Júlia Motta - Poesia Nascer da Liberdade

Poeta Júlia Motta nos faz viajar para um mundo novo.

Júlia Motta, poeta marginal, escritora do livro independente “resistir para existir”, monitora cultural pela associação de capoeira motta e cultura afro e educadora pelo projeto de incentivo à leitura e escrita “sonhar com as mãos” e “versos de resistência”.

A poeta acredita no transgredir da palavra, na dualidade entre leitor e protagonista da história. Defendendo em suas escritas um caminho aberto, uma viagem tranquila para onde desejamos ir.

Enquanto mulher preta e de periferia, o seu trabalho é fortemente para atender outras pessoas que identificam com seus caminhos. Cria-se um novo ambiente para que “todes” sintam-se pertencentes daquela literatura.

Júlia nasceu e foi criada dentro do espaço cultural, desenvolvendo o gosto pela leitura cedo e mais ainda pela arte de escrever a sua rotina, falar sobre suas inquietações e felicidades. Atualmente, desenvolve o trabalho de escrita e vídeo poesia como um novo modelo de atender o público.

“As pessoas precisam de cura, e a poesia chega em seus fones e som como revolução. Quando as pessoas entram em contato comigo, e fala que de certa forma aquela poesia ajudou ela a continuarem, sinto como se a minha missão está sendo comprida aos poucos. O que faço, o que defendo e acredito nunca foi sobre mim, é sobre caminhos que vem de longe, por isso escrever é como voltar ao passado para transformar o presente.” Afirma Júlia.

Escritora Júlia motta está aberta ao diálogo, trocas, palavras amigas e afins, através de suas redes @poetajuliamotta ou @resistir.existir

Poesia: Nascer da liberdade

Habitei em cada canto,

Um lamento que prosseguia

Lentamente com meu caminhar

Ainda que continues

Contar-me a poesia,

As passagens serão de vindas.

Sejam bem-vindos,

A cidade da primavera

Onde as flores são belas

Margaridas são elas…

Santa Bárbara terra da pureza

Que tens viva, natureza.

Deixaste ocupar todos os espaços…

Ao nascer da liberdade

Quando o povo pra cá viria

Arrumei-te versos em cada canto,

Pois não quero te ver em prantos

Vejo um povo chegar,

Carregando a revolta

Junto ao canto da saudade

Construíram nossa história, deixando raízes

Entre árvores, esquecimentos.

Corpos cansados, quando um povo trabalhava

Uma vida vendida, um caminho perdido

O sol queima a pele

Dos trabalhadores que tiram sustento da cana

Lá na mata, capoeira

Dança no manifesto de um novo caminho.

Vejo gerações da resistência,

Tomando os cantos migratórios

Buscando as raízes,

Que tens no céu e na terra.

O navio ainda sangra,

Como o sangue derramado no mar

Imploro pela liberdade

De quem muitas vezes

Teve á vida dura, sofrida.

Oh! Terra sagrada

Viva Santa Bárbara ,Disse que viria carregada de poesia

Contar-te a história que aqui não foi contada.

Júlia Motta

Poeta Júlia Motta
Poeta Marginal Júlia Motta

Faça como a Julia, compartilhe sua poesia/texto por e-mail – bitongatravel@gmail.com

Bitonga Travel

Texto colaborativo

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *