo isso entre choros e sorrisos.

Por fim…

Faça como Joice envie o seu texto para o blog da Bitonga Travel faleconosco@www.site-antigo.bitongatravel.com.br ou bitongatravel@gmail.com

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MONUMENTOS E SUA HISTÓRIA ÚNICA. O QUE O TURISMO TEM HAVER COM ISSO?

E todos são Pretos!
Sofri Racismo na Croácia - Por Joelma Imigrante viajante

Racismo na Croácia? Relato de uma viajante negra

Pela primeira na minha vida eu – Joelma Maciel, senti o que é sofrer um racismo, e aconteceu na Croácia. País que amo, na cidade de Rijeka, uma cidade encantadora de praias belíssimas. Vale lembrar que continuo gostando do país! Assim como, encontrei muitas pessoas boas e incríveis por lá, por isso esse fato não serve de julgamento para generalizar o lugar. 

Já tinha sofrido xenofobia no Brasil, ao sair da Paraíba e ir morar em São Paulo. Muitas brincadeirinhas com o meu sotaque, na universidade e no trabalho. Ser motivo de piada por ter um sotaque, foi uma sensação bem desconfortável e quando isso aconteceu há 15 anos atrás, não soube lidar, minha postura foi apenas me isolar. 

O ato de racismo sofrido na Croácia:

Aconteceu em uma loja de roupa e artigo de artesanato localizada em um shopping no centro da cidade. Estava vestida com roupa de praia, percebi que a loja era um pouco luxuosa mas, não tenho problema em entrar em nenhum lugar, mesmo que não esteja vestida “adequadamente”.

Na loja tinha apenas duas pessoas, um homem e uma mulher, que acredito que era o dono ou gerente e uma funcionária, no momento que comecei a olhar as peças de roupa o homem falou alguma coisa para mulher em Croata.

Então, ela então começou a me seguir, cada passo que eu dava, ela caminhava junto, quando pegava em alguma coisa, ela depois checava se eu coloca de volta no lugar. 

Peguei algumas roupas para provar ao sair do provador a funcionária estava lá na porta me esperando. Perguntou se gostei das roupas, falei que sim e que iria levar uma, nesse momento os dois se olharam e aguardaram eu efetuar o pagamento.

O desconforto…

Fiquei tão desconfortável com a situação que na hora do pagamento peguei o cartão errado e deu erro na compra. O homem começou a falar algo em Croata para ela bem irritado. Pedi desculpas, e efetuei o pagamento com o outro cartão e fui embora.

Sentimentos e pensamentos após ser vitima de racismo 

No caminho minha cabeça esta explodindo de pensamentos:

Será que eles agiram assim porque eu não estava bem vestida?

Porque eu sou imigrante?

Porque eu sou negra?

Sentir vontade de chorar! Lembrei que antes de viajar para Croácia uma amiga Croata, falou que isso poderia acontecer, que infelizmente as cidades pequenas que não recebem muitos turistas são racistas.

Não podemos nos calar

Não conseguia parar de pensar na cena, nessa noite não conseguir dormir, precisava fazer alguma coisa, busquei na internet algum contato ou email da loja mas, sem sucesso. Porém, encontrei o perfil do shopping e enviei uma mensagem relatando o ocorrido. Eles me responderam pedindo desculpas, que a administração do shopping desaprova este tipo conduta, que a loja seria notificada e que aproveitasse a minha viagem.

Depois disso, sentir que fiz a minha parte, ou seja, que não poderia ficar calada e simplesmente aceitar.

Hoje percebo que muita coisa mudou dentro de mim, que qualquer sinal de preconceito meus olhos conseguem captar e não importa onde esteja, não vou me calar. 

Por esse e outros motivos é necessário ter um Coletivo de mulheres negras viajantes, pois nosso choro, nossas frustrações e pensamentos devem e precisam ecoado e ouvidos. Obrigada Joelma por contar esse relato de dor, sinta-se abraçada e acolhida, pois Racistas não passarão! Faça como Joelma envie seu texto para nós e não se cale!

Racismo na Croácia, no mundo não passarão!

Por fim, nosso e-mail é: faleconosco@www.site-antigo.bitongatravel.com.br , será um prazer ter o seu texto publicado aqui conosco!

Foto Perfil Joelma - Imigrante viajante

Joelma

Me chamo Joelma, também conhecida como Viajante Imigrante, nordestina, negra e atualmente estou na Europa viajando sozinha e conhecendo lugares incríveis. Até o momento estive em 07 Países, fiquei hospedada como voluntária, recebendo alimentação e hospedagem em troca de algumas horas de trabalho, partilho em meu blog – A Imigrante – minhas vivências positivas e negativas com o intuito de incentivar e/ou alertar o leitor mas, o meu maior propósito é mostrar que somos capazes de chegar em qualquer lugar, enfrentando o preconceito e desafios.

https://aimigrante.blogspot.com/