Júlia Motta, poeta marginal, escritora do livro independente “resistir para existir”, monitora cultural pela associação de capoeira motta e cultura afro e educadora pelo projeto de incentivo à leitura e escrita “sonhar com as mãos” e “versos de resistência”.
A poeta acredita no transgredir da palavra, na dualidade entre leitor e protagonista da história. Defendendo em suas escritas um caminho aberto, uma viagem tranquila para onde desejamos ir.
Enquanto mulher preta e de periferia, o seu trabalho é fortemente para atender outras pessoas que identificam com seus caminhos. Cria-se um novo ambiente para que “todes” sintam-se pertencentes daquela literatura.
Júlia nasceu e foi criada dentro do espaço cultural, desenvolvendo o gosto pela leitura cedo e mais ainda pela arte de escrever a sua rotina, falar sobre suas inquietações e felicidades. Atualmente, desenvolve o trabalho de escrita e vídeo poesia como um novo modelo de atender o público.
“As pessoas precisam de cura, e a poesia chega em seus fones e som como revolução. Quando as pessoas entram em contato comigo, e fala que de certa forma aquela poesia ajudou ela a continuarem, sinto como se a minha missão está sendo comprida aos poucos. O que faço, o que defendo e acredito nunca foi sobre mim, é sobre caminhos que vem de longe, por isso escrever é como voltar ao passado para transformar o presente.” Afirma Júlia.
Escritora Júlia motta está aberta ao diálogo, trocas, palavras amigas e afins, através de suas redes @poetajuliamotta ou @resistir.existir
Poesia: Nascer da liberdade
Habitei em cada canto,
Um lamento que prosseguia
Lentamente com meu caminhar
Ainda que continues
Contar-me a poesia,
As passagens serão de vindas.
Sejam bem-vindos,
A cidade da primavera
Onde as flores são belas
Margaridas são elas…
Santa Bárbara terra da pureza
Que tens viva, natureza.
Deixaste ocupar todos os espaços…
Ao nascer da liberdade
Quando o povo pra cá viria
Arrumei-te versos em cada canto,
Pois não quero te ver em prantos
Vejo um povo chegar,
Carregando a revolta
Junto ao canto da saudade
Construíram nossa história, deixando raízes
Entre árvores, esquecimentos.
Corpos cansados, quando um povo trabalhava
Uma vida vendida, um caminho perdido
O sol queima a pele
Dos trabalhadores que tiram sustento da cana
Lá na mata, capoeira
Dança no manifesto de um novo caminho.
Vejo gerações da resistência,
Tomando os cantos migratórios
Buscando as raízes,
Que tens no céu e na terra.
O navio ainda sangra,
Como o sangue derramado no mar
Imploro pela liberdade
De quem muitas vezes
Teve á vida dura, sofrida.
Oh! Terra sagrada
Viva Santa Bárbara ,Disse que viria carregada de poesia
Contar-te a história que aqui não foi contada.
Júlia Motta
Faça como a Julia, compartilhe sua poesia/texto por e-mail – bitongatravel@gmail.com
No último texto falamos sobre á formula para arrumar a mala de viagem, e hoje falaremos de 8 itens obrigatórios para levar na mala e 2 mantras.
1) Identifique os looks que façam sentido com o local e clima onde vai.
Ex.: Uma localidade litorânea pede cores claras e tecidos leves. Uma localidade de costume muçulmano não permite mostrar determinadas partes do corpo. Assim, todas as suas escolhas deverão combinar com estas ideias.
2) Cuidado com peças estampadas, elas precisam combinar com os demais itens.
Tenha roupas sem estampas para poder multiplicar suas opções de criação.
3) Se for para um lugar frio, ou tiver peças que soltam pelos, tenha um bom rolinho de tirar pelos a mão.
4) Caso tenha mala para ser despachada, tenha uma outra de mão com os seguintes itens básicos: Escova de dentes, 1 peça íntima, 1 desodorante, 1 blusa e 1 turbante, porque com o nervoso seu digníssimo cabelo pode se revoltar. Porque isto? Digamos que sua mala se extravie na viagem, você terá itens de sobrevivência para pernoitar em algum lugar.
5) Kit de mini frascos para shampoo, creme, condicionador.
Ninguém merece carregar potes em tamanhos normais que são super pesados. Inclusive atente-se porque, se for viajar de avião, existe um limite de 100ml para líquidos.
6) Informe-se sobre a presença de mercados e drogarias grandes no destino, pensando em poder comprar cosméticos no local. Assim você pode até experimentar marcas locais.
7) Tenha uma mini farmácia de emergência:
Remédio para dor de cabeça, anti-alérgico, remédio para enjoo, anti-inflamatório para o caso de torções e repelente para o caso de fazer trilhas ou acampamento. Questione um médico sobre remédios básicos que podem ser consumidos sem receita e sem medo.
8) Se você sempre arruma a mala nos 45 min do segundo tempo, mantenha uma gaveta de viagem com tudo o que planeja precisar.
*Caso este seja seu caso, eu posso preparar esta gaveta permanente para você.
Os 2 Mantras: itens levar na mala:
Evite a famosa frase: Vou levar isto por via das dúvidas. É Cilada!!!
Tudo bem repetir roupas durante a viagem. Tudo bem repetir roupas durante a viagem. Tudo bem repetir roupas durante a viagem.
Porém, respeito seu gosto e posso te ajudar a não repetir. E o melhor, sem levar 200 peças diferentes.
Quer saber o melhor look para o avião? Como calcular a quantidade de peças e sapatos? As maiores e melhores dicas para levar pouca bagagem? Me chame pra gente conversar melhor e assim você viajar mais tranquila. Afinal, você não quer ter dores de cabeça né?! Nem nas costas (risos).
Consultora de Imagem formada pela Escola Belas Artes, já atuei com clientes tradicionais e em projetos sociais, usando a moda como ferramenta. Apresento uma proposta de mergulho interno, dedicado a quem busca auto conhecimento, auto estima e empoderamento. Convido homens e mulheres a se darem esta oportunidade, para então dedicar um olhar mais carinhoso e atento sobre si. Com a consultoria de mala inteligente pretendo ajudar as pessoas a terem mais tempo e menos preocupação nos momentos de lazer ou trabalho, porque fazer a mala não é só pegar um monte de roupas e jogar lá dentro, mas pensar em sua apresentação de maneira assertiva.
Situado no Rio Grande do Sul, Gramado é um destino muito procurado por casais, principalmente para comemorar a lua de mel. Além do famoso festival de cinema de Gramado, os chocolates artesanais e maravilhosos vinhos de fabricação regional. A cidade ainda proporciona o evento mais aguardado do ano por muitos: O NATAL LUZ!
Nessa época toda cidade é iluminada, enfeitada, e recebe várias atividades culturais como apresentação de luzes ao som de orquestra e coral natalino. Um ambiente perfeito para se sentir naquelas cenas bem clássicas de filme americano, com direito à bonecos de neve e tudo! (Sim, apesar de não ser comum, já houveram registros de anos que nevou na cidade, inclusive 2020 foi um deles).
Falando em neve, Gramado tem um parque temático de neve, isso mesmo: o Swonland! A temperatura lá chega até -5° e a diversão é garantida!
O parque tem pista de patinação no gelo, castelinho de neve, descida em tobogãs. Assim como todo, ou quase todo lugar da cidade, tem um chocolate quente maravilhoso que não se encontra em nenhum outro lugar.
Como se todos esses argumentos não fossem suficientes para te incentivar nessa viagem, Gramado ainda tem uma vizinha muito carismática: Canela. Diferente de Gramado que tem um clima bem urbano, canela possui uma personalidade mais voltada para contemplação da natureza.
A cidade conta com váaaaarios parques temáticos, e parques de diversões com arborismo.
Canela
Mas a dica que não pode faltar é: a visita ao Parque Estadual do Caracol! O parque tem diversas trilhas ecológicas de dificuldade leve, e em diversos pontos ao longo da trilha você encontra mirantes onde é possível contemplar a queda da cachoeira.
Logo ao lado do parque são oferecidos passeios de bondinho (Entrada paga), o trajeto por cima da floresta e com visita para cachoeira é simplesmente encantador! Para os mais corajosos e aventureiros, também tem um brinquedo parecido com um teleférico, mas muito, muito rápido mesmo!
Espero que tenha te convencido a ir conhecer Gramado e Canela no Rio Grande do Sul depois dessa resenha, fiquem de olho porque sempre rola umas promoções com preços bem bacana, no mais, boa viagem!
Antes de mais nada, me chamo Maíra Candida, e compartilho o que fazer em 4 dias em Buenos Aires. Dicas de uma mulher negra viajante, já te explico o porquê desse viés racial.
Buenos Aires é uma cidade fantástica que é impossível conhecer e vivenciar tudo em apenas uma viagem, é preciso voltar e voltar para conseguir viver tudo que essa cidade proporciona, ou mesmo morar uma temporada nesse lugar. E para nós viajantes, em contrapartida, temos poucos dias para tentar aproveitar o máximo desse encanto, vai um relato breve sobre minha experiência 4 dias em Buenos Aires e algumas dicas, e informações que podem ajudar no rolê.
Passagem Aérea para Buenos Aires
Antes de tudo, a primeira coisa que precisamos ficar de olho é a passagem aérea, eu paguei um pouco mais caro por desatenção. Para esse destino rola muitas promoções, inclusive viagens 2 em 1, ou seja, pode ser uma junção de Argentina + Chile ou Argentina + Uruguai.
Dessa forma, recomendo o site passagens imperdíveis, que costuma mostrar sempre as promoções para esse destino.
Buenos Aires oferece uma infinidade de hotéis, hosteis, pousadas, Airbnb, couchsurfing logo tem para todos os gostos. Desse modo, bom pesquisar sempre a localização do local que escolheu, os preços variam muito, mas é possível encontrar ótimas hospedagens bem localizadas, cômodas e num bom preço.
Fiquei em dois lugares diferentes, os primeiros dias fiquei em Montserrat e os outros dois no Recoleta. Eu fui em janeiro, no alto verão e a cidade estava bem quente, dessa forma, antes de viajar é bom dar aquela conferida na previsão do tempo para ajudar a organizar a mala.
4 Dias em Buenos Aires – Argentina
Em 4 dias em Buenos Aires foi possível conhecer bastante da cidade e andar muito pelos bairros mais centrais, então vai a lista de lugares que recomendo e que ficam no eixo turístico da cidade:
Existem tours para quase todas essas indicações. Realizei dois tours guiados que me possibilitaram conhecer muito da cidade e saber um pouco da história. Os tours que realizei não tem preço fixo, ou seja, são colaborativos onde ao final do tour você define o valor que irá pagar, chama-se Free Walks Buenos Aires. https://www.facebook.com/BuenosAiresFreeWalks/
São tours diários que tem horário e local de saída pré estabelecidos, além disso, tem guias em dois idiomas (espanhol e inglês). Realizei o tour na Recoleta e o tour do Centro, são tours a pé de cerca de 3 horas, muito informativos e interessantes para quem quer saber mais sobre a cidade. Não realizei o tour da Boca, que muitas pessoas recomendaram e é realizado pelo mesmo pessoal, custa cerca de 40 reais. Então, fui na Boca de forma independente.
Alimentação
Sobre a alimentação, se encontra de tudo em Buenos Aires, mas uma coisa que me marcou muito é a presença do açúcar na alimentação. Eu já sabia sobre a fama da carne assim como, do vinho na Argentina, mas os doces me surpreenderam.
Para além dos alfajores fantásticos, se encontra muitas confeitarias que tem uma diversidade de doces e medias lunas, extremamente açucaradas. Assim como, as empanadas são maravilhosas (melhor que as empanadas uruguaias, desculpa, falei)
TOP 4 Alfajor
Após provar muitos alfajores, então, não hesitei e fiz o meu próprio ranking de recomendação:
Havana Tradicional (encontra nas lojas da Havana)
Jorgelín 3 tapas (encontra em qualquer banca)
Entre dos (encontra no mercado de San Telmo)
Cachafaz tradicional (encontra nas lojas da Cachafaz)
Custos da viagem – 4 dias em Buenos Aires
Sobre custos da viagem, Buenos Aires tem um custo de vida similar as capitais brasileiras, não achei a alimentação cara, os preços são muito similares aos praticados no Brasil. É possível comer bem a um preço muito em conta no centro, mas se quiser algo mais sofisticado, opções não faltaram!
Transporte Público
O transporte público é bem barato, seria na conversão para o real cerca de R$1,50 (preço desatualizado) e o metro tem várias linhas que conectam a cidade. Dessa forma, recomendo muito que para os passeios e para conhecer a cidade se utilize o transporte público.
Vida Noturna
Sobre a vida noturno, sai pouco na noite Argentina, em contrapartida, tive muitas recomendações sobre os bares e boliches (baladas) em Palermo, acabei indo apenas em um boliche em Palermo e um bar no centro. Na Argentina as festas começam muito tarde, ou seja, é preciso ter muito ânimo. Umas das recomendações é provem o tal Fernet (bebida alcoólica) com Coca-Cola, é muito comum nos boliches e festas.
Buenos Aires possui muitas casas de cervejas artesanais, ou birras como verá escrito nas portas, bem como, considerei relativamente barato e recomendo que conheça uma dessas cervejarias.
Mulher Negra em Buenos Aires
Sobre a experiência em si, ser uma mulher negar em Buenos Aires é chamar a atenção! Buenos Aires é uma cidade com população majoritariamente branca, então corpos negros se destacam facilmente. E há situações em que as pessoas te abordam na rua para saber de onde você é, na maioria das vezes com muito respeito, mas de fato, há um grande estranhamento. Não passei qualquer situação de constrangimento, mas por onde andei era rapidamente notada.
Não cheguei a pesquisar sobre a história da Argentina, nesse sentido, o que sei sobre a história de Buenos Aires foi a partir dos tours e conversando com argentiness e moradores da capital. Evidentemente, a ausência de pessoas negras e indígenas, fala muito sobre a colonização desse território, seja pelo extermínio ou expulsão.
Buenos Aires proporciona uma experiência fantástica, de uma cidade extremamente viva e alegre, mas, ao mesmo tempo, minha experiência pessoal de mulher negra foi também de estranhamento, no sentido de não me ver nesse espaço e do mesmo modo, ser rapidamente ser identificada como alguém externa a esse lugar.
E aí, gostou das dicas?
Por fim, espero que tenha gostado dessas dicas. Não hesite em me contacte para quaisquer dúvidas.
Maíra A. Cândida Pesquisadora, arquiteta e urbanista, e viajante. Mineira de Belo Horizonte, 30 anos, viajei por várias regiões de Minas e do Brasil antes de lançar o voo internacional. Amo conhecer novas culinárias, mas a preferida é a comida mineira que tá no coração. Para mim, viajar é vivenciar experiências únicas, conhecer pessoas, ouvir histórias e preservar memórias. Em cada viagem aspiro por novos aprendizados, conhecimentos e amizades. Atualmente vivo no México, onde estou cursando o doutorado. Uni o interesse pela pesquisa com o desejo de viajar, conciliando a experiência de estudar no exterior assim como conhecer novos lugares. Já passei pela Argentina, Uruguai, Bolívia, Colômbia, Guatemala e México, minha atual casa. Em contrapartida, os planos futuros tem como destino o Caribe.
Trouxe um resumo de 18 itens que são obrigatórios levar num acampamento/camping + dica bônus para você se jogar nas trips de baixo custo.
O que levar para camping:
Barraca
Isolante térmico
Toldo pra proteger do sol e outro pra colocar no chão.
colchão inflável ou saco de dormir.
Travesseiro e cobertor.
Botijão de gás ou fogareiro ( caso fique em lugares onde não tem estrutura pra cozinhar)
Prato, copo, talher e panela. 🍛
Fósforo
Abridor de latas
Filtro e coador de café
Bolsa térmica (vai precisar comprar gelo né?)
Água
Sabão e esponja pra lavar a louça.
Itens de higiene pessoal ( sabonete, toalha, pasta de dente, papel higiênico, etc)
Repelente
Protetor solar
Extensão com bocal pra lâmpada.
Lanternas
Carregador portátil.
DICAS BÔNUS:
APP para encontrar seu camping ideal: MaCamp.
Muitos campings não aceitam pagamento em cartão então é bom levar dinheiro.
Quer saber mais sobre camping? Segue a @rupenatrip , várias dicas brabas!
Os valores em média pra ficar num camping varia, mas dá para achar umas instalações ótimas por 30, 40 reais com banheiro e cozinha. Sim, consegue achar até por 10, mas geralmente fica nessa faixa de valores que ainda assim, são super baratos né?
Então se você quer viajar e pegar pesado na economia, se joga nos campings que é sucesso! 😍
Turismóloga, viajante independente e carioca orgulhosa com intuito de mostrar um pouco mais do RJ para todes, ex praticante de danças urbanas e apaixonada pela cultura das ruas e gastronomia também urbana. Atualmente vivendo e mostrando a ideia de que viajar barato é mais que possível!
Das estórias secretas de amor de uma viajante preta, ela se permitiu AMAR em Paris e dessa forma, foi certeira na escolha do couchfucking!
Primeiramente, é necessário saber o que é o Couchfucking – Sofá da foda! – Uma junção do famoso couchsurfing – hospedagem gratuita no sofá de moradores locais e fucking – foder/transar. Uma junção dessa só pode dar, PRAZER!
Destino novo, homem bonito e escolha de um possível sexo consensual!
O Destino
Escolheu o destino: PARIS! Afinal de contas, quem é a pessoa em sã consciência que não sonha com noites de amor em Paris? Ela também é sonhadora e ama realizar seus sonhos com a pitada de desejo.
A escolha do Sofá
Em seguida, procurou com calma pelo aplicativo do Couchsurfing, ativou os filtros: à 3km de Paris, possuir referências, quer conhecer pessoas, ser homem e a idade próxima à dela. Partiu para o quesito visual, ela só queria que ele fosse negro após todos os outros filtros acima! Seria pedir muito para a fada viajante em Paris?
Não tardou na busca e no radar dela foram 6 preciosidades que apareceram, oh dúvida cruel, quem escolher? Focou em 3, aliás já trabalhava com as impossibilidades e as possíveis ausência de respostas.
A escolha do homem
Por fim, se apaixonou por 1, foi amor à primeira vista em Paris sem nunca ter pisado lá! Era o número dela no quesito visual, porém ele não entrava muito no site. Malandra ela, incorporou Sherlck Holmes e descobriu suas redes sociais, na época em que não existia Instagram. Malandro ele, era bloqueado o perfil, para não ter azaração. Malandra ela, solicitou amizade e já causou a inquietação.
De besta ele não tinha nada e ela muito menos. Ele aceitou, ela perguntou: – Te vi no Couchsurfing, será que ainda abriga uma viajante louca para se apaixonar POR Paris? Mal sabia ele, que ele seria o PARIS dela.
Couchfucking
Em uma das conversas ambos jogaram a real, ele disse ter só uma cama e um sofá individual e se ela não se importasse em dormir juntos….
Não deu outra, convite aceito! Bienveu PARIS! Lá estava ela, chegou sorrateira e o encontro foi o que as redes sociais mostrava, primeiro encontro olho no olho, apresentação da casa e realmente um sofá(couch) vermelho, 1 cama e Paris….
Era muito cedo no dia, ela chegando e ele indo trabalhar eram apenas olhares, pois ela chegava e ele saia. Ele tinha medo, pois o olhar de uma mulher decidida por um homem é como bala de carabina, que veneno estricnina e peixeira de malandro.
Ela curtia a cidade de Paris enquanto ele trabalhava, um bombeiro da cidade, a escolha foi perfeita! Ela tinha o fogo, ele tinha a água. Ele é mulçumano e ela recitava trechos do alcorão, ele estava louco para se deliciar de algo do Brasil e ela era a própria receita brasileira em pessoa.
Uma noite foi pouca para Paris estremecer, à ponto da cidade das luzes ter um Blackout e o bombeiro ter que entrar em ação, a cidade parou e o AMOR e o TESÃO reinou.
Foram 7 noites em Paris, ou seja, sete noites de couchfucking, uma sintonia entre duas pessoas que sabiam o que queriam, se AMAR e saciar o desejo em PARIS. Ele viajado por vários lugares do mundo ela apenas uma ouvinte de estórias fabulantes um sotaque de inglês com francês.
É hora de partir – Au revoir!
Ela ouviu o Je t’aime, ela falou o mesmo, ele sorriu ela deu o beijo e partiu…. Nunca mais se encontraram, porém ela é certa que além de um amor ela tem um Couchfucking em Paris.
Ah, qualquer semelhança é mera coincidência e por favor, continue mantendo segredo!
Quero compartilhar com vocês 4 roteiros em Atenas, para se fazer pelo menos 1 vez na vida!
Antes de mais nada, irei me apresentar! Me chamo Priscila, sou paulistana, troquei o interior paulista pela cidade enigmática de Turim na Itália. Isso mesmo, a cidade das artes e do segundo maior museu egípcio do mundo. Além disso, sou criadora do perfil @pretanaitalia onde compartilho minha paixão por viagens, através da minha visão de mulher preta e latina.
Sou apaixonada por história, artes e uma curiosa pela filosofia grega, e fiquei sabendo que os gregos beberam da filosofia egípcia para construir suas narrativas. Definitivamente, é fascinante pensar o legado que a África tem deixado em todo o mundo.
Confesso que uma viagem em 2020 com a pandemia não estava nos meus planos. Minha filha completou 15 anos em outubro e escolheu de presente de aniversário a viagem para a Grécia. Em síntese, filha de mãe viajante, viajante é!
Mas… opa, perai, Pri! E a pandemia? Pois é, essa pandemia atrapalhou nosso cotidiano, mas neste período de julho a setembro as fronteiras estavam livres entre Itália e Grécia. Imaginem só a minha felicidade de poder comemorar essa data tão importante viajando com ela!
Enfim, com todos os cuidados necessários e a ajuda das deusas gregas, fizemos uma viagem de 15 dias pela Grécia e assim saiu os 4 Roteiros em Atenas, para se fazer pelo menos 1 vez na vida!
Neste roteiro de 3 dias em uma cidade como Atenas, com tamanha concentração de arte e cultura não foi tarefa fácil. Porém, separei 4 ideias para visitar em Atenas que considero imperdíveis! Vem comigo?
Primeira parada: Atenas e os seus 4 roteiros!
Quando pisei naquela terra eu senti que a viagem seria maravilhosa e minha intuição estava certa, fiquei apaixonada por Atenas, uma cidade linda, charmosa, com uma simplicidade deliciosa e uma energia inexplicável. Os atenienses são muito gentis, simpáticos e essas características fizeram a nossa viagem ser ainda mais prazerosa.
Se estiverem em dúvida de quantos dias ficar em Atenas, meu conselho é: separem 3 dias inteiros do seu roteiro Grego para Atenas, camaradas, ela merece!
1-Museu da Acrópole
Sabe aquele museu lindo por dentro, por fora, moderno, bem iluminado, a casa das relíquias mais preciosas da Grécia antiga? Então, é o museu da Acrópole.
Os achados arqueológicos da Acrópole estão bem conservados no museu, que está localizado ao lado da Acrópole. Em alguns pontos do museu você visualiza o emponente Partenon.
As novas instalações inauguradas em 2009 têm cerca de 25.000 m² e foram feitas para resistirem a terremotos. Depois de tanto sofrimento causado pelo tempo e pelos homens, achei merecida toda essa proteção.
Se você compartilha comigo a paixão por museus e gosta de olhar tudo com calma, apreciar sem pressa, recomendo separar de 4 a 5 horas para essa visita. Se você for dar uma olhada rápida, ele é dividido por seções, anote as que mais te interessa e foque no seu objetivo. Além da parte interna do museu, quando terminar a visita, pelo lado de fora há o acesso à parte arqueológica do museu, que foi descoberta durante a sua construção. São ruínas de casas de civilizações antigas. Achei muito interessante a visita e a maneira que construíram o museu suspenso para preservar esse achado.
Dica preta: Se você pretende ir no verão, reserve esse passeio para o período da tarde, assim você fica protegida do sol, deixe sua manhã livre para os passeios a céu aberto.
Preço: 10 euros (2020).
2- Acrópole
Acrópole em grego significa cidade alta e é o nome que os arqueólogos dão para designar centros de cidades, civilizações antigas ou sítios arqueológicos. Onde a Acrópole de Atenas está localizada, encontram-se vestígios de civilizações Micênicas de 6.000 anos, por isso ela é tão importante para os gregos e para a humanidade. Nela encontramos diversas construções marcantes, o mais famoso dele é o Partenon que é dedicado à deusa Atenas, protetora da cidade. A construção levou cerca de 9 anos, iniciou em 480 a.c.
Outro belissímo monumento é o Erectheion, ele é considerado um templo dedicado à Atenas e Poseidon, acho que é um dos mais lindos monumentos que já vi de perto. No estilo jônico e com colunas em formatos femininos de túnicas como se estivessem segurando o teto com a cabeça, porém fique atento, pois ali estão as réplicas dessas esculturas, as originais estão no Museu da Acrópole.
Logo no início do passeio pela Acrópole você já vê o Teatro de Dionísio, o teatro mais antigo do mundo. É um passeio que exige que você esteja sem pressa, para se deliciar com os monumentos, a beleza e a visão de quase 360° de Atenas. É de tirar o fôlego!
Dica preta: Se vier no verão, comece seu passeio pela manhã, passe muito protetor solar, coloque roupas e sapatos confortáveis e traga água, na Acrópole, se não me engano, tem apenas dois bebedouros.
Preço: 20 euros (2020).
3-Cabo de Sounion-Templo de Poseidon
O templo foi construído em 440 a 400 a.c. para o deus grego Poseidon. Apesar de não estar localizado em Atenas, incluí a visita porque ele fica apenas 73 km de Atenas. De carro é uma hora, a estrada é muito boa e tranquila com um pedágio de 2,80 euros. Tem também a opção de ir de ônibus a saída é próxima ao metrô Victoria, a empresa de ônibus se chama Ktel com horários de 1 em 1 hora.
Considero esse um passeio essencial, a natureza incrível, o pôr do sol dos mais lindos que já presenciei, e dizem que é um dos monumentos mais legais para tirar uma fotona!
Curiosidade: A mitologia nos conta que neste local o Rei Egeu se suicidou, ele pensou que seu filho Teseu estava morto. Eles haviam combinado de se comunicarem no período em que Teseu estivesse em confronto, todo dia ele acenderia uma vela branca para sinalizar ao pai que estaria tudo bem com ele. Um dia, porém, Teseu esqueceu de acender a vela e seu pai desesperado se jogou no mar pensando que o filho havia morrido no confronto. Dessa mitologia nasceu o Mar Egeu.
Dica preta: Visite esse local próximo ao pôr do sol, a dica é chegar 1 hora antes do evento solar, assim você aprecia um pouco, lê os cartazes sobre a história do local e escolhe um bom lugar para acompanhar a mudança das cores do céu e a transformação que vai acontecendo no local, é mágico!
Preço: 8 euros (2020).
4-Passeio por Atenas, bairros Plakas e Monastiraki
Conhecer a vida real dos trabalhadores sempre é algo que gosto de incluir em meus roteiros. Em Atenas, incluí uma tarde para sair um pouco do centro turístico, ou seja, aproveitei para fazer um giro pelos bairros, visitei uma feira de rua (amo feiras!) E que só de lembrar, me vem à memória o perfume delicioso das azeitonas, as cores vivas das verduras, dos legumes e das frutas, além das muitas barracas com antiguidades.
O famoso bairro de Plaka é o mais antigo de Atenas e super turístico, lá você encontrará muitas lojas com souvenirs, arquitetura belíssima e muita opções de restaurantes. Como é um local mega turístico, a alimentação por ali é mais cara.
Se o seu nome é agito, o seu bairro é Monastiraki, o bairro boêmio de Atenas! Ele reúne um comércio vasto e diversificado, muitos bares e restaurantes. Você poderá degustar a maravilhosa culinária grega em uma atmosfera muito animada. Além de toda a beleza dessa cidade e a simpatia grega, eu ressalto a culinária, muito saborosa, deliciosa! A comida mediterrânea é considerada uma das mais saudáveis do mundo.
Além dos 4 Roteiros em Atenas, vamos falar de comida?
Por último vamos falar de Culinária?
Culinária: Destaco aqui alguns pratos típicos que você encontrará por lá:
SaladaGrega (queijo feta, pepino, pimentão, tomate, cebola roxa, azeitonas e muito tempero);
Moussaca (berinjela, batata, carne moída, molho branco e de tomate e muito tempero);
Souvlaki e Gyros (os famosos lanches gregos, com diversos sabores). Espero que estas dicas sejam úteis e tenham te inspirado a conhecer essa cidade maravilhosa.
E aí, me diz, gostou dos 4 Roteiros em Atenas, para se fazer pelo menos 1 vez na vida?
Priscila, sou paulistana, troquei o interior paulista pela cidade enigmática de Turim na Itália. Isso mesmo, a cidade das artes e do segundo maior museu egípcio do mundo. Além disso, sou criadora do perfil @pretanaitalia onde compartilho minha paixão por viagens, através da minha visão de mulher preta e latina.
Venha trilhar pela Chapada dos Guimarães com Keyti Souza.
Li algumas vezes que coragem não é a ausência de medo, mas enfrentar o seu medo. Essa frase de Nelson Mandela me guia toda vez que escolho meu próximo destino e toda vez que alguém me chama de corajosa (ou de louca) por viajar sozinha. E quantas de nós já não foi chamada de louca por escolher seu próprio destino?
A primeira vez que viajei sozinha foi em 2013, e não foi uma decisão fácil, nem era algo que tivesse sido planejado ou desejado, mas viver essa experiência foi uma das melhores coisas da minha vida e de lá pra cá, passou a ser opção.
De acordo com o Ministério do Turismo, mais de 17% das mulheres brasileiras desejam e planejam viajar sozinhas, enquanto apenas 11% dos homens têm a mesma intenção. O número ainda é baixo, se comparado com outros lugares no mundo, onde o percentual pode chegar a 50%. O medo da violência, do assédio e até da solidão são entraves para que mais mulheres possam viajar sozinhas. São medos que eu mesma já compartilhei e compartilho ainda, afinal, muitas vezes, ser mulher não é seguro. Mas sempre penso que esse perigo pode nos alcançar em qualquer lugar, até mesmo dentro de casa.
Chapada dos Guimarães (MT)
Em 2019 vivi uma das experiências mais incríveis da vida. Decidi conhecer todas as Chapadas do Brasil e estava em viagem pela terceira da minha lista, Chapada dos Guimarães, no Mato Grosso. O Parque Nacional tem o mesmo nome da cidade que o abriga, Chapada dos Guimarães, e fica há 69 km da capital Cuiabá. Não há voo direto de Salvador para o Mato Grosso, então, foram algumas longas horas até chegar lá. De Salvador para Recife (PE), de Recife para o Aeroporto Internacional Marechal Rondon, em Várzea Grande, região metropolitana de Cuiabá.
Bem, como não dirijo, peguei um ônibus da rodoviária de Cuiabá e em uma hora eu estava na Chapada. Lembrando que no Mato Grosso o fuso horário é diferente do horário de Brasília. Lá, tem uma hora a menos.
Ainda no caminho até lá, fiquei encantada com os paredões de arenito do entorno da cidade. Fiquei hospedada no hostel de uma pessoa preta, o que foi muito bom. Uma pena o hostel ter fechado as portas por conta da pandemia. Também faço votos pra que volte a se reerguer.
Viajar sozinha não significa estar sozinha, a não ser que você opte por isso e não tem problema nenhum. Mas chegando lá eu conheci tanta gente que hoje está no meu coração e faço votos pra sempre ter notícias sobre eles. Pessoas amigas, divertidas, animadíssimas, preocupadas com a natureza, preocupadas com as pessoas.
Mas viajar sozinha nos dá oportunidade para estar aberto a conhecer novas pessoas, novos lugares e a buscar mais sobre a cultura do lugar. Conheci pessoas tão diversas, identidades realmente distintas. Sim, quando a gente viaja, a gente carrega um pouco do lugar, da cultura e das pessoas conosco e deixa um pouco de nós nos que ficaram.
Foram dias incríveis na Chapada dos Guimarães e ainda assim foi pouco pra conhecer tudo de bacana que tem por lá, mas aqui seguem algumas dicas de passeios.
Circuito de Cavernas
São três cavernas para visitação e uma gruta, que ficam dentro de uma fazenda. A visitação custou R$100 (cem reais por pessoa) e só é permitida a entrada com a presença de um guia. Na verdade, na maioria dos locais só é possível visitar com guia, então, pesquise muito seu guia antes de contratar. Veja referências, modelo do carro, se ele tem instagram ou alguma rede social que você possa ver outras viagens feitas por ele. É preciso confiar no guia.
Para acessar as cavernas é preciso fazer uma trilha de mais ou menos 10 km, mas no retorno é possível voltar de trator pagando a diferença. Independente do valor, achei a trilha tão curta e como gosto de caminhar, optei por voltar andando pela trilha.
A primeira caverna é Aroe Jari que tem mais de 1.500 metros de extensão. Dependendo da época, é possível fazer a travessia entre as duas bocas da caverna, mas quando fui, estava cheia de água e não deu pra atravessar. Não dá pra enxergar nada lá dentro, apenas com uso de lanternas.
Logo após fica a Gruta Lagoa Azul, que é apenas para contemplação, o que acho super correto. É preciso preservar o local, que tem a água totalmente azul. A próxima caverna é a Kiogo Brado, seguida pela Pobe Jari.
Depois do passeio, tem um almoço delicioso no restaurante do local. Comida totalmente regional.
Importante: É preciso usar a perneira anti picada de cobras, pois tem muitas na região.
Circuito Águas do Cerrado
O circuito Águas do Cerrado fica na Fazenda Buriti e paguei R$75 reais pra entrar. São oito cachoeiras, sendo permitido banho em cinco delas. E ainda tem o Poço do Amor, que tem formato de coração.
Na Cachoeira Almas Gêmeas, Pedra Encantada e Mistério não é permitido banho. Mas você pode se encantar na Cachoeira das Orquídeas, que tem várias quedas (e dá pra fazer um book de fotos), Sossego, Coração, Cambará e Escadarias.
Apesar de também ter cachoeiras, o Circuito Águas do Cerrado e o Circuito Cachoeiras são totalmente diferentes e ficam em lados opostos.
Nesse circuito está a famosa Cachoeira Véu de Noiva, que é cartão-postal da Chapada dos Guimarães. A cachoeira também é apenas pra contemplação, mas vale a pena, porque é muito linda.
Depois do Mirante da Cachoeira Véu de Noiva, seguimos uma caminhada de aproximadamente 6km pra conhecer outras seis cachoeiras, nenhuma com a mesma magnitude da primeira.
Cachoeiras Sorrisal, Pulo, Prainha (parece uma prainha mesmo, com um banco de areia pra tomar sol), Degraus, Piscinas Naturais e Andorinhas.
Cidade da Pedras e Vale Rio Claro
Chapada Dos Guimarães – Cidade da Pedra por Keyti Souza
De antemão, a Cidade das Pedras é outro cartão-postal da Chapada e descanso de tela do Windows. É um dos lugares mais incríveis e belos de se ver, porque realmente parece uma cidade de pedras. Grandes paredões de arenito e ao longe dá pra ver Cuiabá.
Depois um passeio pelo Vale do Rio Claro pra ver a Crista do Galo que é uma das formações rochosas mais lindas que já vi.
Trekking no Morro São Jerônimo
Morro São Jerônimo
Amo um trekking. O Morro do São Jerônimo é um dos picos mais altos da região e tem 850 metros de altura e o melhor, dá pra ter uma vista 360º de lá do alto. Pra chegar no pé do morro tem uma trilha e depois inicia a subida. É preciso ter preparo físico, porque a caminhada é longa e a subida é íngreme.
A vista é linda, é perfeita. Acabou começando a chover enquanto estava lá no alto, e na Chapada tem muitas chuvas e raios, então tivemos que descer logo. O alto do morro é um campo aberto e não tem como se proteger da chuva e dos raios lá.
Noite na Chapada dos Guimarães
A cidade é pequena, mas se você fizer os amigos certos, vai ter noites super animadas.
No Centro da cidade você pode conhecer o Bar Santos, que fica na praça e geralmente tem música ao vivo. Minha amiga Queilinha toca lá. No Chapada Hostel geralmente tem um luau à noite. O Restaurante Osteria tem vinhos e chopes artesanais muito bons.
Formada em jornalismo, mas atuando na área de negócios em audiovisual, sou nascida no interior da Bahia, mas resido em Salvador. Um dia ouvi dizer que eu moro onde as pessoas tiram férias, e é a mais pura verdade. Viver em Salvador é ter sempre um ponto turístico na palma da mão, uma cultura pra celebrar e uma boa praia pra pegar um sol. Mas gosto de ir além, de conhecer novos lugares, novas culturas e novas identidades. Quando a gente viaja, sempre traz na mala e no coração um pedaço daquele lugar.
É por isso que viajo. Da Bahia pra conhecer o mundo.
Em primeiro lugar, saiba que mensamente temos relatos de mulheres negras viajantes que merecem sler lidas e compartilhadas, e a história de hoje será da Thais Silveira.
Sou gaúcha (meu DD é de Porto Alegre), mas nasci no Interior do Rio Grande do Sul (Santa Cruz do Sul). Uma cidade em que a cultura germânica se faz tão presente e é extremamente valorizada. Em festas, eventos, e até mesmo nas escolas, com o ensino da língua alemã.
Estudei em colégio particular e geralmente era a única em vários ambientes. Essa falta de representação me estimulou a buscar maneiras de encontrar minha identidade. Assim como valorizar mais pessoas que se pareciam comigo, com a minha família, pessoas importantes para mim.
Negras viajantes – Carreira profissional
Desde o início da minha carreira, no ambiente acadêmico e também no profissional. Minha motivação é guiada por aproximar as pessoas, no caso conectá-las de alguma maneira, ampliar as narrativas – de raça, gênero e inclusão social.
Tanto na redação de textos, por conta de ser jornalista e priorizar fontes diversificadas. Assim como na curadoria de eventos relacionados às questões étnico-raciais, busco apresentar novas histórias e incluir outros protagonistas – pessoas negras, em diferentes áreas.
Neste contexto fundei a revista Pretas (2017-2019), que teve o objetivo de ampliar a representação positiva das mulheres negras, suas histórias de vida, e evitar estereótipos influenciados pelo racismo inconsciente ou mesmo intencional.
Esse projeto e tantos outros me permitem transformar em prática o meu real propósito: potencializar ações que tragam benefícios às pessoas negras, promover oportunidades e manter a nossa história viva para as futuras gerações.
Minhas experiências envolvem: aulas, coordenação e organização de eventos, assessoria de comunicação e de imprensa, produção de conteúdo, projetos de consultoria, pesquisas e palestras sobre afroempreendedorismo, comunicação na diáspora, história e cultura afro-brasileira, mulheres negras na comunicação e temas afins.
Ainda em 2020 atuei como professora do MBA em Diversidade nas Organizações e Desenvolvimento de Práticas Inclusivas, da Universidade La Salle – RS – o primeiro sobre a temática no Brasil, na disciplina de racismo e questões ético-raciais nas organizações.
Atualmente, sou mestranda em Ciências Sociais. O meu projeto de pesquisa buscará abordar debates identitários a partir das mídias de língua portuguesa, com foco em Cabo Verde.
Como pode perceber, eu gosto de alinhar o discurso à prática naquilo que me envolvo. Bom, mas um importante fato que potencializou minha percepção do impacto positivo que novas narrativas e imaginários trazem na vida das pessoas foi a viagem que fiz à África do Sul, em 2019.
Ida à África do Sul
Integrei uma press trip, a convite do Escritório de Turismo do país aqui no Brasil. Assim como, escrevi uma matéria sobre isso para um jornal específico daqui:
Mas tem muuuita coisa ainda para falar (em breve meu site/ blog está ON e vc encontrará mais materiais). É difícil explicar esse sentimento de pertencimento em palavras, mas eu realmente, me senti em casa na África do Sul.
Uma conexão muito grande com a minha identidade, ancestralidade foi gerada, assim como a certeza de que lá sempre serei acolhida. Pois, isso se manifestou de diversas formas. Desde ver pessoas negras em diversos espaços, trabalhando nos locais, mas também consumindo, se divertindo, liderando negócios, órgãos políticos, sem barreiras.
Também tive a oportunidade de conhecer a história de outras mulheres negras empreendedoras e de perceber que nossos desafios são muito similares. Ainda mais impactante foi conhecer mais sobre a história de Nelson Mandela, a casa em que ele morou e hoje é atração turística. O Museu do Apartheid, além do legado que o país ainda carrega, em diferentes perspectivas.
Estátua de Nelson e Winnie Mandela – África do Sul por Thais Silveira
Casa de Nelson Mandela – por Thais Silveira
Casa de Nelson Mandela – por Thais Silveira
Thais Silveira
Casa de Nelson Mandela
Winnie Mandela
Voltei ainda mais inspirada em promover essa mensagem de empoderamento pelo Brasil inteiro. Essa foi minha primeira viagem internacional. Parece que virou uma “chave” mesmo, em busca de minha ancestralidade e de um resgate de autoestima, força, inspiração, coragem.
Retornei reabastecida de sentimentos bons. Pisar em África foi impactante demais e tinha planos de retornar a cada ano, conhecendo mais do continente, mas veio pandemia e ferrou tudo).
Compartilhe a sua história – Negras Viajantes
É muito inspirador e motivador integrar, se sentir parte desse espaço que Bitonga proporciona pra nós, pretas brasileiras. Nosso país é imenso, assim como nossas vivências que ganham diferentes significados em cada parte do Brasil e, pelo mundo, nossa presença é única.
Assim como a Thais Silveira. Compartilhe sua história conosco, envie para o nosso e-mail: bitongatravel@gmail.com